Demonstrações Financeiras
Perdigão S.A.
31 de dezembro de 2006 e 2005
com Parecer dos Auditores Independentes
PERDIGÃO S.A
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2006 e 2005
Índice
Parecer dos Auditores Independentes.................................................................................... 1
Demonstrações Financeiras Auditadas
Balanços Patrimoniais ...........................................................................................................
Demonstrações do Resultado ................................................................................................
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido ..........................................................
Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos ........................................................
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras................................................................
3
5
6
7
8
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Aos
Administradores e Acionistas da
Perdigão S.A.
1. Examinamos os balanços patrimoniais da Perdigão S.A. e os balanços patrimoniais
consolidados da Perdigão S.A. e empresas controladas levantados em 31 de dezembro
de 2006 e 2005, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do
patrimônio líquido (controladora) e das origens e aplicações de recursos
correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a
responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma
opinião sobre essas demonstrações financeiras. Foram auditadas por outros auditores
independentes as demonstrações financeiras da controlada Batávia S.A. Indústria de
Alimentos, empresa controlada adquirida em 26 de maio de 2006, na qual a Companhia
possuía investimento em 31 de dezembro de 2006, no montante de R$40.602 mil, com
ganho apurado através do método de equivalência patrimonial naquela data de R$5.939
mil, e cujos ativos totais incluídos nas demonstrações financeiras consolidadas
totalizam R$270.483 mil em 31 de dezembro de 2006, com receita líquida, incluída nas
demonstrações financeiras consolidadas, de R$322.284 mil para o exercício findo
naquela data. O parecer emitido por aqueles auditores sobre as demonstrações
financeiras dessa controlada, datado de 31 de janeiro de 2007, não conteve ressalvas.
Nossa opinião, no que se relaciona a esse investimento, nessa data, é exclusivamente
baseada no parecer daqueles auditores independentes.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no
Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância
dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da
Companhia e empresas controladas; b) a constatação, com base em testes, das
evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis
divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais
representativas adotadas pela administração da Companhia e empresas controladas,
bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
1
3. Em nossa opinião, com base em nossos exames e no parecer de outros auditores
independentes, as demonstrações financeiras acima referidas representam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da
Perdigão S.A. e a posição patrimonial e financeira consolidada da Perdigão S.A. e
empresas controladas em 31 de dezembro de 2006 e 2005, os resultados de suas
operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus
recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil.
4. Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de emitirmos parecer sobre as
demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, tomadas em conjunto. As
demonstrações do fluxo de caixa e do valor adicionado, referentes aos exercícios findos
em 31 de dezembro de 2006 e 2005, apresentadas nas notas explicativas 23 e 24 para
propiciar informações suplementares sobre a Companhia e empresas controladas, não
são requeridas como parte integrante das demonstrações financeiras básicas, de acordo
com as práticascontábeis adotadas no Brasil. As demonstrações do fluxo de caixa e do
valor adicionado foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos
no segundo parágrafo e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em
todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em
conjunto.
São Paulo, 9 de fevereiro de 2007
ERNST & YOUNG
Auditores Independentes S.S.
CRC-2SP015199/O-6
Antonio Humberto Barros dos Santos
Contador CRC-1SP161745/O-3
2
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
BALANÇOS PATRIMONIAIS
31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
Controladora
2005
2006
ATIVO
CIRCULANTE
Caixa e equivalentes a caixa
Aplicações financeiras
Contas a receber de clientes
Dividendos e juros sobre capital próprio
Estoques
Impostos a recuperar
Impostos sobre a renda diferidos
Outros direitos
Consolidado
2005
2006
67
491.327
13.399
18.520
9.320
244
28
70.788
22.053
1.128
298
336.565
783.930
701.584
736.654
146.907
44.177
95.216
778.594
39.088
555.708
646.081
83.232
5.911
79.993
532.877
94.295
2.845.033
2.188.607
1.542
8.782
25
3.894
-
138
-
80.046
44.287
38.167
49.476
13.005
11.427
2.297
91.638
38.395
18.198
47.220
10.612
10.502
3.729
14.243
138
238.705
220.294
1.597.267
-
1.199.549
-
19.813
1.570.342
155.523
15.616
1.106.726
93.828
Total do Ativo Não Circulante
1.597.267
1.611.510
1.199.549
1.199.687
1.745.678
1.984.383
1.216.170
1.436.464
Total do Ativo
2.144.387
1.293.982
4.829.416
3.625.071
Total do Ativo Circulante
NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo
Créditos com empresas ligadas
Aplicações financeiras
Títulos a receber
Impostos a recuperar
Impostos sobre a renda diferidos
Depósitos judiciais
Contas a receber de clientes
Outros direitos
Permanente
Investimentos
Imobilizado
Diferido
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
3
PASSIVO
CIRCULANTE
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores
Salários e obrigações sociais
Obrigações tributárias
Dividendos e juros sobre capital próprio
Participações dos administradores e funcionários
Débitos com empresas ligadas
Outras obrigações
Total do Passivo Circulante
NÃO CIRCULANTE
Exigível a longo prazo
Empréstimos e financiamentos
Obrigações sociais e tributárias
Impostos sobre a renda diferidos
Provisão para contingências
Outras obrigações
Total do Passivo Não Circulante
PARTICIPAÇÃO DE ACIONISTAS
MINORITÁRIOS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social realizado
Reservas de lucros
Ações em tesouraria
Controladora
2005
2006
3.478
580
2.228
33.470
18
15
696
1.099
59.007
7.426
15
546.979
486.562
115.425
25.016
35.991
14.491
27.089
548.664
332.573
102.815
27.345
59.007
37.956
21.550
39.774
68.258
1.251.553
1.129.910
101
-
509
-
1.287.073
2.290
24.844
118.900
874
1.125.374
1.152
19.465
126.375
-
101
509
1.433.981
1.272.366
-
-
39.010
-
1.600.000
505.327
(815)
Total do Patrimônio Líquido
Total do Passivo
800.000
426.030
(815)
1.600.000
505.687
(815)
800.000
423.610
(815)
2.104.512
1.225.215
2.104.872
1.222.795
2.144.387
1.293.982
4.829.416
3.625.071
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
4
Consolidado
2005
2006
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais, exceto lucro por ação)
Consolidado
2005
2006
Controladora
2005
2006
RECEITA OPERACIONAL BRUTA:
Vendas no mercado interno
Vendas no mercado externo
-
-
3.644.548
2.461.413
3.035.826
2.837.471
Impostos e outras deduções de vendas
-
-
6.105.961
(896.203)
5.873.297
(728.121)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
-
-
5.209.758
5.145.176
Custo das vendas
-
-
(3.865.660)
(3.685.910)
LUCRO BRUTO
RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS:
Vendas
Gerais e administrativas
Honorários dos administradores
Despesas financeiras
Receitas financeiras
Resultado de investimentos em controladas
Outros resultados operacionais
-
-
1.344.098
1.459.266
LUCRO OPERACIONAL
Resultado não operacional
LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS E
PARTICIPAÇÕES
Imposto de renda e contribuição social
Participação dos funcionários no lucro
Participação dos administradores
Participação de acionistas minoritários
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO EM CIRCULAÇÃO NO FINAL DO EXERCÍCIO – R$
(1.778)
(3.098)
(36.779)
17.628
130.421
-
(1.332)
(3.483)
(453)
4.481
360.962
6
(1.070.853)
(72.275)
(9.558)
(188.614)
59.287
18.417
(845.643)
(56.897)
(9.506)
(94.046)
11.320
