CONSIDERAÇÕES SOBRE A PRÁTICA INSTRUMENTAL NO LABLER: O CURSO DE
LEITURA EM LÍNGUA ESPANHOLA
Acad. €lton Pereira Neves1 , Acad. Alan Ricardo Costa2 , Prof•. Ms.Vanessa Ribas Fialho3
RESUMO:
O ensino instrumental de l‚nguas estrangeiras ƒ praticado no Brasil desde a dƒcada de 1970, com
especial dedica„…o e procura por cursos de l‚ngua inglesa. € not†vel a produ„…o de materiais
did†ticos e te‡ricos nessa †rea, embora para o ensino de espanhol instrumental a rec‚proca n…o seja
verdadeira. Nesse sentido, pretendemos apresentar o Curso de Leitura em Língua Espanhola
oferecido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), atravƒs do Laborat‡rio de Pesquisa e
Ensino de Leitura e Reda„…o (LabLeR), a alunos que possuem como principais objetivos a
aprendizagem de estratƒgias de leitura e a realiza„…o do teste de suficiˆncia em l‚ngua estrangeira.
Assim, faremos um breve levantamento da literatura especializada, caracterizando o ensino de
espanhol instrumental no pa‚s. Por fim, apresentaremos o resultado da an†lise de uma turma do
citado curso no que se refere ‰ atua„…o dos discentes integrantes do laborat‡rio e desenvolvimento
das habilidades leitoras dos alunos do curso.
Palavras-chave: Ensino instrumental; Espanhol; Curso de leitura em l‚ngua espanhola.
Introdução
Cursos instrumentais de l‚ngua – ou seja, cursos desenvolvidos sob condi„‹es espec‚ficas de
aprendizagem e geralmente direcionados a um pŒblico de aprendizes com necessidades espec‚ficas
que podem ser delimitadas, onde a l‚ngua atua como um instrumento – s…o recorrentes, hoje em dia,
em institui„‹es de ensino superior no Brasil.
N‡s, autores do artigo aqui apresentado e acadˆmicos envolvidos com o estudo e a pr†tica
pedag‡gica instrumental de l‚nguas estrangeiras, defendemos a ideia de que o ensino de l‚nguas
instrumental incide em um processo de complexidade ‚mpar que, indubitavelmente, exige constante
reflex…o e pesquisa. Em outras palavras, nunca ƒ demais tratar sobre o tema, e a abordagem
instrumental nunca perde sua import•ncia em •mbito acadˆmico. Nesse viƒs, pretendemos com o
presente artigo:
 Versar brevemente sobre a hist‡ria da pr†tica instrumental, de sua origem hist‡rica ‰ sua
pr†tica nos dias atuais;
 Tecer considera„‹es referentes ao ensino instrumental, mais especificamente da l‚ngua
espanhola, sua origem e seu desenvolvimento no pa‚s;
 Descrever a pr†tica instrumental na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM),
institui„…o de ensino superior a qual estamos vinculados, e apresentar o Curso de leitura em língua
espanhola, um dos diversos cursos instrumentais de l‚nguas estrangeiras em funcionamento
atualmente na referida universidade;
 E, por fim, comentar e analisar uma das turmas do citado curso no que se refere a
aspectos tais como: necessidades de alunos que buscam cursos instrumentais de l‚nguas, atua„…o
dos discentes integrantes do laborat‡rio, o processo de desenvolvimento das habilidades leitoras em
alunos do curso, entre outros.
1
Graduando do curso de Letras – Espanhol e Literaturas Espanholas, da Universidade Federal de Santa Maria.
[email protected]
2
Graduando do curso de Letras – Espanhol e Literaturas Espanholas, da Universidade Federal de Santa Maria.
[email protected]
3
Professora do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (DLEM) da Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM). Co-autora e professora orientadora do trabalho. [email protected]
Esperamos assim contribuir com os estudos sobre o ensino de l‚nguas estrangeiras para
prop‡sitos espec‚ficos.
Contextualização histórica
Sobre o surgimento do ensino de l‚nguas instrumentais, Freitas (2005) afirma que este n…o
possui um passado recente e que em ƒpocas bastante distantes, cerca de 400 anos atr†s, h† o registro
da ocorrˆncia de livros de frases feitas para turistas; ou o caso da “aprendizagem das l‚nguas
ind‚genas com fins pastorais pelos religiosos ibƒricos entre os sƒculos XV e XVIII”; ou ainda,
datando da idade mƒdia, manuais de inglˆs e espanhol “comercial”; ou de Inglˆs para pilotos de
avia„…o, de forma mais recente, na primeira metade do sƒculo XX.
Apesar desses exemplos e de todo um hist‡rico que poderia ser feito com rela„…o ao ensino
instrumental de l‚nguas estrangeiras, Freitas (2005) relata que o marco consensual para o
surgimento das bases atuais para o ensino de l‚nguas para fins espec‚ficos ƒ a dƒcada de 1960, com
maior destaque para o ensino da l‚ngua inglesa. J† na dƒcada de 1970 surgiram muitas publica„‹es
te‡ricas de manuais e de materiais did†ticos, como coloca Freitas (2005). Como era de se esperar,
tal qual registra a autora, essa nova metodologia de ensino de inglˆs acabou se estendendo a v†rias
outras l‚nguas.
