1.1) INTRODUÇÃO
- Os gerentes financeiros utilizam em suas análises numéricas de transações nas empresas, os seguintes instrumentos:
a) DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PRIMÁRIAS
- Balanço Patrimonial
- Demonstração de Resultados
b) DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SECUNDÁRIAS
- Principalmente a Demonstração de Origem e Aplicação de
Recursos.
c) MÉTODOS DE ANÁLISE
- Horizontal
- Vertical
d) ÍNDICES FINANCEIROS
- São grandezas relativas, construídas a partir dos números
contidos nas Demonstrações Primárias.
1.2) PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
1.2.1) O BALANÇO PATRIMONIAL
- É a representação sintética dos elementos constituintes do
patrimônio da empresa.
1.2.2) DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS
- É um relatório em que a empresa indica os resultados das
suas atividades num período especificado.
- Os dados constantes nestas demonstrações são valores
acumulados entre duas datas, o que significa que podemos
conhecer o resultado ( lucro ou prejuízo ) do período.
- Em se tratando de “Demonstrações Contábeis Financeiras”
é obedecido o regime de competência de exercício, ou seja ,
receitas e despesas não significam necessariamente, entradas e saídas de caixa.
1.2.3) DEMONSTRAÇÃO DE ORIGEM E APLICAÇÃO DE
RECURSOS.
I) FLUXO DE RECURSOS : a Administração Financeira de uma
empresa preocupa-se com a tomada de medidas para que
a entidade consiga recursos apropriados às suas atividades
em condições tão boas quanto possível ( em termos de prazo, custos e outros aspectos ) bem como com a análise da
maneira pela qual esses fundos são empregados ( isto é ,
aplicados ) e de onde se originam ( isto é, as suas fontes ).
- O conceito de recursos, possui dois significados diferentes:
a) pode representar os “recursos disponíveis em dinheiro para a empresa”; nesse caso o termo “recurso” corresponde
ao que geralmente denominamos “disponível”.
b) corresponde alternativamente à idéia de dinheiro + direitos
a curto prazo - obrigações a curto prazo, ou seja, ao conceito de “capital de giro líquido”.
II) TIPOS DE ORIGENS E APLICAÇÕES
- Como estamos interessados nas alterações do item capital
de giro líquido, que é igual à diferença entre o total do ativo
circulante e o total do exigível circulante, examinamos apenas as variações dos saldos das contas não-circulantes ,
classificando-as da seguinte maneira :
a) São origens, aquelas variações de saldos que representam
acréscimos de recursos recebidos pela empresa, seja por
fornecimento direto da sua origem, seja pela liquidação de
investimentos anteriores ou, ainda, por deduções escriturais que não representam saídas de recursos.
b) São aplicações, as variações de saldos de contas representativas de novos investimentos com os recursos obtidos.
---> OBSERVAÇÕES:
- Assim sendo as origens de recursos são representadas por:
I) Aumentos de saldos de contas de exigível e não-exigível.
II) Reduções de saldos de contas de ativo.
III) Despesas não desembolsadas, como depreciação, cuja
origem está nos recursos gerados pelas vendas, mas
que por serem deduzidas para fins de apuração do lucro
tributável, devem ser novamente somadas para dar uma
idéia precisa dos fundos gerados pelas operações da
empresa.
- As aplicações incluem :
I) Aumentos de saldos de contas de ativo.
II) Reduções de saldos de contas de exigível e não-exigível.
III) UTILIDADE DA DEMONSTRAÇÃO DE ORIGEM E
APLICAÇÃO DE RECURSOS.
A) Indicar um comportamento desproporcional entre o investimento em ativos e a evolução das vendas, tanto no passado quanto com base em projeções para o futuro.
B) Permitir estimativas de necessidades de recursos a fontes
internas e externas, bem como um equilíbrio mais apropriado entre elas.
C) Examinar relações entre dividendos e lucros, ligando-as
às exigências de fundos da empresa.
D) Apontar a proporcionalidade ( ou a sua inexistência ) entre
o crescimento das vendas e o financiamento das vendas e
o financiamento dos ativos correspondentes, que resultam
do volume de vendas.
E) As relações de adequação entre as fontes de curto e longo
prazos e as aplicações de maturação correspondente.
1.3) DEMONSTRAÇÕES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS A
SEREM UTILIZADAS PARA ESTUDO.
