Procedimento Operacional:
LIMPEZA , DESINFECÇÃO E
ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS
MÉDICO- HOSPITALARES
Nº CCIH – 010
Data Emissão:
FEVEREIRO/2008
DEFINIÇÃO:
Limpeza: é o primeiro passo para o reprocessamento de artigos, e está intimamente ligada a
qualidade final do processo, pois com a retirada da matéria orgânica consegue-se diminuir o número
de microrganismos sobre o artigo.
Desinfecção: é um processo que destrói microrganismos, patogênicos ou não, dos artigos, com
exceção de alto número de esporos bacterianos, pela aplicação de meios físicos ou químicos.
Esterilização: é o processo de destruição de todas as formas vegetativa e esporulada, fungos e
vírus, mediante a aplicação de agentes físicos e químicos.
CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS:
Artigos críticos: são aqueles que penetram em tecidos ou líquidos estéreis e portanto possuem
alto risco para aquisição de infecção. Estes artigos devem ser agulhas hipodérmicas, os
instrumentais cirúrgicos, implantes, cateteres urinários, etc.
Artigos semi-criticos: são artigos que entram em contato com membrana mucosa íntegra ou pele
não íntegra, e normalmente devem ser livres de todos os microorganismos, com exceção de elevado
número de esporos bacterianos. Requerem desinfecção de alto nível entre pacientes. Estão incluídos
nesta categoria, os endoscópios gastrointestinais, equipamento de terapia respiratória, etc.
Artigos não críticos: são aqueles que entram em contato apenas com pele íntegra, ou não entram
em contato com pacientes e apresentam baixo risco de transmissão de infecção, pois a pele do
paciente é barreira efetiva a microrganismos. Entretanto, podem servir de disseminação de
microrganismos colonizantes entre os pacientes.Como exemplo nessa categoria estão comadres,
papagaios, jarros, bacias, cubas, aparelho de pressão, termômetros, etc.
OBJETIVOS:
Prevenção de transmissão de microorganismos;
PROCEDIMENTO:
1. Artigos críticos- esterilização por meios físicos( autoclave), químico(glutaraldeido e ácido
peracético ,ou físico- químico(óxido de etileno).
- higienizar as mãos sempre antes de iniciar o procedimento e após realizar o procedimento
- paramentar-se com equipamento de proteção individual(E.P.I)
OBS: os dois itens acima devem ser repetidos em todos os procedimentos que serão citados a
seguir.
- realizar a limpeza manual do material minuciosamente, inicialmente, deixando imerso em
detergente enzimático por tempo descrito pelo fabricante
- limpar o material com ajuda de escova e ou esponja macia
- enxaguar abundantemente na água corrente potável
- secar os materiais canulados, com ar comprimido sob pressão( controlando a saída do ar com
fluxômetro) na face interna e na face externa, secar com tecido macio.
- embalar em tecido de brim, papel grau cirúrgico ou papel crepado, conforme a adequação do
material
- esterilizar por meio físico ou físico- químico(óxido de etileno), para materiais
termosenssíveis(são materiais que sofrem alterações sobre temperaturas elevadas)
2- Artigos semi-criticos- Requerem desinfecção de alto nível(destrói todos os microrganismos com
exceção de alto número de esporos). Os desinfetantes de alto nível são o glutaraldeido e o ácido
peracético
- realizar a limpeza manual conforme descrito acima
- ativar o ácido peracético e realizar o teste de efetividade do desinfetante com as tiras
reagentes, que devem ser mantidas sobre refrigeração e ou temperatura ambiente, realizadas
diariamente pela manhã conforme rotina do CHS
- enxugar o material conforme descrito acima, criteriosamente, para que não ocorra diluição do
ácido peracético, e a conseqüente inativação do produto antes do tempo estimado de
aproximadamente 15 dias, após a ativação.
- imergir o material por completo no ácido peracético a 0,2%
- cronometrar 10 minutos para desinfecção de alto nível, conforme orientação do fabricante
- enxaguar abundantemente com água filtrada
- secar conforme descrição acima
- embalar em plástico e selar as bordas
3- Artigos não críticos
- requerem apenas limpeza com água e sabão complementada opcionalmente com desinfecção
de baixo nível( elimina a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos, mas não elimina
micobactéria). Ex: desinfetante de nível intermediário: álcool a 70%
OBS: Os meios de esterilização e de desinfecção citados, são os mais utilizados no CHS
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
¾ APECIH- Limpeza, Desinfecção de Artigos e Áreas Hospitalares e Anti-sepsia. 2ª edição, Associação
Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2004.
¾ Fernandes A .Tadeu, Infecção Hospitalar e suas Interfaces na área de Saúde. São Paulo: Ed. Atheneu, 2000.
Preparado por:
Aprovado pela CCIH:
Enf. Ivanilda S. de Aquino
COREN – 47089
Enf. Yuriko Miyamoto
COREN - 19930
Revisado em fevereiro/2008 por Enf. Yuriko
Miyamoto.
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
Conjunto Hospitalar de Sorocaba
Dr. Celso Nakagawa
CRM 63.054
Presidente da CCIH
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