Podemos considerar que a expans…o e populariza„…o de cursos instrumentais de l‚nguas
estrangeiras em tempos modernos n…o foi f†cil, ƒ bem verdade. De acordo com Avolio (2009), nos
anos iniciais, onde o ensino instrumental n…o era corretamente compreendido, ouviam-se
afirma„‹es equivocadas tais como: “Ah, tem pouco tempo, a carga hor†ria ƒ reduzida? Ent…o faz
instrumental”. Segundo a autora, eram coment†rios como esse que “desvalorizavam
consideravelmente a metodologia, j† que esta ƒ v†lida por suas qualidades enquanto tal, e n…o por
aspectos circunstanciais” (AVOLIO, 2009, p. 57).
Com o passar do tempo e com o desenvolvimento de pesquisas pr†ticas e te‡ricas sobre o
tema, os cursos instrumentais ganharam mais espa„o em contextos pedag‡gicos, vindo a ser
desenvolvidos com car†ter cient‚fico. Exemplo disso ƒ a existˆncia do projeto de pesquisa English
for Specific Purposes (ESP, ou Projeto ESP), coordenado pela professora Dra. Maria Antonieta
Alba Celani. Este projeto foi fundado no final dos anos 70, na Pontif‚cia Universidade Cat‡lica de
S…o Paulo (PUC-SP) e foi, posteriormente, institucionalizado em diversas outras universidades
brasileiras.
€ fruto acadˆmico do referido projeto a produ„…o do livro “A abordagem instrumental no
Brasil: Um projeto, seus percursos e seus desdobramentos”, organizado por Celani, Freire e Ramos
(2009). Nesse livro s…o descritos alguns exemplos de estudos instrumentais desenvolvidos em
institui„‹es brasileiras de ensino superior, como o do ensino de inglˆs como L‚ngua Estrangeira
(doravante LE).
A hist‡ria do ensino instrumental da l‚ngua inglesa n…o deixa de estar entrela„ada ‰ hist‡ria
do pr‡prio Projeto ESP. Em linhas gerais, o ensino instrumental de inglˆs (de modo informal),
sempre existiu, porƒm se apresentou ao mundo moderno nos anos 60, e se popularizou no Brasil na
dƒcada de 70, principalmente com a divulga„…o do supracitado projeto, que contava com o apoio de
v†rias institui„‹es de ensino superior. A UFSM, ƒ v†lido registrar, constava nessa lista de
institui„‹es.
J† quanto ao ensino instrumental de francˆs como LE, Avolio (2009) escreve que um dos
primeiros registros de que se tem not‚cia no Brasil refere-se a um evento ocorrido na Universidade
de S…o Paulo em 1973: o semin†rio da AUPELF – Association des universités partiellement ou
entièrement de langue française.
E, nessa ocasi…o, o Francˆs Instrumental era definido como aquele ensino de francˆs
voltado para alunos que n…o se destinavam nem para fazer tradu„…o nem para ser
intƒrprete e sim, o francˆs que permitia acesso a principiantes completos, num curto
espa„o de tempo ‰ documenta„…o profissional escrita em l‚ngua francesa (AVOLIO,
2009, p. 57).
E o ensino instrumental de espanhol?
Freitas (2005) ressalta que o ensino de Espanhol como L‚ngua Estrangeira (E/LE, de agora
em diante) e de espanhol instrumental s…o fen•menos recentes, em expans…o, e que contam com um
nŒmero razo†vel de materiais did†ticos e de manuais para professores. No entanto, a autora tambƒm
destaca que a produ„…o te‡rico-acadˆmica na †rea do espanhol instrumental “ainda ƒ escassa e
pouco original, reproduzindo conceitos e formula„‹es da tradi„…o anglo-sax•nica” (FREITAS,
2005, p. 50).
Na Espanha, a abordagem instrumental de ensino da l‚ngua espanhola teve inicio nos anos
1980, possivelmente com o ingresso do pa‚s na Comunidade Europƒia, com interesse das
universidades e de institui„‹es como as C•maras de Comƒrcio (AGUIRRE, 1998, apud FREITAS,
2005).
Enquanto que o Projeto ESP (coordenado por Maria Antonieta Alba Celani, com o objetivo
de aperfei„oar a habilidade leitora em inglˆs dos pesquisadores, professores da †rea cient‚fica e
tƒcnicos, atravƒs da an†lise das necessidades do pŒblico-alvo (FREITAS, 2005)) ƒ considerado o
marco no ensino instrumental de inglˆs no pa‚s, ƒ avaliado como o marco para o ensino
instrumental de espanhol o crescimento pol‚tico do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL).
Quando se fala sobre l‚ngua espanhola instrumental, pensa-se na sua concretiza„…o ampla a partir
do estabelecimento de rela„‹es econ•micas do MERCOSUL, na dƒcada de 90, e tambƒm da entrada
de empresas espanholas em territ‡rio brasileiro a partir de 1996 (FREITAS, 2005).
A mesma autora relata ainda que um poss‚vel grande respons†vel pela obten„…o de certo
destaque da l‚ngua espanhola no Brasil no fim da dƒcada de 1980 foi o fato de o espanhol come„ar a
ser oferecido como uma op„…o de l‚ngua no vestibular. Esse pŒblico que, potencialmente, seriam
alunos de cursos de espanhol instrumental, acabou optando por um curso geral da l‚ngua. “[...] O
ensino instrumental de l‚ngua espanhola ƒ, com exce„…o da †rea de instrumental para leitura, uma
†rea quase inexplorada no Brasil, tanto no que diz respeito ‰ pr†tica docente quanto aos estudos
acadˆmicos” (FREITAS, 2005).
