ANALISE DE INCLUSÃO DIGITAL DOS DOCENTES DAS ESCOLAS
PÚBLICAS DE PONTES E LACERDA
Cristina Gonçalves Lima – [email protected]
Hélio Gonçalves de Lima – hé[email protected]
Pedro Clarindo da Silva Neto – [email protected]
IFMT - Instituto Federal de Mato Grosso – Pontes e Lacerda/MT
RESUMO
Este estudo visa discutir o trabalho de tutoria feito durante o estágio supervisionado
no curso médio integrado de informática do IFMT- Campus Pontes e Lacerda,
realizado no Centro de Formação e Atualização de Professores – CEFAPRO e teve
como tema a oferta de cursos gratuitos para inclusão digital na formação de
professores do ensino público. Foram ofertados três cursos pela plataforma eproinfo¹: Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC; Introdução
Digital e Elaboração de Projetos, com carga horária, respectivamente, 100, 40 e 60h,
os quais objetivaram especializar docentes e fazê-los multiplicadores da inclusão
digital para os alunos. A metodologia utilizada para a obtenção dos dados
compreendeu, primeiramente, no cadastro dos professores em até dois cursos
ofertados. Cada participante recebia material didático de excelente qualidade,
acompanhado com CD para estudo em casa. Eram cinco turmas do primeiro curso,
seis do segundo e três do último disponibilizado. As aulas aconteciam no laboratório
de informática das escolas, com um computador por cursista, que recebia
atendimento individual. Para cada turma eram oferecidas trinta vagas; todos os
cursos eram realizados no período noturno em sete escolas estaduais e municipais
públicas de Pontes e Lacerda, e aos sábados na escola Legislativa da cidade para
facilitar a participação dos docentes. Ao final de cada curso foi construído um
gráfico do índice de professores concluintes para a emissão de certificados, quando
se levantou o número de evasões. Em “Tecnologias na Educação: ensinando e
aprendendo com as TIC”, 75,8% concluíram o curso; já “Introdução Digital” obteve
uma porcentagem de 81,1 e, por último, o curso “Elaboração de Projetos” com
71,1% de concluintes. Pode parecer que o resultado foi satisfatório, entretanto não o
foi, pois muitos frequentaram parcialmente os cursos. Percebeu-se que durante o
levantamento, os professores cursistas faltaram e evadiram-se com muita facilidade,
sem justificativas. Este fato contribuiu negativamente na formação de professores
para a inclusão digital, pois muitos não fazem essa formação continuada e entre os
que fazem, são poucos aqueles que passam o aprendizado para os alunos. Esse
fato foi observado durante visita realizada numa escola local cujo objetivo era buscar
os reflexos dos cursos na prática pedagógica. Ressalta-se que se os cursos
ofertados pelo CEFAPRO fossem realmente aproveitados pelos professores, esses
cursos poderiam ser uma ferramenta significativa para a inclusão digital. O que falta
é o reconhecimento da importância dessa ferramenta pelos professores. Portanto, a
pouca importância dada aos recursos de tecnologia como consequência a
minimização da inclusão digital dos alunos. Talvez esses profissionais ainda
apostam na educação tradicional, entretanto não percebem que têm em mãos um
grande recurso pedagógico, a inclusão digital. Para minimizar esse problema, é
preciso, além de conscientização dos professores e incentivo dos gestores
educacionais, que todos reconheçam as novas tecnológicos como parceiras para
potencializar o processo educativo.
PALAVRAS-CHAVE
Inclusão Digital, CEFAPRO e Formação de professores.
Tipo de Trabalho: Trabalho de Graduação.
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