GLOBALIZAÇÃO NEOLIBERAL
- ABERTURA POLÍTICA E ECONÔMICA A
PARTIR DA DÉCADA DE 90
DEJALMA CREMONESE
ROTEIRO PARA A DISCUSSÃO
 ANOS
90: O CONTEXTO POLÍTICO E
ECONÔMICO: A CRISE DO CAPITALISMO E A
GLOBALIZAÇÃO NEOLIBERAL
 ANTECEDENTES HISTÓRICOS (A VELHA E A
NOVA ORDEM MUNDIAL)
 DO WELFARE STATE AO NEOLIBERALISMO
 IMPLICAÇÕES DAS REFORMAS ESTRUTURAIS
NO BRASIL: DE COLLOR À LULA
VELHA ORDEM MUNDIAL – 1945-1989 – A era do ouro do capitalismo
ANTECEDENTES:
1945- 1980/90
Velha Ordem
Mundial
Crise do capitalismo
liberal
Origens: 1942 – Relatório
Welfare
State – teoria de
Keynes
1929 – Quebra da bolsa
de valores de NY
Fim da II Guerra
Mundial: EUA E URSS
EUA
BENVERIDGE - Inglaterra
O Estado intervém
na economia
Economia infra-estrutura:
siderurgia,
energia, transporte,
comunicação..
Relações Sociais:
saúde, educação,
pleno emprego,
CLT, previdência,
auxílio funeral..
URSS
Programa de
distribuição de renda
Mundo Bipolar
CAPITALISTA
New Deal - Roosevelt
Exploração
do 3ë Mundo
Propaganda
ideológica
SOCIALISTA
Guerra-Fria
Corrida
armamentista
Estado
planificador
Estado
interventor
Militarismo
Educação
Seguro
Nacional
Saúde
Modelo de produção:
fordista
Modelo fordista de produção
DA VELHA PARA A NOVA ORDEM MUNDIAL – 1945-1989
(A GLOBALIZAÇÃO NEOLIBERAL)
PERÍODO HISTÓRICO
1970
Crise do Welfare State
Teoria de Hayek – obra:
O caminho da servidão
Crise do petróleo:
1973, 75, 79
Crítica teórica
ao Estado Keynesiano
Guerra do Vietnã
1980
Neoliberalismo:
Re-estruturação
do capitalismo
Implementação:
- Chile 73
- Inglaterra 79
- EUA 1980
Destruir os sindicatos
Crise do capitalismo
Tecnicismo
– Toyotismo - desemprego
NAFTA
União Européia
Queda do
Muro de Berlim
Fim do regime
Socialista de Estado
(teoria do fim da História
de Fukuyama)
1990-2001:
Hegemonia dos EUA
Corte dos gastos sociais
Blocos econômicos
1989
Unipolarismo militar
Multilateralismo econômico
Mercosul
Tigres asiáticos
NEOLIBERALISMO
1989
1990
Consenso de
Washington
Nova re-estruturação
do capitalismo
Rigoroso esforço
de equilíbrio fiscal
Programa de reformas
administrativas,
previdenciárias e fiscais
Flexibilização
das relações de trabalho
Neoliberalismo
no Brasil
fiscalmente o capital
Collor de Mello o
“Salvador da Pátria”
Corte violento
no gasto público
Surpreendente
reforma do Estado
Desmonte radical
do modelo anterior
(Estado interventor
Reforma Constitucional
Desregulamentação
econômica
Planificação econômica
Desonerar
Negociações
Abertura de mercado
1992
com o FMI
– controle da inflação
Consenso de Washington
 Idéias sistematizadas pelo economista John Williamson, em
reunião na cidade de Washington no ano de 1989. Essa reunião
Ficou conhecida como Consenso de Washington da qual
Tinha como objetivo discutir as reformas necessárias para a
América Latina.
 Consenso de Washington não foi nenhuma conspiração políticaEconômica ou trama diabólica do FMI, BID, BIRD, nem do governo
Americano para aplicar nos países da América Latina. O que aconTeceu foi apenas o resumo sintético das idéias que circulavam em
Washington da qual John, resumiu tais idéias de comando e coordenação da política econômica mundial dos EUA e para cuidar da
América Latina: “em Washington todos estão pensando que na
América Latina todo mundo tem de fazer a mesma coisa”. Foi isso,
que John Williamson percebeu.
