XI Salão de
Iniciação Científica
PUCRS
Detecção molecular de enterovírus em amostras de água coletadas
em propriedades rurais do município de Taquara, RS: resultados
preliminares
Mariana Kluge1, Juliana Comerlato1, Lucas Kessler de Oliveira1, Joseane Vanessa dos Santos da
Silva1, Roger Bordin da Luz1, Rafael Bandeira Fabres1, Manoela Tressoldi Rodrigues1, Fernando
Rosado Spilki1 (orientador)
1
Laboratório de Microbiologia Molecular, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Feevale, Novo
Hamburgo, RS, Brasil
Resumo
Vírus entéricos são aqueles caracterizados por transmissão fecal-oral, estes vírus
apresentam maior resistência a agentes físico-químicos do que os coliformes fecais, sendo
exemplos os rotavírus, adenovírus e enterovírus. Dentro deste grupo, os enterovírus surgem
como um indicador de contaminação fecal e suas infecções podem ter manifestações clínicas
variadas tanto em animais quanto em seres humanos. Eles pertencem à família
Picornaviridae, formada por vírus não-envelopados com genoma de RNA de cadeia única
com polaridade positiva. O objetivo deste estudo é verificar a presença de enterovírus em
amostras de água superficiais e subterrâneas coletadas em dez propriedades dedicadas à
pecuária de leite no município de Taquara, RS. Estas amostras foram coletadas em frascos
esterilizados de 500 mL e submetidas a um processo de concentração por filtração/eluição em
membrana de nitrocelulose com carga elétrica positiva. Em seguida, foi efetuada a extração
do RNA viral, do qual foi realizada a síntese do cDNA por transcrição reversa. Por fim, a
presença do genoma de enterovírus foi testada através da técnica de reação em cadeia da
polimerase (PCR). Para as reações de PCR, foram utilizados oligonucloetídeos com potencial
alinhamento em regiões altamente conservadas do genoma de enterovírus, correspondendo à
região 5' não-traduzida (5'NTR), denominados ENT-F1 (5’-CCTCGGCCCCTGAATG-3’) e
ENT-R2 (5’-ACACGGACACCCAAAGTA-3’). Os produtos da reação foram submetidos à
eletroforese em gel de agarose 2% em tampão TBE, corados com corante atóxico fluorescente
BlueGreen (LGCBio®) e visualizados sob luz UV. Das 14 amostras processadas até o
momento, duas resultaram positivas para enterovírus, sendo que estas são provenientes de
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duas propriedades distintas, uma presente em amostra de poço cavado e outra de um açude
que recebe dejetos bovinos. Estes resultados preliminares apontam para o risco da
recirculação de vírus nestas propriedades através de veiculação hídrica. Após completar a
detecção molecular, devemos proceder ainda o isolamento destas amostras em cultivo celular
e posteriormente o seqüenciamento e caracterização filogenética, elucidando se são vírus de
origem animal ou humana. Suporte Financeiro: CNPq/FAPERGS/Feevale
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