Demonstrações Financeiras
MULTILOG S.A.
31 de dezembro de 2014 e 2013
MULTILOG S.A.
Demonstrações Financeiras
31 de dezembro de 2014 e 2013
Índice
Demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, auditadas
Balanços patrimoniais .......................................................................................................... 3
Demonstrações do resultado ............................................................................................... 5
Demonstração das mutações do patrimônio líquido ............................................................. 6
Demonstrações dos fluxos de caixa .................................................................................... 7
Notas explicativas às demonstrações financeiras ................................................................ 8
MULTILOG S.A.
Balanços Patrimoniais
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013
Em milhares de reais
Controladora
Nota
2014
Consolidado
2013
2014
2013
Ativo
Ativo circulante
Caixa e equivalentes de caixa
1.518
59
1.915
109
Aplicações financeiras
4
3.057
8.213
6.682
11.781
Contas a receber de clientes
5
7.469
6.235
25.140
9.832
Estoques
6
Impostos a recuperar
-
-
6.931
-
544
238
1.444
252
Dividendos a receber
18
5.936
747
900
-
Outros créditos
7
10.760
230
6.067
300
254
365
445
454
29.538
16.087
49.524
22.728
-
-
23
-
1.076
1.041
1.238
1.278
Despesas antecipadas
Ativo não circulante
Impostos a recuperar
Impostos diferidos
22.b
Depósitos judiciais
14
160
167
160
167
Partes relacionadas
18
8.307
5.753
6.418
7.063
Propriedades para investimento
8
-
-
66.917
30.063
Investimentos em controladas e coligadas
9
46.007
43.550
6.882
7.651
Imobilizado
10
20.823
8.854
102.293
93.817
Intangível
11
527
676
1.247
862
76.900
60.041
185.178
140.901
106.438
76.128
234.702
163.629
Total do ativo
3
MULTILOG S.A.
Balanços Patrimoniais
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013
Em milhares de reais
Controladora
Nota
Consolidado
2014
2013
2014
2013
Passivo e patrimônio líquido
Passivo circulante
Empréstimos e financiamentos
12
11.074
2.079
29.595
11.363
Fornecedores
13
3.123
1.472
22.005
2.212
3.896
3.541
4.789
4.067
Obrigações sociais
Obrigações tributárias
14
6.637
3.511
8.326
4.204
Dividendos a pagar
17
6.324
9.349
9.708
9.352
639
437
1.099
1.141
Provisões diversas
Outras obrigações
883
1.021
1.039
1.087
32.576
21.410
76.561
33.426
Passivo não circulante
Empréstimos e financiamentos
12
6.591
859
19.221
19.642
Débitos com partes relacionadas
18
-
-
4.147
-
Obrigações tributárias
14
6.364
6.659
6.364
6.659
Provisão para litígios
15
1.507
1.595
1.507
1.595
14.462
9.113
31.239
27.896
47.038
30.523
107.800
61.322
Total do passivo
Patrimônio líquido
Dos acionistas da companhia
Capital social
16
8.922
8.922
8.922
8.922
Reserva de capital
16
1.762
1.973
1.762
1.973
Reserva legal
16
1.784
1.784
1.784
1.784
Reservas de retenção lucros
16
45.468
31.325
45.468
31.325
1.464
1.601
1.464
1.601
59.400
45.605
59.400
45.605
-
-
67.502
56.702
59.400
45.605
126.902
102.307
106.438
76.128
234.702
163.629
Dividendos adicionais propostos
Dos não controladores
Total do patrimônio líquido
Total do passivo e patrimônio líquido
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações financeiras.
4
MULTILOG S.A.
Demonstrações do resultado
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Controladora
Nota
Consolidado
2014
2013
2014
2013
Operações em continuidade
Receita líquida
19
101.878
77.250
164.090
108.360
Custos dos serviços prestados
20
(64.975)
(32.253)
(93.594)
(49.271)
36.903
44.997
70.496
59.089
Lucro bruto
Despesas comerciais
20
(2.490)
(2.051)
(2.479)
(2.114)
Despesas gerais e administrativas
20
(18.429)
(14.335)
(20.571)
(16.279)
(81)
(189)
98
170
Outras receitas e despesas
Equivalência patrimonial
9
Lucro antes do resultado financeiro
11.969
9.827
900
769
27.872
38.249
48.444
41.635
Receitas financeiras
21
864
848
2.493
1.139
Despesas financeiras
21
(971)
(1.721)
(3.877)
(2.782)
27.765
37.376
47.060
39.992
Lucro antes dos impostos
Impostos correntes
22.a
(5.024)
(7.501)
(10.053)
(10.073)
Impostos diferidos
22.b
35
4.789
(40)
4.991
22.776
34.664
36.967
34.910
Acionistas controladores
22.776
34.664
Acionistas não controladores
14.191
246
0,4828
0,7348
Lucro líquido do exercício
Atribuível aos:
Lucro por ação atribuível aos
acionistas da Companhia (básico
e diluído, em R$)
23
Não há elementos a serem apresentados na Demonstração do Resultado Abrangente
para o exercício de 2014 e 2013.
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações financeiras.
5
MULTILOG S.A.
Demonstração das mutações do patrimônio líquido
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013
Em milhares de reais
Capital
social
Dividendos
Reservas Reserva
Reservas
adicionais
legal
de
retenção
de lucros
propostos
integralizado de capital
controladores
não controladores
total
85.735
-
85.735
(5.381)
-
(5.381)
-
(5.381)
-
34.664
34.664
246
34.910
-
-
-
-
(12.614)
(12.957)
-
(12.957)
3.800
53.086
5.381
Pagamento de dividendos
-
-
-
-
Lucro líquido do exercício
-
-
-
-
Constituição de reserva legal
-
-
-
-
-
Dividendos obrigatórios (nota 16)
-
-
-
(1.944)
1.601
Cisão de ativos (nota 15)
Transações de capital
Patrimônio
líquido
-
4.468
Dividendos adicionais propostos
Total do Patrimônio líquido
dos acionistas
acumulados
19.000
Saldos em 1° de janeiro de 2013
Lucros ou
prejuízos
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(10.078)
(2.370)
(2.016)
(28.158)
-
(13.709)
(56.331)
56.456
125
-
(125)
-
-
-
-
(125)
-
(125)
8.341
-
(8.341)
-
-
-
-
45.605
56.702
102.307
-
-
-
8.922
1.973
1.784
31.325
1.601
Pagamento de dividendos
-
-
-
-
(1.601)
-
(1.601)
-
(1.601)
Lucro líquido do exercício
-
-
-
-
-
22.776
22.776
14.191
36.967
Constituição de reserva legal
-
-
-
-
-
-
(389)
(389)
Dividendos distribuídos (nota 16)
-
-
-
-
-
(6.833)
(6.833)
(2.909)
(9.742)
Constituição de reservas
Saldos em 31 de dezembro de 2013
Dividendos adicionais propostos
-
-
-
-
1.464
(1.800)
(336)
(93)
(429)
Transações de capital
-
(211)
-
-
-
-
(211)
-
(211)
Constituição de reservas
-
-
-
14.143
-
(14.143)
-
-
-
1.762
1.784
45.468
1.464
-
59.400
67.502
126.902
Saldos em 31 de dezembro de 2014
8.922
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações financeiras.
6
MULTILOG S.A.
