TEMAS LIVRES
ESPECIAIS
J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.
Temas Livres Especiais
TLE-01
TLE-02
AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE MEMBROS INFERIORES PRÉ E PÓS
TRATAMENTO ESCLEROTERÁPICO COM MICROESPUMA EM VARIZES
COMPRESSÃO INELÁSTICA NO TRATAMENTO DAS ÚLCERAS VARICOSAS
PACHECO, K. M. U., PITTA, G. B. B., SOUZA, F. A. P., FIRMINO, R. A.,
BARROS, K. J. F., PITTA, G. B., LYRA, L. B., FIGUEIREDO, A. H. S.,
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS (UNCISAL).
CONTEXTO: A doença venosa crônica - DVC atua como condição patológica importante por ser causadora de grande prejuízo funcional aos pacientes portadores. Daí a importância de tratá-la, proporcionando assim uma melhora da qualidade de vida aos doentes. A escleroterapia com microespuma
é um método seguro, baixo custo e pouco invasivo. Por este motivo tem se mostrado uma boa opção
para estes pacientes.
OBJETIVO: Avaliação funcional dos pacientes com DVC pré e pós tratamento escleroterápico com
microespuma das varizes dos membros inferiores.
TIPO DE ESTUDO: Tratou-se de um estudo prospectivo de coorte, de acordo com os termos da Resolução 196 de 09/10/96 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde.
LOCAL: Ambulatório de Cirurgia Vascular da Unidade de Programa de Saúde da Família no Conjunto Virgem dos Pobres III, parte atendida pela equipe 26 e 28, localizado na Avenida Rui Palmeira,
Trapiche da Barra, Maceió-AL,
AMOSTRA: Participaram da pesquisa os pacientes atendidos durante o período de 21/11/2007 a 12/
09/2008, Foram incluídos no estudo os pacientes maiores de 18 anos portadores de doença venosa
crônica em membros inferiores (CEAP 1, 2, 3, 4, 5 e 6), moradores do Conjunto Virgem dos Pobres
III. Foram excluídos da pesquisa gestantes, índios, pacientes psiquiátricos, pacientes com história de
trombose venosa profunda recente ou tardia, trombofilia, neoplasia e insuficiência arterial periférica
(índice tornozelo-braço < 0,8).
PROCEDIMENTOS A amostra foi constituída de 30 membros de dezessete pacientes, todas do sexo
feminino, com classificação clínica, etiológica, anatômica e fisiopatológica (CEAP) de grau C1 a C6. A
microespuma, preparada pela mistura de 1 ml de polidocanol a 3% e 5 ml de ar, era injetada na veia
do paciente, em posição ortostática. Os membros eram enfaixados com atadura inelástica por 3 dias.
A eficiência do tratamento foi avaliada pelo escore clínico e funcional da classificação de gravidade
da doença venosa crônica e os pacientes eram classificados em baixa, média e alta gravidade.
VARIÁVEL: Escore clínico e funcional da classificação de gravidade da doença venosa crônica
MÉTODO ESTATÍSTICO: Os escores antes e depois do tratamento foram comparados pelo teste de
Wilcoxon com P < 0,05.
RESULTADOS: Houve diminuição significante nos escores clínicos e funcionais. Antes do tratamento
23,52% das pacientes foram classificadas como baixa, 47% média e 29,3% alta gravidade e após o
tratamento esses valores passaram para 70,5%, 17,6% e 11,7% respectivamente, e mesmo os pacientes que mantiveram-se em alta gravidade apresentaram considerável melhora clínica e funcional.
CONCLUSÃO: O tratamento escleroterápico com microespuma mostrou-se muito útil na melhora funcional dos membros de pacientes com DVC.
(14) DESCRITORES: Escleroterapia, varizes, microespuma
FONTES DE FOMENTO: Trabalho de conclusão de graduação médica financiado pela Liga Acadêmica Vascular Prof. Dr. Emil Burihan – LAVA.
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) processo n° 72/2007.
CONFLITO DE INTERESSES: Não há conflitos de interesses
CONTEXTO: A úlcera varicosa crônica (UVC) – conseqüência tardia da insuficiência venosa crônica
(IVC) – constitui um sério problema de saúde e sócio-econômico, devido à alta prevalência, recidivas
e à carência de hospitais e técnicas especializadas no tratamento das úlceras varicosas crônicas
e da IVC. Assim, é relevante responder: Qual a eficácia do tratamento de UVC com uso de contenção inelástica em relação ao grupo controle? OBJETIVO: Avaliar a eficácia do tratamento de
UVC, com uso de contenção inelástica, tipo Polaina de Luccas-modificada, em relação ao grupo
controle. TIPO DE ESTUDO: Ensaio Clínico Controlado, Randomizado, Duplo-cego. LOCAL: Hospital Escola Dr. José Carneiro, ambulatório de cirurgia vascular. AMOSTRA: Foram incluídos portadores de UVC do ambulatório de cirurgia vascular do hospital escola Dr. José carneiro, detectadas
ao exame clínico. Foram excluídos os portadores de diabetes mellitus, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência renal crônica e arteriopatias periféricas. Técnica de amostragem – Foram selecionados 30 pacientes do ambulatório de Cirurgia Vascular do Hospital Escola Dr. José Carneiro, alocados randomicamente em dois grupos, denominados GRUPO 1 – CONTROLE (sem contenção) e GRUPO 2 – EXPERIMENTAL (usando contenção inelástica tipo Polaina Luccas – modificada). PROCEDIMENTOS: Os pacientes foram acompanhados por dezoito semanas, sendo reavaliados semanalmente por um auxiliar de enfermagem e quinzenalmente no ambulatório, pelos pesquisadores. Concomitantemente a análise do aspecto da lesão e do curativo, eram passadas informações sobre o tratamento e cuidados diários. Orientou-se repouso com membros elevados, movimentação da articulação tíbio-társica, limpeza mecânica e proteção com curativos vaselinizados diariamente. VARIÁVEL: PRIMÁRIA – Evolução e tempo de cicatrização. SECUNDÁRIA – Diâmetro
das lesões. MÉTODO ESTATÍSTICO: Tamanho da amostra – Trinta pacientes divididos randomicamente em dois grupos. Análise estatística – Baseada em duas variáveis: diâmetro da lesão e tempo
de cicatrização. Os pacientes foram acompanhados por até dezoito semanas, com reavaliações ambulatoriais quinzenais, quando eram realizadas as medições dos dois diâmetros maiores da lesão,
fazendo uma correlação entre a evolução cicatricial e o tempo. A evolução cicatricial foi classificada
em: ótima (cicatrização total), boa (regressão maior que 50%), inalterada (menor que 50%) e ruim
(agravamento da lesão). O tempo de cicatrização baseou-se na comparação entre os grupos e com
trabalhos análogos. RESULTADOS: A evolução clínica no grupo experimental foi ótima em 58,33%,
boa em 16,67% e inalterada em 25%. No grupo controle, a evolução foi 13,33% (ótima), 20% (boa)
e 66,67% (inalterada). Nos pacientes com evolução clínica ótima, o tempo médio de cicatrização foi
10,85 semanas no grupo II e 15, no grupo I. CONCLUSÃO: O grupo experimental apresentou maior
número de pacientes com úlceras cicatrizadas (58,33%) e num período mais curto (10,85 semanas),
comprovando que a Polaina de Luccas- modificada é eficaz no tratamento das úlceras varicosas crônicas. DESCRITORES: Insuficiência venosa, úlcera venosa, cicatrização. FONTES DE FOMENTO:
Nenhuma. COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Todos os pacientes assinaram o TCLE. CONFLITO
DE INTERESSES: Nenhum.
TLE-03
TLE-04
INTERFACE E SUSCEPTIBILIDADE GENÉTICA À DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA
(DAP)
COMPARAÇÃO ENTRE LASER E ESCLEROTERAPIA NO TRATAMENTO DE
TELANGIECTASIAS DO MEMBROS INFERIORES
MARILIA PANICO, DAYSE A. SILVA,ETHEL SPICHLER, MARIO FRITSCH, WILLE OIGMAN, JOSÉ
ADLER, LEANDRO RODRIGUES, MARCOS ROSA, ELAIE TAVARES, ANA CRISTINA FERNANDES,
CARLOS BARONE, ROMULO VIANNA, DAVID SPICHLER.
MUNIA, M. A. S., WOLOSKER, N., CHAO, W. S., PUECH-LEÃO, P.,
HOSPITAL DAS CLINICAS DA USP
Angiologia, Clínica Médica, Microbiologia, Patologia Geral/FCM/HUPE/UERJ &UNIRIO.
CONTEXTO:A susceptibilidade genética é apontada como um dos determinantes para progressão da DAP.
Polimorfismos que ocorrem nos genes, expressando moléculas do processo inflamatório, são valiosos candidatos para esta primeira etapa de identificação desta susceptibilidade.
OBJETIVOS:Analisar a relação entre a DAP, suas variáveis metabólicas e polimorfismos nos genes promotores do TNF-alfa e IL-10,proporcionando sua identificação como marcadores genéticos.