(8.911)
106.394
360.181
(1.263.596)
(1.003.683)
106.394
-
360.181
(1)
80.502
(6.177)
455.583
(4.457)
106.394
360.180
74.325
451.126
8.079
-
1.018
-
61.559
(9.934)
(1.576)
(7.121)
(62.528)
(22.777)
(4.857)
-
114.473
361.198
117.253
360.964
0,69
8,12
-
-
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
5
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONTROLADORA
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
Capital
social
realizado
Reservas
de lucros
Ações em
tesouraria
Total
490.000
483.121
-
972.306
310.000
(310.000)
-
-
-
-
-
-
361.198
361.198
Reserva legal
-
18.060
-
(18.060)
-
Reserva para aumento de capital
-
72.240
-
(72.240)
-
Reserva para expansão
-
162.609
-
(162.609)
-
Dividendos e juros sobre capital próprio – R$ 2,43297
por ação em circulação no final do exercício
-
-
-
(108.289)
800.000
426.030
(815)
-
1.225.215
800.000
-
-
-
800.000
-
-
-
114.473
114.473
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004
Aumento de capital com reservas
Lucro líquido do exercício
(815)
Lucros
acumulados
Destinação do lucro do exercício (Nota 16 ‘b’):
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
Aumento de capital - emissão de ações (Nota 16 ‘a’)
Lucro líquido do exercício
(108.289)
Destinação do lucro do exercício (Nota 16 ‘b’):
Reserva legal
-
5.724
-
(5.724)
-
Reserva para aumento de capital
-
22.894
-
(22.894)
-
Reserva para expansão
-
50.679
-
(50.679)
-
Dividendos e juros sobre capital próprio – R$ 0,21251
por ação em circulação no final do exercício
-
-
-
(35.176)
1.600.000
505.327
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
6
(815)
-
(35.176)
2.104.512
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
Controladora
2005
2006
ORIGENS:
Operações (vide abaixo)
Financiamentos a longo prazo
Transferência de aplicações financeiras do longo prazo
Alienação do permanente
Empréstimo de controlada
Aumento de capital
Dividendos e juros sobre capital próprio
Capital circulante líquido de empresa adquirida
Outras
APLICAÇÕES:
Operações (vide abaixo)
Transferência de financiamentos do longo prazo
Aplicações financeiras a longo prazo
Investimento
Imobilizado
Diferido
Adiantamento para futuro aumento de capital
Dividendos e juros sobre capital próprio
Distribuição de capital para acionistas minoritários
Capital circulante líquido de controlada incorporada
Outras
VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO:
DEMONSTRAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE:
No início do ano
No fim do ano
Variação
RECURSOS DAS OPERAÇÕES:
Lucro líquido do exercício
Depreciação, amortização e exaustão
Amortização de ágio
Impostos diferidos e a recuperar
Registro (reversão) de provisão para contingências
Encargos financeiros líquidos sobre o longo prazo
Resultado de investimentos em controladas
Resultado de alienação e baixa do permanente
Participação de acionistas minoritários
Outros
2.169
800.000
32.703
834.872
336
123.000
4
123.340
121.078
416.409
3.724
14.215
800.000
23.287
24.527
1.403.240
501.365
975.626
132.414
12.567
1.068
1.623.040
28.736
300.000
35.176
3.894
367.806
467.066
4
108.289
108.293
15.047
179.920
31.297
523.893
81.528
38.055
4.135
882
8.747
868.457
534.783
314.270
106.945
23.106
266.293
35.215
108.289
18.495
872.613
750.427
26.037
493.103
467.066
10.990
26.037
15.047
1.058.697
1.593.480
534.783
308.270
1.058.697
750.427
114.473
(8.669)
(408)
(3.711)
(130.421)
(28.736)
361.198
100
(360.962)
336
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
7
Consolidado
2005
2006
117.253
138.791
7.357
(15.359)
(21.191)
(91.368)
358
7.121
(21.884)
121.078
360.964
114.116
3.227
11.749
(13.904)
36.644
(2.896)
(8.535)
501.365
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
1. CONTEXTO OPERACIONAL
A Perdigão S.A., e suas subsidiárias (“a Companhia”), tem como principais atividades
desenvolvidas, a criação, produção e abate de aves (frangos, Chester®, perus e outros) suínos e
bovinos; industrialização e/ou comercialização de produtos frigorificados, massas e vegetais
congelados e derivados de soja. Em 2005 a Companhia iniciou a comercialização de Margarinas,
inicialmente através de parcerias com terceiros - que fazem o processo de industrialização por
encomenda desses produtos e em 2006 entrou na atividade de Lácteos.
A Companhia está listada no Nível “Novo Mercado“ de Governança Corporativa e tem suas ações
negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e na Bolsa de Valores de Nova York
(NYSE), na forma de Recibos de Depósitos Americanos (ADR’s).
a) Estrutura e participações societárias em 31.12.06:
Perdigão S.A.
Perdigão Agroindustrial S.A
Perdigão Export Ltd.
51,0%
Perdigão
Holland B.V.
Perdigão UK Ltd.
Batávia S.A.
(2)
40,7%
Perdigão
Trading S.A.
(2)
Perdix International
Foods Com.
Internacional Lda.
PRGA
Participações
Ltda.
Perdigão
France SARL
59,3%
Perdigão
International
Ltd.
BFF
International
Ltd. (2)
(1) Holding e centralizadora dos investimentos no exterior..
(2) Empresas que estão sem atividade operacional.
Crossban
Holdings
GMBH. (1)
Perdigão
Agroindustrial
Mato Grosso Ltda.
Perdigão Ásia
PTE Ltd.
Highline
International
Perdigão
Nihon K.K.
(2)
Nota: As empresas sem indicativo de percentual de participação são subsidiárias integrais diretas ou indiretas
da Perdigão S.A..
8
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS--Continuação
31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
b) Aquisição Batávia:
Em 26.05.06, a Companhia adquiriu da Parmalat Brasil S.A. Indústria de Alimentos (“Parmalat”),
através de sua subsidiária integral, PDA Distribuidora de Alimentos Ltda. (“PDA”), 51% das quotas
representativas do capital social da Batávia S.A. – Indústria de Alimentos (“Batávia”), que atua na
atividade de lácteos, pelo montante de R$95.373 (líquido do caixa adquirido de R$2.579) e
incluindo custos adicionais com a aquisição de R$1.252, tendo apurado um ágio no montante de
R$66.655, conforme demonstrado na tabela abaixo.
Com a aquisição do controle da Batávia, a Companhia mantém seus objetivos de crescimento,
aumentando seu portfólio de produtos e consequentemente diminuindo a concentração de seus
negócios nas áreas de carne de aves e suínos.
O ativo líquido adquirido da Batávia está assim representado:
Ativos adquiridos
Passivos assumidos
Ativo líquido
Percentual adquirido
Ativo líquido adquirido
Custo de aquisição (*)
Ágio apurado
168.052
(106.686)
61.366
51%
31.297
97.952
66.655
(*) O custo de aquisição é composto por:
Valor pago
Custos com aquisição
Caixa adquirido
Imobilizado
Custo de aquisição
112.121
1.252
2.579
(18.000)
97.952
Os resultados da operação da Batávia foram incluídos nas demonstrações financeiras da Companhia
desde junho de 2006. Além do investimento na Batávia, a Companhia adquiriu pelo montante de
R$18.000, máquinas e equipamentos da Parmalat que estavam em comodato na Batávia e que são
necessários para o funcionamento das plantas produtivas.
Em 30.10.06, os acionistas da Companhia aprovaram, em Assembléia Geral, a incorporação da
controlada PDA pela Batávia. A incorporação teve por objetivo a simplificação da estrutura
societária da qual faz parte a Perdigão S.A. e suas controladas. No processo de negociação da
aquisição da Batávia, a PDA foi requerida a aumentar o capital social da Batávia com a utilização
das máquinas e equipamentos adquiridos sem que houvesse, entretanto, a diluição do capital dos
acionistas minoritários daquela empresa. Em decorrência dessa negociação, a Companhia registrou
um ágio de R$8.835 (R$8.540 em 31 de dezembro de 2006, líquido de amortização).
c) Outras aquisições:
9
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS--Continuação
31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
Em 20.06.05, a Companhia adquiriu por R$5.850, 100% das quotas representativas do capital das
sociedades Mary Loize Indústria de Alimentos Ltda. e Mary Loize Indústria e Comércio de Rações
Ltda. (“Mary Loize”), atualmente Perdigão Agroindustrial Mato Grosso Ltda. com sede na cidade
de Nova Mutum – MT, assumindo um passivo líquido de R$7.881 e gerando ágio de R$13.731.
Em 01.12.05, a Companhia adquiriu por R$2.080, 100% da Sociedade Incubatório Paraíso Ltda.,
localizado em Jataí – GO, cujo ativo líquido adquirido é de R$491 e gerando ágio de R$1.589. O
ágio gerado na aquisição foi reclassificado para o ativo diferido, mantendo o prazo de amortização
de cinco anos.