Demonstração dos fluxos de caixa (Método Indireto)
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013
Em milhares de reais
Controladora
Consolidado
2014
2013
2014
2013
22.776
34.664
36.967
34.910
3.090
5.806
7.227
7.237
(11.969)
(9.827)
(900)
(769)
Atividades operacionais
Lucro do exercício
Ajuste de itens sem desembolso de caixa:
Depreciação e amortização
Equivalência patrimonial
Provisão para devedores duvidosos
(12)
218
(12)
218
Provisão para litígios
430
(989)
430
(989)
Provisões diversas
202
(547)
(42)
48
Juros provisionados
328
1.003
3.957
1.965
Resultado do imobilizado vendido
Impostos diferidos
74
(65)
147
(63)
(35)
(4.789)
40
(4.991)
(1.222)
(1.420)
(15.296)
(3.021)
-
-
(6.931)
-
(10.066)
(2.165)
4.792
(1.329)
Ajustes de capital de giro:
Redução/(aumento) das contas a receber
Redução/(aumento) de estoques
Redução/(aumento) de partes relacionadas
Redução/(aumento) de outros ativos
(2.900)
356
(5.774)
434
Aumento/(redução) de fornecedores
1.651
(840)
19.793
(876)
Aumento/(redução) de outros passivos
(656)
-
(1.123)
-
Aumento/(redução) de obrigações sociais e tributárias
2.880
1.058
3.358
1.562
Fluxo de caixa originado de atividades operacionais
4.571
22.463
46.633
34.336
Atividades de investimentos
Receitas de venda de imobilizado
Aquisição de controlada
Aquisição de imobilizado e propriedades p/ investimento
-
989
-
989
(200)
-
-
(5.861)
(14.827)
(4.867)
(52.311)
Aquisição de intangível
(156)
(163)
(778)
(269)
Investimento em aplicações financeiras
5.156
(2.779)
5.099
(4.473)
Dividendos recebidos
3.976
5.827
769
170
(6.051)
(993)
(47.221)
(9.444)
Fluxo de caixa aplicado em atividades de investimento
Atividades de financiamento
Captações de empréstimos obtidos
16.775
1.807
29.723
1.807
Pagamento de empréstimos
(2.164)
(7.701)
(15.656)
(10.110)
Juros pagos
(213)
(2.967)
(213)
(3.943)
(11.459)
(12.771)
(11.459)
(12.771)
Fluxo de caixa originado (aplicado) em atividades de
financiamento
2.939
(21.632)
2.395
(25.017)
Variação líquida de caixa e equivalentes a caixa
1.459
(162)
1.806
(125)
59
221
109
234
1.518
59
1.915
109
Dividendos pagos
Caixa e equivalentes a caixa no início do exercício
Caixa e equivalentes a caixa no fim do exercício
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações financeiras.
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
1.
Informações gerais
Fundada em 9 de novembro de 1984 a Multilog S.A. (a “Companhia” ou “Multilog”) é
uma sociedade anônima de capital fechado com sede em Itajaí, Santa Catarina,
controladora direta dos investimentos na Multilog Armazéns Gerais e Logistica S.A.,
Multilog Investimentos Imobiliários S.A. e Multiprime Indústria e Comércio de Peças
para Veículos S.A, denominadas aqui como o “Grupo” ou “Consolidado”. O Grupo
tem como principal atividade a prestação de serviços no transporte rodoviário, na
movimentação e armazenagem de mercadorias, unitização e desunitização de
containers, de importação e exportação, importação e industrialização de peças
para veículos.
Como permissionária da Secretaria da Receita Federal do Brasil a Companhia
presta serviços técnicos especializados relacionados com a movimentação e
armazenagem de mercadorias (Porto Seco), conforme contrato firmado em 2 de
agosto de 1995 e termos aditivos subsequentes.
Em 29 de Julho de 2013, através do Ato Declaratório nº 20, foi autorizada pela
Superintendente da Receita Federal do Brasil, 9ª Região Fiscal, a transferência da
permissão, outorgada através do referido contrato e aditivos, para o regime de
licença para exploração de Centro Logístico e Industrial Aduaneiro, instituído pela
Medida Provisória nº 612, de 4 de Abril de 2013.
A permissão, de caráter não oneroso, prevê que a Companhia não poderá transferir
ou ceder os direitos de exploração a terceiros.
Extinta a licença, os bens móveis e imóveis não reverterão à União.
A Companhia está sujeita ao cumprimento das condições previstas na legislação e
exigências estabelecidas na Portaria RFB nº 711/2013 a extinção do regime de
licença dar-se-á pelos seguintes fatos: a) não cumprimento da legislação vigente, b)
paralisação dos serviços sem justa causa, c) desatendimento das determinações
regulares das autoridades designadas, e d) falência ou extinção da Multilog.
A autorização para emissão destas demonstrações financeiras ocorreu na reunião
do Conselho de Administração e Diretoria realizada em 20 de fevereiro de 2014.
8
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
2.
Resumo das principais políticas contábeis
A Companhia optou por apresentar as demonstrações financeiras individuais e
consolidadas em um único conjunto de demonstração.
As demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, foram elaboradas e estão
sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que
compreendem as normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os
pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), vigentes. As
principais políticas contábeis aplicadas na preparação e elaboração dessas
demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, estão definidas a seguir.
Estas políticas vêm sendo aplicadas de modo consistente em todos os exercícios
apresentados, salvo disposição em contrário.
2.1
Bases para preparação das demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas
considerando o custo histórico como base de valor e ajustado pelo valor justo dos
instrumentos financeiros, quando aplicável.
A preparação das demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas
contábeis e julgamento da administração da Companhia, sendo as mais relevantes
divulgadas na nota explicativa 3. As demonstrações financeiras da Companhia e de
suas controladas compreendem:
Demonstrações financeiras Individuais (Controladora)
As demonstrações financeiras individuais (Controladora) foram elaboradas e estão
sendo apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no
Brasil, emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e aprovados
pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e estão publicadas em conjunto com
as demonstrações consolidadas.
Demonstrações financeiras Consolidadas
As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas e estão sendo
apresentadas de acordo com as políticas contábeis adotadas no Brasil, emitidas
pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e aprovados pelo Conselho
Federal de Contabilidade (CFC).
As demonstrações financeiras consolidadas são compostas pelas demonstrações
financeiras da Multilog S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2014,
apresentadas a seguir:
9
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
% participação
País sede
Relação
Multilog Armazéns Gerais e Logística S.A.
Brasil
Direta
99,600000%
99,600000%
Multilog Investimentos Imobiliários S.A.
Multiprime Indústria e Comércio de Peças
para Veículos. S.A
Brasil
Direta
34,690999%
99,998987%
Brasil
Direta
10,000000%
-
Razão social
2014
2013
A Companhia inclui em sua consolidação todas as sociedades controladas nas
quais a controladora, direta ou através do acordo de acionistas, detém o poder
sobre as decisões críticas à condução dos negócios, está exposta aos direitos e
retornos do investimento, e possui a capacidade de exercer o seu poder sobre a
investida de modo a influenciar o retorno aos investidores.
A Companhia detém 34% de participação na Multilog Investimentos S/A, tendo
maioria dos direitos de voto da entidade assegurado pelo acordo firmado entre os
principais acionistas para a condução dos negócios, de forma que a Administração
concluiu que o empreendimento é controlado pela Companhia.
A Companhia é proprietária de participação societária de 65,70% do patrimônio da
SCP Edíficio Softway. No entanto, cabe ao acionista minoritário, Pedra Branca Ltda.
qualificado como sócio ostensivo, aprovar as principais decisões operacionais desse
investimento. Com base nesses fatos e circunstâncias, a administração determinou
que, substancialmente, a Pedra Branca Ltda. é o controlador dessa entidade, desta
forma esse investimento não foi consolidado em suas demonstrações financeiras,
sendo apresentada nessas demonstrações financeiras pelo método de equivalência
patrimonial, tanto para fins de demonstração financeira individual como
consolidadas.
A Companhia detém 10% de participação na Multiprime e a sua controlada Multilog
Investimentos Imobiliários S.A. detém 90% do capital social da Multiprime.
Constituída em maio de 2014 a Multiprime Indústria e Comércio de Peças para
Veículos. S.A. com o objetivo de importação e industrialização de peças para
veículos. Considerando que o Grupo Multilog detém 100% do capital social da
Multiprime, passa a partir desta data ser consolidada integralmente às
demonstrações financeiras consolidadas.