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS
Receita Operacional Líquida
Custo dos Produtos Vendidos
Lucro Bruto
Depreciação
Despesas com Vendas e Administração
Despesas Financeiras
Receitas Financeiras
Outras Receitas Operacionais
Resultado da Equivalência Patrimonial
Resultado Operacional
Resultado Não-Operacional
Resultado da Correção Monetária
Ganhos de Capital
Resultado antes do I.R.
Provisão para o I.R.
Resultado Líquido do Exercício
/////
/////
(-)
(=)
(-)
(-)
(-)
(+)
(+)
(+)
(=)
(-)
(-)
(+)
(=)
(-)
(=)
1.984
437.521
292.759
144.762
26.235
47.993
94.284
23.924
1.498
0
1.672
3.009
1.489
0
3.192
2.573
619
1.985
762.095
618.161
143.934
3.822
73.377
216.897
98.129
4.909
14.677
-32.457
11.648
33.773
18.171
-36.411
0
-36.411
DEMONSTRAÇÃO DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
ORIGENS
Resultado Líquido do Exercício
Depreciação / Amortização
Variações Escriturais ( líquido )
Dividendos de Coligada
Realização de Reservas de Reavaliação
Outras Origens das Operações
TOTAL OPERAÇÕES
Realização de Capital
Ágio na Realização de Capital
TOTAL ACIONISTAS
Alienação de Ativo Permanente
Emissão de Debêntures
Financiamentos a Longo Prazo
Outras Origens de Terceiros
TOTAL DE TERCEIROS
TOTAL DAS ORIGENS
APLICAÇÕES
Dividendos Propostos
Aquisição de Ativo Permanente
Outras Aplicações
TOTAL DAS APLICAÇÕES
VARIAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO=
= ORIGENS - APLICAÇÕES
1.984
1985
619
5.580
20.240
0
261
163
26.827
0
0
0
495
1.339
326
12.759
14.919
41.746
-36.411
12.602
5.466
2.207
4.574
0
-11.562
0
0
0
142.791
3.847
480
28.482
175.600
164.038
468
12.184
6.258
18.910
0
49.875
168.684
218.559
22.836
-54.521
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31-12-1983
ATIVO
PASSIVO
Disponibilidades
6.335 Fornecedores
Aplicações Temporárias
0 Instituições Financeiras
Contas a Receber ( clientes )
20.483 Impostos a Recolher
Estoques
24.031 Outras Exig. a Curto Prazo
Outros Ativos Circulantes
11.935 PASSIVO CIRCULANTE
ATIVO CIRCULANTE
62.784 Instituições Financeiras
Realizável a Longo Prazo
357 Debêntures
Investimentos
128 Outras Exig. a Longo Prazo
Imobilizado
28.115 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Outros Ativos
616 Capital realizado
Reservas
Lucros Acumulados
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
9.486
24.055
3.215
17.997
54.753
1.820
5.140
322
7.282
7.800
21.143
1.021
29.964
TOTAL DO ATIVO
92.000
92.000 TOTAL DO PASSIVO
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31-12-1984
ATIVO
PASSIVO
Disponibilidades
14.974 Fornecedores
Aplicações Temporárias
5.778 Instituições Financeiras
Contas a Receber ( clientes )
39.895 Impostos a Recolher
Estoques
95.226 Outras Exig. a Curto Prazo
Outros Ativos Circulantes
23.007 PASSIVO CIRCULANTE
ATIVO CIRCULANTE
178.880 Instituições Financeiras
Realizável a Longo Prazo
4.798 Debêntures
Investimentos
350 Outras Exig. a Longo Prazo
Imobilizado
96.886 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Outros Ativos
1.371 Capital realizado
Reservas
Lucros Acumulados
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
12.165
87.550
12.012
36.286
148.013
4.795
20.838
12.933
38.566
16.770
75.468
3.468
95.706
TOTAL DO ATIVO
282.285
282.285 TOTAL DO PASSIVO
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31-12-1985
ATIVO
PASSIVO
Disponibilidades
1.431 Fornecedores
Aplicações Temporárias
2.081 Instituições Financeiras
Contas a Receber ( clientes )
6.094 Impostos a Recolher
Estoques
34.398 Outras Exig. a Curto Prazo
Outros Ativos Circulantes
18.053 PASSIVO CIRCULANTE
ATIVO CIRCULANTE
62.057 Instituições Financeiras
Realizável a Longo Prazo
164.803 Debêntures
Investimentos
116.862 Outras Exig. a Longo Prazo
Imobilizado
151.805 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Outros Ativos
22 Capital realizado
Reservas
Lucros Acumulados
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
16.916
43.960
5.884
18.951
85.711
11.341
24.826
40.000
76.167
53.430
280.241
0
333.671
TOTAL DO ATIVO
495.549
495.549 TOTAL DO PASSIVO
1.4) ANÁLISE HORIZONTAL E ANÁLISE VERTICAL
1.4.1) ANÁLISE HORIZONTAL
- Entende-se por Análise Horizontal de Demonstrações Financerias, o comportamento da evolução, no tempo, de um
dado item de uma demonstração.