Em 03.07.06, a Perdigão Mato Grosso Rações Ltda. foi incorporada na Perdigão Mato Grosso
Ltda. e o Incubatório Paraíso Ltda. foi incorporado na Perdigão Agroindustrial S.A.
2. BASE DE PREPARAÇÃO
FINANCEIRAS
E
APRESENTAÇÃO
DAS
DEMONSTRAÇÕES
As Demonstrações Financeiras estão expressas em milhares de Reais e foram preparadas de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base na Lei das Sociedades por Ações (Lei No.
6404/76, e suas alterações), nas regras e regulamentos emitidos pela "Comissão de Valores
Mobiliários" - CVM e nas normas contábeis emitidas pelo IBRACON - "Instituto dos Auditores
Independentes do Brasil", incluindo os reflexos requeridos pelas Deliberações nº 488/2005 e
n°489/2005 da CVM e pelos Pronunciamentos IBRACON nº 27 e n°22 respectivamente (Nota 3
‘u’).
Com o objetivo de propiciar informações adicionais, a Companhia está apresentando as
demonstrações dos fluxos de caixa e do valor adicionado como informações suplementares (Nota
23 e 24).
A demonstração do fluxo de caixa foi preparada de acordo com as Normas e Procedimentos
Contábeis - NPC 20 emitida pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.
A demonstração do valor adicionado foi elaborada de acordo com a Norma Brasileira de
Contabilidade – NBC T 3.7 “Demonstração de Valor Adicionado” e aprovada pela Resolução n°
1010/2005 do CFC “Conselho Federal de Contabilidade, apresenta a riqueza gerada pela
Companhia e sua distribuição entre empregados, Governo, capital de terceiros e capital próprio.
10
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS--Continuação
31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
a) Consolidação: as demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações
financeiras da Companhia e de todas as subsidiárias nas quais a Companhia detenha o controle,
de forma direta ou indireta. Todas as transações e saldos entre as companhias foram eliminadas
nas demonstrações financeiras consolidadas. A participação minoritária de empresa controlada
está destacada como “acionistas minoritários”.
b) Caixa e equivalentes a caixa: compreende os saldos de caixa, bancos e as aplicações financeiras
de liquidez imediata em fundos de renda fixa e/ou em títulos cujos vencimentos, quando de sua
aquisição, eram iguais ou inferiores a 90 dias (Nota 4).
c) Aplicações financeiras: estão representadas substancialmente pelas aplicações financeiras em
títulos de renda fixa, públicos e privados. São registradas ao custo acrescido dos rendimentos
auferidos e ajustadas ao valor de mercado, se inferior, no caso de prejuízo permanente (Nota 5).
O valor de mercado é divulgado na Nota 17 ‘e’.
d) Contas a receber de clientes: são apresentadas líquidas da provisão para eventuais perdas, a
qual foi constituída com base na análise dos riscos e na previsão de realização dos mesmos,
sendo considerada pelos administradores suficiente para cobrir prováveis perdas (Nota 6).
A Companhia constituiu em 2003 o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC,
através do qual vende parte de seus recebíveis originados no mercado doméstico. Em
atendimento à Instrução nº 408/2004 da CVM, a Companhia consolidou o FIDC em suas
demonstrações financeiras até agosto de 2006 quando a operação foi encerrada (Nota 6).
e) Estoques: são avaliados ao custo médio de aquisição ou formação e inferiores aos valores de
mercado ou valor líquido de realização. Os estoques de grãos adquiridos na modalidade “a
fixar” são registrados pelo seu valor de mercado na data do balanço, em contrapartida ao
respectivo passivo junto ao fornecedor. Os grãos adquiridos na modalidade “a fixar” que
tenham sido consumidos no processo produtivo são valorizados na data do seu uso pelo valor
de mercado e eventuais ajustes de preço posteriores à data de uso são contabilizados no
resultado em contra-partida à obrigação junto ao fornecedor. As provisões para estoques de
baixa movimentação e obsoletos são registrados quando aplicável (Nota 7).
f) Impostos e contribuições sobre o lucro: no Brasil compreende o imposto de renda (IRPJ) e a
contribuição social sobre o lucro (CSLL), que são calculados com base no lucro tributável, de
acordo com a legislação e alíquotas vigentes. Os resultados apurados nas subsidiárias do
exterior estão sujeitos a tributação naqueles países, de acordo com alíquotas e normas locais
(Nota 9).
11
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS--Continuação
31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
Impostos diferidos representam os créditos e débitos sobre prejuízos fiscais de IRPJ e bases
negativas de CSLL, bem como diferenças temporárias entre a base fiscal e a contábil. Os ativos
e passivos de impostos e contribuições diferidos são classificados no circulante ou longo prazo
conforme a expectativa de sua realização. Quando a probabilidade futura de não utilização
desses créditos for provável é feita uma provisão para não recuperação desses impostos
diferidos.
g) Investimentos: são avaliados pelo método de equivalência patrimonial, acrescido dos ágios. Os
demais investimentos são avaliados pelo custo de aquisição, reduzidos a valor de mercado
quando aplicável (Nota 10).
h) Ágio na aquisição de empresas: representa a diferença entre o valor pago e o valor contábil do
investimento à época de sua aquisição. O ágio fundamentado na expectativa de resultado futuro
é amortizado em 5 (cinco) anos, período em que se espera a recuperação do investimento, e o
gerado pela mais valia de ativos é amortizado de acordo com a realização dos mesmos. São
classificados no grupo de Investimentos, exceto o de aquisições de empresas que já foram
incorporadas, que é classificado no Diferido (Nota 10 ‘b’).
i) Imobilizado: demonstrado pelo custo de aquisição ou construção, corrigido monetariamente até
31 de dezembro de 1995, e reajustado por reavaliação com base em relatórios de avaliação
emitidos por especialistas independentes, menos a correspondente depreciação acumulada.
Conforme Deliberação nº 193/1996 emitida pela CVM, a Companhia tem capitalizado os juros
incorridos com o financiamento da construção de determinados ativos fixos. A depreciação é
calculada pelo método linear, com base nas taxas médias ponderadas e a exaustão com base na
efetiva utilização, e registradas nos custos de produção ou diretamente nas despesas
operacionais, conforme o caso.
j) Diferido: está representado por gastos incorridos durante o período de desenvolvimento,
construção e implantação de projetos que beneficiarão exercícios futuros,amortizados ao
resultado no período de tempo estimado em que esses projetos contribuam para a formação do
resultado da Companhia (Nota 12).
k) Provisão para contingências: são reconhecidas nas demonstrações financeiras quando, baseado
na opinião de assessores jurídicos e da Administração, for considerado provável o risco de
perda de uma ação judicial ou administrativa, com uma provável saída de recursos para a
liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com razoável
segurança (Nota 15 ‘a’).
l) Instrumentos derivativos: são avaliados pelo regime de competência e os lucros e perdas não
realizados são contabilizados como empréstimos (curto ou longo prazo, conforme o caso) na
data de cada balanço (Nota 13 e 14). Os lucros e perdas realizados e não realizados destes
instrumentos são reconhecidos como receitas ou despesas financeiras e o valor de mercado dos
derivativos são divulgados na Nota 17 ‘e’.
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31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
m) Receita de vendas: são reconhecidas quando a titularidade e os riscos inerentes ao produto são
transferidos para o cliente, quando o preço de venda é fixo e determinável, quando existe clara
evidência de contrato de venda e quando a cobrança está razoavelmente assegurada.
n) Participação dos funcionários e administradores nos lucros: os funcionários e administradores
têm direito a uma participação nos lucros com base em determinadas metas acordadas
anualmente. O montante da participação é reconhecido no resultado do período em que o
resultado é atingido (Nota 21).
o) Custo de embarque e manuseio: os custos incorridos relativos aos produtos ainda não vendidos
são reconhecidos como despesas antecipadas, sendo apropriados como despesas de vendas
quando a mercadoria é efetivamente entregue ao cliente, e a respectiva receita reconhecida no
resultado. As despesas de embarque e manuseio totalizaram R$664.526 (R$531.552 em 2005).
p) Despesas de publicidade e promoções: são reconhecidas quando incorridas e totalizaram
R$77.191 (R$46.380 em 2005).
q) Pesquisa e desenvolvimento (P&D): consiste principalmente em gastos com pesquisas internas
e desenvovimento de novos produtos, reconhecidas quando incorridas nas demonstrações de
resultados. O total de gastos com P&D foi de R$7.204 (R$6.335 em 2005).
r) Lucro por ação: calculado com base nas ações em circulação na data do balanço.
s) Conversão de moeda estrangeira: os saldos de ativos e passivos das subsidiárias estrangeiras são
convertidos para Reais utilizando-se as taxas de câmbio em vigor na data do balanço e todas as
contas de resultado são convertidos pelas taxas médias mensais em vigor. Os ganhos ou perdas
resultantes desta conversão são registrados em receitas financeiras (Nota 18).