As controladas são integralmente consolidadas a partir da data de aquisição, sendo
esta, a data na qual a Multilog S.A. obtém controle, e continuam a ser consolidadas
até a data em que esse controle deixe de existir. Os critérios adotados na
consolidação são aqueles previstos pela CPC 36 (R3) - Demonstrações
Consolidadas, dos quais destacamos os seguintes:
• As demonstrações financeiras das controladas são elaboradas para o
mesmo período de divulgação que o da controladora, utilizando políticas
contábeis consistentes e padronizadas com o propósito de apresentação,
classificação e mensuração uniformes.
10
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
• Todos os saldos intragrupo, receitas e despesas e ganhos e perdas não
realizados, oriundos de transações intragrupo, são eliminados por
completo, entre esses:
a. Eliminação dos saldos das contas ativas e passivas decorrentes das
transações entre as empresas incluídas na consolidação e eliminação
das receitas e das despesas decorrentes de negócios com as
sociedades incluídas na consolidação.
b. Eliminação das parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou
prejuízos acumulados e do custo de estoques ou do ativo não circulante
que corresponderem a resultados, ainda não realizados, de negócios
entre as sociedades.
c. Eliminação do investimento relevante na proporção de seu respectivo
patrimônio.
• O Grupo possui propriedade que está arrendada e ocupada por outras
empresas do grupo. Nas Demonstrações Financeiras consolidadas essa
propriedade não se qualifica como propriedade para investimento, pelo fato
de estar sendo utilizada pelo grupo na condução de suas atividades, dessa
forma, a parte utilizada por empresas do grupo foi reclassifica ao ativo
imobilizado.
• Uma mudança na participação sobre uma controlada que não resulta em
perda de controle é contabilizada como uma transação entre acionistas, no
patrimônio líquido.
• O resultado do exercício e cada componente dos outros resultados
abrangentes são atribuídos aos proprietários da controladora e à
participação dos não controladores. Perdas são atribuídas à participação
de não controladores, mesmo que resultem em um saldo negativo.
Destaque da participação dos acionistas não controladores no patrimônio
líquido e no lucro do exercício respectivamente, no balanço patrimonial e
na demonstração do resultado do exercício.
• Reconhecimento de prejuízos de empresas controladas atribuíveis à
controladora que excedam o valor da participação até o limite do valor do
investimento, exceto quando a controladora tem a obrigação ou intenção de
cobrir estes prejuízos.
2.2
Investimentos em controladas e coligadas
As demonstrações financeiras são elaboradas para o mesmo período de divulgação
da Multilog S.A. Quando necessário, são efetuados ajustes para que as políticas
contábeis estejam de acordo com as adotadas pela Multilog S.A. Nas
demonstrações financeiras individuais e para o investimento SCP Edíficio Softway,
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Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
nas demonstrações consolidadas, os investimentos são contabilizados pelo método
de equivalência patrimonial.
Com base no método da equivalência patrimonial, o investimento é contabilizado no
balanço patrimonial ao custo, adicionado das mudanças após a aquisição da
participação societária. O ágio é incluído no valor contábil do investimento, não
sendo amortizado. A participação societária está apresentada na demonstração do
resultado como equivalência patrimonial.
A demonstração do resultado da controladora reflete a participação da Companhia
nos resultados operacionais das controladas. Eventual variação em outros
resultados abrangentes da investida é apresentada como parte de outros resultados
abrangentes da Companhia. Adicionalmente, quando houver variação reconhecida
diretamente no patrimônio líquido da investida, a Companhia reconhecerá sua
participação, quando aplicável, na demonstração das mutações do patrimônio
líquido.
2.3
Classificação de itens circulantes e não circulantes
No balanço patrimonial, ativos e obrigações vincendas ou com expectativa de
realização dentro dos próximos 12 meses são classificados como itens circulantes e
aqueles com vencimento ou com expectativa de realização superior a 12 meses são
classificados como itens não circulantes.
2.4
Transações em moedas estrangeiras
As demonstrações financeiras são mensuradas e estão apresentadas em Reais
(R$), moeda funcional da Companhia e de todas as controladas da Multilog S.A.,
nas quais são realizadas suas operações.
As transações em moeda estrangeira são inicialmente registradas à taxa de câmbio
da moeda funcional em vigor na data da transação. Os ativos e passivos monetários
denominados em moeda estrangeira são convertidos à taxa de câmbio da moeda
funcional em vigor na data do balanço, sendo todas as diferenças registradas na
demonstração do resultado.
2.5
Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração
subsequente
Ativos financeiros
Os ativos financeiros incluem caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras,
contas a receber de clientes e outras contas a receber, empréstimos e
adiantamentos realizados e outros recebíveis.
a) Reconhecimento inicial e mensuração dos ativos financeiros
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Ativos financeiros são classificados como ativos financeiros a valor justo por meio
do resultado e empréstimos e recebíveis. A Companhia determina a classificação
dos seus ativos financeiros no momento do seu reconhecimento inicial, quando ele
se torna parte das disposições contratuais do instrumento. Ativos financeiros são
reconhecidos inicialmente ao valor justo, acrescidos, no caso de investimentos não
designados a valor justo por meio do resultado, dos custos de transação que sejam
diretamente atribuíveis à aquisição do ativo financeiro.
Vendas e compras de ativos financeiros que requerem a entrega de bens dentro de
um cronograma estabelecido por regulamento ou convenção no mercado (compras
regulares) são reconhecidas na data da operação, ou seja, a data em que a
Companhia se compromete a comprar ou vender o bem.
b) Desreconhecimento (baixa) dos ativos financeiros
Um ativo financeiro (ou, quando for o caso, uma parte de um ativo
financeiro ou parte de um grupo de ativos financeiros semelhantes) é
baixado quando:
 Os direitos de receber fluxos de caixa do ativo expirarem;
 transferiu os seus direitos de receber fluxos de caixa do ativo ou
assumiu uma obrigação de pagar integralmente os fluxos de caixa
recebidos, sem demora significativa, a um terceiro por força de um
acordo de “repasse”; e (a) transferiu substancialmente todos os riscos e
benefícios do ativo, ou (b) não transferiu nem reteve substancialmente
todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, mas transferiu o controle
sobre o ativo.
b) Desreconhecimento (baixa) dos ativos financeiros – Continuação
Quando a Companhia tiver transferido seus direitos de receber fluxos de caixa de
um ativo ou tiver executado um acordo de repasse, e não tiver transferido ou retido
substancialmente todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, um ativo é
reconhecido na extensão do envolvimento contínuo da Companhia com o ativo.
Nesse caso, a Companhia também reconhece um passivo associado. O ativo
transferido e o passivo associado são mensurados com base nos direitos e
obrigações que a Companhia manteve. O envolvimento contínuo na forma de uma
garantia sobre o ativo transferido é mensurado pelo valor contábil original do ativo
ou pela máxima contraprestação que puder ser exigida, dos dois o menor.
Passivos financeiros
Os passivos financeiros incluem contas a pagar a fornecedores, impostos e
obrigações tributárias e outras contas a pagar, empréstimos e financiamentos.
a) Reconhecimento inicial e mensuração dos passivos financeiros
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Passivos financeiros são classificados como passivos financeiros a valor justo por
meio do resultado. A Companhia determina a classificação dos seus passivos
financeiros no momento do seu reconhecimento inicial. Passivos financeiros são
inicialmente reconhecidos a valor justo e, no caso de empréstimos e financiamentos,
são acrescidos do custo da transação diretamente relacionado.
b) Desreconhecimento (baixa) dos passivos financeiros
Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação for revogada, cancelada ou
expirar.
Quando um passivo financeiro existente for substituído por outro do mesmo
mutuante com termos substancialmente diferentes, ou os termos de um passivo
existente forem significativamente alterados, essa substituição ou alteração é
tratada como baixa do passivo original e reconhecimento de um novo passivo,
sendo a diferença nos correspondentes valores contábeis reconhecida na
demonstração do resultado.