PRINCIPAIS METAS DAS POLÍTICAS NEOLIBERAIS
GLOBALIZANTE NA AMÉRICA LATINA (O BRASIL
ENCLUSIVE)
1). Reforma do Estado: Previdência Social, Saúde, Educação...
2). Privatizações de empresas estatais: 70% do seu
Patrimônio Público.
3). Desregulamentação econômica: abertura do mercado.
4). Garantia do direito de propriedade: Sobretudo na zona
de Fronteira, isto é, nos serviços, propriedade intelectual etc.
5). Ingresso de capital externo: empresas transnacionais.
6). Endividamento: interno e externo
7). Exclusão
FHC I –(1995-1998)
Lema do PSDB: Somente internacionalizando
o Brasil é que seremos nacionais
1992-94
Impeachment
Collor (não por questões
éticas, mas por q. políticas
Voltado para a
política interna
Assume o vice-presidente
Itamar Franco
Nacionalismo
FHC – ministro das
FHC - Vitória nas
eleições 1994
Continuidade das
reformas neoliberais
relações internacionais
Plano real: estabilização
Monetária (07-94)
Ministro da Fazenda
Abertura de Mercado
Aumento do consumo:
Câmbio artificial
Defasagem da
balança comercial
Aumento da
dívida externa
Loja de 1,99
Privatizações
Propaganda:
galinha, iogurte, dentadura
Contenção da inflação
Abuso das Medidas Provisórias
FHC promulgou 5299 MP
FHC II (1998 – 2002)
Desvalorização do
real 15/01/1999
Re-eleição de FHC
Terceirização
Privatizações:
continuidade…
Abertura comercial
Crescimento econômico
Ajuste fiscal- Equilíbrio
pífio – 2,2% média
nas contas públicas
– cortes no orçamento
Flexibilização dos
contratos de trabalho
Aumento dos juros
Desemprego
Desregulamentação
da economia: liberdade
ao capital
O capital não
têm pátria,
mas têm moradia
Capitalismo especulativo:
2 minutos é uma
aplicação de longo
prazo para os
investidores
(em torno de US$3 trilhões)
GOVERNO LULA: UM GOVERNO
NEOLIBERAL DE ESQUERDA?




A trajetória de esquerda do PT
A mudança de rota do PT: um
programa para ganhar as eleições
A burocratização autoritária' do
partido
A continuidade das políticaseconômicas anteriores
PT 1980:
origens,
doutrinas, programas
Lula fundador
e figura carismática
do partido
Trabalhadores,
metalúrgicos, funcionários
públicos, intelectuais
De líder metalúrgico
– parlamentar - Presidente
Luta contra a burguesia,
o capital, o mercado
Participação nas eleições
de 1989, 1994, 1998 até
a vitória em 2002
Favorável à
Reforma Agrária
Mudança no discurso:
da esquerda para
o centro/direita?
Luta pelos direitos
dos trabalhadores
Sonho da
revolução/ruptura
Ruptura com as instituições
internacionais: FMI.