As taxas de câmbio em Reais em vigor na data dos balanços convertidos, foram as seguintes:
Dólar dos EUA (US$)
Euro (€)
Libra Esterlina (£)
31.12.06
31.12.05
2,1380
2,8204
4,1854
2,3407
2,7691
4,0220
t) Uso de estimativas: na preparação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil, a Companhia faz certas estimativas e pressupostos que afetam os
valores dos ativos e passivos constantes do balanço, e os valores das receitas, custos e despesas
para os exercícios apresentados. Embora estas estimativas estejam baseadas no melhor
conhecimento por parte da Administração, os resultados reais podem diferir destas estimativas.
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(valores expressos em milhares de reais)
u) Implementação de pronunciamentos contábeis emitidos pela CVM:
(i) Em 03.10.05, a CVM divulgou a Deliberação nº 489/2005 que aprovou o Pronunciamento
do IBRACON NPC nº 22 sobre Provisões, Passivos, Contingências Passivas e Contingências
Ativas cuja implementação ocorreu em 2006 e gerou a reclassificação de depósitos judiciais do
ativo realizável a longo prazo para o passivo exigível a longo prazo na rubrica de provisão para
contingências no montante de R$8.236 (R$7.149 em 31.12.05).
(ii) Na mesma data, a CVM divulgou a Deliberação nº 488/2005, que aprovou o
pronunciamento IBRACON NPC nº 27 - Apresentação e a divulgação das
DemonstraçõesFinanceiras, cuja obrigatoriedade foi prorrogada para os exercícios sociais
iniciados após 31.12.05, através da Deliberação nº 496/2006. A Companhia efetuou as
alterações definidas por esta Deliberação em suas demonstrações financeiras para o exercício
findo em 31.12.06 e em 31.12.05.
4. CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA
Controladora
2005
2006
Em moeda nacional:
Caixa e bancos
Aplicações de liquidez imediata
Em moedas estrangeiras (*):
Caixa e bancos
Aplicações de liquidez imediata
Consolidado
2005
2006
67
67
28
28
118.670
54.985
173.655
23.117
112.208
135.325
67
28
23.134
139.776
162.910
336.565
935
642.334
643.269
778.594
(*) Valores denominados principalmente em dólar norte-americano.
As aplicações financeiras referem-se substancialmente a Certificados de Depósito Bancário
(“CDB”), remunerados a taxas que variam de 100% a 101% do Certificado de Depósito
Interbancário (“CDI”).
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(valores expressos em milhares de reais)
5. APLICAÇÕES FINANCEIRAS
Consolidado
2005
2006
Controladora
2005
2006
Certificados de Depósito Bancários – CDB,
denominados em Reais com vencimentos em
2007
Títulos do Tesouro Brasileiro:
- Juros pré e pós-fixados, denominados em
Dólar, com vencimentos até 2009
- Juros pré-fixados, denominados em Euro,
com vencimentos em 2006
Letras do Tesouro Nacional, denominados em
Reais
Curto prazo
Longo prazo
491.327
-
782.963
19.655
-
-
81.013
92.695
-
-
-
4.407
491.327
-
863.976
13.969
130.726
491.327
-
-
783.930
80.046
39.088
91.638
As aplicações em Certificados de Depósito Bancário (“CDB”) são remunerados por taxas variáveis
de 100% a 101% do Certificado de Depósito Interbancário (“CDI”).
6. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES – CONSOLIDADO
2006
Curto prazo
Contas a receber
(-) Provisão para créditos duvidosos
706.847
(5.263)
701.584
Longo prazo
Contas a receber
(-) Provisão para créditos duvidosos
2005
559.019
(3.311)
555.708
22.308
24.842
(11.806)
(13.415)
10.502
11.427
O saldo de contas a receber em 31.12.05 inclui R$99.285 referente aos recebíveis vendidos para o
FIDC. Em 28.08.06, a operação de FIDC foi totalmente encerrada, não remanescendo saldo em
31.12.06.
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(valores expressos em milhares de reais)
A provisão para créditos duvidosos contabilizada sobre o contas a receber no mercado interno é
determinada com base nas perdas históricas sobre os saldos de clientes dos últimos anos. Para os
clientes do mercado externo, a análise é efetuada individualmente. A Companhia adota
procedimentos de seletividade e análises para limites de créditos e, em geral, não exige garantias
reais de seus clientes. Em caso de inadimplemento, esforços de cobrança são efetuados, incluindo
contatos diretos com os clientes e cobrança através de terceiros. Se esses esforços não surtem
efeito, é considerada a tomada de medidas judiciais e os títulos são reclassificados para o longo
prazo, sendo registrada uma provisão para devedores duvidosos.
As movimentações da provisão para devedores duvidosos são assim demonstradas:
2006
15.117
6.314
1.077
(3.830)
18.678
Saldo no início do exercício
Provisão
Aumento por aquisição – Batávia
Reversão
Saldo no final do exercício
2005
14.616
4.586
(4.085)
15.117
7. ESTOQUES – CONSOLIDADO
Produtos acabados
Produtos em elaboração
Matérias-primas
Materiais secundários e embalagens
Plantéis de matrizes
Animais para abate
Adiantamentos a fornecedores e importações em andamento
16
2006
2005
231.368
25.487
57.385
102.641
93.487
216.166
10.120
736.654
194.859
23.732
61.292
87.661
87.360
175.444
15.733
646.081
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8. IMPOSTOS A RECUPERAR
ICMS
Imposto de renda e contribuição social
PIS/COFINS
IPI
Outros
Curto prazo
Longo prazo
Controladora
2005
2006
22.053
27.302
22.053
27.302
18.520
8.782
22.053
-
Consolidado
2005
2006
56.341
72.150
33.328
99.594
1.967
3.411
6.197
6.741
3.597
3.178
101.430
185.074
146.907
38.167
83.232
18.198
ICMS - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços: em decorrência de sua atividade
exportadora e de investimentos em imobilizado, a Companhia acumula créditos que são
compensados com débitos gerados nas vendas no mercado doméstico ou transferidos à terceiros;
Imposto de renda e contribuição social: corresponde a retenções na fonte sobre aplicações
financeiras e sobre o recebimento de juros sobre o capital próprio pela controladora, além do
reconhecimento dos efeitos do Plano Verão (Nota 9) que são compensados com tributos federais.
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9. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOBRE O LUCRO
a) Conciliação do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro:
Consolidado
2005
2006
Controladora
2005
2006
Lucro antes do imposto de renda, contribuição social e
participações
Alíquota nominal
Despesa à alíquota nominal
Ajustes dos impostos e contribuição sobre:
Participações estatutárias
Juros sobre capital próprio
Resultado de investimentos em controladas
Diferença de alíquotas sobre resultados no exterior
Incentivos fiscais
Plano Verão(*)
Reversão de provisão para realização de imposto de renda
e contribuição social
Outros ajustes
Receita (despesa) efetiva
Imposto corrente
Imposto diferido
360.180
34%
(122.461)
74.325
34%
(25.271)
451.126
34%
(153.383)
44.343
-
816
122.727
-
7.744
32.232
(23.075)
70.307
2.824
-
-
3.519
11.520
(8.058)
33.138
7.280
33.361
106.394
34%
(36.174)
-
(90)
8.079
(64)
1.018
1.762
4.308
61.559
823
(62.528)
8.079
1.018
26.416
35.143
(59.826)
(2.702)
(*) A Companhia obteve decisão favorável, transitado em julgado em sua ação relativa ao Plano Verão,
que refere-se à diferença de índices utilizados para correção monetária de balanço nos meses de janeiro
e fevereiro de 1989. A Companhia reconheceu os efeitos do Plano Verão no resultado de 2006 no
montante de R$47.587, sendo R$20.729 na rubrica de receita financeira e R$26.858 na rubrica de
imposto de renda e contribuição social, incluindo o efeito tributário sobre a receita financeira gerada de
R$6.503.
