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O Estado do Maranhão - São Luís, 19 de agosto de 2013 - segunda-feira
Além do Pará, mais sete
estados são reconhecidos
como áreas livres da aftosa
Antônio Andrade anunciou que outros estados brasileiros, incluindo-se o
Maranhão, também serão reconhecidos como livres de aftosa nos próximos dias
Divulgação
B
RASÍLIA - O ministro da
Agricultura, Antônio Andrade, assinou ontem em
Paragominas (PA) instrução normativa reconhecendo o norte do
Pará como zona livre de aftosa, integrando totalmente o estado à
área de segurança sanitária contra a doença, porque o centro-sul
já estava certificado. Andrade também anunciou que mais sete estados brasileiros receberão o mesmo reconhecimento por meio de
instruções normativas que serão
assinadas nos próximos dias. São
eles Alagoas, Ceará, Maranhão,
Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio
Grande do Norte.
Com a inclusão das áreas, 99%
do rebanho de bovinos e búfalos
e 78% do território nacional passam a ser livres da doença. Anteriormente, 89% do rebanho eram
imunes e 60% do território eram
livres da febre.
Após o reconhecimento pelo
Ministério da Agricultura, o próximo passo é enviar pleito à Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE) solicitando o aval internacional para as novas áreas. A solicitação será feita em outubro e a
expectativa é que o certificado da
OIE seja obtido em maio de 2014.
O objetivo do Brasil é obter da entidade o status de país livre da
doença até 2015.
Para isso, é preciso esforço para
imunizar os rebanhos do Amapá,
de Roraima e de parte do Amazonas. As três áreas ainda são consideradas de alto risco. Antônio
Andrade disse ontem que o go-
Ministro Antônio Andrade anunciou ontem que o Maranhão e mais outros estados ficarão livres da febre aftosa
verno intensificará o trabalho para
que os três locais alcancem reconhecimento.
"Quando esses estados forem
certificados pela OIE, 78% do território nacional serão reconhecidos internacionalmente como
livres de febre aftosa, diminuindo
as restrições de trânsito interno e
possibilitando a abertura de vários
mercados ainda inacessíveis para
os produtos dessa zona", explicou.
Médio risco - De acordo com Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, os municí-
pios do Amazonas que ainda não
foram certificados devem evoluir
para área de médio risco nos próximos dias.
O norte do Pará e os outros estados prestes a serem declarados
livres de febre aftosa também
eram considerados de médio risco
para a doença até este ontem. Já
são certificados como áreas livres
da doença com vacinação os
seguintes estados: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,
Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande
do Sul, Rondônia, São Paulo,
Sergipe e Tocantins.
As áreas certificadas incluem
ainda o Distrito Federal e os municípios de Guajará e Boca do Acre,
no Amazonas, todos reconhecidos
como livres de aftosa com vacinação. O estado de Santa Catarina
é a única área no Brasil considerada livre da doença sem necessidade de vacinação, desde 2007.
Para combater o problema da
aftosa, o governo criou em 1992 o
Programa Nacional de Erradicação e Prevenção Contra a Febre
Aftosa. A doença causa febre e
aparecimento de aftas na boca e
nos pés de bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos.
Estudo revela que idosos têm 3,7
vezes mais risco de desnutrição
Em pacientes com mais de 60 anos, esse risco
chega a 53%, segundo indicadores da OMS; foram
analisados dados de 950 pacientes em São Paulo
SÃO PAULO - Um estudo feito
pelo Instituto de Assistência
Médica ao Servidor Público Estadual mostrou que os idosos
têm 3,7 vezes mais risco de
desnutrição do que os pacientes
adultos. Foram analisados dados
de 950 pacientes, entre homens
e mulheres, acima de 18 anos de
idade, internados no Serviço de
Cardiologia do Hospital do Servi-
dor Público Estadual.
Dados - Depois de analisar dados sobre peso e altura para determinar o Índice de Massa Corpórea dos idosos, de acordo com
o especificado pela Organização
Mundial da Saúde, o resultado
apontou que 46,3% dos casos
tinham risco de desnutrição. Nos
pacientes com mais de 60 anos,
o risco foi 53% e nos adultos 23%.
Segundo a nutricionista Erica
Moura Fernandes, do Serviço de
Nutrição e Dietética do Hospital
do Servidor, o risco de desnutrição nos idosos é maior porque
eles costumam desenvolver
problemas de coração a partir
dos 60 anos de idade. "São vários
fatores que interferem no aparecimento da desnutrição, como
baixa ingestão de alimentos,
complicações relacionadas a
doenças cardiovasculares, idade
avançada e perda de peso involuntária", disse.
O fato de viverem sozinhos
também interfere na nutrição,
explicou Erica, pois muitos dos
idosos são responsáveis por
comprar seus próprios alimentos e prepará-los. Outros não se
alimentam bem porque não têm
próteses ou sofrem com ausência de dentes. "Com a dificuldade
para mastigar, o idoso não come
carne, fonte importante para a
boa qualidade nutricional. Normalmente, idosos também
tomam muitos remédios o que
altera seu paladar, diminuindo a
vontade de comer".
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Professores em greve
promovem o enterro
simbólico de Cabral
Representantes da
categoria reúnem-se
hoje com o secretário
Wilson Risolia
RIO DE JANEIRO - Os profissionais de educação das redes estadual e municipal do Rio realizaram uma manifestação ontem, percorrendo a praia do
Leme ao Posto Seis, em Copacabana. Ao término da passeata, os
cerca de 300 manifestantes foram
até a areia, onde fizeram o enterro simbólico do governador Sérgio Cabral. Entoaram ladainhas
e enterraram o caixão carregado
durante o protesto, junto com um
boneco representando a figura
do governador e jogaram terra
por cima.
Os profissionais da rede estadual de ensino têm um encontro
hoje, às 10h, com o secretário de
Educação, Wilson Risolia, para
discutir uma proposta de reposição salarial para a categoria
de 28%. Em abril, o governo concedeu reajuste de 8% para os pro-
fessores, servidores administrativos e merendeiras da rede estadual de ensino. O secretário
Risolia anunciou na sexta-feira
passada que encaminhou para a
Secretaria de Planejamento a relação dos faltosos para que tenham os dias cortados.
Após a audiência com o secretário, os professores da rede
estadual vão se unir aos professores da Fundação de Apoio à
Escola Técnica do Estado e às
14h fazem um protesto contra o
governador Sérgio Cabral, na esquina de Avenida Delfim Moreira com Rua Aristides Espínola,
no Leblon, perto do apartamento de Cabral.
A coordenadora do Sindicato
Estadual dos Profissionais de
Educação, Marta Moraes, disse
que o sindicato vai entrar na
Justiça para garantir o direito de
greve, sem o corte do ponto. O
juiz Eduardo Antonio Kalusner
negou a tutela antecipada ao
sindicato, porque a prefeitura não
tinha anunciado o corte do ponto dos professores em greve.
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