Aliança com setores
tradicionais da política –
partidos
fisiologistas
PMDB, PTB, PL, PP
Eleições 2002:
Lula candidato
Fim da política:
marketing
Assustou o mercado
Especulação
financeira
Queda da bolsa
de valores
Risco Brasil
foi às nuvens
Lula compromete-se
Com o FMI; cumprirá
os contratos
Lula “ligth”,
lulinha “paz e amor”
Vitória esmagadora
nas eleições
61,27% dos votos =
52.793.364
GOVERNO LULA
2003-2006
Fracasso nas
políticas sociais
Cumprimento
dos contratos
Lula Paz e amor
Corte no orçamento 4,25%
do PIB - 25 bilhões foram retidos
dos gastos orçamentários do
governo p e redirecionados para
pagar juros
“silêncio e apagamento”
dos Movimentos sociais
veio para ficar
Pagamento em dia
das dívidas:
Reforma do Estado
a toque de caixa
– sem discussão com
a sociedade civil
Tensões com os “radicais”
10 bilhões por mês
Autonomia do
Reforma Agrária
e Reforma da Educação
tímidas
Continuidade do modelo
político econômico
anterior
Banco Central
Manutenção de uma
Alta taxa
de juros 26,5%
Reformas compensatórias:
desvirtuar as
reformas estruturais
Corrupção: mensalão,
Mensalinho, cuecão
AS CONSEQÜÊNCIAS DAS REFORMAS
NEOLIBERAIS
 Aumento
das tarifas públicas
 Privatizações
 Lucro do Sistema Financeiro
 Supremacia das Empresas transacionais
No curto tempo de (1992-1998), as ações
da Bolsa de valores de São Paulo
valorizaram-se em cerca de 430% - a
maior alta entre as Bolsas de Valores do
Mundo;
Os maiores beneficiados foram aos bancos... Após os
estrondosos lucros bancários de 1999, aonde as
instituições financeiras chegaram a lucrar em um
único mês mais do que em todo ano de 1998, o 1º
semestre de 2000 continuou sendo bastante auspicioso
para essas instituições. Somente o Bradesco, maior
banco privado do país, lucrou R$ 606 mil nos 1ºs 6
meses do ano, 31,5 % acima do mesmo período do ano
anterior. O Itaú, 2º banco privado do país, atingiu um
lucro de R$ 800 mil no 1º semestre do ano.
Com a alta do dólar e dos juros, os bancos
tiveram um rendimento de R$ 131,4 bi entre
janeiro e agosto desse ano, um aumento de
171% relativamente aos R$ 489,4 bi auferidos
no mesmo período do ano passado. Os ganhos
aproximaram-se dos obtidos no mesmo período
de 1999, ano da desvalorização cambial,
quando chegaram a R$ 140,5 bi.
AUMENTO DAS TARIFAS PÚBLICAS FACILITAR AS VENDAS (energia e
telefonia)
Privatização: outro motivo para o aumento
explosivo dos preços administrados: as privatizações. Para
atrair investidores e facilitar a venda das então estatais,
dizem, as tarifas foram ajustadas para cima,
principalmente nos setores de energia elétrica e telefonia.
Energia: Em 1995, quando começou a venda das estatais de
energia, houve um reajuste de 65,12% na tarifa – a maior
do Real. Nos anos seguintes, as correções foram
substancialmente menores. A mais expressiva ocorreu em
1999: 19,89%.
Telefonia:
Na telefonia, não foi diferente: houve uma
correção no valor dos serviços de 69,19% e 89,64% nos
dois anos anteriores (1996 e 1997, respectivamente) à
privatização.
A ERA FHC
AS TARIFAS PÚBLICAS E PREÇOS
ADMINISTRADOS FORAM OS QUE MAIS SUBIRAM
NA ERA FHC
Todos os reajustes desde a estabilidade da moeda, sem
exceção, foram de tarifas ou preços controlados.
De julho de 1994 (início do plano real) a junho de
200, o gás de cozinha teve aumento recorde na
ranking dos produtos: o preço do gás subiu 472,16%
desde julho de 1994 até hoje (FONTE: IBGE), e já
compromete 12,56% do valor do salário mínimo, de
R$200. depois do gás, apareceram altas do aluguel
(382%), telefone fixo (381,07%), energia elétrica
(227,26%) e ônibus urbano (250,22%). A gasolina,
um dos itens de maior peso na inflação oficial, subiu
211,23%.
INSTITUIÇÕES
INTERNACIONAIS:
500 maiores companhias mundiais –
baseadas na sua capitalização de mercado;
244 são norte-americanas, 173 européias e
46 japonesas.Em outras palavras, 83% das
maiores empresas que controlam o
comércio e a produção mundial são norteamericanas e européias.
 Das
A concentração
de poder é ainda maior
se analisarmos as 25 maiores
companhias mundiais: mais de 70%
são norte- americanas, 26% são
européias e 4% são japonesas.
420
das 500 maiores empresas
americanas tem negócios no
Brasil, o Brasil é o 13º parceiro
comercial dos EUA. –FONTE:
Rubens Barbosa, embaixador
do Brasil nos EUA.
80%
das decisões mais
importantes sobre inversões e
tecnologias são feitas a partir de
suas matrizes: EUA, Europa,Japão.
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da velha para a nova ordem mundial – 1945-1989