A tabela a seguir mostra a composição do resultado operacional consolidado antes dos impostos
vindos das subsidiárias no exterior:
Lucro antes dos impostos das subsidiárias no exterior
Imposto corrente de subsidiárias no exterior
Imposto diferido de subsidiárias no exterior
18
2006
113.655
158
(5.663)
2005
239.679
(2.387)
(8.797)
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b) Composição do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro diferidos:
Controladora
2005
2006
Prejuízos fiscais de IRPJ
Base de cálculo negativa de CSLL
Diferenças temporárias:
Provisões para contingências
Lucro gerado em controlada no exterior
Tributos com exigibilidade suspensa
Perda não realizada de derivativos
Outras diferenças temporárias
Provisão para realização de impostos na
controlada Batávia
Ativo circulante
Ativo realizável a longo prazo
Passivo exigível a longo prazo
Consolidado
2005
2006
6.662
2.422
673
274
55.556
11.274
2.637
2.743
261
11
308
36.974
(23.895)
9.737
3.480
1.822
31.487
(18.232)
15.733
(702)
9.345
1.266
(26.139)
68.809
33.666
9.320
25
-
1.128
138
-
44.177
49.476
24.844
5.911
47.220
19.465
As declarações de impostos no Brasil estão sujeitas à revisão pelas autoridades fiscais por um
período de cinco anos da data da declaração. A Companhia pode estar sujeita à cobrança adicional
de tributos, multas e juros em decorrência dessas revisões. Os resultados apurados na Crossban
Holdings GMBH. e outras subsidiárias do exterior estão sujeitos a tributação naqueles países de
acordo com as alíquotas e normas locais.
A Administração da Companhia tem expectativa de que os créditos fiscais diferidos ativos,
constituídos sobre prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, deverão ser
integralmente realizados em 2007.
A controlada Batávia possui prejuízos fiscais, base negativa de contribuição social e algumas
diferenças temporárias referentes a provisões não dedutíveis. A Companhia registrou provisão
para realização sobre o correspondente benefício fiscal de R$26.139 devido à apuração de
prejuízos até o exercício de 2004. A reversão desta provisão ocorrerá quando da apuração de
resultados positivos consecutivos em exercícios futuros.
Os créditos tributários constituídos sobre as provisões para contingências deverão ser realizados à
medida que os processos tenham decisão final e, portanto, não possuem prazo estimado de
realização, estando desta forma, classificados no realizável a longo prazo.
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10. INVESTIMENTOS
a) Investimentos em Controladas Diretas – Controladora
Perdigão
Agroindustrial
Perdigão
S.A.
Export Ltd.
Capital social integralizado
Lucro do exercício
Patrimônio líquido da investida
Participação societária da Perdigão S.A.
Investimento antes da equivalência
Dividendos e juros sobre capital próprio
Resultado de investimentos em controladas
Subvenções e incentivos fiscais (*)
Equivalência Patrimonial
780.000
109.009
1.297.259
1.297.259
1.199.541
(32.703)
130.421
21.412
109.009
21
-
Total
2006
2005
1.297.259
1.199.541
(32.703)
130.421
21.412
109.009
1.199.541
961.579
(123.000)
360.962
8.306
352.656
(*) Os incentivos ficais são contabilizados diretamente à conta de reserva de capital na empresa que os
recebe; no consolidado, tais incentivos são classificados como outras receitas operacionais.
b) Composição dos investimentos
Investimento em controlada direta
Adiantamento para Futuro Aumento de
Capital
Controladora
2005
2006
1.199.541
1.297.259
Consolidado
2005
2006
-
-
-
-
300.000
-
8
8
18.793
1.020
15.172
444
1.597.267
1.199.549
19.813
15.616
Ágio na aquisição de investimentos
Outros investimentos
20
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31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
11. IMOBILIZADO – CONSOLIDADO
Edificações e benfeitorias
Máquinas e equipamentos
Instalações elétricas e hidráulicas
Florestas e reflorestamentos
Outros
Terrenos
Imobilizações em andamento
Adiantamentos a fornecedores
Taxa anual
de deprec.
(%)
4
10
10
4
12
-
Valor do custo
2005
2006
630.858
762.381
700.926
983.554
73.177
84.943
24.541
36.202
26.477
45.167
87.524
94.938
95.197
253.632
10.612
32.648
2.293.465 1.649.312
Valor Residual
2005
2006
463.818
552.843
368.927
535.615
47.082
51.979
18.720
26.710
14.846
20.612
87.524
94.938
95.197
253.632
10.612
34.013
1.570.342 1.106.726
Durante 2006 a Companhia capitalizou juros de R$15.032 (R$5.772 em 31.12.05) relativos a
construções em andamento. Os juros são capitalizados até o momento da transferência de
Imobilizações em andamento para ativo imobilizado em operação, quando então o ativo começa a
ser depreciado.
12. DIFERIDO – CONSOLIDADO
Taxa Anual
de Amort.
(%)
Gastos Pré-Operacionais
Desenvolvimento de Sistemas e métodos
Gastos com reorganização
Ágio na aquisição de participação (*)
11
22
21
20
Valor do custo
2005
2006
67.730
31.051
50.412
87.132
236.325
61.881
22.663
44.093
18.888
147.525
Valor líquido
2005
2006
39.737
12.889
37.184
65.713
155.523
40.074
13.537
39.166
1.051
93.828
(*) Refere-se ao ágio na aquisição da Batávia em 2006 (Nota 1 b) e ágios nas aquisições do Incubatório Paraíso e
Frigorífico Batávia, empresas incorporadas (Nota 1c) com encerramento da amortização em 2011, 2010 e 2006
respectivamente, tendo como base a expectativa de rentabilidade futura das empresas adquiridas.
21
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13. EMPRÉSTIMOS DE CURTO PRAZO - CONSOLIDADO
Linha
Moeda nacional:
Custeio
Capital de giro
Moeda estrangeira:
Saldo líquido do “swap”
ACC´s e ACE´s
2006
2005
8,75%
CDI + 2,63%
136.989
13.139
150.128
101.574
101.574
%CDI vs v.c. (US$ e outras moedas)
5,40% (4,79% em 31.12.05)+ v.c. (US$)
10.238
246.707
256.945
407.073
139.906
546.979
8.858
158.928
167.786
269.360
279.304
548.664
Encargos (% a.a.)
Sub-total
Parcelas vencíveis no curto prazo da dívida de longo prazo
Total do curto prazo
As operações de custeio são captadas com prazo de até 360 dias e não possuem garantias reais,
apenas aval da Companhia.
As operações de adiantamentos de contratos de câmbio (ACC’s) são obrigações junto a bancos
brasileiros, com prazos de até 360 dias, que serão pagas através de exportações de produtos.
Quando os documentos de exportação são entregues aos bancos financiadores, essas obrigações
passam a ser chamadas de adiantamentos de contratos de exportação (ACE’s) e são
definitivamente baixadas contabilmente apenas quando do pagamento final pelo cliente do
exterior.
22
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14. FINANCIAMENTOS DE LONGO PRAZO - CONSOLIDADO
a) Linhas de financiamentos:
Linha
Moeda nacional:
Capital de giro
Capital de giro
Cotas sênior do FIDC
Imobilizado
Debêntures
Encargos (% a.a.)
3,51% (5,10% em 31.12.05)
50% do IGP-m + 4,00%
95% CDI
2,36% (1,98% em 31.12.05) +TJLP
6,00% +TJLP
2006
2005
134.172
18.164
173.886
26.445
352.667
81.523
90.083
67.870
41.776
281.252
418.352
628.495
515.537
602.882
27.465
1.074.312
1.426.979
(139.906)
1.287.073
5.007
1.123.426
1.404.678
(279.304)
1.125.374
Moeda estrangeira: (principalmente dólar)
6,86% (5,81% em 31.12.05) + v.c. (US$ e
Capital de giro
Pré-pagamento exportações
Imobilizado
outras moedas)
6,87%(5,46% em 31.12.05)+v.c.(US$)
8,91% (9,76% em 31.12.05) + v.c. (US$ e
outras moedas)
Total
Com vencimento no curto prazo
Com vencimento no longo prazo
b) Cronograma de vencimentos:
2008
2009
2010
2011
2012 a 2043
107.586
461.729
442.693
77.863
197.202
1.287.073
c) Debêntures:
A Companhia emitiu 81.950 debêntures simples, totalmente integralizadas entre 30.06.98 e
21.11.00, para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, com valor
nominal unitário de R$1 e prazo de resgate entre 15.06.01 a 15.06.10, tendo sido resgatadas
61.903 debêntures até 31.12.06.