TIPO DE ESTUDO:Coorte descritiva.
LOCAL:Angiologia/HUPE/UERJ (Dezembro 2006/Dezembro 2007).
AMOSTRA:Coorte de 88 pacientes com DAP, idade= 30 anos. Sexo, fatores de risco tradicionais, obesidade,
hipertensão arterial(HA), diabetes mellitus (DM) e filtração glomerular renal (FGR) alterada, foram analisados.
Índice Tornozelo Braquial (ITB)<0,90 diagnosticou DAP, considerando-se o menor valor.
PROCEDIMENTOS:Amostras venosas foram analisadas por rotinas laboratoriais. Relativo ao polimorfismo, o
DNA genômico foi obtido a partir de sangue total de indivíduos com DAP (n=88), genotipados individualmente
para os loci dimórficos [A1082G], [C-819T] e [C-592A] do promotor da IL10, e dos loci [G238A], [G863T] e
[G308A] do promotor de TNFa, por miniseqüenciamento do produto de PCR.
VARIÁVEIS:Obesidade, dislipidemias, DM, HA, hiperhomocisteinemia e FGR, foram definidos por diretrizes
universais. As freqüências alélicas, observadas na população com DAP, dos seis loci analisados, foram comparadas com aquelas obtidas de uma amostra de 135 indivíduos da população do Rio de Janeiro sem registro
da doença, média de idade 55,6±7,5, genotipadas nos mesmos loci.
MÉTODO ESTATÍSTICO:Análise estatística univariada na DAP; teste qui-quadrado e “odds ratio” (p< 0,05)
no polimorfismo.
RESULTADOS:Sexo feminino59,09%, média de idade, 70,9 ±10,2. Fatores de risco: Tabagismo,70,45%;
DM, HAS, Infarto Agudo Miocárdio, Acidente Vascular Encefálico, auto-referidos, respectivamente, 28,41%,
76,14%, 7,95%, 9,09%. Medidas antropométricas, médias e desvios padrão: Índice Massa Corporal (Kg/m2),
26,12±4,54; Circ.abdom.(cm), 93,25±12,0; Pressão Sistólica (mmHg), 156,44±26; Pressão Diastólica, 89,08
± 10,9; ITB, 0,61±0,18. Sorológicos, mg/dl:Glicemias,113±50,9; Colesterol,218±49,7; HDL,48,16±11,06;
LDL,154±42,15; Triglicerídeos,153,9±86, Creatinina,1,04±0,47. FGR,ml/min/1,73m3, (MDRD), 63,19±20;
CG,55,11±18,6. Homocisteina, µmol/L,13,62± 4,9. Referente ao polimorfismo, verificou-se distribuição alélica estatisticamente diferente para os loci [-863] (p=0,017), [-308] (p=0,011), promotores do TNFa , e [-592]
(p=0,007), promotor da IL 10,quando comparou-se grupo controle e DAP.
CONCLUSÃO:Registrou-se na DAP, idade avançada, feminino, tabagistas, obesos, hipertensos; Dislipidemia, hiperhomocisteinemia e função renal alterada foram marcadores sorológicos preponderantes. No polimorfismo, os loci [863], [-308] e [-592] (TNFa e IL 10), apresentaram diferenças significativas quanto as
freqüências alélicas entre as duas populações estudas, indicando sua importância como marcadores da suscetibilidade à DAP. Apesar dos fatores de risco tradicionais estudados, a progressão da DAP, foi variável,
sugerindo a presença de outros determinantes independentes, provavelmente genéticos. Identificação desta
susceptibilidade, representará significativo impacto no diagnóstico, progressão e terapêutica da DAP.
DESCRITORES: G13.920.795, D12.644.276.374, C14.907.137.126.307, C18.452.394.750, C14.907.489,
FONTES DE FOMENTO:HUPE-UERJ
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA:CEP/Janeiro2009.
CONFLITO DE INTERESSES:Nenhum.
As telangiectasias de membros inferiores representam doença vascular de alta prevalência
e que causam grande incômodo estético, aproximadamente 40% das mulheres e 15% dos
homens apresentam telangiectasias dos membros inferiores. O padrão - ouro do seu tratamento é a escleroterapia com a injeção de variadas substâncias que provocam sua trombose
e reabsorção. Os resultados são bastante satisfatórios, embora este tratamento apresente
possíveis complicações como reações alérgicas ao esclerosante, ulcerações, matting telangiectásico e a necessidade de inúmeras aplicações, além da chamada “fobia a agulha”. Recentemente, o tratamento de alguns tipos telangiectasias superficiais com o uso do Laser tem
sido preconizado por muitos autores. A teoria de fototermólise seletiva[i][i] permitiu o entendimento do mecanismo de ação do Laser sobre os diferentes tecidos vivos, e o rápido avanço
dessa tecnologia no sentido de obter tratamentos mais específicos, eficazes e seguros.Vinte
mulheres, com idade entre 25 – 65 anos (média de 43 anos), pele com fototipos de I-VI de
Fitzpatrick, com telangiectasias de membros inferiores (diâmetro entre 0,5 a 1,5mm), foram
incluídas no estudo. Foram estabelecidas regiões de tratamento em membros inferiores que
fossem bilaterais e simétricas com respeito à distribuição de telangiectasias, com área de 7
x 7cm. Para cada paciente, um lado foi submetido a tratamento com escleroterapia e o outro
com Laser 1064 nm de maneira simultânea e comparativa. A duração do tratamento foi de 3
sessões.
Após o final do tratamento (3 sessões), as pacientes responderam a um questionário onde
classificaram: a dor sentida durante o mesmo, a praticidade e o clareamento obtido com cada
uma das duas modalidades de tratamento. Neste último item, os resultados foram classificados dentro das categorias ruim (quase sem alterações), regular (clareamento parcial), bom
(grande clareamento), excelente (clareamento total). Finalmente, classificaram, também, sua
satisfação geral com o resultado de cada uma das modalidades de tratamento. As áreas de
tratamento foram fotografadas digitalmente em quatro momentos a saber: antes do início do
tratamento, antes do início da sessão subseqüente, e ao final do tratamento. As fotografias
foram realizadas seguindo parâmetros padronizados de luminosidade, aumento e posicionamento da área fotografada. Em geral, ambos os tratamentos foram bem tolerados pelas pacientes, sem complicações graves. As pacientes deram notas semelhantes aos dois procedimentos, sem diferença estatística, enquanto que a avaliação feita das fotografias por tres
observadores independentes mostraram diferença estatisticamente significativa entre a melhopra das telangiectasias com laser e escleroterapia.
S17
Temas Livres Especiais
J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.
TLE-05
TLE-06
TIPOLOGIA, CARACTERÍSTICAS BIOMECÂNICAS E NEUROVASCULARES DOS
PÉS DE DIABÉTICOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA.
HISTOPATOLOGIA DO MATERIAL COLETADO EM FILTROS DE PROTEÇÃO
CEREBRAL (FPC) NAS ANGIOPLASTIAS (APT) COM MOLDE TRANSLUMINAL
(STENT)
SANTOS, I.A.S., CAMPELO, R.C., ROCHA, R.M., PINTO, L.R.M., ARAÚJO, M.
SIQUEIRA, G.L.G., NOVAES, G.S., RAZUK, Á., KARAKHANIAN, W.K., FIORANELLI, A.,
TELLES, G.J.P., PARK, J.H., KARAKHANIAN, W.Z.G.O., CASTELLI, V., CAFFARO, R.A.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC.
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO
PAULO
CONTEXTO: As alterações nos pés de pacientes diabéticos resultam de uma combinação diversa de
fatores patológicos que podem ou não ocorrer concomitantemente. A morfologia dos pés descrita como fator de risco em outras condições como em algumas osteoartropatias, não tem sido mencionada
em estudos de pés diabéticos.
OBJETIVO: Identificar os principais tipos de pé e sua associação com características neurológicas,
biomecânicas e vasculares em sujeitos diabéticos atendidos em uma unidade de referência.
TIPO DE ESTUDO: Foi realizado um estudo transversal de prevalência.
LOCAL: Ambulatório da Associação de Diabéticos de Itabuna – Programa de Hipertensão e Diabetes (ASDITA-HiperDia) no município de Itabuna. Esta é uma unidade de cuidados secundários que
atende indivíduos portadores de Hipertensão e Diabetes encaminhados pelas Unidades Básicas de
Saúde e Programas de Saúde da Família, além da demanda espontânea e dos próprios associados
da ASDITA.
AMOSTRA: Foram incluídos pacientes consecutivos de ambos os sexos, e de qualquer idade. Foram
excluídos os pacientes não-diabéticos.
PROCEDIMENTOS: Foram submetidos ao exame clínico de rotina com identificação dos tipos de pés
(egípcio, grego e quadrado), avaliações neurológica e vascular.