Sobre as dificuldades do ensino de espanhol instrumental no Brasil, Freitas (2005) coloca
que elas s…o muitas e que a principal est† relacionada aos cursos centrados no exerc‚cio de uma
profiss…o. Pois muitas vezes o professor desconhece a †rea de forma„…o do seu aluno, uma vez que
“ele ƒ um especialista na l‚ngua que est† sendo ensinada, e n…o na †rea de forma„…o do seu aluno”
(FREITAS, 2005, p. 52). O paradigma do ensino de l‚nguas para fins espec‚ficos, como nos
relembra Freitas (2005), aponta que ƒ necess†rio se fazer o procedimento de an†lise de necessidades
lingu‚sticas, atravƒs de question†rios e entrevistas aplicados aos alunos. A dificuldade em preparar e
programar um curso espec‚fico para uma profiss…o “talvez seja uma das raz‹es para a quase
inexistˆncia de cursos de espanhol instrumental” (FREITAS, 2005, p. 52).
Sobre o material did†tico para o ensino de espanhol instrumental, Freitas (2005) tambƒm
comenta que o grande nŒmero de materiais produzidos na Espanha, com o foco no ensino de
segunda l‚ngua, dificulta que sejam usados por quem trabalha a l‚ngua espanhola na perspectiva da
LE. J† os materiais espec‚ficos para o pŒblico brasileiro que aprende a l‚ngua espanhola de forma
instrumental s…o raros e “o ideal seria que o professor pudesse produzir o material adequado a cada
um dos seus grupos de alunos, mas sabemos que, infelizmente, na nossa realidade, com o professor
que se vˆ obrigado a dar 30, 40 horas de aula semanais, nem sempre isso ƒ poss‚vel” (FREITAS,
2005).
Alƒm desses aspectos levantados atƒ o momento, o ensino de l‚nguas instrumental tambƒm
se vˆ rodeado de mitos, como destaca Freitas (2005). A autora cita 4 exemplos desses mitos, a
saber:
a) o conteŒdo do ensino de l‚ngua instrumental ƒ a terminologia especializada;
b) os alunos iniciantes n…o podem estudar uma l‚ngua instrumental, pois ela deve ser
ensinada apenas a estudantes de n‚vel intermedi†rio e avan„ado;
c) o curso de l‚ngua instrumental n…o ƒ exatamente de l‚ngua, mas uma aula da
especialidade em quest…o (Turismo, Rela„‹es Internacionais) dada em uma l‚ngua
estrangeira. Por isso, o professor n…o deve ser um especialista na mesma †rea de forma„…o
dos seus alunos;
d) a aula de l‚ngua instrumental ƒ sempre mon‡tona.
A esses mitos destacados pela autora, acrescentamos um mito muito comum e, infelizmente,
amplamente pregado quando relacionado especificamente ao ensino da l‚ngua espanhola no Brasil,
que tem a ver com a proximidade da l‚ngua com o portuguˆs: o mito de que a l‚ngua espanhola,
devido ‰ sua parecen„a com nossa l‚ngua materna, ƒ “f†cil” de se aprender. A l‚ngua castelhana,
justamente por ser uma l‚ngua pr‡xima, muitas vezes ƒ rotulada como uma l‚ngua simples, que n…o
exige de seus estudantes um n‚vel de conhecimento como outras l‚nguas neolatinas, como o inglˆs e
o francˆs. € importante ter em mente que tal r‡tulo, em nossa opini…o, ƒ inapropriado.
O ensino instrumental na UFSM
Segundo Freitas (2005), o nome instrumental surge em decorrˆncia de se ver a l‚ngua como
um instrumento de intera„…o social, com o des‚gnio principal de que as pessoas devem se
comunicar. A autora comenta que o termo instrumental, quando relacionado ao ensino de l‚nguas
estrangeiras, no Brasil, est† associado equivocadamente apenas ao ensino de leitura. Isso se deve ao
fato de que muitas institui„‹es oferecem cursos instrumentais de l‚nguas que s…o, normalmente,
ligados ao ensino da leitura ou de leitura acadˆmica em LE. A pesquisadora argumenta que o ensino
da habilidade de leitura ƒ apenas uma das possibilidades do ensino instrumental de l‚nguas.
Posto isso, ƒ importante ressaltar que, se atƒ o presente momento tratamos em muitos pontos
de ilustrar este trabalho utilizando como exemplo o ensino de leitura em espanhol ƒ apenas porque
elaboramos a pesquisa aqui relatada partindo de um curso de leitura na referida LE.
Parece-nos pertinente, ent…o, nesse momento, apontar diferentes exemplos de ensino
instrumental, tendo em vista que a UFSM oferece diversos cursos de l‚nguas estrangeiras para fins
espec‚ficos.
O Centro de Ensino e Pesquisa de L‚nguas Estrangeiras Instrumentais (CEPESLI),
coordenado pela professora Dra. Maria Tereza Nunes Marchesan oferece o Curso de Espanhol para
Viagens, para um pŒblico mais espec‚fico de estudantes e/ou servidores prestes a viajar para pa‚ses
de fala hisp•nica. € inevit†vel deixar de citar o Curso de Capacita€•o em Portugu‚s para Agentes
do Governo Uruguaio – Pol„cia Rodovi…ria, onde, ao todo, j† foram capacitados 328 policiais,
nŒmero que representa quase a totalidade da Polic„a Caminera (como ƒ conhecida a pol‚cia
rodovi†ria uruguaia). Como se trata de um curso de l‚ngua estrangeira instrumental, houve a
preocupa„…o de se preparar um material did†tico cujo conteŒdo se inserisse no contexto da rotina de
trabalho dos policiais, falando de situa„‹es que ocorrem no seu cotidiano. Neste sentido, o curso
tambƒm teve uma parte pr†tica, com a realiza„…o de atividades de integra„…o com os seus colegas
de trabalho brasileiros, das Pol‚cias Rodovi†rias Estadual (PRE) e Federal (PRF).