23
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d) Garantias:
Saldo de financiamentos
Garantias por hipoteca de bens:
BNDES - vinculado ao imobilizado
FINEP - vinculado a capital de giro
Banco do Brasil - vinculado a capital de giro
Garantias por alienação fiduciária de bens adquiridos sob financiamento:
Banco do Brasil - vinculado ao imobilizado
Tetra Pak - vinculado ao imobilizado
Banco Safra - vinculado a capital de giro
HP Financial - vinculado a capital de giro
Outros - vinculado a capital de giro
2006
2005
1.834.052
254.709
192.365
57.040
5.304
6.208
4.236
1.018
419
535
1.674.038
77.669
71.044
5.878
747
7.167
4.272
651
2.244
e) Covenants:
A Companhia possui contratos de financiamentos de Pré-pagamento de Exportação em moeda
estrangeira com cláusulas de default habituais para estes tipos de operação e que, se não atendidas,
podem fazer com que seus vencimentos sejam antecipados. Em 31.12.06 todas estas condições
foram atingidas pela Companhia.
Instituições
ABN AMRO Real S.A.
Itaú S.A.
Cláusulas restritivas (indicadores a serem atingidos)
Dívida líquida sobre patrimônio líquido não superior a 1,5 e
EBITDA não superior a 3,5
Dívida líquida sobre patrimônio líquido não superior a 1,5 e
EBITDA não superior a 3,0
Valor do
principal
106.900
106.900
213.800
15. CONTINGÊNCIAS E COMPROMISSOS – CONSOLIDADO
a) Provisão para contingências passivas
A Companhia e suas controladas estão envolvidas em certos assuntos legais que se originam do
curso normal de seus negócios, que incluem processos cíveis, administrativos, tributários, de
seguridade social e trabalhistas.
24
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A Companhia classifica o risco de perda nos processos legais como “remotos”, “possíveis” ou
“prováveis”. A provisão para contingências efetuada em relação a tais processos são determinadas
pela Administração da Companhia, com base na análise de seus representantes legais, e refletem
razoavelmente as perdas prováveis estimadas.
A Companhia possui ainda demandas judiciais cujos valores de perda não são conhecidas ou
razoavelmente estimáveis, principalmente na área cível.
A provisão para contingências é assim resumida:
Tributárias
Trabalhistas
Cíveis, comerciais e
outras
(-) Depósitos judiciais
Saldo
31.12.05
112.927
16.273
4.324
(7.149)
Batávia
(*)
1.142
Adições
23.083
11.217
Reversões
(45.361)
(2.237)
Pagamentos
(3.281)
(3.251)
600
(187)
583
(2.769)
(624)
1.869
(420)
-
164
-
(46.353)
(6.952)
12.161
1.555
32.114
126.375
(*) Saldo proveniente da aquisição da Batávia S.A. em 26.05.06.
Atualiz.
monetária
7.594
4.403
Saldo
31.12.06
94.962
27.547
4.627
(8.236)
118.900
(i) Do total de contingências tributárias provisionadas em 31.12.06, R$32.540 (R$49.257 em
31.12.05) eram relacionadas com questionamentos envolvendo IRPJ e CSSL de dedutibilidade
integral de prejuizos fiscais, teses discutidas judicialmente mas não reconhecidas até então pelas
últimas instâncias do judiciário.
A Companhia vem questionando também a majoração de alíquota e base de cálculo do PIS e
COFINS e mantém provisão no valor de R$17.560 (R$31.940 em 31.12.05). Recentemente a
Perdigão Agroindustrial S.A. teve julgamento favorável em última instância e reverteu a provisão
sobre a base de cálculo do PIS e da COFINS no montante de R$15.129 na rubrica de despesa
financeira.
A Companhia registrou também uma contingência no valor de R$18.524 (R$11.126 em 31.12.05)
relacionada com ação judicial pleiteando o não recolhimento de CPMF sobre receitas de
exportação.
As demais contingências tributárias provisionadas referem-se principalmente a processos
envolvendo ICMS, FUNRURAL e SEBRAE, que juntos totalizam R$26.338 (R$20.604 em
31.12.05).
(ii) A Companhia e suas controladas têm 1.609 reclamações trabalhistas individuais em
andamento, totalizando reclamações de R$404.260 (973 reclamações trabalhistas individuais
totalizando R$219.832 em 31.12.05), principalmente relacionados a horas extras e ajustes
inflacionários dos salários requeridos anteriormente à introdução do Real e a casos relacionados
com doenças ocupacionais e acidentes como resultado do trabalho em suas fábricas. A Companhia
constituiu provisão baseado no histórico passado de pagamentos e na opinião da Administração e
de seus assessores legais para fazer face a prováveis perdas.
25
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(iii) As contingências cíveis referem-se principalmente a litígios relacionados com acidentes de
trânsito, prejuízo à propriedade, acidentes físicos e outros. Há 782 processos totalizando pedidos
de indenizações que montam R$104.162 (596 processos totalizando R$73.072 ) para os quais a
provisão para perdas, quando aplicável, está baseada na opinião da Administração e dos assessores
jurídicos.
(iv) A Companhia está discutindo judicialmente o não recolhimento de PIS e Cofins sobre o
pagamento de juros sobre o capital próprio referente aos períodos de 2002 a 2006 para o PIS e de
2004 a 2006 para a Cofins no montande de R$23.494. Com base na opinião da Administração,
suportada pelos assessores jurídicos, a expectativa de perda sobre este tema é considerada possível,
e portanto não foi registrada nenhuma provisão.
(v) A Companhia possui outras contingências de natureza tributária e previdenciária no montante
de R$62.714 cuja expectativa de perda avaliada pela Administração e suportada pelos assessores
jurídicos está classificada como possível.
b) Ativos contingentes
A Companhia instaurou ações reclamando a recuperação de vários impostos pagos julgados
inconstitucionais pela Administração e pelos assessores legais. A reclamação mais relevante se
refere a créditos-prêmio do IPI. A Companhia reconhecerá tais ativos somente quando e se a
sentença favorável final for obtida.
c) Compromissos contratuais de compras
No curso normal de seus negócios, a Companhia celebra certos contratos com terceiros para
aquisição de matérias-primas, principalmente milho, farelo de soja e suínos. Em 31.12.06 esses
compromissos firmes de compra totalizavam R$82.458 (R$120.721 em 31.12.05).
d) Aluguéis e arrendamentos
A Companhia mantém diversos contratos de aluguéis, todos considerados como arrendamento
operacional. A despesa com aluguéis e arrendamentos totalizou R$26.613 (R$20.784 em 31.12.05)
e os compromissos futuros podem ser assim sumariados:
2007
2008
2009
2010
2011 em diante
19.930
7.594
6.188
4.748
12.226
50.686
26
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16. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
a) Capital Social
Em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 08.03.06 foi aprovada a conversão
da totalidade das ações preferenciais da Companhia em ordinárias. Nesta mesma Assembléia foi
aprovado o desdobramento de 200% das ações integrantes do Capital Social à razão de 1 (uma)
ação para 3 (três) ações, concedendo duas novas ações para cada ação possuída.
Em 27.10.06, a Companhia, em conjunto com os bancos coordenadores, iniciou a distribuição
pública primária de 32.000.000 (trinta e dois milhões) de suas ações ordinárias, escriturais, sem
valor nominal, correspondentes a 23,96525% do capital atual, inclusive sob a forma de “American
Depositary Shares – ADSs”, representadas por “American Depositary Receipts – ADRs”, ao preço
de R$25,00 (vinte e cinco reais) por ação ordinária, perfazendo o montante de R$800.000. Em
01.11.06 a Companhia recebeu os recursos provenientes desta oferta.