VARIÁVEL: Variáveis primárias: tipos de pés, avaliações neurológica e vascular. Variáveis secundárias: coloração, presença de calos, de varizes, de alterações anatômicas, de edema de úlcera e de
amputação. Além da mobilidade articular.
MÉTODO ESTATÍSTICO: O cálculo da amostra foi baseado no critério da saturação teórica, onde
a não ocorrência de casos novos para uma determinada característica observada definiria o número
de sujeitos a serem incluídos. Os dados foram analisados utilizando-se a estatística descritiva,
estimando-se médias e desvios-padrão.
RESULTADOS: Foram avaliados 85 pés. O tipo de pé mais encontrado foi o egípcio 60,47% (52/85),
seguido do grego 23,26% (19/85) e quadrado 16,28% (14/85). A insensibilidade ao monofilamento
de 10g (5.07) ocorreu em 32,6% (17/52) de pés egípcios e em 31,6% (6/19) dos pés gregos e foi
preservada em todos os pacientes com pé quadrado. Em 28,2% dos pacientes havia diminuição ou
ausência de pulsos. O ITB médio foi 1,01 ±0,38 para os pés egípcios, 0,97 ±0,20 para os pés gregos
e 1,00±0,08 para os pés quadrados.
CONCLUSÃO: O pé egípcio foi o mais freqüente. Todos os pacientes apresentaram diminuição da
mobilidade articular, com destaque para os pés gregos. Todos os pacientes com pé quadrado tiveram
a sensibilidade preservada. As úlceras foram mais freqüentes nos pés quadrados.
DESCRITORES: Pé diabético, biomecânica, neuropatias diabéticas.
FONTES DE FOMENTO: Programa de Iniciação científica - FAPESB
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Estadual de Santa Cruz sob número 123/07.
CONFLITO DE INTERESSES: Não há.
Contexto: Tratamento endovascular da artéria carótida interna tem risco de 5 a 7% de AVE,
com melhora dos parâmetros após o uso de FPC, mas ainda há de se esclarecer se esses
dispositivos coletam ou geram microêmbolos.
Objetivo: Analisar os achados histopatológicos do material coletado, correlacionando com a
imagem angiográfica da estenose, sintomatologia, idade e sexo dos pacientes.
Tipo de estudo: Estudo prospectivo de pacientes submetidos a Apt com stent e uso de FPC.
Local: setor de angiorradiologia do departamento de cirurgia vascular
Amostra: 66 pacientes com doença carotídea de origem aterosclerótica, em que foram usados FPC filter wire EZ.
Variáveis: achados histopatológicos ( quantidade e composição) com a imagem angiográfica, sintomatologia e sexo dos pacientes.
Método estatístico: área de partículas, transformadas em médias e desvio-padrão, comparadas com as variáveis analisadas, através do emprego de teste T de student ou da analise
de variáveis (ANOVA), com nível de significância de 95% (p<=0,05).
Resultados: Revelado presença de material em 89,4% dos filtros, consistindo de restos
hemáticos, cristais de colesterol e cálcio. Na abertura dos filtros, após o procedimento, foram identificadas partículas macroscópicas em 10 (15,2%) filtros. Não existiam partículas macroscópicas em 56 (78,8%) filtros. A mediana total de partículas foi expressiva (1.632.040,06
µmm2), e a ampla variância foi significativamente proporcional ao grau de estenose (estatisticamente significativo). A análise de variância (ANOVA) não evidenciou diferenças entre as
médias das áreas quando comparadas as classes de Wholey para as lesões com estenose.
Não ocorreu associação estatisticamente significativa com idade, sexo, nem com a presença
de sintomas neurológicos. Análise estatística revelou que a ausência de material nos filtros
(7 casos) foi mais comum nos pacientes com lesão de baixo risco ( p=0,0217).
Descritores: angioplastia, estenose das carótidas, acidente cerebral vascular.
Conclusão: Os Dispositivos de proteção cerebral coletam fragmentos de placas de ateroma,
e a área das partículas varia significativamente com o grau de estenose.
Comitê de ética: Comitê de Ética da Faculdade de Ciências Médicas
da Santa Casa de São Paulo (cf. Projeto 236, de 11 de setembro de 2006)
TLE-07
TLE-08
AVALIAÇÃO DA CICATRIZAÇÃO INDUZIDA PELA MEMBRANA DE CELULOSE
POROSA DEPOIS DA RETIRADA TOTAL DA PELE EM DORSO DE RATOS
DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA - MARCADORES SOROLÓGICOS.
ASSOCIAÇÃO COM FILTRAÇÃO GLOMERULAR RENAL.
YAGUISHITA, N. , YAGUISHITA, F., YAGUISHITA, R., MELANI, A. R. A., SIQUEIRA, D. E. D.,
YOKOYAMA, R.,
MARILIA PANICO, ETHEL SPICHLER, MARIO NEVES, LIANA PINTO, MARCOS ROSA, LEANDRO
RODRIGUES, ELAINE TAVARES, CARLOS BARONE, ANA CRISTINA FERNANDES, JEAN
MIILLER, DAVID SPICHLER.
FACULDADE EVANGÉLICA DO PARANÁ (FEPAR) E HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO
DE CURITIBA (HUEC)
Disciplina Angiologia FCM, HUPE, UERJ. & UNIRIO
CONTEXTO: Existem atualmente mais de 2000 tipos de curativos disponíveis no mercado internacional destinados a feridas e queimaduras, o que provoca inúmeras dúvidas a respeito da melhor indicação terapêutica.
OBJETIVO: Analisar os efeitos da cicatrização induzida pela membrana de celulose porosa depois
da retirada total da pele do dorso de ratos.
TIPO DE ESTUDO: Estudo experimental comparativo randomizado.
LOCAL: Instituto da Pesquisas Médicas do Programa de Pós- graduação em Princípios de Cirurgia
da Faculdade Evangélica do Paraná e Hospital Universitário Evangélico de Curitiba.
AMOSTRA: Foram estudados 40 ratos (Rattus norvegicus) da linhagem Wistar, distribuídos aleatoriamente da seguinte maneira: 20 animais no grupo controle (GC) e 20 animais no grupo membrana (GM). Na região anatômica padronizada, foi ressecado um segmento total de pele. A seguir, foi
aplicado curativo com gaze seca (GC) ou Membracel®, desidratada e estéril (GM). Cinco animais de
cada grupo foram mortos no 7°, 14°, 21°e 28° dias do pós-operatório (DPO).
VARIÁVEL: Na macroscopia, foram estudadas a cor do fundo do ferimento e a medida da área da
lesão. A cor do fundo da ferida foi classificada em : fundo vermelho, predomina tecido de granulação
limpo, no amarelo, existe exudato ou pus e no preto, apresenta necrose. Para a medida da área da
ferida, foi utilizada a planimetria digital. Já na microscopia, a epitelização foi qualificada após coloração de hematoxilina eosina e a colagenização após coloração de picrosirius.
MÉTODO ESTATÍSTICO: Na análise da redução da dimensão do ferimento para cada dia de pósoperatório, foi calculada a percentagem em que cada ferida reduziu de tamanho, em relação ao início
do estudo, através do teste de Mann Whitney. Para avaliação de cor da ferida, reepitelização e colagenização, foi aplicado o teste exato de Fisher.Adotou-se o nível de significância de p< 0,05 ou 5%.
RESULTADOS: GM: O fundo da ferida apresentou predominância da coloração vermelha a partir do
14° DPO (n=10 GM=40% e GC=0%; p= 0,0476) e a área de ferida aberta apresentou diminuição significante a partir do 21° DPO (n=10 GM =24,67% +/- 7,22 e GC = 12,71% +/- 4,69 ; p= 0,0317). A
reepitelização completa (n= 10 GM=50 % e GC=10%; p= 0,0476) e a deposição de colágeno maduro
(n=10 GM=50% e GC= 10%; p= 0,0476) foram observadas a partir do 14° DPO para ambas as variáveis.
CONCLUSÃO: Neste experimento, o uso da membrana de celulose porosa favoreceu a cicatrização
em feridas de pele total na região dorsal de ratos.
DESCRITORES: Membrana de celulose porosa, cor da ferida, área da lesão, reepitelização, colágeno, ratos.
FONTES DE FOMENTO: Nelson Yaguishita recebeu bolsa de Mestrado da CAPES durante a realização deste trabalho.
CONFLITO DE INTERESSES: O autor não tem participação societária nem recebeu auxílios da empresa fabricante. Dissertação aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre.
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da
Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba.
CONTEXTO: Diabetes Mellitus (DM), Dislipidemias, Hiperhomocisteinemia e Filtração Glomerular Renal (FGR) alterada, proporcionam riscos para DAP.
OBJETIVO: Analisar marcadores solorológicos: Colesterol, LDL, VLDL, HDL-Colesterol, Triglicerídeos, Homocisteína e a FGR, associados a DAP.
TIPO DE ESTUDO: Estudo de coorte descritivo
LOCAL: Ambulatório de Angiologia HUPE-UERJ (Dezembro/2006-Dezembro/2007).