Sob comando da professora Dra Eliana Rosa Sturza, o Entrel‚nguas – Centro de Estudos
sobre Pr†ticas Lingu‚sticas e Culturais – ƒ outro exemplar de laborat‡rio em funcionamento na
UFSM em que, atravƒs da atua„…o de alunos da gradua„…o e da p‡s-gradua„…o em Letras, s…o
oferecidos cursos instrumentais de LE. Entre outros, semestralmente o Entrel‚nguas oferta cursos de
conversa„…o em espanhol, cursos de leitura em espanhol e aulas de portuguˆs para alunos
estrangeiros (com fins espec‚ficos de ensino de portuguˆs para estudantes de outras universidades
da Amƒrica Latina em interc•mbio na UFSM).
Esses seriam os exemplos de cursos com abordagem instrumental e outras possibilidades de
ensinos instrumentais que divergem da pr†tica espec‚fica de leitura e que registram sua pr†tica na
UFSM.
A respeito do ensino de leitura em LE, este come„ou a ser trabalhado na forma de projeto de
pesquisa do Laborat‡rio de Ensino e Pesquisa em Leitura e Reda„…o (LabLeR), em 1997. O
objetivo geral do projeto, elaborado pela professora Dra. Dƒsirƒe Motta-Roth e iniciado no seguinte
ano (1998), se divide em duas metas principais: aprimorar a forma„…o de alunos de gradua„…o e
p‡s-gradua„…o em Letras da UFSM (possibilitando-os vincular a teoria e a pr†tica no ensino de
l‚nguas, assim contribuindo com a forma„…o lingu‚stica da comunidade universit†ria) e ofertar a
alunos e servidores da institui„…o a oportunidade de complementar sua forma„…o profissional com
conhecimentos espec‚ficos em l‚nguas estrangeiras.
Como mencionado, este projeto ƒ direcionado ‰ forma„…o docente de professores em
forma„…o, partindo do aperfei„oamento da pr†tica pedag‡gica dos alunos dos cursos de licenciatura
em Letras. Tal aprimoramento de alunos envolvidos com os cursos instrumentais de leitura se d†
com base em a) investiga„‹es te‡ricas e pr†ticas do processo de ensino e aprendizagem de
linguagens, b) elabora„…o e planejamento de aulas de LE, c) desenvolvimento de material did†tico
com foco em leitura e interpreta„…o de textos, d) estudos sobre o processo de leitura e letramento, e)
pesquisas de ensino de linguagens verbal e n…o-verbal, etc.
Desde sua funda„…o, o LabLeR teve um enfoque mais direcionado ao ensino instrumental de
inglˆs como LE. Os cursos de leitura em inglˆs come„aram a ser ofertados no ano de 1998 e essa
pr†tica perdurou atƒ o ano de 2002. Ap‡s dois anos de hiato, os referidos cursos voltaram a ser
ofertados (em 2004), e continuam sendo oferecidos atƒ os dias atuais.
O ensino instrumental de leitura em E/LE, no entanto, n…o cumpriu a mesma trajet‡ria.
Inicialmente, em 2001, um curso de leitura em l‚ngua espanhola foi realizado a t‚tulo de
experimento, sem registros formais feito pelo Laborat‡rio. Foi uma primeira tentativa de
desenvolvimento de pesquisas e estudos no campo do ensino instrumental de E/LE no LabLeR.
Posteriormente, no ano de 2006, pela primeira vez foi ofertado oficialmente, com registros internos
e documenta„…o, o curso de leitura na referida l‚ngua. Ap‡s esse ano inicial o Curso de Leitura em
Língua Espanhola voltou a ser oferecido apenas no ano de 2009, e um novo hiato voltou a se
estabelecer.
O curso de leitura voltou a ser ofertado neste ano de 2011, visando, principalmente, fazer
frente ‰ necessidade dos alunos e servidores da UFSM de se prepararem para o teste de suficiˆncia
em LE.
Como escreve Novakoski (2008), o dito teste de suficiˆncia ƒ desenvolvido pelo
Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (DLEM) e ƒ realizado duas vezes por ano, sendo
que est…o aptos a sua realiza„…o os alunos do Œltimo semestre dos cursos de gradua„…o e tambƒm
alunos de p‡s-gradua„…o e servidores da referida institui„…o de ensino superior. Atualmente, o teste
pode ser realizado em cinco diferentes l‚nguas estrangeiras: inglˆs, francˆs, espanhol, alem…o e
portuguˆs (para alunos estrangeiros).
Objetivos
Com a pesquisa aqui relatada temos por objetivo apresentar o Curso de Leitura em Língua
Espanhola, ofertado pelo LabLeR, partindo de um resgate hist‡rico e da caracteriza„…o do ensino de
l‚nguas instrumentais no Brasil, com especial ˆnfase ao ensino de leitura em E/LE.