- Consequentemente , ela envolve o cálculo de percentagens
de variações de cada item de uma demonstração, entre um
ano ( ou período ) e outro , quando se trata de Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados.
- Por certo , a utilidade tanto da Análise Horizontal quanto da
Análise Vertical, reside na possibilidade de comparação dos
resultados obtidos com algum outro indicador.
- No caso da Análise Horizontal, é interessante relacionar variações de itens tais como vendas, patrimônio, lucros, custo
de produtos vendidos, por exemplo, a indicadores como taxas de crescimento da economia como um todo, do setor ao
qual pertence a empresa, taxas de inflação, ou a evolução...
dos mesmos itens nos concorrentes mais próximos da
empresa.
- Além dessas situações, a evolução de um item pode ser
comparada à de outro, como indício de alguma relação presumida entre os dois. Por exemplo: custo dos produtos vemdidos e estoque de produtos acabados. O crescimento mais
rápido deste último, pode refletir um investimento excessivo
em estoques, imobilizando recursos que poderiam ser aplicados em outras áreas. Nessa altura, evidentemente , já estamos dando um passo na direção do uso simultâneo da análise horizontal e da análise vertical, e até de índices relacionados entre si, de uma Demonstração Financeira. Isso ocorre devido à inegável complementariedade entre todos esses
enfoques.
1.4.2) ANÁLISE VERTICAL
- Em relação a este segundo enfoque de tratamento dos valores contidos numa Demonstração Contábil-Financeira,passamos a nos preocupar com a participação relativa de cada
item no total, ou seja, com a composição percentual de uma
demonstração.
- Por isso mesmo, a Análise Vertical refere-se a uma data ou
a um período, embora deva ser mencionada novamente , o
aspecto da complementariedade dos dois enfoques ( horizontal e vertical ). Evidentemente, é necessário comparar as
análises verticais de demonstrações de datas ou períodos
diferentes para se poder chegar a uma explicação mais apropriada dos acontecimentos observados.
1.5) EXERCÍCIO DE ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS
CONTAS
AH
AV
84/85
% 84
% 85
Receita Operacional Líquida
100,00 100,00
Custo dos Produtos Vendidos
Lucro Bruto
Depreciação
Despesas com Vendas e Administração
Despesas Financeiras
Receitas Financeiras
Outras Receitas Operacionais
Resultado da Equivalência Patrimonial
Resultado Operacional
Resultado Não-Operacional
Resultado da Correção Monetária
Ganhos de Capital
Resultado antes do I.R.
Provisão para o I.R.
Resultado Líquido do Exercício
PARA EFEITOS DE AUXÍLIO NO CÁLCULO DOS
ÍNDICES DAS ANÁLISES VERTICAL E HORIZONTAL
PODEMOS UTILIZAR AS SEGUINTES FÓRMULAS :
- NA ANÁLISE VERTICAL :
ITEM x 100
AV =
ROL
- NA ANÁLISE HORIZONTAL :
VALOR (T 2) x 100
AH =
- 100
VALOR ( T 1 )
1.6) ÍNDICES FINANCEIROS.
- ÍNDICES : são grandezas comparáveis, obtidas a partir de
valores monetários absolutos.
- OBSERVAÇÕES:
a) As Demonstrações Contábeis e Financeiras de uma empresa, também podem servir para a construção de índices
destinados a medir a posição financeira e os níveis de desempenho da empresa em diversos aspectos.
b) Veremos a seguir 4 ( quatro ) classes de índices , ou seja :
I) Índices de Liquidez.
II) Índices de Rentabilidade.
III) Índices de Eficiência Operacional.
IV) Índices de Endividamento.
1.6.1) ÍNDICES DE LIQUIDEZ.
