Especial
MAIS ENERGIA PARA O ESTADO
Usina térmica a
gás em Rio Grande
O
Rio Grande do Sul ganhou no leilão de energia
elétrica A-5 2014, realizado em 28 de novembro do ano passado, dois empreendimentos
de geração de energia esperados há anos: uma usina
térmica a carvão, em Candiota, e outra a gás, em Rio
Grande, num investimento total de quase R$ 5 bilhões.
Por implicar a conversão de gás em estado líquido para
estado gasoso, a fim de ser usado como combustível, o
investimento da Zona Sul é considerado mais ousado.
Com um investimento de R$ 3 bilhões, também contribuirá para ampliar a diversificação na matriz energética do RS.
A Usina Termelétrica de Rio Grande (UTE Rio Grande) vai contar com 1.250 MW de capacidade instalada
e consumir 5,5 MM m3 de gás por dia. A capacidade de
regaseificação será de 14 MM m3/dia e o seu abastecimento vai introduz uma novidade no Estado. Envolverá o processo de regaseificação através de navios, que
transportarão o produto em estado líquido (por ocupar
600 vezes menos espaço) até um pier que será construído no porto de Rio Grande. No local, o Gás Natural
Liquefeito (GNL) será convertido para o estado gasoso
e, então, enviado por gasoduto até a usina.
Antecipação
Embora tenha prazo até 2019 para entrar em funcionamento, a UTE Rio Grande deverá ficar pronta bem
antes. Pelo menos nas projeções da Bolognesi, grupo
vencedor da licitação, que pretende iniciar os testes em
janeiro de 2018 e a operação entre maio e junho daquele ano. As obras, previstas para iniciar já no próximo
mês de junho, vão empregar até 3.500 pessoas no pico
e, quando a usina estiver em operação,150 pessoas estarão diretamente envolvidas na cadeia de atividades.
O projeto de uma usina termelétrica e uma unidade de regaseificação vinha sendo trabalhado há quase
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Sulgás Natural
cinco anos pelo grupo Bolognesi. “Sempre tivemos a
convicção da necessidade de uma térmica a gás no
extremo sul do Brasil pela necessidade de geração
térmica com baixas emissões, bem como para aumentar a segurança energética do sistema”, afirmou Paulo
Cesar Rutzen, vice-presidente executivo da Bolognesi.
Gás adicional
O resultado do leilão foi recebido de forma positiva
pela Sulgás, que hoje possui apenas o Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) como fonte de suprimento. Com a
instalação da unidade de regaseificação e a UTE em
Rio Grande, cerca de oito milhões de metros cúbicos
adicionais de gás natural poderão ser disponibilizados para atender o mercado gaúcho. Essa quantidade é expressiva, se levarmos em conta que estudos
da Sulgás identificam um mercado potencial no Rio
Grande do Sul, em cinco anos, de quase dois milhões
de metros cúbicos/dia em projetos que podem ser viabilizados.
Outro benefício apontado pela Sulgás é o fato de
o volume adicional de gás ser ofertado no sul do estado – região que vive um grande processo de desenvolvimento econômico. A companhia tem um mercado regionalmente mapeado em Rio Grande e Pelotas,
que pode chegar a 500 mil metros cúbicos por dia.
Além disso, cria-se a possibilidade da construção de
um gasoduto ligando Rio Grande a Porto Alegre, que
possibilitaria trazer esse gás novo até a Região Metropolitana.
Por tudo isso, o projeto deverá movimentar a economia do estado, especialmente a da Zona Sul. “Além
de empregos, a implantação da UTE Rio Grande vai
aumentar a geração de energia e aumentar a participação do gás natural na matriz energética do Estado”,
garantiu Paulo Cesar Rutzen, da Bolognesi.
João Paulo Ceginski/Divulgação SUPRG
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Usina térmica a gás em Rio Grande