Em 31 de dezembro de 2006, o capital ficou composto por 165.957.152 ações ordinárias,
escriturais e sem valor nominal. Em 31.12.06 investidores estrangeiros detinham 49.988.228 ações
(35.304.081 ações em 31.12.05), estando incluído neste montante 3.647.170 ações (3.684.786 em
31.12.05) representadas por 1.823.585 (1.842.393 em 31.12.05) ADRs.
A Companhia possui 430.485 ações de sua própria emissão em tesouraria, adquiridas em
exercícios anteriores com recursos oriundos das reservas de lucros, ao custo médio de R$1,89 (um
real e oitenta e nove centavos) por ação, para futura alienação ou cancelamento.
A Companhia está autorizada a aumentar o capital social, independentemente de reforma
estatutária, até o limite de 180.000.000 de ações ordinárias, escriturais e sem valor nominal.
b) Apropriações do lucro
De acordo com o Estatuto Social da Companhia e a Lei das Sociedades por Ações, a proposta da
Administração para distribuição do lucro líquido, sujeita a ratificação na Assembléia Geral dos
acionistas, é a seguinte:
b.1) Reserva legal: 5% do lucro líquido do exercício, até o limite de 20% do capital social.
b.2) Dividendos e juros sobre o capital próprio: correspondem a 30,7% do lucro líquido ajustado
pela reserva legal, de acordo com a legislação vigente.
b.3) Reserva para aumento de capital: 20% do lucro líquido do exercício até o limite de 20% do
capital social.
b.4) Reserva para expansão: destinação do lucro remanescente, baseada nos investimentos
previstos no orçamento de capital.
27
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Considerando os aspectos acima, a proposta da Administração para distribuição do lucro e
composição do saldo das reservas é a seguinte:
Juros sobre capital próprio
Dividendos
Reserva legal
Reserva para aumento de capital
Reserva para expansão
Limite
sobre o
capital
%
20
20
80
Distribuição do lucro
2005
94.800
13.489
18.060
72.240
162.609
361.198
2006
31.500
3.676
5.724
22.894
50.679
114.473
Saldo das reservas
2006
46.060
95.134
364.133
505.327
2005
40.336
72.240
313.454
426.030
c) Composição do capital
A posição acionária dos acionistas controladores que fazem parte do acordo de acionistas e/ou
detentores de mais de 5% do capital votante em 31.12.06, é como segue:
Ações Ordinárias
PREVI – Caixa Prev. Func. Bco Brasil
PETROS – Fund. Petrobrás Seg. Soc.
Fund. Telebrás Seg. Social – SISTEL
FAPES (Fund. Assist. Prev. Soc.) - BNDES
VALIA – Fund. Vale do Rio Doce
REAL GRANDEZA Fundação de A.P.A.S.
Fundo de Invest. Em Val. Mob. LIBRIUM
Previ – Banerj
26.017.780
19.576.559
8.549.055
6.122.652
6.874.102
4.738.407
3.711.510
1.997.595
77.587.660
88.369.492
165.957.152
Outros
%
15,68
11,80
5,15
3,69
4,14
2,86
2,24
1,20
46,75
53,25
100,00
d) Conciliação do patrimônio líquido e resultado do exercício
Patrimônio líquido
2005
2006
Saldo na Controladora
Lucro não realizado nas operações com
empresas controladas
Saldo no Consolidado
Resultado do exercício
2005
2006
2.104.512
1.225.215
114.473
361.198
360
2.104.872
(2.420)
1.222.795
2.780
117.253
(234)
360.964
28
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17. INSTRUMENTOS
CONSOLIDADO
FINANCEIROS
E
GERENCIAMENTO
DE
RISCO
-
a) Visão geral
No curso normal de seus negócios, a Companhia está exposta a riscos de mercado relacionados à
flutuação das taxas de juros, variações cambiais e a preços das commodities. A Companhia
estabeleceu políticas e procedimentos para administrar tal exposição e pode utilizar instrumentos
derivativos para diminuir os impactos destes riscos. Tais procedimentos incluem o monitoramento
dos níveis de exposição a cada risco de mercado, inclusive uma análise com base na exposição do
patrimônio e previsão de fluxos de caixa futuros.
b) Administração de risco de taxas de juros
O risco de taxas de juros é o risco da Companhia vir a sofrer perdas econômicas devido a alterações
adversas nas taxas de juros. Esta exposição se refere, principalmente, a mudança nas taxas de juros
de mercado que afetem passivos e ativos da Companhia indexados pela taxa LIBOR, TJLP (Taxa de
Juros de Longo Prazo do BNDES) ou CDI (Taxa de juros dos Certificados de Depósitos
Interbancários).
A Companhia possui exposição a risco de taxas de juros principalmente através dos contratos de
swaps que possuem como indexador CDI e Cupom Cambial de diversas moedas.
c) Administração de risco cambial
O risco de taxa cambial é o risco de que alterações das taxas de câmbio de moeda estrangeira
possam fazer com que a Companhia incorra em prejuízos, levando a uma redução dos valores dos
ativos ou aumento dos valores das obrigações. A principal exposição à qual a Companhia está
sujeita, no tocante às variações cambiais, se referem à flutuação do Dólar dos EUA, Euro e Libra
Esterlina em relação ao Real. A Companhia protege-se da exposição excessiva aos riscos de
variações cambiais equilibrando seus ativos não denominados em Reais contra suas obrigações
não denominadas em Reais e utilizando instrumentos derivativos.
Ativos e passivos denominados em moeda estrangeira são assim demonstrados:
Caixa, equivalentes a caixa e aplicações financeiras
Contratos de troca de índices (“swaps”) – valor nominal
Empréstimos e financiamentos
Outros ativos e passivos operacionais, líquidos
29
2006
2005
243.923
318.886
(1.321.019)
520.077
(238.133)
740.372
154.264
(1.282.354)
189.295
(198.423)
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS--Continuação
31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
A posição de derivativos em aberto em 31 de dezembro é como segue:
2006
Instrumento
Swap
Swap
A receber
US$
US$
A pagar
R$
Euro
Valor de
referência
310.352
8.534
318.886
Ganho/(perda) não
realizada
(10.300)
62
(10.238)
Valor de
referência
154.264
Ganho/(perda) não
realizada
(8.858)
(8.858)
2005
Instrumento
Swap
A receber
US$
A pagar
R$
Em 2006 a despesa líquida com derivativos, reconhecida como despesa financeira, totalizou
R$35.102 (R$42.709 em 2005).
d) Administração de risco de preços de commodities.
No curso normal de suas operações, a Companhia compra certas commodities, principalmente
milho, farelo de soja e suínos vivos - maiores componentes individuais dos custos de produção.
O preço do milho e do farelo de soja estão sujeitos a volatilidade resultante das condições
climáticas, rendimento de safra, custos com transporte, custos de armazenagem, política agrícola do
governo, taxas de câmbio e os preços destas commodities no mercado internacional, entre outros
fatores. O preço dos suínos adquiridos de terceiros, está sujeito a condições de mercado e são
influenciados por disponibilidade interna e níveis de demanda no mercado internacional, dentre
outros aspectos.
Para diminuir o impacto de um aumento de preço destas matérias-primas, a Companhia busca se
proteger de várias formas, inclusive pela utilização eventual de instrumentos derivativos, mas
principalmente através da administração de seus níveis de estoques. A Companhia possui contratos
de compra de grãos a preços ainda não fixados (“a fixar”).
Em 31.12.06 não haviam derivativos de commodities em aberto e durante o ano a Companhia não
entrou em contratos de derivativos envolvendo commodities.
30
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS--Continuação
31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
e) Valor de mercado de instrumentos financeiros - Consolidado
Os valores de mercado estimados a seguir foram determinados utilizando as informações de
mercado disponíveis e metodologia adequada de avaliação. Entretanto, é necessário grande
discernimento para interpretar os dados do mercado e desenvolver tais estimativas de valor justo.
Portanto, as estimativas aqui apresentadas não são, necessariamente, indicativas dos valores que a
Companhia poderia realizar no mercado.