Compensação de instrumentos financeiros
Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado no
balanço patrimonial quando há um direito legal de compensar os valores
reconhecidos e há a intenção de liquidá-los em uma base líquida, ou realizar o ativo
e liquidar o passivo simultaneamente. O direito legal não deve ser contingente em
eventos futuros e deve ser aplicável no curso normal dos negócios e no caso de
inadimplência, insolvência ou falência da empresa ou da contraparte.
2.6
Ajuste a valor presente
Os ativos e passivos monetários de longo prazo são atualizados monetariamente e,
portanto, estão ajustados pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente de
ativos e passivos monetários de curto prazo é calculado, e somente registrado, se
considerado relevante em relação às demonstrações contábeis tomadas em
conjunto. Para fins de registro e determinação de relevância, o ajuste a valor
presente é calculado levando em consideração os fluxos de caixa contratuais e a
taxa de juros explícita, e em certos casos implícita, dos respectivos ativos e
passivos. Com base nas análises efetuadas, e na melhor estimativa da
administração, a Companhia e suas controladas concluíram que o ajuste a valor
presente de ativos e passivos monetários circulantes é irrelevante em relação às
demonstrações financeiras tomadas em conjunto e, dessa forma, não registrou
ajuste.
2.7
Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros
Os ativos que têm uma vida útil indefinida, não estão sujeitos à amortização e são
testados anualmente para a verificação de impairment. Os ativos que estão sujeitos
à depreciação ou amortização são revisados para a verificação de impairment
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sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil
pode não ser recuperável.
Uma perda por impairment é reconhecida pelo valor ao qual o valor contábil do ativo
excede seu valor recuperável. Este último é o valor mais alto entre o valor justo de
um ativo menos os custos de venda e o valor em uso.
Para fins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais
baixos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente
(Unidades Geradoras de Caixa - UGC). Os ativos não financeiros, exceto o ágio,
que tenham sofrido impairment, são revisados para a análise de uma possível
reversão do impairment na data de apresentação das demonstrações financeiras.
A Companhia avaliou a recuperabilidade para os ativos intangíveis, imobilizado e
outros ativos não circulantes, sendo que para estas rubricas não foi destacada
necessidade de nenhuma provisão para desvalorização.
2.8
Caixa e equivalentes de caixa
Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos
de caixa de curto prazo, e não para investimento ou outros fins. Considera-se
equivalente de caixa uma aplicação financeira de conversibilidade imediata em um
montante conhecido de caixa e estando sujeita a um insignificante risco de mudança
de valor. Por conseguinte, um investimento, normalmente, se qualifica como
equivalente de caixa quando tem vencimento de curto prazo; por exemplo, três
meses ou menos, a contar da data da contratação.
2.9
Contas a receber de clientes
O contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela
venda de serviços no decurso normal das atividades da Companhia. As contas a
receber de clientes, inicialmente, são reconhecidas pelo valor justo e,
subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da
taxa de juros efetiva menos a provisão para impairment (perdas no recebimento de
créditos). A provisão para créditos de liquidação duvidosa está apresentada como
redução das contas a receber de clientes e constituída em montante considerado
suficiente pela Administração para fazer face a eventuais perdas na realização das
contas a receber.
2.10 Propriedades para investimento
Propriedades para investimento são, inicialmente, mensuradas ao custo, incluindo
custos da transação. O valor contábil inclui o custo de reposição de parte de uma
propriedade para investimento existente à época em que o custo for incorrido se os
critérios de reconhecimento forem satisfeitos; excluindo os custos do serviço diário
da propriedade para investimento.
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Após o reconhecimento inicial, a Companhia optou por continuar apresentando suas
propriedades para investimento pelo método de custo, que compreende o custo
histórico, menos provisão para depreciação e perda por redução ao valor
recuperável, se aplicável. Nessas circunstâncias, a Companhia está divulgando a
base de custo e as taxas de depreciação para cada classe relevante.
Propriedades para investimentos
Edifícios e obras
Benfeitorias
Instalações
Móveis e Utensílios
Prazo
25 anos
25 anos
10 anos
10 anos
Adicionalmente, a Companhia está divulgando na nota explicativa 7 o valor justo da
propriedade para investimentos contabilizada ao custo, que reflete as condições de
mercado na data do balanço. Propriedades para investimento são baixadas quando
vendidas ou quando a propriedade para investimento deixa de ser
permanentemente utilizada e não se espere nenhum benefício econômico futuro da
sua venda. A diferença entre o valor líquido obtido da venda e o valor contábil do
ativo é reconhecida na demonstração do resultado no período da baixa.
Transferências são feitas para a conta de propriedade para investimento, ou desta
conta, apenas quando houver uma mudança no seu uso. Se a propriedade ocupada
por proprietário se tornar uma propriedade para investimento, a Companhia
contabiliza a referida propriedade de acordo com a política descrita no item de
imobilizado até a data da mudança no seu uso.
2.11. Bens destinados a venda
Os ativos não circulantes, classificados como mantidos para venda, são
mensurados com base no menor valor entre o valor contábil e o valor justo,
deduzido dos custos de venda. Esses ativos são classificados como mantidos para
venda se seus valores contábeis forem recuperados por meio de uma transação de
venda, em vez de por meio de uso contínuo. Essa condição é considerada cumprida
apenas quando a venda for altamente provável e o grupo de ativo ou de alienação
estiver disponível para venda imediata na sua condição atual.
2.12. Imobilizado
Instalações e equipamentos são apresentados ao custo, líquido de depreciação
acumulada e/ou perdas acumuladas por redução ao valor recuperável, se for o
caso. O referido custo inclui o custo de reposição de parte do imobilizado e custos
de empréstimo de projetos de construção de longo prazo, quando os critérios de
reconhecimento forem satisfeitos. Quando partes significativas do ativo imobilizado
são substituídas, a Companhia reconhece essas partes como ativo individual com
vida útil e depreciação específica. Da mesma forma, quando uma inspeção
relevante for feita, o seu custo é reconhecido no valor contábil do imobilizado, se os
critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Todos os demais custos de reparos e
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manutenção são reconhecidos na demonstração do resultado, quando incorridos. O
valor presente do custo esperado da desativação do ativo após a sua utilização é
incluído no custo do correspondente ativo se os critérios de reconhecimento para
uma provisão forem satisfeitos. O valor residual e a vida útil estimada dos bens são
revisados e ajustados, se necessário, na data de encerramento do exercício.
Depreciação é calculada de forma linear ao longo da vida útil do ativo, a taxas que
levam em consideração a vida útil estimada dos bens, como segue:
Grupo patrimonial
Prazo
Edifícios e obras
Benfeitorias
Instalações
Móveis e Utensílios
Equipamentos
Veículos
25 anos
25 anos
10 anos
10 anos
05 a 10 anos
05 a 10 anos
Um item de imobilizado é baixado quando vendido ou quando nenhum benefício
econômico futuro for esperado do seu uso ou venda. Eventual ganho ou perda
resultante da baixa do ativo (calculado como sendo a diferença entre o valor líquido
da venda e o valor contábil do ativo) são incluídos na demonstração do resultado no
exercício em que o ativo for baixado. O valor residual e vida útil dos ativos e os
métodos de depreciação são revistos no encerramento de cada exercício, e
ajustados de forma prospectiva, quando for o caso.
2.13. Intangível
Os ativos intangíveis da Companhia são representados por licenças de softwares.
As licenças de software adquiridas são capitalizadas com base nos custos
incorridos para adquirir os softwares e fazer com que eles estejam prontos para ser
utilizados. Esses custos são amortizados durante sua vida útil estimada, que
geralmente apresentam uma taxa de amortização de 20% ao ano.
Os custos associados com a manutenção do software são reconhecidos como
despesas quando incorridos.
2.14. Fornecedores
São obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores
no curso ordinário dos negócios e são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e,
subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de
taxa de juros efetiva.
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2.15. Empréstimos e financiamentos
Geral
Os instrumentos financeiros classificados como empréstimos e financiamentos são
reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos da transação
incorridos e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado.
Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o
valor de resgate (pagamentos) é reconhecida na demonstração do resultado
durante o período em que os empréstimos estejam em andamento, utilizando o
método da taxa de juros efetiva.
Os empréstimos são classificados como passivo circulante, a menos que o Grupo
tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por pelo menos 12
meses após a data do balanço.
Arrendamentos financeiros
A caracterização de um contrato como arrendamento mercantil está baseada em
aspectos substantivos relativos ao uso de um ativo ou ativos específicos ou, ainda,
ao direito de uso de um determinado ativo, na data do início da sua execução.
Arrendamentos mercantis financeiros que transferem à Companhia basicamente
todos os riscos e benefícios relativos à propriedade do item arrendado são
capitalizados no início do arrendamento mercantil pelo valor justo do bem arrendado
ou, se inferior, pelo valor presente dos pagamentos mínimos de arrendamento
mercantil. Sobre o custo são acrescidos, quando aplicável, os custos iniciais diretos
incorridos na transação.
Os pagamentos de arrendamento mercantil financeiro são alocados a encargos
financeiros e redução de passivo de arrendamento mercantis financeiros, de forma a
obter taxa de juros constante sobre o saldo remanescente do passivo. Os encargos
financeiros são reconhecidos na demonstração do resultado.
Os bens arrendados são depreciados ao longo da sua vida útil. Contudo, quando
não houver razoável certeza de que a Companhia obterá a propriedade ao final do
prazo do arrendamento mercantil, o ativo é depreciado ao longo da sua vida útil
estimada ou no prazo do arrendamento mercantil, dos dois o menor. Os
pagamentos de arrendamento mercantil operacional são reconhecidos como
despesa na demonstração do resultado de forma linear ao longo do prazo do
arrendamento mercantil.
Custo dos empréstimos e financiamentos
Custos de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou
produção de um ativo que necessariamente requer um tempo significativo para ser
concluído para fins de uso ou venda são capitalizados como parte do custo do
correspondente ativo. Todos os demais custos de empréstimos são registrados em
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despesa no período em que são incorridos. Custos de empréstimo compreendem
juros e outros custos incorridos por uma entidade relativos ao empréstimo.
2.16. Provisões
As provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente
ou não formalizada (constructive obligation) como resultado de eventos passados; é
provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; e o
valor puder ser estimado com segurança.
Quando a Companhia espera que o valor de uma provisão seja reembolsado, no
todo ou em parte, por exemplo, por força de um contrato de seguro, o reembolso é
reconhecido como um ativo separado, mas apenas quando o reembolso for
praticamente certo. A despesa relativa a qualquer provisão é apresentada na
demonstração do resultado, líquida de qualquer reembolso.
O Grupo é parte de diversos processos judiciais e administrativos. Provisões são
constituídas para todos os litígios referentes a processos judiciais para os quais é
provável que uma saída de recursos seja feita para liquidar a
contingência/obrigação e uma estimativa razoável possa ser feita. A avaliação da
probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia
das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e
sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados
externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações
nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de
inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos
assuntos ou decisões de tribunais.
2.17. Impostos
As despesas de imposto de renda e contribuição social do período compreendem os
impostos corrente e diferido.
Imposto de renda e contribuição social – correntes
Ativos e passivos tributários correntes são mensurados ao valor recuperável
esperado ou a pagar para as autoridades fiscais. As alíquotas de imposto e as leis
tributárias usadas para calcular o montante são aquelas que estão em vigor na data
do balanço.
Imposto de renda e contribuição social correntes relativos a itens reconhecidos
diretamente no patrimônio líquido são reconhecidos no patrimônio líquido. A
administração periodicamente avalia a posição fiscal das situações nas quais a
regulamentação fiscal requer interpretação e estabelece provisões quando
apropriado.
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O imposto de renda e a contribuição social corrente são apresentados líquidos, por
entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo
quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do
relatório.
Impostos diferidos
Impostos diferidos ativos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias
dedutíveis, créditos e perdas tributários não utilizados, na extensão em que seja
provável que o lucro tributável esteja disponível para que as diferenças temporárias
dedutíveis possam ser realizadas, e créditos e perdas tributários não utilizados
possam ser utilizados. Impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as
diferenças tributárias temporárias.
O valor contábil dos impostos diferidos ativos é revisado em cada data do balanço e
baixado na extensão em que não é mais provável que lucros tributáveis estarão
disponíveis para permitir que todo ou parte do ativo tributário diferido venha a ser
utilizado. Impostos diferidos ativos e passivos são mensurados à taxa de imposto
que é esperada de ser aplicável no ano em que o ativo será realizado ou o passivo
liquidado, com base nas taxas de imposto (e lei tributária) que foram promulgadas
na data do balanço.
Impostos diferidos ativos e passivos são apresentados líquidos se existe um direito
legal ou contratual para compensar o ativo fiscal contra o passivo fiscal e os
impostos diferidos são relacionados à mesma entidade tributada e sujeitos à mesma
autoridade tributária.
Imposto sobre vendas
Receitas, despesas e ativos são reconhecidos líquidos dos impostos sobre vendas
exceto: (i) quando os impostos sobre vendas incorridos na compra de bens ou
serviços não for recuperável junto às autoridades fiscais, hipótese em que o imposto
sobre vendas é reconhecido como parte do custo de aquisição do ativo ou do item
de despesa, conforme o caso; (ii) quando os valores a receber e a pagar forem
apresentados juntos com o valor dos impostos sobre vendas; e (iii) o valor líquido
dos impostos sobre vendas, recuperável ou a recolher, é incluído como componente
dos valores a receber ou a pagar no balanço patrimonial. As receitas de serviços
estão sujeitas aos seguintes impostos e contribuições, pelas seguintes alíquotas:
Impostos
PIS - Programa de Integração Social
1,65%
COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
7,6%
ISS - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza:
FUNDAF - Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das
Atividades de Fiscalização
20
Alíquota
3%
2% exportações
6% importações ou
Taxa por
desembaraço
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Nas demonstrações de resultado as receitas são apresentadas pelos valores
líquidos dos correspondentes impostos.
2.18. Reconhecimento da receita de vendas
A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela
comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades do Grupo. A
receita é reconhecida na extensão em que for provável que benefícios econômicos
serão gerados para a Companhia e quando possa ser mensurada de forma
confiável. A receita é mensurada com base no valor justo da contraprestação
recebida, excluindo descontos, abatimentos e impostos ou encargos sobre vendas.
A Companhia avalia as transações de receita de acordo com os critérios específicos
para determinar se está atuando como agente ou principal e, ao final, concluiu que
está atuando como principal em todos os seus contratos de receita. Os critérios
específicos, a seguir, devem também ser satisfeitos antes de haver reconhecimento
de receita:
Prestação de serviços
A receita de serviços é reconhecida na medida em que os serviços de
movimentação e armazenagens dos contêineres são prestados até uma data-corte.
Quando o resultado das movimentações e armazenagens não puder ser medido de
forma confiável, a receita é reconhecida apenas na extensão em que as despesas
incorridas puderem ser recuperadas.
Receita de aluguel
A receita de aluguel resultante de arrendamentos mercantis operacionais de
propriedades para investimentos é contabilizada de forma linear ao longo do prazo
dos compromissos de arrendamento mercantil.
Venda de produtos
O reconhecimento da receita baseia-se na venda de carrocerias de veículos
adquiridos pelo Grupo.
Essas vendas são reconhecidas, em geral, quando os riscos são transferidos aos
clientes, o que normalmente acontece quando os produtos são disponibilizados ao
transportador e/ou entregues ao cliente, conforme for o caso.
Receita de juros
Para todos os instrumentos financeiros avaliados ao custo amortizado e ativos
financeiros que rendem juros, classificados como disponíveis para venda, a receita
ou despesa financeira é contabilizada utilizando-se a taxa de juros efetiva, que
desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados de caixa
ao longo da vida estimada do instrumento financeiro ou em um período de tempo
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mais curto, quando aplicável, ao valor contábil líquido do ativo ou passivo financeiro.