Est† incluso no objetivo central deste trabalho a exposi„…o da an†lise de uma turma do citado
curso no que se refere: ‰ atua„…o dos discentes integrantes do laborat‡rio envolvidos com a
prepara„…o e o andamento do curso, ao desenvolvimento das habilidades leitoras dos alunos do
curso, etc.
Metodologia
O procedimento metodol‡gico do presente trabalho consiste em pesquisa e an†lise
qualitativa.
Seguindo a linha de estudo de Ramos et. al. (2004) – que utilizaram question†rios para
verificar a contribui„…o de um curso instrumental de inglˆs no aprimoramento da leitura dos alunos
na referida l‚ngua, buscando identificar as dificuldades e as facilidades dos mesmos no processo de
aprendizagem –, elaboramos dois question†rios.
Aplicamos o primeiro question†rio na aula inaugural do Curso de Leitura em Língua
Espanhola, com a finalidade de reconhecer o grau de conhecimento prƒvio de cada aluno no que
tange ‰ leitura na referida LE e ainda conhecer as expectativas pessoais de cada um a respeito do
curso. Ao fim do curso, aplicamos o segundo question†rio, constru‚do para fins de conhecimento da
opini…o e o julgamento dos alunos sobre o andamento das aulas, a abordagem did†tica empregada
em sala de aula, o material did†tico utilizado, ‰ atua„…o dos envolvidos no desenvolvimento do
curso, entre outros pontos.
Para a cria„…o intelectual dos supracitados question†rios foram feitas leituras te‡ricas
referentes ao ensino instrumental de espanhol no Brasil e an†lises das fichas cadastrais propostas
pelo LabLeR e respondidas pelos alunos no momento da inscri„…o/matr‚cula.
Cumpre ressaltar que valemo-nos tambƒm de um terceiro question†rio, produzido pela
equipe administrativa do LabLeR a partir da necessidade de confirmar a qualidade do curso na
perspectiva dos alunos. Tal avalia„…o contempla pontos como: competˆncia do tutor (o aluno que
atua como professor, ministrando as aulas) e do monitor do curso, qualidade do material did†tico
utilizado ao longo do curso, a qualidade dos mƒtodos did†ticos aplicados nas aulas e outros aspectos
considerados relevantes.
De tal modo, no total foram aplicados trˆs question†rios: dois criados por n‡s, autores deste
artigo para fins de avalia„…o do curso, e outro (um terceiro) elaborado pela administra„…o interna do
Laborat‡rio.
Esclarecemos que os question†rios foram aplicados aos sujeitos de pesquisa (seis alunos do
curso, que participaram voluntariamente do estudo) em sala de aula. Estes seis alunos n…o s‡
possu‚am idades muito distintas, que variavam entre 21 e 49 anos, como tambƒm seguiam
diferentes †reas de atua„…o, a listar: agronomia (1 aluno), educa„…o (3 alunos), enfermagem (1
aluno) e geografia (1 aluno). Todos pertencentes a cursos de gradua„…o ou p‡s-gradua„…o
(especializa„…o e mestrado) na UFSM.
1. Resultados e discussão
Como resultados, apontamos a seguir determinados aspectos pertinentes, obtidos a partir das
informa„‹es contidas em cada um dos trˆs question†rios separadamente.
1.1. Questionário n° 1
A primeira quest…o indagava aos alunos se estes j† haviam, em algum momento, participado
de um curso de espanhol. Dos alunos que responderam ao question†rio, 3 (trˆs) afirmaram que
nunca haviam estudado espanhol em cursos. Dos question†rios em que se obteve resposta positiva,
em 1 (um) encontrou-se a afirmativa de que o aluno realmente freq‘entou um curso de E/LE, mas
“h† muito tempo atr†s”.
Segundo a an†lise dos question†rios, todos os alunos procuraram o curso instrumental de
leitura em l‚ngua espanhola com o objetivo de prepararem-se para o teste de suficiˆncia em LE, o
qual ƒ obrigat‡rio para todas as p‡s-gradua„‹es do Brasil. Todos os alunos admitiram nos
question†rios que iriam fazer o teste de suficiˆncia.
A respeito do teste de suficiˆncia, segundo a an†lise dos question†rios, constatamos que dois
(2) dos alunos j† haviam feito o teste de suficiˆncia, em inglˆs como LE. Os dois alunos, na quest…o
que pedia coment†rios a respeito do desempenho no teste, comentaram que haviam sido aprovados.
Nessa mesma pergunta, indagamos quais haviam sido as dificuldades na prova. Um dos alunos
comentou que teve dificuldades com o tempo, que precisou “de muita agilidade para ler e responder
todas as quest‹es”.
A partir do estudo feito, constatamos que muitos dos alunos optaram pelo curso de leitura
em espanhol pela semelhan„a existente entre o portuguˆs e o espanhol, j† que ambas s…o l‚nguas
latinas. € consider†vel o fato de que estes alunos diferem dos que julgam o espanhol como uma
“l‚ngua f†cil” de ser aprendida. Os alunos do Curso de Leitura em Língua Espanhola compreendem
que, justamente por serem l‚nguas similares, muitos pontos particulares exigem um estudo especial,
espec‚fico, a fim de que essa proximidade n…o os leve a equ‚vocos e interpreta„‹es distorcidas
durante o processo de leitura em espanhol e, principalmente, a erros na hora de realizar o teste de
suficiˆncia.