1.6.1.1) ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE ( ILC )
AC
ILC =
ativo circulante
=
PC
passivo circulante
- representa o relacionamento entre os ativos e passivos de
mesmo prazo ( curto ) de vencimento, sendo uma das maneiras mais usadas para avaliar a capacidade de uma empreas para saldar os seus compromissos em dia . Contudo, tal
índice apresenta dois defeitos básicos :
a) Trata indistintamente ( somando ) todos os itens do ativo
circulante, quando na realidade cada item possui liquidez bem
diferente da liquidez de qualquer outro item.
b) O que importa não é o que existe no ativo e no exigível, numa determinada data, mas a velocidade com que, a
partir dessa data, os ativos serão convertidos em dinheiro,
sem reduções de valor, e os passivos circulantes chegarão
ao seu vencimento.
- Para efeitos práticos, devemos conjugar ao uso do ILC, o
emprego de outros índices que reflitam esta velocidade.
- Por exemplo : prazo médio de cobrança, prazo médio de
pagamento e rotação de estoques de produtos acabados.
1.6.1.2) ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA ( ILS )
AC - E
ILS =
ativo circulante - estoques
=
PC
passivo circulante
- A formulação deste índice corresponde a uma tentativa
de sanar as deficiências do ILC , excluindo-se do AC o item
“estoques”, ou seja, o ativo de realização mais problemática
dentro dessa categoria.
- Na verdade, em condições normais, os estoques são transformados em contas a receber, e estas em disponibilidades,
após um processo até certo ponto prolongado e, por isso
mesmo, de maior incerteza .Há ainda a ressaltar a situação
dos estoques em face de uma necessidade de liquidação.
Exceto em circunstâncias excepcionais, uma liquidação de
estoques tende a ser efetuada com grandes descontos sobre
o valor contabilizado,isto é , o custo, reduzindo efetivamente
a sua contribuição para a liquidez da empresa.
- Em menor grau, este índice padece de defeitos similares
aos do ILC. Por fim, acrescente-se que, quanto maior a diferença entre o ILC e o ILS de uma empresa, maior tende a ser
a dependência da sua liquidez em relação à realização do valor dos seus estoques.
1.6.1.3) ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA ( ILI )
D + AT
ILI =
disponibilidades + aplic.temp.
=
PC
passivo circulante
- Este índice representa mais um passo na direção de uma
medida mais satisfatória da liquidez de uma empresa, comparando as obrigações de vencimento a curto prazo, com o
que a empresa possui em dinheiro ou pode prontamente
transformar em dinheiro ( aplicações temporárias, letras de
câmbio, etc )
1.6.1.4) CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO ( CGL )
CGL = AC - PC
= ativo cir. - pas. cir.
- Esta relação, que fornece um valor monetário absoluto,
corresponde à mesma noção subjacente ao ILC, ou seja,
à proporção de ativos transformáveis em dinheiro da empresa para saldar os compromissos com vencimento em
curto prazo.
EXERCÍCIO DE ÍNDICES DE LIQUIDEZ:
- Calcular os índices de liquidez para os anos de 1.984 e 1.985
ÍNDICES DE LIQUIDEZ
ILC
ILS
ILI
CGL
1.984
1.985
- PARECER: _______________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
1.6.2) ÍNDICES DE RENTABILIDADE
- Tais índices são medidas variadas do lucro da empresa em
relação a diversos itens, conforme o ponto de vista adotado
já que o próprio lucro possui significados diferentes.
1.6.2.1) MARGEM OPERACIONAL LÍQUIDA ( MOL )
RO + DF - RF
MOL =
ROL
resultado operacional + despesas financeiras - receitas financeira
MOL =
receita operacional líquida
- Este índice mede o êxito alcançado pela empresa na obtenção de preços de venda superiores aos custos necessários para efetuar a colocação dos produtos e/ou serviços ,
junto aos consumidores e/ou usuários.
- Corresponde ainda à diferença relativa entre preços e custos médios dos produtos e serviços oferecidos pela empresa .
1.6.2.2) MARGEM LÍQUIDA ( ML )
RL
ML =
resultado líquido do exercício
=
ROL
receita operacional líquida
- Ele compara o lucro pertencente aos acionistas, com o
volume de rendas gerado pela empresa em suas operações.
É idêntico aos valores calculados na análise vertical da Demonstração de Resultados.
