“FORMAÇÃO DE
PROFESSORES ”
Filomena Arruda Monteiro/PPGE
GEP ForDoc – UFMT
[email protected]
A
formação de professores tem vivido:
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 Na
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O predomínio de uma visão conservadora, sustentada na
perspectiva técnico/intrumentalizadora, que esvazia o papel
do professor enquanto criador e organizador de sua prática;
A sobreposição dos conhecimentos teóricos em detrimento
dos saberes experienciais;
A distância que separa a formação universitária da realidade
das escolas.
contramão dessas tendências, é preciso:
Fomentar a troca de saberes derivados das pesquisas
acadêmicas e os saberes do campo de trabalho;
Incorporar à formação inicial as contribuições dos saberes da
prática propiciadas pelos professores em exercício;
Potencializar as contribuições da universidade na formação
continuada dos professores das escolas;
Reafirmar o compromisso ético-político da formação de
professores frente à realidade brasileira.
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A possibilidade de construção de uma escola
pública de qualidade passa por uma reinvenção
coletiva e cotidiana desse espaço.
Século XX

Escola para Todos


Século XXI
Escola onde todos aprendem
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 Zeichner
(2010) propõe a criação do terceiro
espaço ou “espaços híbridos”, reunindo
professores da educação básica e da
universidade, relacionando-se de forma
menos hierárquica e mais igualitária, com o
intento de propiciar formação qualificada aos
futuros docentes.
 Canário
(2001) defende que a articulação
entre a formação e o exercício do trabalho
deva ser o “ponto nevrálgico da organização
curricular dos cursos de formação inicial de
professores”.
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 Desenvolvimento
 Marcelo
Profissional Docente –
Garcia (1999; 2009a; 2009b);
 Identidade
Docente, Formação Profissional e
Saberes Docentes - Imbernón, 2001; Nono e
Mizukami, 2006; Castro, 1995; Guarnieri,
1996; Fontana, 2000 ; Nóvoa, 2010
 Principais
dificuldades
 Excessivo
controle das políticas educacionais
dificultam as possibilidades da escola se
organizar a partir de projetos próprios
emanados do trabalho coletivo
 Crescente deterioração das condições de
funcionamento das escolas e da
intensificação do trabalho docente;
 Substituição da prioridade na aprendizagem
pela avaliação do rendimento escolar.
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
Os conhecimentos que são possíveis produzir frente à
realidade da escola, mediados pelos conhecimentos
teóricos, tornam possível ao futuro professor produzir suas
compreensões pessoais, seus saberes e o compromisso
ético-profissional

É importante e necessário reafirmar que a formação de
professores no ensino superior – por mais adequada e
comprometida que seja - não é capaz, sozinha, de mudar
a maneira como hoje se desenvolvem as práticas
educacionais em nosso país. É preciso que tenhamos
políticas públicas voltadas também para a melhora das
condições de trabalho, salário e carreira dos nossos
professores.
...
O PAPEL DA ESCOLA
Reali, Tancredi e Mizukami (2008) colocam que as
escolas, ainda que de maneira pouco satisfatória, vêm
procurando incorporar o seu uso nos processos educacionais,
oferecendo várias modalidades formativas. As autoras
enfatizam que:
“Apesar dos problemas existentes, com o auxílio da
internet, é possível construir um conjunto de atividades
ajustadas às características dos alunos e das escolas,
aproveitando o intercambio das experiências pessoais com
relação a um determinado conteúdo, e isso pode
desempenhar um papel relevante no desenvolvimento
coletivo”. (REALI, TANCREDI e MIZUKAMI, 2008, p. 88)
O que é preciso superar?
A
constituição de visões fragmentadas,
lineares a respeito dos problemas da
educação, que minimizem sua
complexidade e impeçam a visão de
totalidade;
 As posições de indiferença e de
conformismo diante dos problemas
encontrados.
 Posturas que se restrinja a apenas captar
os desvios e as falhas do processo
educacional, dos diretores, dos
professores;
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EM QUAL DIREÇÃO CAMINHAR?
 Compreender
suas vicissitudes e desafios,
seus pontos fortes e seus problemas;
 Desenvolver a criticidade, a reflexão, a
capacidade de análise do contexto
educacional;
 Constituir relações de compromisso com
seus alunos, seus professores e demais
profissionais, dando feedback;
 Desenvolver a capacidade de autopercepção
e de autocompreensão;
 Fortalecer a autonomia e a capacidade de
superar os próprios limites.
Comunidades de aprendizagem
 Os
professores estariam construindo
conhecimento coletivamente.
 Essa convivência contribuiria para a
realização de projetos inovadores
 A instituição como um todo se
beneficiaria, uma vez que, os
professores identificariam
problemáticas relevantes com as quais
se deparam cotidianamente.
 A troca de informações poderia ajudar
a encontrar alternativas de trabalho.
Bibliografia
MARCELO, C. Formação de Professores – Para uma
mudança educativa. Porto-Portugal: Porto editora, 1999.

---------- Pesquisa sobre a formação de professores: O
conhecimento sobre aprender a ensinar. Revista Brasileira de
Educação, n 9, Rio de Janeiro: ANPED, set/nov/dez, 1998, p.
51-75.

MIZUKAMI, M.da G.N. et al. Escola e aprendizagem da
docência: processos de investigação e formação. São Carlos :
EdUFSCar, 2002.

MIZUKAMI, M. da G. & REALI, A.M.M.R. (orgs). Formação
de professores, práticas pedagógicas e escola. São Carlos:
EdUFSCar, 2002.

SHULMAN,L.S. Those who understand: knowledge growth
in teaching. Educational Researcher,v.15,n.2, 1986.

Quatro perguntas
pedagógicas importantes:
•O que faço?
•O que penso?
•Como me tornei assim?
•Como poderei me modificar?
A formação constitui um processo contínuo de mudanças.
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Formação de Professores – Filomena Arruda Monteiro