A receita de juros é incluída na rubrica receita financeira, na demonstração do
resultado.
2.19. Dividendos e juros sobre capital próprio (JCP)
A distribuição de dividendos para os acionistas é reconhecida como um passivo nas
Demonstrações financeiras ao final do exercício, com base no estatuto social da
Companhia. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é reconhecido
como um passivo quando aprovado pelos acionistas em Assembleia Geral antes da
data-base das Demonstrações Financeiras.
Para fins societários, os juros sobre o capital próprio estão demonstrados como
destinação do resultado diretamente no patrimônio líquido. Para fins fiscais, foram
tratados como despesa financeira, reduzindo a base de cálculo do imposto de renda
e da contribuição social.
2.20. Lucro por ação
O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos
acionistas da Companhia, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias
em circulação durante o exercício social.
O lucro diluído por ação é calculado ajustando-se a média ponderada da quantidade
de ações ordinárias em circulação supondo todas as ações ordinárias potenciais
que provocariam diluição.
2.21. Benefícios de aposentadoria e outros benefícios pós-emprego
Em novembro de 1997, a Companhia firmou contrato de adesão ao Plano de
Benefícios Portobello Prev, cujo objetivo é promover o bem estar social dos seus
colaboradores e respectivos beneficiários, através da concessão de benefícios de
natureza previdenciária. O Plano tem a característica de contribuição definida e a
administração é efetuada pela BB Previdência. Os benefícios oferecidos pelo plano
são:
i) Parte geral: benefício mínimo de aposentadoria por tempo de serviço ou por
idade;
ii) Parte opcional: aos participantes inscritos: renda mensal de aposentadoria
por tempo de serviço; renda mensal de aposentadoria por idade; renda mensal
de aposentadoria antecipada; renda mensal de aposentadoria por invalides.
Aos seus dependentes: renda mensal de pensão por morte.
Com base nas características do plano de pensão, a Companhia não identificou
passivo atuarial líquido relevante a ser reconhecido nas demonstrações financeiras
da Multilog S.A.
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2.22. Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela primeira vez em 2014
As seguintes normas e alterações de normas foram adotadas pela primeira vez para
o exercício iniciado em 1o de janeiro de 2014.
i.
Alteração ao CPC 01/IAS 36 - "Redução no Valor Recuperável de
Ativos" sobre a divulgação do valor recuperável de ativos não
financeiros. Essa alteração elimina determinadas divulgações do valor
recuperável de Unidades Geradoras de Caixa (UGC) que haviam sido
incluídas no IAS 36 com a emissão do IFRS 13.
ii.
Alteração ao CPC 38/IAS 39 - "Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e mensuração" - esclarece que as que substituições
de contrapartes originais pelas contrapartes de compensação que
vierem a ser exigidas por introdução ou mudança de leis e
regulamentos não provocam expiração ou término do instrumento de
hedge. Além disso, os efeitos da substituição da contraparte original
devem ser refletidos na mensuração do instrumento de hedge e,
portanto, na avaliação e mensuração da efetividade do hedge.
iii.
Alteração ao CPC 39/IAS 32 - "Instrumentos Financeiros:
Apresentação", sobre compensação de ativos e passivos financeiros.
Esta alteração esclarece que o direito de compensação não deve ser
contingente em um evento futuro. Ele também deve ser legalmente
aplicável para todas as contrapartes no curso normal do negócio, bem
como no caso de inadimplência, insolvência ou falência. A alteração
também considera os mecanismos de liquidação.
iv.
ICPC 19/IFRIC 21 - "Tributos", trata da contabilização de obrigação de
pagar um imposto se o passivo fizer parte do escopo do IAS 37 "Provisões". A interpretação esclarece qual fato gerador da obrigação
gera o pagamento de um imposto e quando um passivo deve ser
reconhecido.
v.
Revisão CPC 07 - "Método de Equivalência Patrimonial em
Demonstrações Separadas", altera a redação do CPC 35 "Demonstrações Separadas" para incorporar as modificações
efetuadas pelo IASB no IAS 27 - Separate Financial Statements, que
passa a permitir a adoção do método de equivalência patrimonial em
controladas nas demonstrações separadas, alinhando, dessa forma, as
práticas contábeis brasileiras às normas internacionais de
contabilidade.
Outras alterações e interpretações em vigor para o exercício financeiro a ser
iniciado em 1o de janeiro de 2014 não são relevantes para o Grupo.
As alterações não afetaram os saldos registrados pela Companhia, todavia podem
ter requerido divulgações adicionais, feitas nas respectivas notas explicativas.
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2.23. Pronunciamentos do IFRS ainda não em vigor em 31 de dezembro de 2014
As seguintes novas normas foram emitidas pelo IASB mas não estão em vigor para
o exercício de 2014. A adoção antecipada de normas, embora encorajada pelo
IASB, não é permitida, no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC).
i.
ii.
IFRS 15 - "Receita de Contratos com Clientes" - Essa nova norma traz
os princípios que uma entidade aplicará para determinar a mensuração
da receita e quando ela é reconhecida. Ela entra em vigor em 1o de
janeiro de 2017 e substitui a IAS 11 - "Contratos de Construção", IAS
18 - "Receitas" e correspondentes interpretações. A administração está
avaliando os impactos de sua adoção.
IFRS 9 - "Instrumentos Financeiros" aborda a classificação, a
mensuração e o reconhecimento de ativos e passivos financeiros. A
versão completa do IFRS 9 foi publicada em julho de 2014, com
vigência para 1o de janeiro de 2018. Ele substitui a orientação no IAS
39, que diz respeito à classificação e à mensuração de instrumentos
financeiros. O IFRS 9 mantém, mas simplifica, o modelo de
mensuração combinada e estabelece três principais categorias de
mensuração para ativos financeiros: custo amortizado, valor justo por
meio de outros resultados abrangentes e valor justo por meio do
resultado. Traz, ainda, um novo modelo de perdas de crédito
esperadas, em substituição ao modelo atual de perdas incorridas. O
IFRS 9 abranda as exigências de efetividade do hedge, bem como
exige um relacionamento econômico entre o item protegido e o
instrumento de hedge e que o índice de hedge seja o mesmo que
aquele que a administração de fato usa para fins de gestão do risco. A
administração está avaliando o impacto total de sua adoção.
Não há outras normas IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não entraram em
vigor que poderiam ter impacto significativo sobre o Grupo.
2.24 Apresentação de informações por segmentos
As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente
com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais.
O principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de
recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, é o
Conselho de Administração, também responsável pela tomada das decisões
estratégicas do Grupo.
3.
Julgamento e uso de estimativas contábeis
A preparação das demonstrações financeiras da Companhia requer que a
administração faça julgamentos e estimativas e adote premissas que afetam os
valores apresentados de receitas, despesas, ativos e passivos, bem como as
24
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
divulgações de passivos contingentes, na data base das demonstrações financeiras.
Contudo, a incerteza relativa a essas premissas e estimativas poderia levar a
resultados que requeiram um ajuste significativo ao valor contábil do ativo ou
passivo afetado em períodos futuros.
No processo de aplicação das políticas contábeis da Companhia, a administração
fez os seguintes julgamentos que têm efeito mais significativo sobre os valores
reconhecidos nas demonstrações financeiras. As principais premissas relativas a
fontes de incerteza nas estimativas futuras e outras importantes fontes de incerteza
em estimativas na data do balanço, envolvendo risco significativo de causar um
ajuste significativo no valor contábil dos ativos e passivos no próximo exercício
financeiro, são discutidas a seguir.