Alguns dos alunos optaram especificamente pelo curso do LabLeR (e n…o outros cursos
instrumentais oferecidos na mesma institui„…o) devido ‰ recomenda„‹es e sugest‹es de amigos e ‰
credibilidade que o LabLeR possui dentro e fora da UFSM, j† que o curso ƒ aberto ao pŒblico em
geral. Assim, ƒ not‡rio que o Laborat‡rio goza de certo reconhecimento e prest‚gio, entre estudantes
e professores e demais pessoas da comunidade.
Outra quest…o abordada nos question†rios dizia respeito ‰s dificuldades de aprendizagem de
E/LE que os alunos possu‚am. Verificamos que as principais dificuldades dos sujeitos de pesquisa
(apontadas pelos pr‡prios e confirmados pelo tutor e monitor em aulas, posteriormente) tinham
rela„…o com vocabul†rio, isto ƒ, “falsos cognatos, verbos desconhecidos, conectores”... S…o estas
dificuldades, segundo os alunos, que prejudicam o processo de leitura e, muitas vezes, como
consequˆncia, levam a equ‚vocos significativos na interpreta„…o dos textos, impossibilitando em
muitos casos a a„…o de “retirar” a verdadeira ideia e/ou sentido expresso no texto pelo autor.
Tambƒm observamos nos question†rios a(s) expectativa(s) dos alunos com rela„…o ao curso,
que era, sobretudo, a de aquisi„…o de habilidades de leitura para uma melhor compreens…o textual.
Os alunos tinham como expectativa imediata sentirem-se melhores preparados para o teste de
suficiˆncia e (ap‡s realizar o teste) permanecerem mais familiarizados com a l‚ngua, para uma
melhor compreens…o em futuras leituras acadˆmicas em LE.
Ainda atravƒs do primeiro question†rio perguntamos aos alunos como eles classificariam
seus conhecimentos gerais a respeito da l‚ngua espanhola. Metade dos alunos considerou
“Insuficiente”, enquanto a outra metade da turma respondeu que os conhecimentos lingu‚sticos em
l‚ngua espanhola eram “Razo†veis/medianos”.
1.2. Questionário n° 2
Ao tƒrmino do curso, aplicamos o segundo question†rio, o qual foi elaborado com base nas
respostas do primeiro.
Tendo em conta que com o citado question†rio t‚nhamos como finalidade principal constatar
a qualidade e a valia do curso, a primeira quest…o perguntava a respeito da opini…o pessoal dos
alunos: o que estes haviam achado do Curso de Leitura em Língua Espanhola? Metade dos alunos
assinalou que o curso era “Bom”. A outra metade da turma classificou o curso como “Excelente”.
Atravƒs de outra quest…o, tratamos de indagar aos alunos se as estratƒgias de leitura
ensinadas ao longo do curso lhes pareceram Œteis, suprindo assim as principais necessidades para o
teste de suficiˆncia da UFSM. Unanimemente, os alunos responderam que “Sim”.
A opini…o sobre a atua„…o do tutor, tambƒm podemos constatar, foi muito positiva. Os
alunos comentaram que o tutor (des‚gnio dado ao graduando em Letras que atua na sala de aula
como professor do curso, como j† foi explicado em linhas anteriores) possu‚a um bom dom‚nio do
conteŒdo a ser ensinado, tornava a aula din•mica e sempre se mantinha atento ‰s principais dŒvidas
e quest‹es. O tutor “explica bem e ƒ bastante atencioso no atendimento”, conforme a opini…o de um
aluno. Em outro question†rio, encontramos o seguinte coment†rio: “Parabƒns! Adorei a forma
simples e clara com que nos elucida o conteŒdo e as dŒvidas”.
Com rela„…o ‰ atua„…o do monitor, as opini‹es n…o foram diferentes. O desempenho do
monitor foi considerado muito bom, servindo como um complemento ‰ atua„…o do tutor. O monitor
colaborava nas aulas com coment†rios pertinentes e estava “sempre dispon‚vel a suprir as
necessidades dos alunos”, como comenta um aluno. Coment†rio extra‚do do question†rio de outro
aluno tratava de salientar que era not†vel o comprometimento do monitor, sempre buscando auxiliar
e complementar o papel do tutor.
A Œltima quest…o do question†rio n’ 2 pedia aos alunos que fizessem considera„‹es sobre o
livro did†tico utilizado ao longo do curso, produzido por n‡s, tutor e monitor do curso e orientadora
pedag‡gica (os autores do presente artigo). As opini‹es variavam entre “Bom” e “Excelente”.
Citando as opini‹es obtidas atravƒs dos question†rios, no processo de constru„…o do livro did†tico,
preocupamo-nos em “diversificar os temas e lan„ar o aluno a um universo de questionamentos
poss‚veis a partir de leituras e interpreta„‹es de textos”, de acordo com a avalia„…o de um aluno.
Outros alunos fizeram lembrar que “o material, muito bem elaborado, contempla as necessidades
dos alunos” e “ƒ bastante atual e moderno”.
1.3. Questionário n° 3
Por fim, verificamos no terceiro question†rio – desenvolvido para controle administrativo do
Laborat‡rio, ou seja, elaborado para verificar a competˆncia dos envolvidos no processo de
prepara„…o e andamento do curso (tutor e monitor, principalmente) – a aceitabilidade dos alunos
mediante uma perspectiva qualitativa. O terceiro question†rio, elucidamos, tratava basicamente dos
mesmos temas tratados nos question†rios anteriores, porƒm com uma abordagem classificat‡ria, a
partir de notas dadas pelos alunos. V†rios pontos deveriam receber notas, as quais poderiam variar
de 05 (Péssimo) a 10 (Ótimo) para a avalia„…o geral dos cursos ofertados.