AMOSTRA: 418 pacientes, 249 com DAP e 169 sem DAP, idade=30 anos e o perfil de fatores de
risco.
PROCEDIMENTOS: Amostras venosas coletadas, analisadas por métodos laboratoriais rotineiros.
Diagnósticos- Dislipidemias em mg/dl: Colesterol total = 200mg/dl, HDL=40(homens), =50(mulheres),
LDL=130mg/dl, Triglicerídeos=150mg/dl. Hiperhomocisteinemia=13µmol/L. DM, Glicemia=126 mg/dl.
FGR, através do MDRD e Cockroft-Gault(CG): 90, 60-89, e 15-59 ml/min/1,73m3, considera os valores como normal, discretamente diminuída, e estágios 3 e 4 de doença renal crônica, respectivamente. Creatinina=1,5(homens) e =1,3 mg/dl(mulheres).
VARIÁVEL: idade=30 anos (estratificada 30-54, 55-74 e =75 anos), sexo, cor. Índice Tornozelo Braquial (ITB)<0,90, diagnosticou DAP, considerando-se o menor valor e o grupo controle, sem DAP, ITB
= 0,90 - 1,30.
MÉTODO ESTATÍSTICO: Análise estatística, programa SPSS.
RESULTADOS: Coorte de 418 pacientes: 249 com ITB<0,9, com DAP, e 169 sem DAP, ITB = 0,9.
Sexo feminino representou 58%. Idade estratificada: 30-54, 10%, 55-74, 63,0%, e >75 anos, 26,6%.
Médias e desvios padrão da amostra total: Colesterol total - 218,15 ± 50,11; HDL – 49,54 ± 12,42;
LDL – 136,85 ± 44,50; Triglicerideos – 158,79 ± 93,70; Homocisteína – 13,26 ± 5,83; Creatinina –1,00
± 0,4; Glicemias- 121,40 ± 50,5; ITB – 0,75 ± 0,27; Renais MDRD - 66,71 ± 22,06; e CG - 58,89 ±
21,20. Comparados os com e sem DAP: relativo a idade e sexo, a associação foi significativa no feminino (52,6%) e na segunda faixa etária (60,6%). Dislipidemias e glicemias, a relação foi significativa
apenas com regressão logística múltipla, respectivamente (p<0,00, p<0,02). Quanto a homocisteína,
significativa para DAP, (médias: DAP,13,9±6,5; sem DAP,12,1 ±4,1), sexo feminino e idade. p<0,00.
Creatinina foi significativa para DAP (médias: DAP, 1,1 ± 0,5, sem DAP, 0,9 ± 0,2). p<0,00. FGR por
MDRD, associação muito significativa para DAP, por sexo feminino e idade. p<0,00. (médias: com
DAP, 62,5±21,9, sem DAP, 73,1 ± 20,7). FGR por CG, similar a MDRD. p<0,00. (médias: com DAP,
54,5±20,1, sem DAP, 65,7±21,1).
CONCLUSÃO: A homocisteína foi o marcador mais significativo em relação a DAP. A estreita associação com a FGR alterada foi a contribuição deste estudo, ambas, passíveis de prevenção e redução
de morbimortalidade.
DESCRITORES: E01; C18.452.584.500; C18.452.394.750; C12.777.419.780.500.602
FONTES DE FOMENTO: Recursos e exames realizados no HUPE.
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: projeto submetido/aprovado/CEP - HUPE-UERJ-Novembro/
2005.
CONFLITO DE INTERESSES: Autores negam conflito de intereses.
S18
J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.
Temas Livres Especiais
TLE-09
TLE-10
AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DA FIXAÇÃO DAS ENDOPRÓTESES COM E SEM COLA
BIOLÓGICA.
A DIFERENÇA DE MÉDIA DA SOBREVIDA A LONGO PRAZO NO CHOQUE
HEMORRÁGICO TRATADO COM SOLUÇÃO HIPERTÔNICA COMPARADO À
SOLUÇÃO HIPERONCÓTICA.
ALMEIDA, M.J., YOSHIDA, W.B., SEQUEIRA, J., LORENA, S.S., SOUZA, B.F., SANTOS, J.H., BUENO,
F.F., EVANGELISTA, J.L., SCHIAVÃO, L.J.V.
MARTINS, W. G. , CASTRO, A. A., PITTA, G. B. B., GOMES, R. R.,
Disciplina de Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina de Botucatu
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS (UNCISAL).
CONTEXTO. O emprego de pequenos volumes de solução hipertônica e hiperoncótica são algumas
das alternativas no manuseio de reposição volêmica durante o choque hemorrágico, pois é provável
que o uso destas soluções melhore a sobrevida dos doentes. Portanto, é relevante responder a pergunta de pesquisa: qual é a diferença de média da sobrevida à longo prazo no tratamento do choque
hemorrágico tratado com solução hipertônica comparado a solução hiperoncótica?
OBJETIVO. Determinar a diferença de média da sobrevida a longo prazo no choque hemorrágico tratado com solução hipertônica comparado à solução hiperoncótica. A hipótese foi que a diferença de
média da sobrevida a longo prazo no choque hemorrágico tratado com solução hipertônica comparado à solução hiperoncótica era de 20%.
TIPO DE ESTUDO. Ensaio clínico aleatório, duplo-cego, em animais de experimentação, com 21 dias
de seguimento.
LOCAL. Centro de Cirurgia Experimental e Biotério (CCEB) da Universidade Estadual de Ciências da
Saúde de Alagoas (UNCISAL), Maceió, AL.
AMOSTRA. Foram incluídos ratos submetidos ao modelo de choque hemorrágico (35 mL/kg) com
sangria governada pela pressão.
PROCEDIMENTOS. Grupo HT - Solução de NaCl 7,5 %; Grupo HO - Hidroxietilamido (130/0,4). Ambos tratados com 4 mL/kg ao atingirem perda sanguínea de 35 mL/kg.
VARIÁVEIS. Primária. A diferença de média da sobrevida. Secundárias. As médias de: sobrevida dos
grupos; pressão arterial média dos grupos. Dados complementares. A média do peso, a média da
volemia, a média do volume de sangue retirado, a média do tempo de exsanguinação, a média da
temperatura corporal ao final do experimento, a média da perda de temperatura do animal.
MÉTODO ESTATÍSTICO. O tamanho da amostra foi definido, arbitrariamente, em 24 animais. A análise estatística foi realizada com teste t de student; foi calculado o intervalo de confiança de 95% para
cada ponto estimado.
RESULTADOS. Características da amostra. A média do peso foi de 309 g (IC 95% 299 a 317; mín
255, máx 345). A média da volemia foi de 21,57 mL (IC 95% 20,93 a 22,21; mín 17,85, máx 24,15).
A média do volume de exsanguinação foi de 10,85 mL (IC 95% 10,52 a 11,17; mín 8,96, máx 12,15).
A média do tempo de exsanguinação foi de 46 min (IC 95% 43 a 49; mín 32, máx 62). A média da
perda de temperatura foi de -1,5°C (-4%). Variáveis. A média de sobrevida foi de 5 dias (IC 95% 2
a 7; mín 1, máx 21). Cinquenta por cento dos animais (12/24, IC 95% 29 a 71) morreram no primeiro
dia. A diferença da média de sobrevida entre o grupo NaCl menos o grupo Hidroxietilamido (130/0,4)
foi igual a -0,75 (IC 95% -6,21 a 4,71; P 0,7786).
CONCLUSÃO. Não houve diferença de média da sobrevida a longo prazo no choque hemorrágico
tratado com solução hipertônica comparado à solução hiperoncótica.
DESCRITORES. Solução salina hipertônica. Choque hemorrágico. Hidroxietilamido.
FONTES DE FOMENTO. FAPEAL, processo n° 2002.11.023-5.
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA. Comitê de Ética em Pesquisa da UNCISAL, processo n° 46-A
em 25/06/2008.
CONFLITO DE INTERESSES.
Contexto: A falta de incorporação entre endoprótese (EP) e artéria pode ocasionar migrações e vazamentos para dentro do saco aneurismático. Várias alternativas vêm sendo experimentadas com o
objetivo de melhorar essa incorporação. A cola de fibrina (CF) é utilizada em muitos procedimentos
operatórios promovendo adesão e a regeneração tecidual, entretanto, não se tem conhecimento do
seu uso para finalidade de melhorar a incorporação de EP´s nas artérias.
Objetivo: Avaliar forças necessárias para desconectar EP´s implantadas na aorta de suínos, comparando diferentes sobredimensionamentos e injeção de CF. Analisar alterações histológicas entre os
grupos.
Tipo de estudo: Estudo experimental em porcos.
Local: Lab de Cirurgia Experimental da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP
Amostra: Foi calculado o tamanho amostral mínimo de 7 animais, com aplicação de 3 endopróteses
em cada um. Com base nestes cálculos, foi considerada diferença mínima entre os grupos de 0,20
para a variável força máxima, desvio-padrão de 0,17, poder do teste de 80% e nível de significância
de 5%.