Mensuração a valor justo de propriedades para investimento
O Grupo apresenta suas propriedades para investimento ao valor de custo e divulga
seu valor justo. O valor justo dos terrenos foi estabelecido mediante cotações com
especialistas do setor imobiliário na data do balanço. Para propriedades para
investimento mantidas para auferir rendimentos com aluguel, a administração
utilizou técnica de avaliação com base no método de fluxo de caixa descontado,
devido à falta de dados comparáveis de mercado dada a natureza das
propriedades. O valor justo determinado das propriedades para investimento é
sensível ao rendimento estimado, bem como à taxa de vacância de longo prazo e a
taxa de desconto. As principais premissas adotadas para determinar o valor justo da
propriedade para investimento são detalhadas na Nota 8.
Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros
Uma perda por redução ao valor recuperável existe quando o valor contábil de um
ativo ou unidade geradora de caixa excede o seu valor recuperável, o qual é o maior
entre o valor justo menos custos de venda e o valor em uso. O cálculo do valor justo
menos custos de vendas é baseado em informações disponíveis de transações de
venda de ativos similares ou preços de mercado menos custos adicionais para
descartar o ativo. O cálculo do valor em uso é baseado no modelo de fluxo de caixa
descontado. Os fluxos de caixa derivam do orçamento para os próximos cinco anos
e não incluem atividades de reorganização com as quais o Grupo ainda não tenha
se comprometido ou investimentos futuros significativos que melhorarão a base de
ativos da unidade geradora de caixa objeto de teste. O valor recuperável é sensível
à taxa de desconto utilizada no método de fluxo de caixa descontado, bem como
aos recebimentos de caixa futuros esperados e à taxa de crescimento utilizada para
fins de extrapolação. Em 31 de dezembro de 2014 não há indicadores de
impairment que requeiram a realização das estimativas.
Valor justo de instrumentos financeiros
Quando o valor justo de ativos e passivos financeiros apresentados no balanço
patrimonial não puder ser obtido de mercados ativos, é determinado utilizando
25
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
técnicas de avaliação, incluindo o método de fluxo de caixa descontado. Os dados
para esses métodos se baseiam naqueles praticados no mercado, quando possível,
contudo, quando isso não for viável, um determinado nível de julgamento é
requerido para estabelecer o valor justo. O julgamento inclui considerações sobre os
dados utilizados como, por exemplo, risco de liquidez, risco de crédito e volatilidade.
Mudanças nas premissas sobre esses fatores poderiam afetar o valor justo
apresentado dos instrumentos financeiros.
Provisões para litígios (riscos tributários, cíveis e trabalhistas)
A Companhia reconhece provisão para causas cíveis, tributárias e trabalhistas. A
avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a
hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos
tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos
advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta
alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões
de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos
assuntos ou decisões de tribunais.
Avaliação do controle sobre o investimento
A Companhia detém 34% de participação na Multilog Investimentos S/A, tendo
maioria dos direitos de voto da entidade assegurado pelo acordo firmado entre os
principais acionistas para a condução dos negócios, de forma que a Administração
concluiu que o empreendimento é controlado pela Companhia.
4.
Aplicações financeiras
Controladora
2014
Consolidado
2013
2014
1.678
1.002
377
4.758
502
2.619
334
1.678
1.123
2.784
1.097
7.268
507
2.619
1.387
Total de investimento em aplicações
3.057
8.213
6.682
11.781
A Companhia tem políticas de investimentos financeiros que determinam que os
investimentos se concentrem em valores mobiliários de baixo risco e aplicações em
instituições financeiras de primeira linha e são substancialmente remuneradas com
base em percentuais da variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI)
com rentabilidade média de 96% do CDI (95% do CDI em 2013).
5.
Contas a receber de clientes
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 os valores a receber de clientes estão assim
representados:
26
2013
CDB – Banco do Brasil
Fundo curto prazo – Banco do Brasil
CDB – Banco Bradesco
DI curto prazo – Banco Safra
Outros
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
Controladora
2014
Consolidado
2013
2014
2013
Clientes no mercado interno
Provisão para devedores duvidosos
8.162
(693)
6.892
(657)
25.833
(693)
10.489
(657)
Total contas a receber de clientes
7.469
6.235
25.140
9.832
Duplicatas a vencer
Duplicatas vencidas
6.564
1.598
5.374
1.518
23.976
1.857
8.516
1.973
676
324
101
497
431
361
341
385
836
368
156
497
702
450
427
394
. Até 30 dias
. De 31 a 90 dias
. De 91 a 180 dias
. De 181 a 360 dias
A provisão para devedores duvidosos é constituída com base nas duplicatas em
atraso acima de 180 dias conforme, e conforme análise individual dos valores
relevantes em atraso. A movimentação da provisão para crédito de liquidação
duvidosa está demonstrada a seguir:
Saldo em 01 de janeiro de 2013
Perdas permanentes reconhecidas
Valores recuperados
Constituição de provisão
Saldo em 31 de dezembro de 2014
Controladora
Consolidado
657
657
537
(513)
12
537
(513)
12
693
693
A administração acredita que o risco relativo às contas a receber de clientes é
minimizado pelo fato de a composição de seu contas a receber ser altamente
pulverizada. A Companhia possui mais de 1.000 clientes ativos em sua carteira e
nenhum cliente representa mais de 6% da receita do ano de 2014.
6.
Estoques
O saldo de estoques no montante de R$ 6.931 em 31 de dezembro de 2014, referese à matéria prima para montagem de carrocerias de carros adquiridas pela
controlada Multiprime para industrialização e revenda no mercado interno, de
acordo com o contrato firmado com a BMW do Brasil.
7.
Outros créditos
Controladora
2014
27
2013
Consolidado
2014
2013
Adiantamento a Fornecedores
Adiantamento a Empregados
Outros Créditos
Adiantamento Empresas Ligadas (nota 18)
491
74
38
10.157
141
84
5
-
5.908
99
60
-
143
89
68
-
Total outros créditos
10.760
230
6.067
300
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
8.
Propriedades para investimentos
As propriedades mantidas para auferir aluguel e/ou para valorização do capital são
registradas como propriedades para investimento. As propriedades para
investimento foram inicialmente mensuradas pelo seu custo, e podem ser resumidas
como segue:
Consolidado
2014
2013
Terrenos para valorização de capital
Propriedades para auferir renda de aluguel
8.122
58.795
8.150
21.913
Total das propriedades para investimentos
66.917
30.063
A seguir demonstramos a movimentação ocorrida nas propriedades para
investimentos da Companhia.
Consolidado
Terrenos para
valorização de capital
Propriedades para
auferir renda de aluguel
Total
8.318
(168)
21.662
882
(631)
-
29.980
882
(631)
(168)
Baixas
Depreciação
Aquisição
8.150
(28)
-
21.913
(903)
37.785
30.063
(28)
(903)
37.785
Saldos em 31 de dezembro de 2014
8.122
58.795
66.917
Saldos em 31 de dezembro de 2012
Reclassificação do Imobilizado
Depreciação
Transferências
Saldos em 31 de dezembro de 2013
Com objetivo de atender os requisitos de divulgação a administração da Companhia
estimou o valor justo de suas propriedades para investimentos, utilizando os
seguintes métodos e premissas:
Para os terrenos para valorização de capital:
Determinado com base em avaliações realizadas pela empresa Via Imóvel
Imobiliária Ltda., avaliadores independentes de renome, em 31 de dezembro de
2014 e em 2013. A empresa é especialista na avaliação desse tipo de propriedade
para investimento. O valor justo dos imóveis não foi determinado em transações
observáveis no mercado devido à natureza do imóvel e à ausência de transações
comparáveis, tendo sido aplicado um método de avaliação segundo as normas
brasileiras de avaliação.
Para as propriedades para auferir renda de aluguel:
Estimado pelo método proprietário de fluxo de caixa descontado, suportado por
taxas e evidências do mercado. Dessa forma, o valor justo das propriedades para
investimento baseou-se em avaliação interna realizada por profissionais que
28
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
possuem experiência nas propriedades que foram avaliadas. As premissas
utilizadas em 2014 foram:
Vida útil estimada: 30 anos.
Taxa de desconto: 11% ao ano.
