Administração de sistemas
operacionais
Aula 09
Manipulação do sistemas de arquivos
Prof. Esp. Diovani Milhorim
File system
Antes de instalar qualquer sistema
operacional, é necessário particionar o
HD, criando as partições de instalação.
Devido a uma limitação nos endereços
que vem desde a época dos primeiros
PCs, é possível criar apenas 4 partições
primárias, ou até três partições primárias
e uma partição estendida, que pode ser
usada para criar mais partições.
File system
Partições:
Partições primárias:
Cada disco no Linux pode conter no máximo quatro
partições
primárias.
Estas
partições
contém
necessariamente um sistema de arquivos e pelo menos
uma
deve
ser
criada.
As partições primárias podem ser nomeadas como
/dev/hda1, /dev/hda2, /dev/hda3 e /dev/hda4.
Uma destas partições primárias deve ser marcada
como ativa para que a inicialização do sistema
operacional seja realizada com sucesso.
File system
Partições:
Partições estendidas:
Partições estendidas são uma variação das partições
primárias, mas não podem conter um sistema de
arquivos.
Elas funcionam como um contêiner para as partições
lógicas. Um disco pode ter somente uma partição
estendida e que toma lugar de uma partição primária.
Em uma configuração padrão, pode-se ter o seguinte
esquema de particionamento dos discos.

/dev/hda1 (partição primária)

/dev/hda2 (partição secundária)
File system
Partições:
Partições lógicas:
As partições lógicas existem em conjunto com uma partição
estendida e pode ter de uma a doze partições deste tipo. Elas
são nomeadas á partir do número cinco até dezesseis.





/dev/hda1 (partição primária)
/dev/hda2 (partição estendida)
/dev/hda5 (partição lógica)
(...)
/dev/hda16 (partição lógica)
Podemos ter no máximo 15 partições com sistema de
arquivos em um único disco, sendo três primárias e doze
lógicas.
File system
Na figura 01 vê-se a tela do software
Gparted com informações de um HD. O
HD encontra-se dividido em 5 partições:





/dev/sda1
/dev/sda2
/dev/sda3
/dev/sda5
/dev/sda6
(com uma instalação do Windows)
(com uma instalação do Ubuntu)
(reservada / sem uso)
(swap)
(para arquivos).
File system
Figura 01: Tela do software gparte visualizando partições de um hd
File system
Na figura 01 a partição "/dev/sda4" é a
partição
estendida,
que
é
criada
automaticamente
pelo
particionador
quando você usa a opção de criar uma
partição lógica, como uma espécie de
"container" para as demais partições.
Nota-se que o tamanho especificado pelo
particionador é o das duas partições
somadas:
File system
Partição swap
Este tipo de partição é usado para oferecer o suporte
a memória virtual ao GNU/Linux em adição a memória
RAM instalada no sistema.
Ao se executar um programa e a memória RAM
encher, o GNU/Linux move automaticamente os
não estão sendo usados para a partição Swap
memória RAM para a continuar carregando
necessários.
começar a
dados que
e libera a
os dados
Quando os dados movidos para a partição Swap são
solicitados, o GNU/Linux move os dados da partição Swap
para a Memória. Por este motivo a partição Swap também é
chamada de Troca ou memória virtual.
File system
Partição swap
O uso da partição swap é sempre recomendada,
pois permite que o sistema disponha de uma área
adicional para situações em que precisa de uma
quantidade muito grande de memória RAM, como
(por exemplo) ao editar vídeos.
A memória swap pode ser usada também para
mover arquivos e bibliotecas que não estão em
uso, liberando mais memória RAM para uso dos
programas e do cache de disco.
File system
Alterando o uso da Partição swap
A propensão do sistema a utilizar memória swap é
configurável através de uma opção do kernel, a
"vm.swappiness", que aceita valores de 0 a 100, sendo
que um valor baixo orienta o sistema a usar swap
apenas quando não houver mais memória disponível.
O default na maioria das distribuições é "60", o que faz
com que o sistema use um pouco de swap mesmo
quando tem memória de sobra disponível. Para alterar
este parâmetro execute, como root, o comando:

# sysctl vm.swappiness=20
Para que a alteração se torne permanente, edite o
arquivo "/etc/sysctl.conf" e adicione a linha
"vm.swappiness=20".
File system
Montando partições:
O sistema nunca acessa os dados dentro
da partição diretamente. Ao invés disso,
ele permite que você "monte" a partição
em uma determinada pasta e acesse os
arquivos dentro da partição através dela.
A montagem do volume físico é uma
abstração do sistema operacional que nos
permite visualizar o volume em uma
forma lógica e mais compreensível.
File system
Montando partições: mount
O comando "mount“ é responsável por
criar a abstração de um sistema de
arquivos lógicos a partir de um volume
físico.
A sintaxe básica inclui o dispositivo e a
pasta onde ele será acessado, como em:

# mount /dev/sdb1 /mnt/sdb1
File system
Montando partições: mount
Ao desmontar a partição, pode-se
especificar tanto o dispositivo, quando a
pasta onde ele foi montado, como em:

# umount /mnt/sdb1
OU

# umount /dev/sdb1
File system
Montando partições: mount
O comando mount é utilizado para montar um dispositivo na
hierarquia do sistema de arquivos do Linux.
As opções mais usadas são:



-a - Monta todos os dispositivos especificados no arquivo
/etc/fstab que não têm a opção noauto selecionada.
-r - Monta o sistema de arquivos do dispositivo como
somente leitura.
-w - Monta o sistema de arquivos do dispositivo como leitura
e gravação.

-o - Especifica as opções de montagem.

-t
- Especifica o tipo do sistema de arquivos do dispositivo.
File system
Montando partições: mount
Alguns tipos de sistemas de arquivos:






ext2 - Partições Linux.
ext3 - Partições Linux.
reiserfs - Para partições reiserfs.
vfat - Para partições Windows Fat.
ntfs - Para partições Windows NTFS.
iso9660 - Para montar unidades de cdrom.
Exemplos:
# mount /dev/hdb1 /mnt/windows -t vfat
# mount /dev/fd0 /mnt/floppy -t vfat
# mount /dev/cdrom /mnt/cdrom -t iso9660
File system
Montando partições: arquivo fstab
Os pontos de montagem, ou seja, as pastas onde
as partições serão montadas, podem ser
configurados através do arquivo "/etc/fstab".
Quase sempre este arquivo é configurado durante
a instalação do sistema, incluindo referências a
todas as partições e CD-ROMs disponíveis, de
forma que pode-se montar as partições digitando
apenas "mount /dev/sdb1" (por exemplo), sem
precisar usar o comando completo.
File system
Montando partições: arquivo fstab
O
arquivo
fstab
armazena
as
configurações de quais dispositivos devem
ser montados e qual o ponto de
montagem de cada um na inicialização do
sistema operacional.
O Linux suporta diversos sistemas de
arquivos locais e remotos. O arquivo fstab
está localizado no diretório /etc.
File system
Montando partições: arquivo fstab
O arquivo fstab tem a aparência que podese
observar
na
figura
02
abaixo:
Figura 02: aparência característica do arquivo /etc/fstab
File system
Montando partições: arquivo fstab
Campos do arquivo fstab:






Dispositivo: Específica o dispositivo a ser montado.
P.Montagem(Ponto de montagem). Especifica o diretório em
que o dispositivo será montado.
Tipo S.Arquivos(Tipo sistema de arquivos). Específica o tipo
de sistema de arquivos a ser montado.
Op. Montagem(Opções de montagem). Especifica as opções
de montagem dependendo do tipo de sistema de arquivos.
Backup(Freqüencia de Backup). O programa dump consulta
o arquivo para saber a freqüencia de backup. É um campo
numérico, onde 1 é para sistemas ext2 e 0 para outros.
Ch.Disc(Checagem de disco). Determina se o dispositivo
deve ou não ser checado na inicialização do sistema
pelo fsck. É um campo numérico, onde 0 é para não ser
checado, 1 é para ser checado primeiro(raiz) e 2 para checar
depois do raiz.
File system
Montando partições: arquivo fstab
Opções de montagem:
File system
Montando partições: arquivo fstab
Opções de montagem:
File system
Montando partições: Comando fdisk
Para saber informações do seu sistema de
arquivos use o comando fdisk.
Exemplo:

# fdisk -l
Perceba que para realizar essa operação
preciso estar logado como usuário root
(superusuário).
File system
Montando partições: Comando fdisk
Vê-se na figura 03 a saída típica do comando fdisk –l:
Figura 03: saída típica do comando fdisk –l:
File system
Montando partições: Comando fdisk
O fdisk é um utilitário para criar, listar e apagar partições de
disco. Ele é muito robusto e possibilita criar uma lista grande de
tipos de partições para o Linux e diferentes sistemas
operacionais. O fdisk funciona em modo texto e com um menu
pouco amigável.
Exemplo:

# fdisk /dev/hda
Neste exemplo o fdisk ira particionar o disco primário mestre IDE.
As opções mais usadas são:




a
d
l
m
-
Marca ou desmarca a partição como ativa.
Apaga uma partição.
Lista os tipos de partição possível
Mostra ajuda.
File system
Montando partições: Comando df

O comando df é usado para exibir o número de blocos livres no
HD e inodes.. O número de inodes é definido na formatação do
disco.
As opções mais usadas são:


-h - Mostra as informações de forma amigável.
-i - Mostra o número de inodes restantes.
Exemplo:
# df -h
Sist. Arq.
/dev/hda2
tmpfs
/dev/hda1
/dev/hda4
Tam
Usad
19G 3,9G
126M
0
89M 11M
13G 8,8G
Disp Uso% Montado em
15G
21%
/
126M
0%
/dev/shm
74M 13%
/boot
3,6G 72%
/home
File system
Montando partições: Comando df
O comando df também pode receber como
parâmetro um diretório. Neste caso ele irá
mostrar a capacidade utilizada e restante
deste diretório.
Exemplo:
#df /home/fernando
Sist. Arq.
/dev/hda4
1K-blocos
Usad
12891760 9220040
Dispon. Uso% Montado em
3671720 72% /home
File system
Montando partições: Comando du
O comando du é usado para obter informações do espaço utilizado por
um diretório ou arquivo. É muito útil para determinar o uso do espaço
disponivel em disco.
As opções mais usadas são:





-a - Mostra todos os arquivos e não somente os diretórios.
-c - Mostra um total no final da listagem.
-h - Mostra as informações de maneira mais amigável.
-s - Mostra um sumário do diretório especificado e não o total de cada
subdiretório.
-S - Exclui os subdiretórios da contagem.
Exemplo:
# du -h meuarquivo.tgz
8,2M
meuarquivo.tgz
File system
Montando partições: Comando fsck
O comando fsck checka e corrige erros no sistema de arquivos.
Por padrão, o fsck assume o sistema de arquivos ext2 e, após fazer uma
checagem no disco, pergunta ao usuário se ele deseja fazer as correções
necessárias.
As opções mais usadas são:







-A - Faz a checkagem de todos os discos especificados no arquivo
/etc/fstab.
-t - Específica o tipo de sistema de arquivos que deverá ser checado.
-b superbloco - Específica qual o superbloco o fsck irá trabalhar.
-c - Faz checkagem de setores defeituosos.
-f - Força a checkagem.
-p - Repara automaticamente o sistema de arquivos.
-y - Executa o fsck de modo não interativo.
Exemplo:
# fsck -p -y /dev/hda1
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