Procedimentos: Por técnica endovascular utilizando Arco em C, foram implantadas endopróteses
aórticas retas utilizando 10% de sobredimensionamento + aplicação de CF na interface da endoprótese com o endotélio aórtico (G1), com 20% (G2) e 10% de sobredimensionamento (G3). Após 14
dias os animais foram eutanasiados para avaliações biomecânicas das endopróteses e verificação de
alterações histológicas da parede aórtica em sua interface com a endoprótese.
Variáveis: Força máxima para desconexão da endoprótese e deformação máxima do corpo de prova.
Método Estatístico: Como as variáveis apresentaram distribuição normal e homogeneidade de variâncias foi utilizada a análise de variância para medidas repetidas, seguida do método de Tukey para
comparações múltiplas, sendo que o nível de significância utilizado foi de 5%.
Resultados: Em G1 a força de desconexão foi de (21,9 ± 5,3N) sendo maior que nos demais grupos
e estatisticamente significante se comparado ao grupo G3 (15,6 ± 3,6N) com p=0,003. Em G2, por
sua vez, a força de desconexão foi maior e estatisticamente significante (19,5 ± 7,8N) do que em G3.
Histologicamente a reação tecidual com células inflamatórias e fibroblastos foi mais proeminente nos
grupos G1 e G2 comparados a G3. No grupo com 10% de sobredimensionamento e CF houve maior
reação de fibroplasia e força de adesão se comparados ao grupo com sobredimensionamento de 10
%.
Conclusão: A CF aplicada na interface endoprótese /aorta poderá ser recurso importante para melhorar sua adesão e evitar migrações.
Descritores: Implante de prótese vascular, biomecânica, histologia, adesivo tecidual de fibrina.
Fontes de Fomento: FAPESP- Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo.
Comitê de Ética em Pesquisa
O experimento foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e Experimentação Animal da Faculdade de Medicina de Botucatu - Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Conflitos de Interesse: Nenhum.
TLE-11
TLE-12
A FREQUÊNCIA PRÉ-OPERATÓRIA DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM
PACIENTES SUBMETIDOS À AMPUTAÇÃO MAIOR DA EXTREMIDADE INFERIOR
CARACTERIZAÇÃO E SEGUIMENTO DE PACIENTES SUBMETIDOS A IMPLANTE DE
FILTRO DE VEIA CAVA INFERIOR: EXPERIÊNCIA DE 22ANOS
F.C.V. BANDEIRA, G.B.B. PITTA, F. MIRANDA JÚNIOR, A.J. LIMA, M. ARANHA FILHO, J. R. ALMEIDA,
N.P. ARAÚJO, T.D. ALMEIDA, M.G. FERNANDES, E.Q.R. MOURA, P.R.S. LIMA E A.L.C. RAMOS
MATHEUS BERTANHA, RODRIGO GIBIN JALDIN, ALINE HELENA GONZALES FARES, CAROLINE
KAZUE MATIDA, MARCONE LIMA SOBREIRA, REGINA MOURA, HAMILTON ALMEIDA ROLLO,
FRANCISCO HUMBERTO DE ABREU MAFFEI, WINSTON BONETTI YOSHIDA
Hospital Universitário Lauro Wanderley-UFPB e Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas–UNCISAL.
Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP
Contexto: A trombose venosa profunda (TVP) de membros inferiores é uma importante causa de
morbidade e mortalidade em pacientes com amputação maior da extremidade inferior. Alguns estudos avaliaram incidência alta de TVP pós-operatória, sob profilaxia com heparina, nestes pacientes,
porém não se preocuparam com a freqüência de TVP pré-operatória. Por cursar de forma assintomática muitas vezes, passa despercebida e se não diagnosticada e tratada, influenciará na morbimortalidade. Assim, a freqüência de TVP pré-operatória, nestes pacientes, não está bem definida na literatura.
Objetivo: Determinar a freqüência pré-operatória de trombose venosa profunda em pacientes submetidos à amputação maior da extremidade inferior.
Tipo de estudo: Prospectivo de prevalência
Local: Hospital Universitário Lauro Wanderley-UFPB, Hospital Unimed e Instituto Hospitalar General
Edson Ramalho-João Pessoa-PB.
Amostra: Incluídos: Pacientes com isquemia crítica submetidos à amputação maior primária ou secundária da extremidade inferior. Excluídos: Pacientes que recusaram o termo de consentimento, não
realizaram o Doppler e os sem profilaxia.
Variáveis: Primária: Trombose venosa profunda pré-operatória. Foram 164 pacientes com isquemia
crítica da extremidade inferior, tratados com heparina não-fracionada (5000UI 3xdia) na internação.
Sinais e sintomas de TVP foram avaliados pelo exame clínico e pelo eco-Doppler colorido (Shimadzu,SDM 2.200,transdutor linear,7.5 MHz), momentos antes da amputação. O critério diagnóstico foi a
presença de trombo intraluminal, confirmado pela não-compressibilidade venosa.
Método estatístico: Os dados gerais foram expressos pela média, mediana e desvio-padrão com IC
95% e o teste de Qui-quadrado para comparar os grupos com e sem TVP, em relação aos fatores de
risco e teste exato de Fisher para tabelas 2x2.
Resultados: Dos 164 amputados, 51,2%(84/164) foram homens e 48,8%(80/164) mulheres. A idade
variou entre 44 e 97 anos, média de 69,97. A freqüência de TVP foi 14,6% ± 5.0%(IC 95%: 9,6 e
19,6%), sendo proximal em 9,1%(15/164) e distal em 5,5%(9/164). Nenhum paciente apresentava
sintomatologia pré-operatória.
Destes pacientes, 1,8%(3/164) apresentavam amputação prévia, sendo 1,2% coxa(2/164) e 0,6% de
pé(1/164).
A TVP foi ipsilateral ao membro isquêmico em 12,19%(20/164), contralateral em 1,82%(3/164) e bilateral em 0,61%(1/164).
Conclusão: A freqüência pré-operatória de trombose venosa profunda na extremidade inferior, em
pacientes isquêmicos com amputação maior primária ou secundária, tratados com heparina não-fracionada foi 14,6%.
Descritores: 1. Trombose venosa/prevenção& controle. 2. Amputação. 3. Isquemia 4. Ultra-Sonografia Doppler em cores.
Fonte de fomento: Nenhum.
Comitê de ética e pesquisa: Do Hospital Universitário Lauro Wanderley-UFPB; protocolo número
134/2002 e da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, número 057/2003.
Conflito de interesse: Nenhum.
Contexto: Tromboembolismo Venoso (TEV) é importante causa de morbi-mortalidade e Embolia Pulmonar (EP) sua forma mais letal. Anticoagulação é o tratamento de escolha, porém
quando contra-indicada ou falha na prevenção da EP, a interrupção venosa por implante de
filtro de veia cava inferior (FVCi) é indicada.
Objetivo: Avaliar resultados imediatos e tardios relacionados ao implante de FVCi.
Tipo de estudo: Estudo Retrospectivo com seguimento.
Local: Hospital das Cínicas – UNESP.
Amostra: Pacientes submetidos a implante de FVCi de abril/1986 a julho/2008.
Procedimentos: Revisão de prontuários e descrições cirúrgicas para coleta de dados conforme Recommended reporting standards for vena caval filter placement and patient
follow-up (J Vasc Surg, v.30, n.3, 1999). O seguimento deu-se através de contato telefônico,
consultas ambulatoriais ou convocação para exames complementares.
Variável: Dados epidemiológicos (Sexo, idade, cor, neoplasia), caracterização do TEV (edema, topografia da TVP, EP, diagnóstico), dados do procedimento (indicação, local de inserção, tipo de filtro, complicações, EP pós-implante) e seguimento (perviedade, tempo de
sobrevida)
Método Estatístico: análise de freqüência
Resultados: No período de estudo, implantou-se FVCi em 99 pacientes, destes 53,5% eram
homens, idade média de 56,25±17,32anos, 89,9% eram brancos e 38,4% portadores de neoplasia. Clinicamente, 96,9% apresentavam edema de membros inferiores. O diagnóstico de
TVP foi confirmado por Mapeamento Dúplex em 84,8% e em 15,2% por Flebografia. Através
destes, obteve-se a topografia da TVP: em 65 pacientes acometia o membro inferior direito
e em 49, o membro inferior esquerdo sendo, bilateral em 15casos. No membro inferior direito, 39 apresentavam TVP proximal e distal, 9 distal e 17 proximal. No membro esquerdo, 41
TVP proximal e distal e 8 proximal. Diagnóstico confirmado de EP em 43,4%. As principais
indicações foram de causa neurológica (30%), destacando-se AVEh e pós-operatório de neurocirurgia. Os sítios de inserção mais freqüente foram a veia jugular interna direita e o acesso combinado jugular interna direita-femoral direita, sendo hematoma no local de punção a
principal complicação imediata. Após o implante, 5% apresentaram EP e tempo de vida o variou entre 2dias e 20anos (1570±2070dias); em 37%, foi possível a realização de duplex para
controle tardio, identificando perviedade em 97,2% destes. Dos 99 pacientes, 38 continuam
em seguimento ambulatorial, 58 faleceram e 3 perderam acompanhamento.