Valor contábil
Valor de mercado
Caixa e equivalentes a caixa
336.565
336.565
Aplicações financeiras
863.976
868.442
Contas a receber de clientes
701.584
701.584
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores
Perdas não realizadas com derivativos
(1.823.814)
(1.811.048)
(486.562)
(10.238)
(418.489)
(486.562)
(11.282)
(402.301)
18. RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS, LÍQUIDAS – CONSOLIDADO
Despesas:
Juros
Variação cambial
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira-CPMF
Despesas com oferta pública de ações (Nota 16 ‘a’)
Outras despesas
Receitas:
Juros
Variação cambial
Perdas na conversão de investimentos no exterior
Outras receitas
Financeiras líquidas
31
2006
2005
(172.539)
48.519
(28.746)
(34.477)
(1.371)
(188.614)
(141.793)
71.499
(23.024)
(728)
(94.046)
91.569
(13.584)
(23.701)
5.003
59.287
(129.327)
53.169
(9.165)
(67.868)
35.184
11.320
(82.726)
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS--Continuação
31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
19. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS - CONTROLADORA
As principais transações entre a Perdigão S.A. e empresas controladas, que foram eliminadas das
demonstrações financeiras consolidadas, são representadas por transações de empréstimo entre a
controladora Perdigão S.A. e sua controlada Perdigão Agroindustrial S.A. e foram efetuadas em
condições normais de mercado, resumidas como segue: Empréstimo à receber de R$1.542
(R$7.426 à pagar em 31.12.05); Receitas R$4.205 (R$2.619 em 31.12.05); Despesas de R$578
(R$137 em 31.12.05).
20. COBERTURA DE SEGUROS - CONSOLIDADO
Bens segurados
Estoques e imobilizados
Transporte nacional
Riscos cobertos
Incêndio, raio, explosão, vendaval, deterioração de
produtos frigorificados, quebra de máquinas, lucros
cessantes e outros
Montante da cobertura
Risco rodoviário e responsabilidade civil do
transportador de cargas
Baseado nas averbações
de cargas
1.644.771
Responsabilidade civil geral
e de executivos
Reclamações de terceiros
61.960
Crédito
22.563
Inadimplência de clientes
21. PARTICIPAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS E ADMINISTRADORES NO RESULTADO
A controlada Perdigão Agroindustrial S.A. firmou com os sindicatos das categorias
preponderantes, Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados para todos os
funcionários, respeitando indicadores de desempenho previamente negociados, inclusive de
geração de valor (MVP – Mais Valor Perdigão) para o nível executivo a partir de 2004,
classificada em outros resultados operacionais.
A participação dos administradores está de acordo com as disposições estatutárias e aprovação
pelo Conselho de Administração.
22. PLANO SUPLEMENTAR DE APOSENTADORIA
A Perdigão – Sociedade de Previdência Privada (“PSPP”), constituída em abril de 1997 e
patrocinada pelas empresas do grupo Perdigão, cuja finalidade é fornecer benefícios de
suplementação de aposentadoria para os funcionários das Empresas Perdigão.
32
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS--Continuação
31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
O plano é substancialmente do tipo contribuição definida durante o período de acumulação das
reservas, portanto o regime atuarial utilizado na determinação do nível de benefício é o da
capitalização financeira das contribuições.
As contribuições são efetuadas, em média, na base de 2/3 pela patrocinadora e 1/3 pelos
participantes, e os cálculos atuariais são prestados por atuários independentes, de acordo com
normas em vigor.
O plano é revisado por atuário independente em base anual, sendo a última revisão concluída em
dezembro de 2006.
Participantes
Patrimônio
Contribuições da patrocinadora:
Contribuição básica
Serviços passados
Compromisso assumido no início do plano, decorrente de serviços passados
em favor dos participantes admitidos na patrocinadora em data anterior ao
início do plano
Ativos do Plano (formados por fundos de renda fixa, fundo de renda variável e
ações)
2006
2005
18.926
109.866
5.672
5.189
483
19.556
88.458
5.240
4.706
534
4.677
5.717
108.154
86.805
Embora a PSPP seja um plano basicamente de contribuição definida, possui uma parcela de
benefício definido, cuja obrigação atuarial refere-se à renda vitalícia concedida aos seus
participantes. Para a parcela de benefício definido, com base na utilização da tabela de mortalidade
AT-83, o valor presente da obrigação atuarial monta em R$4.565.
O saldo formado pelas contribuições da patrocinadora não utilizados para pagamento de
benefícios, caso o participante rompa o vínculo empregatício com a patrocinadora, formarão um
fundo de sobra de contribuições que poderá ser utilizado para compensar as contribuições futuras
das patrocinadoras. O ativo apresentado no saldo do fundo de reversão monta R$2.376 e foi
registrado pela Companhia na rubrica outros direitos.
33
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS--Continuação
31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
23. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
Controladora
2005
2006
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido
Ajustes para reconciliar o lucro ao caixa gerado pelas operações:
Participação de acionistas minoritários
Depreciação, amortização e exaustão
Amortização de ágio
Resultado de investimentos em controladas
Resultado na alienação e baixas do permanente
Impostos sobre a renda diferidos
Reconhecimentos dos efeitos do plano verão
Provisão/reversão de contingências
Outras provisões
Juros e variações cambiais
Variações nos ativos e passivos:
Contas a receber de clientes
Estoques
Fornecedores
Pagamento de contingências
Salários, obrigações sociais e outros
Caixa originado pelas atividades operacionais
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Aplicações financeiras
Resgate de aplicações financeiras
Adiantamento para futuro aumento de capital
Outros investimentos, líquido
Aplicações no imobilizado
Alienações do imobilizado
Aquisição de empresas, líquido do caixa
Aplicações no diferido
Juros sobre o capital próprio recebidos
Caixa originado (aplicado) nas atividades de investimento
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Tomada de financiamentos
Pagamento de financiamentos
Aumento de capital
Distribuição de capital para acionistas minoritários
Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos
Caixa originado (aplicado) nas atividades de financiamento
Aumento (decréscimo) líquido no saldo de caixa
Saldo de caixa e equivalentes no início do ano
Saldo de caixa e equivalentes no final do ano
34
Consolidado
2005
2006
114.473
361.198
117.253
360.964
(130.421)
(8.079)
(10.728)
(360.962)
(1.019)
-
7.121
138.791
7.357
358
(39.221)
(47.587)
(14.239)
1.745
33.373
114.116
3.227
(2.381)
2.702
9.337
2.760
72.381
(72.493)
(67.216)
106.611
(6.952)
(67.831)
97.070
(35.715)
(64.054)
1.750
(9.152)
23.299
479.234
3.463
(408)
(11.240)
(42.940)
10
8.435
7.662
(625.085)
144.486
(300.000)
85.367
(695.232)
(4)
77.495
77.491
(972.756)
258.138
(7)
(523.893)
14.215
(95.521)
(16.406)
(1.336.230)
(112.691)
167.308
(21)
(266.293)
12.567
(7.930)
(35.215)
(242.275)
800.000
(61.789)
738.211
(85.186)
(85.186)
1.655.890
(1.592.835)
800.000
(4.135)
(61.789)
797.131
2.835.169
(2.420.986)
(85.186)
328.997
39
28
67
(33)
61
28
(442.029)
778.594
336.565
565.956
212.638
778.594
PERDIGÃO S.A. E EMPRESAS CONTROLADAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS--Continuação
31 de dezembro de 2006 e 2005
(valores expressos em milhares de reais)
24. DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - CONSOLIDADO
Receitas
Insumos adquiridos de terceiros
Valor adicionado bruto
Retenções
Depreciação, amortização e exaustão
2006
5.866.621
2005
5.728.272
(3.935.837)
(3.689.988)
1.930.784
2.038.284
(146.148)
(146.148)
Valor adicionado líquido gerado
1.784.636
Recebido em transferências
Receitas financeiras
Outros resultados operacionais
64.279
59.287
4.992
Valor adicionado para distribuição
(117.343)
(117.343)
1.920.941
5.923
11.320
(5.397)
1.848.915
1.926.864
763.220
773.449
187.872
187.872
35.176
7.121
786.489
684.753
94.658
94.658
108.289
-
82.077
252.675
1.848.915
1.926.864
Distribuição do valor adicionado
Governo
Empregados
Remuneração do capital de terceiros/financiadores
Juros e aluguéis
Remuneração do capital próprio (dividendos e juros sobre o capital próprio)
Participações minoritárias
Lucros retidos
Total distribuído e retido
35
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Demonstrações Financeiras Perdigão S.A.