1.6.2.3) RETORNO SOBRE O CAPITAL DOS ACIONISTAS
RL
RCA =
resultado líquido do exercício
=
PLM
patrimônio líquido médio
- Este índice mede o rendimento obtido pela empresa como
remuneração do investimento dos proprietários ( os fornecedores de capital de risco ) . Por outro lado, o numerador
justifica-se pelo fato de que é este lucro, realmente pertencente aos proprietários, qualquer que seja a decisão subsequente quanto à sua destinação.
- O denominador, por sua vez, é representativo do volume
médio do investimento mantido na empresa por esses proprietários. ( estamos usando a média aritmética simples, dividindo por 2, as somas dos valores de início e fim de cada
período ).
- Em muitos livros de finanças, não é calculado o valor médio para esse item, o que a nosso ver corresponde a uma
distorção do índice. Tal como ele é calculado nesses casos
compara-se o lucro gerado em todo um período ao capital
do último dia desse período.
- Tendo havido grandes variações desse capital durant o ano
por aumentos de capital, incorporação de reservas, e o próprio lucro gerado durante o período, não poderemos afirmar
que esse lucro tenha sido produzido por esse investimento.
1.6.2.4) RETORNO SOBRE O ATIVO OPERACIONAL
RO + DF - RF
RAO =
AOLM
resultado operacional + despesas financeiras - receitas financeiras
RAO =
ativo operacional líquido médio
- Este índice mede a rentabilidade das operações básicas da
empresa em face dos recursos ( ativos ) aplicados nessas
operações. Em se tratando de empresa industrial ou comercial, recomenda-se excluir como ativos não-operacionais,as
aplicações em títulos resgatáveis a curto prazo ( ou seja, as
chamadas “aplicações financeiras”), os ativos imobilizados
técnicos não usados nas atividades normais ( por exemplo,
um terreno adquirido ou recebido, para o qual não haja ...
um plano de utilização ) e os imobilizados financeiros
não essenciais às atividades afins.
- Neste último caso, estamos falando principalmente de investimentos em áreas de incentivo fiscal. Por outro lado, se
estivermos frente a um caso em que o investimento é feito
em empresa coligada ou subsidiária e cujo controle é essencial à normalidade das operações, o valor correspondente
deverá ser tratado como ativo operacional.
- No caso das demonstrações em uso, excluímos os valores
correspondentes à totalidade das aplicações temporárias e
parcelas de outros ativos circulantes, realizável a longo prazo e de outros ativos. Esses detalhes não constam dos Balanços Simplicados, mas das demonstrações originais publicadas.
- Assim, por referirem-se a operações financeiras e/ou incentivos fiscais, foram excluídos do ativo operacional: aplicações temporárias, incentivos fiscais a realizar, empréstimos
compulsórios - Eletrobrás, participação por incentivos fiscais
e juros a amortizar.
- As exclusões totalizam portanto :
1.983 - $ 1.262 milhão
1.984 - $ 10.231 milhões
1.985 - $ 8.087 milhões
- Dessas exclusões resultam os AOL de :
1.983 - $ 90.738 milhões
1.984 - $ 272.054 milhões
1.985 - $ 487.462 milhões
EXERCÍCIO DE ÍNDICES DE RENTABILIDADE
- Calcular os índices de rentabilidade para os anos de
1.984 e 1.985.
ÍNDICES DE RENTABILIDADE
MOL
ML
RCA
RAO
1.984
1.985
- PARECER : _______________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
1.6.3) ÍNDICES DE EFICIÊNCIA OPERACIONAL
-Através desses índices, procura-se medir a rapidez com que
certos ativos ( e um item de passivo ) giram dentro de um
exercício normal, dado o volume de operações então alcançados.
- A idéias é : quanto maior o giro ( expresso por um número
de vezes, rotações ou voltas por período ), dado um volume
de operações ( representado pela receita ), mais eficiente tende a ser a administração do aspecto específico analisado, pois isso significa que a empresa está sendo capaz de gerar um
dado volume de operações com um investimento médio relativamente menor em certos tipos de ativo.
1.6.3.1) GIRO DO ATIVO OPERACIONAL
ROL
GAO =
receita operacional líquida
=
AOLM
ativo operacional líquido médio
- Este índice informa o número de vezes em que os ativos
operacionais líquidos são “utilizados num dado período, para gerar o número de operações desse período.