Conclusão: A interrupção da veia cava inferior com filtro endoluminal é procedimento seguro,
com poucas complicações e eficaz para prevenir EP. O seguimento em longo prazo evidencia taxas expressivas de perviedade da veia cava inferior.
Descritores: Embolia Pulmonar, Tromboembolismo, Filtros de Veia Cava
Fonte de Fomento: Comitê de Ética em Pesquisa: FMB-UNESP
Conflito de Interesses: -
S19
Temas Livres Especiais
J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.
TLE-13
TLE-14
TRATAMENTO ENDOVASCULAR PARA DISSECÇÃO DE AORTA TORÁCICA TIPO B
DE STANFORD COMPLICADA: FATORES RELACIONADOS À MORTALIDADE E
SEGUIMENTO EM MÉDIO PRAZO COM ANGIOTOMOGRAFIA DE MÚLTIPLOS CANAIS
TRATAMENTO CIRÚRGICO HÍBRIDO DOS ANEURISMAS COMPLEXOS DA
AORTA TORÁCICA – EXPERIÊNCIA DE CINCO ANOS
DAROLD, E. M., LOPES, R. P. F., GAIGHER, E. T., CHEN, J., UEHARA, M., QUILPES, C.,
MOREIRA, S. M., KAMBARA, A., FERES, F., SOUSA, A., SOUSA, J. E.,
FIORANELI, A., RAZUK, A., KARAKHANIAN, W. K., ESTEVES, F. P., CAFFARO, R. A., CASTELLI, V.,
MARQUES, C. G., KAWAI, D. S.,
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA. SÃO PAULO - SP
IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SAO PAULO
INTRODUÇÃO
A correção clássica cirúrgica dos aneurismas complexos da aorta apresentam alta morbimortalidade devido necessidade cirúrgica em dois tempos (esternotomia e toracotomia lateral).
O método endovascular, uma altenativa menos invasiva à correção das patologias da aorta,
apresenta limitações, especialmente relacionada as áreas anatomicamente inadequadas de
fixação proximal e/ou distal.
O tratamento cirúrgico híbrido dos AAT complexos envolvendo as origens dos troncos supraaórticos, através da combinação de técnicas endovasculares com os enxertos de derivações
arteriais a fim de proporcionar uma área de fixação proximal adequada, pode ser uma estratégica terapêutica adequada, especialmente nos pacientes com elevado risco para uma
cirurgia convencional e que apresente uma anatomia desfavorável para o tratamento endovascular como única modalidade.
Relatamos a experiência de cinco anos no tratamentos dos AAT complexos em nossa instituição.
RELATO
O estudo inclui 11 pacientes tratados no período de janeiro/2004 a maio/2009, sendo 7 do
sexo masculino e 4 do sexo feminino, com media de idade de 64±5 anos. As comorbidades
associadas incluíam: hipertensão arterial (100%), dislipidemia (100%), diabete melito (45%),
insuficiência coronariana crônica (72%), IRC (28%), IAM prévio (28%) e RVM (18%). Cinco
pacientes eram portadores de AAT e 6 de dissecção com degeneração aneurismática da falsa luz (tipo A ou Tipo B), com diâmetro médio de 69,4mm. Todos os procedimentos foram
realizados em duas etapas, ambas sob anestesia geral. O primeiro procedimento consistia
na confecção de enxertos de derivações para os troncos supraaórticos (05 derivações bifurcadas da aorta ascendente para o tronco braquiocefálico e artéria carótida comum esquerda (ACCE); 03 derivações da ACCE para a artéria suclávia esquerda (ASE); 01 derivação
seqüencial da artéria carótida comum direita (ACCD) para a ACCE e ASE; 02 derivações sequenciais da artéria subclávia direita (ASD) para a ACCE e ASE; 01 derivação da ACCDASD e 01 derivação áxilo-axilar) e, nos casos de dissecção tipo A, a correção da aorta ascendente. Em um segundo tempo, obteve-se sucesso técnico imediato no implante da endoprótese em 10 casos e 01 insucesso devido tortuosidade acentuada da aorta torácica, o que
impediu o adequado posicionamento da endoprótese, sendo o tempo médio do procedimento
de 92 minutos e estimativa de sangramento de 240 ml. Utilizou-se as endopróteses VALIANT
(05), EVITA(03), TAG(02) e ZENITH(01). Houve complicações no acesso em 04 casos: 03
oclusões arteriais agudas, sendo 02 tratadas através de tromboembolectomia com cateterbalão e 01 com angioplastia com remendo da artéria femoral; e 01 hematoma retroperitoneal
(acesso retroperitoneal) tratado através de revisão cirúrgica da hemostasia. Houve apenas
um óbito por isquemia mesentérica no 2 dia pós operatório no caso de insucesso.
Concluímos que a correção híbrida do aneurisma aorta torácica que compromete o tronco
supra aórtico, é factível e apresenta baixa morbimortalidade em relação ao tratamento cirúrgico convencional.
Tratamento endovascular para dissecção de aorta torácica tipo B de Stanford complicada:
Fatores relacionados à mortalidade e seguimento em médio prazo com angiotomografia de
múltiplos canais
AUTORES: Alexandre Fioranelli, Alvaro Razuk Filho, Valter Castelli Junior, Valter Kegham
Karakhanian, Roberto Augusto Caffaro, Fernando Pinho
INSTITUIÇAO: Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Departamento de Cirurgia – Disciplina de Cirurgia Vascular
TIPO DE ESTUDO: Retrospectivo, de 23 casos.
OBJETIVO: Analisar a evolução a curto e médio prazo de doentes portadores de dissecção
complicada tipo B de Stanford, submetidos ao tratamento endovascular e avaliar os fatores
relacionados à mortalidade.
CASUÍSTICA E MÉTODOS: Informação de todos os doentes foi obtida através de revisão
retrospectiva de dados clínicos e anatômicos de todos doentes submetidos á correção endovascular. Foram tratados no total 23 patientes com dissecção de aorta tipo B de Stanford
complicada, consecutivamente durante o período de novembro de 2004 e outubro de 2007.
Análise univariada foi realizada para identificação dos fatores de risco para mortalidade. Fatores de risco independentes para morte foram identificados por regressão logística multivariada. Estudos através de angiotomografia computadorizada de múltiplos canais foram analisados para identificação de trombose da falsa luz torácica e estudos de necropsia para verificação da causa de óbito.
RESULTADOS: Sucesso técnico primário foi obtido em 82,6% dos casos. Em quatro doentes
(17,4%) a entrada proximal foi selada incompletamente. Três doentes (13%) foram a óbito
precocemente e oito doentes (34,8%) foram a óbito em período superior a 30 dias. A análise univariada revelou diferença estatisticamente significativa (p<10%) para insuficiência renal
(p=0,093), insucesso de oclusão proximal (p=0,037) e extensão da dissecção até artérias renais (p=0,027) como fatores associados á ocorrência de óbito. Na análise de regressão logística foi evidenciado que, a extensão da dissecção até as artérias renais, como fator preditivo independente para óbito (risco relativo, 13,2; 95% de intervalo de confiança, 1, 2; 140,7).
Durante o seguimento de 3-36 meses (média de 14,8 meses) pode-se observar 66,7% de
trombose da falsa luz no tórax.
CONCLUSÃO: O tratamento endovascular é uma opção factível e efetiva para dissecção tipo
B de Stanford complicada, podendo ser realizadas com altas taxas de sucesso técnico e baixas taxas de mortalidade precoce. A presença de insuficiência renal e extensão da dissecção
até as artérias renais estão associadas com maior probabalidade de óbito. O tratamento endovascular apresentou alta taxa de trombose da falsa luz no tórax.
COMITE DE ETICA: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
DESCRITORES: Aorta, aneurisma dissecante, complicações, mortalidade
TLE-15
TLE-16
COMPARAÇÃO CLÍNICA ENTRE O LASER ND:YAG DE PULSO LONGO E
ESCLEROTERAPIA COM ESPUMA NO TRATAMENTO DE VEIAS VARICOSAS
DOS MEMBROS INFERIORES .
COMPARAÇÃO DA SAFENECTOMIA POR EVERSÃO E COM TUMESCÊNCIA
GUIADA POR ULTRASSOM VERSUS SAFENECTOMIA TRADICIONAL
NESER, R. A. , CAFFARO, R. A.,
OBA, C. M. , KIKUCHI, R., ARSENIO, E.,
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO / INSTITUTO
PRÓ-VASCULAR
ANGIOPLAST - LONDRINA
Comparação clínica entre o laser Nd:YAG de pulso longo e escleroterapia com espuma no
tratamento de veias varicosas dos membros inferiores .
Oba, CM; Neto, EA; Kikuchi,R.