Na tabela a seguir, apontamos alguns dos pontos contemplados no question†rio e as
respectivas notas dadas pelos seis alunos participantes desta pesquisa:
Aspecto analisado:
A competˆncia do tutor ao explicar o
conteŒdo e ao estimular a participa„…o dos
alunos
A atua„…o do monitor nas aulas e nas
atividades extraclasse, enquanto auxiliar
do tutor.
Qualidade do material did†tico: temas
abordados, atividades, design, formata„…o,
etc.
O atendimento de suas
expectativas/objetivos iniciais em rela„…o
ao curso
Notas atribuídas
10
9
8
10
9
10
10
9
8
10
8
10
9
9
9
8
9
10
10
8
9
10
9
10
Tabela 1: Ilustra„…o dos resultados obtidos a partir do question†rio n’ 3.
Por meio da Œltima quest…o do question†rio n’ 3, pedimos aos alunos cr‚ticas, sugest‹es e/ou
coment†rios pertinentes ao funcionamento do curso. Trˆs alunos (metade dos que responderam ao
question†rio) n…o apresentaram cr‚ticas ou sugest‹es. Outros apontaram como poss‚veis melhorias
“um maior nŒmero de aulas te‡ricas no decorrer do curso, e um futuro curso de oralidade”. Outro
aluno apontou que, em sua opini…o, o curso “deveria englobar mais o estudo de verbos”.
Finalmente, outra sugest…o dada por um dos sujeitos de pesquisa: “Penso que o curso de
leitura deveria ser ofertado em mais de um hor†rio durante a semana”.
Últimas considerações
Com base nos resultados apresentados anteriormente, considerado um excelente retorno,
tivemos, ao final do curso, os seis alunos aprovados com a mƒdia recomendada pela equipe de
orienta„…o pedag‡gica do LabLeR, grupo de docentes da UFSM que auxilia e orienta os alunos
envolvidos com o Laborat‡rio. A mƒdia qualitativa para aprova„…o nos cursos do Laborat‡rio
equivale a uma nota superior a 7,0 nas avalia„‹es.
Muitos dos alunos, ap‡s o curso, j† se consideravam detentores de certa afinidade com o
idioma espanhol e, em vista disso, consideraram continuar o processo de aprendizagem em tal LE
fazendo outro curso, tambƒm ofertado semestralmente pelo Laborat‡rio: o Curso de 4 habilidades
(onde s…o desenvolvidas igualmente as quatro habilidades ling‘‚sticas comuns ao processo de
ensino/aprendizagem de l‚nguas: ler, escrever, compreender e falar).
No dia 30 de junho de 2011 foi divulgada a listagem oficial dos alunos aprovados no teste
de suficiˆncia. Todos os alunos do Curso de Leitura em Língua Espanhola foram aprovados com
conceito B- ou superior (o que equivale a uma nota igual ou superior a 7,0 no teste). Indicamos que
a nota m‚nima para aprova„…o no teste de suficiˆncia na UFSM equivale a nota 6,1, conceito C. De
tal forma, consideramos primoroso o desempenho dos alunos no referido teste.
A modo de conclus…o, reiteramos uma vez mais a import•ncia de se discutir a pr†tica de
ensino instrumental. A aquisi„…o de competˆncias lingu‚sticas relacionadas a uma LE por parte de
alunos, seja para fins espec‚ficos ou n…o, ƒ um processo t…o complexo quanto a implementa„…o de
um curso instrumental por parte de alunos de um curso de licenciatura, futuros professores. Essa
complexidade, indiscutivelmente, justifica o estudo da abordagem instrumental, seja para o ensino e
a aprendizagem da habilidade de leitura em l‚ngua espanhola ou para as demais possibilidades de
ensino instrumental de l‚nguas.
Referências bibliográficas
AVOLIO, J. C.. Trajeto do francˆs instrumental no Brasil. In: CELANI, M. A. A.; FREIRE, M. M.;
RAMOS, R. C. G. (Orgs). A abordagem instrumental no Brasil: Um projeto, seus percursos e
seus desdobramentos. Campinas, SP. Mercado de Letras; S…o Paulo: EDUC, 2009.
CELANI, M. A. A.; FREIRE, M. M.; RAMOS, R. C. G. (Orgs). A abordagem instrumental no
Brasil: Um projeto, seus percursos e seus desdobramentos. Campinas, SP. Mercado de Letras; S…o
Paulo: EDUC, 2009.
FREITAS, L. M. A.. Espanhol Instrumental. In: Actas del XI Congreso de Profesores de Espa“ol,
49 – 56, 2005.
NOVAKOSKI, S. M.. Necessidades e temas de interesse de Inglˆs como L‚ngua Estrangeira (ILE)
de acadˆmicos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Ao Pƒ da Letras. Volume 10.1,
2008. p.82-108. Dispon‚vel em http://www.revistaaopedaletra.net/volumes/ vol%2010.1/Vol10Simone-fatima.pdf. Acesso em 29 de julho de 2011.
RAMOS, R. C. G.; R. E. LIMA-LOPES; GAZOTTI-VALLIM, M. A.. Análise de necessidades:
identificando gêneros acadêmicos em um curso de leitura instrumental. Revista The
ESPecialist, volume 25, n” 1, 2004. Dispon‚vel em http://www.corpuslg.org/journals/
the_especialist/issues/25_1_2004/ ARTIGO1.PDF. Acesso em 30 de julho de 2011.