1.6.3.2) GIRO DO CAPITAL DOS ACIONISTAS
ROL
GCA =
receita operacional líquida
=
PLM
patrimônio líquido médio
- Este índice reflete a rapidez, velocidade ou eficiência relativa, com a qual são usados os recursos da empresa, para
atingir um certo volume de atividade.
1.6.3.3) GIRO DO ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS
CPV
GE =
custo dos produtos vendidos
=
EMPA
estoque médio de produtos acabados
- Ele relaciona o volume médio investido em estoques, ao
montante vendido no período, já que os estoques são contabilizados ao custo, a menos que o valor de venda caia a níveis mais baixos.
-- > ESTOQUE MÉDIO DE PRODUTOS
365
EMP =
GE
1.6.3.4) GIRO DO SALDO DE CONTAS A RECEBER
VP
vendas a prazo
GCR =
=
SMCR
saldo médio de contas a receber
- Através deste cálculo, verificamos o número de vezes em
que o saldo médio de operações de vendas a crédito, está
contido no volume total de vendas, nessas condições, dentro de um período.
--> PRAZO MÉDIO DE COBRANÇA
365
PMC =
GCR
1.6.3.5) GIRO DO SALDO DE FORNECEDORES
( CONTAS A PAGAR )
CMP
GF =
compras de materiais a prazo
=
SMF
saldo médio de fornecedores
- Este índice fornece o giro do saldo dos valores devidos a
fornecedores de materiais.
--> PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS
365
PMP =
GF
1.6.3.6) OBSERVAÇÕES :
I) Para o cálculo dos Índices de Eficiência Operacional se faz
necessário :
a- No GE : supomos que 60% de estoques, corresponde a
produtos acabados.
b- No GCR : supomos que todas as vendas são feitas a
prazo.
c- No GF :
i) O custo de matéria-prima é de 70% do custo dos produtos vendidos ( estoque inicial + compras - estoque
final )
ii) 100% das compras de matéria-prima são efetuados a
prazo.
iii) Do item estoques, 30% correspondem a matérias-primas, isto é, bens que não tenham sofrido ainda qualquer tipo de processamento.
II) Então compras de materiais a prazo para:
1.984 = 226.289,80 milhões
1.985 = 640.754,10 milhões
EXERCÍCIO DE ÍNDICES DE EFICIÊNCIA OPERACIONAL
- Calcular os índices referentes a 1.984 e 1.985
ÍNDICE
GAO
GCA
GE
GCR
GF
EMP
PMC
PMP
1.984
1.985
PARECER : ______________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
1.6.4) ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
- Estamos interessados em observar medidas do uso relativo de capital de terceiros pela empresa.
1.6.4.1) CUSTO TOTAL DE TERCEIROS
CT
capital de terceiros
CTT =
=
AT
ativo total
1.6.4.2) CUSTO DE TERCEIROS A LONGO PRAZO
CaTLP
CTLP =
capital de ter. a longo prazo
=
AT
ativo total
1.6.4.3) COBERTURA DE JUROS
RO ( antes de Dep., DF e RF )
CJ =
Despesas Financeiras
- Este índice procura verificar a proporção em que os resultados da empresa, permitem cobrir as despesas correspondentes aos encargos financeiros.
- O CTT e o CTLP relacionam os saldos de exigibilidades a
volumes totais de ativo.
EXERCÍCIO DE ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
- Calcular os índices de 1.984 e 1.985
ÍNDICE
CTT
CTLP
CJ
1.984
1.985
1.7.1) TAXA DE RETORNO = MARGEM X GIRO
RAO = MOL x GAO
RAO( 84 ) =
RAO( 85 ) =
RCA = ML x GCA
RCA( 84 ) =
RCA( 85 ) =
CUSTO
DOS
PRODUTOS
VENDIDOS
+
DESPESAS
DE
VENDAS
RECEITA
DESPESAS
OPERACIONAIS
RESULTADO
OPERACIONAL
/
RECEITA
+
DESPESAS
ADMINISTRATIVAS
MARGEM
OPERACIONAL
LÍQUIDA
( MOL )
DISPONIBILIDADES
IMOBILIZADO
RECEITA
+
CONTAS
A
RECEBER
+
ATIVO
CIRCULANTE
/
ATIVO
OPERACIONAL
LÍQUIDO
+
ESTOQUES
GIRO DO
ATIVO
OPERACIONAL
( GAO )
MARGEM
OPERACIONAL
LÍQUIDA
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GIRO DO
ATIVO
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ATIVO
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