Introdução: O tratamento de veias na perna é um grande desafio na área dos procedimentos
estéticos dermatológicos. Existem muitas maneiras de tratar as mesmas lesões. A escleroterapia é tradicionalmente considerada como tratamento de escolha. O uso do laser e outros
tipos de luz também têm sido realizado com freqüência. Mais recentemente, a escleroterapia
com espuma foi qualificada como nova técnica a ser empregada. Entretanto, muitos usuários
desta ultima técnica têm descrito reações adversas e complicações com este método.
Objetivo: Comparar a eficácia clínica e os efeitos adversos dos tratamentos de veias varicosas do membros inferiores com escleroterapia com polidocanol e com o laser 1064nm
Nd:YAG de pulso longo.
Métodos: Estudo prospectivo realizado com vinte pacientes com veias reticulares e telangiectasias randomicamente submetidos ao tratamento com laser 1064nm Nd:YAG de pulso longo
em um membro e com escleroterapia com polidocanol no membro contralateral. A comparação foi realizada a partir de fotografias padronizadas antes do tratamento, duas semanas
após a primeira sessão e um mês após a segunda sessão. As imagens foram avaliadas por
a médico "cego" e estratificadas em quatro grupos de resolução (0-25%; 26-50%; 51-75%;
76-100%).
Resultados: Dados preliminares demostram que apos uma única sessão, o resultado da escleroterapia é superior. Após a segunda sessão os índices de resolução tendem a se igualar
nas duas técnicas. Hiperpigmentação da pele é um evento adverso mais comum na escleroterapia com polidocanol. Maiores complicações como úlceras ou eventos embólicos não
foram observados em nenhum dos grupos.
Conclusão: Tanto a escleroterapia com espuma quanto a terapia com laser demostraram ser
métodos seguros e eficientes neste estudo. Porém, como existe risco potencial de anafilaxia,
embolia e sintomas neurológicos quando utilizamos a escleroterapia com espuma, é valido
persistir na pesquisa de novos métodos ou associação de técnicas para evitar tais complicações.
Descritores: varizes, escleroterapia com espuma, laser.
Objetivo: A cirurgia convencional (safenectomia) ainda é a primeira escolha de tratamento em
muitos casos de insuficiência de safena apesar do advento dos tratamentos minimamente
invasivos descritos recentemente (laser e radiofrequência). A safenectomia por invaginação,
principalmente quando combinada com a tumescência guiada por ultrassom, teoricamente é
uma modalidade menos invasiva de fleboextração da safena quando comparada à cirurgia
convencional e pode determinar um pós-operatório mais favorável e com menor tempo de
retorno às atividades habituais. O objetivo deste trabalho é descrever a técnica, não publicada até hoje, e comparar os resultados da safenectomia por invaginação e com tumescência
guiada por ultrassom (SI) com a safenectomia convencional (SC).
Material e métodos:. Na SI a fleboextração é realizada após a infusão de SF 0,9% + lidocaína
com vasoconstrictor peri-safena guiado por ultrassom intra-operatório depois da passagem
do fleboextrator, sendo a ressecção da veia realizada por invaginação e sem oliva. Foram
submetidos a SI 23 pacientes, de abril de 2007 a maio de 2009, e acompanhados prospectivamente por até 20 meses. Como grupo controle, foram utilizados 35 pacientes consecutivos
submetidos a SC operados entre janeiro e novembro de 2005, antes do grupo ter experiência
com a cirurgia minimamente invasiva. Na SC a fleboextração é realizada pela maneira clássica (fleboextrator + oliva na extremidade proximal). Foram comparados o tempo de retorno às
atividades habituais, dor e equimoses pós-operatórios e a incidência de parestesia pós-operatória causada pela lesão do nervo safeno / sural.
Resultados: Em ambos os grupos os aspectos demográficos e distribuição entre sexos foram
semelhantes. O retorno às atividades habituais e parestesia pós-operatória foram significativamente menores nos pacientes do grupo SI em relação à SC (7 vs 17d, p<0,05; 5 vs 15%,
p< 0,05, respectivamente). O sangramento, equimoses e a dor pós-operatória também foram
menores no grupo SI que no grupo SC.
Conclusão: A safenectomia por invaginação combinada com tumescência peri-venosa guiada por ultrassom permite menor tempo de recuperação, menor parestesia, menos dor e sangramento que a cirurgia convencional, sendo uma alternativa atraente quando se opta pela
fleboextração da veia safena.
S20
J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.
Temas Livres Especiais
TLE-17
TLE-18
ENOXAPARINA EUROFARMA VERSUS REFERÊNCIA NA PREVENÇÃO DO
TROMBOEMBOLISMO VENOSO APÓS CIRURGIA ABDOMINAL DE GRANDE
PORTE: ESTUDO MULTICÊNTRICO, PROSPECTIVO E RANDOMIZADO
1,2
1,2
ELETROCAUTERIZAÇÃO VENOSA ENDOVASCULAR.
ROSSI, F. H. , CHEN, J., SILVA, D. G., ZAMORANO, M. M. B., SILVA, L. M., ANGELIERI, F.
M. R., SERAFIM, G. L., ANDRADE, A. J. P., LEAL, E. B., FONSECA, J. W. G., AKIKUBO, R.,
IZUKAWA, N. M.,
3
MARISE GOMES
, EDUARDO RAMACCIOTTI
, ALEXANDRE CRUZ HENRIQUES ,
GILSON ROBERTO ARAUJO 4, LUIZ ARNALDO SZULTAN 5, FAUSTO MIRANDA JR 6
INSTITUTO DANTE PAZZANESE - SP
1. Vascular Surgery Section, University of Michigan Medical School, MI, USA
2. Cirurgia Vascular, Hospital e Maternidade Dr Cristóvão da Gama, SP, Brasil
3. Cirurgia Geral, Hospital de Ensino da Faculdade de Medicina do ABC, SP, Brasil
4. Cirurgia Vascular, Hospital de Base de Brasília, DF, Brasil
5. Cirurgia Geral, Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, SP, Brasil
6. Cirurgia Vascular, Escola Paulista de Medicina, SP, Brasil
CONTEXTO: O tratamento endovascular baseia-se na liberação de energia térmica na luz
do vaso acometido, causando destruição de sua parede e interrupção do fluxo sangüíneo em
seu interior. Dois métodos vêm sendo utilizados: a radiofreqüência e o lazer. Interessou-nos
testar a capacidade de um modelo experimental de eletrocautério endovascular em induzir a
ablação térmica da luz venosa, utilizando para tal a veia safena bovina.
OBJETIVO: Estudo da capacidade de um modelo experimental endovascular em induzir a
eletrofulguração térmica venosa.
MATERIAL E MÉTODO: Utilizou-se veia safena bovina (V. safena lateralis e V. digitalis dorsalis commmunis III ) obtida em patas dianteiras de animais recentemente abatidos, que foram divididas em cinco segmentos. Com o emprego de um aparelho comum de eletrofulguração cirúrgica (bisturi elétrico), intensidades progressivas de corrente elétrica, e conseqüentemente de calor, foram aplicadas na luz do modelo venoso através do aparato endovascular
de calor.
Contexto: É amplamente aceito que as diferentes heparinas de baixo peso molecular
(HBPM) são moléculas únicas e distintas entre si. Várias HBPM foram lançadas no mercado
brasileiro recentemente. Estudos clínicos são pré-requisito para a avaliação da eficácia e segurança destes anticoagulantes.
Objetivo:Avaliar prospectivamente a eficácia e segurança da enoxaparina Eurofarma (EE)
versus enoxaparina padrão (Sanofi-Aventis - ESA) .
Método: Em estudo prospectivo, multicêntrico, aberto e randomizado, foram comparados
200 pacientes submetidos à operação maior abdominal quanto a segurança e da eficácia da
EE e ESA (4.000 IU sc ao dia por 7 a 10 dias) como quimioprofilático para tromboembolismo
venoso (TEV). Análise bioquímica sérica e duplex scan venoso dos membros inferiores foram
realizados em todos os pacientes com tomografia de tórax quando necessário.
Resultados:Oitenta e cinco por cento dos pacientes incluídos foram acompanhados de acordo com o protocolo. Não houve diferença estatística significante entre os dois grupos analisados quanto à segurança e eficácia. Dois (2) pacientes do grupo ESA apresentaram TVP
dos membros inferiores (MMII), nenhuma ocorrência semelhante no grupo EE. Não houve a
ocorrência de sangramento maior nos dois grupos analisados. Observou-se sangramentos
menores, porém sem repercussão clínica ou diferença estatística significante. Na avaliação
da atividade anti-Xa, houve diferença significativa em favor da EE ( 0,321 ± 0,173 , 0,187
±0,066, p < 0,01).
Conclusões: EE apresentou os mesmos níveis de eficácia e segurança da ESA em pacientes submetidos à cirurgia maior abdominal . No 3° dia de coleta, a atividade anti-Xa foi significantemente superior no grupo EE.