SANCHEZ LOBATO, J.; SANTOS GARGALLO, I. (DIRS.). Vademecum para la formacion de
profesores. Ense“ar espa“ol con segunda lengua (l2) / lengua extranjera (le). Madrid: SGEL.
Sociedad General Espa“ola de Libreria, S.A. 2004.
ANEXO 1 – QUESTION•RIO N‚ 1
Universidade Federal de Santa Maria
Departamento de Letras Estrangeiras Modernas
Laboratório de Pesquisa e Ensino de Leitura e Redação.
Línguas no Campus - LINC
Dados de identificação:
Nome (opcional):
Profissão:
Local de trabalho:
Vínculo com a instituição (UFSM):
Idade:
Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino
01) Você já fez algum tipo de curso de espanhol? ( ) Sim ( ) Não
02) Você já fez algum curso de leitura? ( ) Sim ( ) Não
03) Por que você optou por fazer um curso de leitura em espanhol?
04) Por que você optou por fazer o curso de leitura em espanhol do LabLeR?
05) Você já fez alguma vez o Teste de Suficiência? ( ) Sim ( ) Não
06) Se você já fez, como foi o seu desempenho no teste? Quais foram suas dificuldades na prova?
07) Se você ainda não fez o teste, quais são suas expectativas quanto a ele?
08) Você pretende fazer o Teste de Suficiência? ( ) Sim ( ) Não
09) Quais são as suas principais dificuldades em relação à aprendizagem da língua espanhola?
10) Quais são as suas principais facilidades em relação à aprendizagem da língua espanhola?
11) Como você classificaria os seus conhecimentos gerais a respeito da língua espanhola?
( ) Insuficientes ( ) Razoáveis / Medianos ( ) Satisfatórios
12) O que você espera aprender com o curso de leitura em espanhol do LabLeR?
ANEXO 2 – QUESTION•RIO N‚ 2
Universidade Federal de Santa Maria
Departamento de Letras Estrangeiras Modernas
Laborat‡rio de Pesquisa e Ensino de Leitura e Reda„…o.
L‚nguas no Campus - LINC
01) O que vocˆ achou do curso de Leitura em Espanhol? Justifique sua resposta.
( ) Excelente ( ) Bom ( ) Satisfat‡rio ( ) Razo†vel ( ) Insatisfat‡rio
02) As tƒcnicas ensinadas ao longo do curso lhe parecem Œteis? ( ) Sim ( ) N…o
03) Se a resposta anterior foi positiva, de que forma lhe s…o Œteis? Justifique.
04) O curso de leitura em espanhol supriu as suas necessidades pessoais? ( ) Sim ( ) N…o
05) Justifique sua resposta anterior.
06) Como vocˆ classificaria, ap‡s o curso de leitura ofertado pelo LabLeR, os seus conhecimentos
gerais a respeito da l‚ngua espanhola?
( ) Insuficientes ( ) Razo†veis / Medianos ( ) Satisfat‡rios ( ) Bons ( ) Excelentes
07) Quais as suas cr‚ticas ou sugest‹es para o melhoramento do curso?
08) Como vocˆ classificaria a competˆncia do(a) tutor(a) ao explicar o conteŒdo e ao estimular a
participa„…o dos alunos em aula. Justifique sua resposta.
( ) Insuficiente ( ) Razo†vel / Mediana ( ) Bom ( ) Excelente
09) Como vocˆ classificaria a atua„…o do(s) monitor(es) ao explicar o conteŒdo e ao estimular a
participa„…o dos alunos em aula. Justifique sua resposta.
( ) Insuficiente ( ) Razo†vel / Mediana ( ) Bom ( ) Excelente
10) Como vocˆ avalia o material did†tico – utilizado no curso de Leitura do LabLeR – com rela„…o
‰: temas abordados, atividades, design/formata„…o, etc. Justifique sua resposta.
( ) Insatisfat‡rio ( ) Razo†vel / Mediano ( ) Bom ( ) Excelente
ANEXO 3 – QUESTION•RIO N‚ 3
Ficha de avaliaƒ„o dos Cursos de Leitura 2011 - 1‚ Semestre.
Idioma:
Tutor:
Monitor:
Avalie seu curso utilizando a classificação abaixo. Justifique todas as suas respostas.
Nota 5. P…ssimo(a).
Nota 6. Ruim.
Nota 7. Regular.
Nota 8. Bom(a).
A) A relação entre tutor(a) e alunos. (
Por quê?
Nota 9. Muito bom(a).
Nota 10. †timo(a).
)
B) A sua relação/interação com os colegas durante as atividades da aula. (
Por quê?
)
C) O material didático: temas abordados, atividades, design/formatação, etc. (
Por quê?
)
D) A competência do(a) tutor(a) ao explicar o conteúdo, ministrar as aulas e estimular a
participação dos alunos nas atividades. (
)
Por quê?
E) A atuação do(s) monitor(es) enquanto auxiliar do professor(a). (
Por quê?
)
F) O desenvolvimento de suas habilidades de leitura em língua estrangeira. (
Por quê?
)
G) O atendimento de suas expectativas/objetivos iniciais em relação ao curso. (
Por quê?
)
H) O procedimento administrativo de realização de matrículas e pagamentos. (
Por quê?
)
I) Observações extras (críticas e/ou sugestões).
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o curso de leitura em língua espanhola