Descritores: Enoxaparina, heparinas de baixo peso molecular genéricas, estudo randomizado, cirurgia abdominal, profilaxia, tromboembolismo venoso.
Conflito de interesse; Estudo patrocinado pela Eurofarma Laboratórios. Os autores não
apresentam nehum outro tipo de conflito de interesse.
Segmento
0
I
II
III
IV
Potência (Watts)
0
10
40
65
85
Observamos através da análise macro e microscópica, o grau de destruição tissular causado
nas diversas camadas da parede do vaso estudado durante a liberação de intensidades progressivas de corrente elétrica e de calor.
RESULTADOS: Foi verificado nos oito modelos experimentais que quanto maior a energia
térmica liberada pelo eletrofulgurador, maior eram as transformações ocorridas na parede
venosa experimental. Nos segmentos 0, I e II, não se observaram alterações macroscópicas,
nas características externas da veia. Nos segmentos III e IV - em que a energia aplicada no
eletrofulgurador, pelo aparelho de bisturi elétrico utilizado foi de 65 e 85 Watts, respectivamente – verificou-se diminuição do diâmetro do vaso, e em alguns casos, até mesmo início
de combustão (esfumaçamento). À palpação verificamos que nesses dois últimos segmentos, a parede venosa se tornava retraída e endurecida. As alterações microscópicas também
foram proporcionais à energia térmica liberada nos diversos segmentos venosos estudados.
CONCLUSÃO: Observamos que o modelo experimental de eletrofulgurador endovascular
estudado foi capaz de causar destruição tissular endovenosa proporcional à energia térmica
aplicada.
DESCRITORES: Varizes, endovascular, tratamento, lazer
TLE-19
TLE-20
SOBREVIDA E COMPLICAÇÕES DOS PACIENTES SUBMETIDOS A CORREÇÃO
ABERTA DE ANEURISMA DA AORTA ABDOMINAL- CASUÍSTICA DE 20 ANOS
MODELO EXPERIMENTAL INÉDITO DE INDUÇÃO DE ANEURISMA DE AORTA
ABDOMINAL EM RATOS WISTAR
RAYMUNDO, D. U., COURA, F., GALASTRI, F. L., GLAUBER, S., MORAES, M., BIAGIONI,
R., TONIAL, T., INOGUTI, R., BARROS, O., BURIHAN, M. C., NASSER, F., INGRUND, J. C.,
NESER, A.,
ROCHA, F. S., RAMOS, S. G., MATA, K. M. A., PRUDENTE, P. S.,
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP
HOSPITAL SANTA MARCELINA-SP
Contexto: O presente estudo é parte de um projeto de metrado e doutorado desenvolvido no Departamento de Patologia da Faculadade de Medicina de Ribeirão Preto-USP
Objetivo: Desenvolvimento de um novo modelo experimental de indução de aneurisma de aorta abdominal, a baixo custo e de fácil aplicação.
Tipo de estudo: Estudo experimental, com ratos Wistar
Local: Laboratório do Departamento de Patologia da FMRP-USP
Amostra: Foram utilizados 288 ratos Wistar, machos, 150g.
Procedimento: Foram utilizados ratos Wistar, machos, pesando em média 150g.
•
Grupo AAA: Grupo Experimental (com estenose e lesão traumática da camada externa da aorta
abdominal);
•
Grupo Lesão: Grupo Controle da Lesão Vascular (sem estenose e com lesão traumática da camada externa da aorta abdominal);
•
Grupo Estenose: Grupo Controle da Estenose da Aorta (com estenose e sem lesão traumática
da camada externa da aorta abdominal).
•
Grupo Sham: Grupo sham-operado (sem estenose e sem lesão).
Os animais foram anestesiados, e através de incisão cirúrgica subcostal a esquerda no abdômen de
3 cm de extensão, dissecados até a cavidade peritoneal seguida de dissecção da aorta.
No Grupo-Controle, realizamos uma leve mobilização da aorta, no intuito de não provocar lesões na
camada adventícia (Grupo A). No Grupo Experimental (Grupo B) utilizamos uma broca diamantada
(broca odontológica com ponta diamantada) conectada a um cabo de aço inoxidável desenvolvido em
oficina de precisão, dobrada em L com diâmetro de 0,9mm. Esta ponta diamantada apresenta microabrasões na sua superfície distal, com o objetivo de desencadear lesão traumática na adventícia da
aorta durante sua retirada. Esta broca foi colocada paralelamente à aorta e envolta por um nó duplo
de fio de algodão 3-0, sendo retirado imediatamente após a feitura do nó. No Grupo C, fizemos o
mesmo procedimento, só que o nó foi seccionado em seguida à retirada do fio de aço. No Grupo D,
fizemos a estenose da aorta abdominal com um fio semelhante, mas com a superfície lisa para não
provocar lesões na camada adventicial. Este fio provoca uma estenose de cerca de 80% no lúmen
arterial nesta região da aorta abdominal dos ratos Wistar.
Método estatístico: Teste de normalidade e, nos casos que apresentaram distribuição normal, foram
analisados com estatística paramétrica. Os resultados obtidos neste estudo foram analisados com
ANOVA (análise de variância) de duas vias e serão apresentados como média ± desvio padrão. Foi
considerado como diferenças estatísticas significativas valores de P < 0,05
Resultados: Temos, a formação de 60 a 70% de AAA nos animais operados do grupo B e sobreviventes, o que ratifica o modelo como promissor, uma vez que seu custo é baixo, a formação do aneurisma se dá em poucos dias, evidenciada pelo encontro de aneurismas no sacrifício destes animais
no quarto dia de pós-operatório, e tecnicamente simples.
Conclusão: O modelo experiemtal é viável, baixo custo e reprodutível com facilidade
Comitê de Ética em Pesquisa: Comissão de Ética em Experimentação Animal da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Protocolo número 167/2008).
CONTEXTO: A cirurgia convencional dos aneurismas da aorta abdominal (AAA) tem se mostrado cada vez mais segura, com diminuição das complicações relacionadas ao procedimento, devido ao avanço dos últimos 30 anos na técnica cirúrgica, na técnica anestésica e nos
cuidados pré e pós-operatórios. O reparo cirúrgico convencional dos AAA já consagrado por
50 anos, ainda deve ser foco de estudos, para que se possa analisar os avanços, os retrocessos, as vantagens e desvantagens desta técnica perante as mais recentes ( endovascular, laparoscópica).
OBJETIVO: O estudo objetiva analisar a sobrevida e as complicações Peri e pós-operatórias
da correção aberta de aneurisma de aorta abdominal infra-renal em nosso serviço tanto em
caráter eletivo como em caráter de emergência (AAA rotos).
TIPO DE ESTUDO: Estudo retrospectivo de um período de 20 anos.
LOCAL: Hospital Santa Marcelina-SP, instituição Filantrópica de ensino em nível Quartenário, em ambiente de Enfermaria e Pronto Socorro Cirúrgico.
AMOSTRA: 198 casos de AAA infra-renal tratados cirurgicamente em caráter eletivo (154)
ou de emergência (44) no Hospital Santa Marcelina no período de jan/1988 a jan/2008.
VARIÁVEIS: Idade, sexo, fatores de risco associados, diâmetro dos AAA não rotos e tipo
de rotura dos AAA rotos, tipo de reparo cirúrgico e as complicações pós-operatórias - insuficiência renal aguda (IRA), colite isquêmica (CI), infarto agudo do miocárdio (IAM), infecção
pulmonar (IP), infecção da ferida operatória (IFO), oclusão arterial aguda (OAA) foram as variáveis analisadas.
RESULTADOS: dos 198 casos analisados, houve predominância do sexo masculino (74%),
idade entre 50-70 anos (61%). As complicações pós-operatórias mais freqüentes dos pacientes submetidos a reparo eletivo foram: IRA-6,6%, IP-6,8%, CI-6,7%, IFO-2,8%, OAA-3,2%.
A sobrevida dos pacientes submetidos ao reparo eletivo de AAA foi de 88% em 1 mês, 82%
em 1 ano e 50% em 5 anos. As complicações pós-operatórias mais freqüentes nos pacientes
com quadro de AAA roto foram: coagulopatia-40%, CI-10%, IRA-28,2%. A sobrevida foi de
46% em 1 mês, 38% em 1 ano e 33% em 5 anos.
CONCLUSÃO: Em concordância com a literatura, pacientes submetidos a reparo de AAA roto apresentam índices de complicações e mortalidade significantemente superiores aos pacientes previamente diagnosticados e programados para cirurgia. Quase a totalidade dos pacientes com quadro de AAA roto que deram entrada em nosso serviço não tinham diagnostico
prévio, eram assintomáticos ou nunca foram avaliados previamente por um cirurgião vascular. A detecção dos indivíduos assintomáticos através de programas educacionais e de screening populacional é de suma importância para mudarmos a história natural da doença.
DESCRITORES: Aorta abdominal, Aneurismas, complicações, sobrevida
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DO HOSPITAL SANTA MARCELINA: SEM CONFLITO
DE INTERESSES.
S21
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