Crescimento na perpetuidade (real): Não considerado.
CAPEX - manutenção/receita bruta: 3,50%.
Com base nas informações acima observadas, o valor justo das propriedades para
investimentos mantidas pela Companhia em 31 de dezembro de 2014 pode ser
apresentado como segue:
Consolidado
Valor Contábil
2014
Terrenos para valorização de capital
Valor Justo
2013
2014
2013
8.122
8.150
105.260
Propriedades para auferir renda de aluguel
58.795
21.913
77.433
93.300
34.778
Total das propriedades para investimentos
66.917
30.063
182.693
128.078
9 . Investimentos em controladas e coligadas
a) Movimentação dos investimentos
Controladora
Em 1o de janeiro
Aquisição de controlada
2014
2013
43.550
40.242
200
-
Dividendos destinados de controladas e coligadas
(9.712)
(6.519)
Equivalência patrimonial
11.969
9.827
Em 31 de dezembro
46.007
43.550
Consolidado
Em 1o de janeiro
Dividendos destinados de coligadas
Equivalência patrimonial
Em 31 de dezembro
29
2014
2013
7.651
(1.669)
6.882
900
769
6.882
7.651
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
b) Composição dos investimentos da Companhia em controladas e coligadas:
31 de dezembro de 2014
Participação no
capital %
Multilog Armazéns Gerais e Logística S.A.
Multilog Investimentos Imobiliários Ltda.
Multiprime Ind e Com de Peças S.A
Patrimônio
líquido
Resultado do
exercício
Equivalência
patrimonial
99,600000%
3.066
3.525
3.511
3.055
34.6909%
10,0000%
103.338
2.204
21.708
268
7.531
27
35.850
220
11.069
39.125
65,700000%
10.475
1.370
900
6.882
Investimentos em controladas
SCP Edifício Softway
Valor do
investimento
Investimentos em coligada
Total investimentos em 2014
900
6.882
11.969
46.007
31 de dezembro de 2013
Participação no
capital %
Patrimônio Resultado do
líquido
exercício
Equivalência
patrimonial
Valor do
investimento
Multilog Armazéns Gerais e Logística S.A.
99,600000%
2.350
2.499
2.489
2.341
Multilog Investimentos Imobiliários S.A.
34,690900%
90.251
6.805
6.569
33.558
9.058
35.899
65,700000%
11.646
1.170
769
7.651
769
7.651
9.827
43.550
Investimentos em controladas
SCP Edifício Softway
Investimentos em coligada
Total investimentos em 2013
c) Informações financeiras resumidas do investimento em sociedade ostensiva:
A Companhia é proprietária de participação societária de 65,70% do patrimônio
da SCP Edíficio Softway. Empreendimento controlado pelo sócio ostensivo. Na
qualidade de sócio participativo, a Companhia contabiliza sua participação
utilizando o método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras
individuais e consolidadas. A tabela a seguir demonstra as informações
financeiras resumidas sobre o investimento da Companhia na coligada:
2014
30
2013
Ativo circulante
Ativo não circulante
Passivo circulante
10.140
1.812
(1.477)
10.225
1.473
(53)
Patrimônio líquido
Participação da Companhia
10.475
65,70%
11.645
65,70%
Valor contábil do investimento
6.882
7.651
Receita
Despesas administrativas
Resultado financeiro
Lucro antes dos impostos
Impostos sobre a renda
Lucro do exercício de operações correntes
1.502
(36)
77
1.543
(173)
1.370
1.399
(136)
63
1.326
(156)
1.170
Parte do lucro do exercício da Companhia
900
769
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
10 . Imobilizado
Taxa de
Depreciação
Anual
Controladora
Consolidado
2014
2013
2014
2013
Terrenos
Máquinas e equipamentos
Benfeitorias
Veículos
Móveis e Utensílios
Equipamento processamento
de dados
Edificações
Instalações
Obras em Andamento
15.944
395
12.834
1.356
3.150
14.182
276
2.161
1.251
2.868
37.361
21.065
8.709
13.118
1.433
3.361
37.361
18.292
8.226
2.298
1.280
2.924
375
1.635
213
47
37.956
10.548
1.632
37.713
9.833
2.911
Total imobilizado
35.689
20.998
135.183
120.838
(10.599)
(59)
(1.112)
(794)
(2.250)
(8.860)
(47)
(668)
(678)
(1.868)
(11.743)
(1.370)
(1.166)
(798)
(2.284)
(9.636)
(1.084)
(693)
(680)
(1.877)
(52)
(23)
(9.636)
(5.893)
(8.178)
(4.873
(14.866)
(12.143)
(32.890)
(27.021)
20.823
8.854
Máquinas e equipamentos
Benfeitorias
Veículos
Móveis e Utensílios
Equipamento processamento
de dados
Edificações
Instalações
Total depreciação
Total imobilizado líquido
15,00 %
4,00 %
20,00 %
10,00 %
20,00 %
4,00 %
10,00 %
102.293
93.817
Terrenos e edificações com valor contábil de R$ 61.640 (R$ 61.640 em dezembro
de 2013) estão sujeitos a hipoteca de primeiro grau como garantia de dois
empréstimos bancários da Companhia junto aos Bancos Itaú BBA e Banco ABC do
Brasil. Foram oferecidos bens do ativo imobilizado em garantia de empréstimos,
financiamentos para aquisição de máquinas e equipamentos da Companhia junto a
Cargotec Sweden AB no montante consolidado de R$ 4.124 (R$ 4.124 em 31 de
dezembro de 2013).
31
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
Abaixo encontra-se a síntese da movimentação do imobilizado da Controladora:
Custo do imobilizado
bruto
Imobilizado em 2012
Transferências
Aquisições
Baixas por Cisão
Baixas
Maquinas e
equipam.
Benfeitorias
Veículos
Móveis e
utensílios
Processam.
de dados
34.094
16.855
8.315
1.720
1.293
2.870
2.732
(36.789)
(37)
2.573
1.232
(3.803)
(2.675)
(360)
17
(7.695)
(1)
1.178
(737)
(1)
27
(68)
5
225
(232)
Instalações
Obras
andamento
31.757
9.073
4.157
110.134
6
(31.763)
-
405
105
(9.370)
-
(2.654)
1.499
(2.955)
-
(32)
7.021
(92.375)
(3.750)
Edificações
Total
Imobilizado em 2013
0
14.182
276
2.161
1.251
2.868
0
213
47
20.998
Depreciação em 2012
Depreciação
Baixas por Cisão
Baixas
-
(9.510)
(2.237)
725
2.162
(883)
(298)
999
135
(696)
(389)
417
(608)
(123)
53
(1.698)
(393)
223
(6.621)
(1.162)
7.783
-
(3.862)
(916)
4.755
-
-
(23.878)
(5.518)
14.262
2.990
Depreciação em 2013
-
(8.860)
(47)
(668)
(678)
(1.868)
0
(23)
-
(12.144)
Saldo residual em 2013
-
5.322
229
1.493
573
1.000
0
190
47
8.854
Imobilizado em 2013
0
14.182
276
2.161
1.251
2.868
0
213
47
20.998
-
(2)
1.796
(32)
93
26
-
10.710
(37)
120
(15)
314
(32)
-
70
92
-
(161)
1.769
(20)
0
14.827
(136)
Transferências
Aquisições
Baixas
32
Terrenos
Imobilizado em 2014
-
15.944
395
12.834
1.356
3.150
0
375
1.635
35.689
Depreciação em 2013
Depreciação
Baixas
-
(8.860)
(1.743)
4
(47)
(12)
-
(668)
(466)
22
(678)
(125)
9
(1.868)
(410)
28
0
-
(23)
(29)
-
0
-
(12.144)
(2.785)
63
Depreciação em 2014
-
(10.599)
(59)
(1.112)
(794)
(2.250)
0
(52)
-
(14.866)
Saldo residual em 2014
-
5.347
336
11.722
562
900
-
324
1.632
20.823
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
Abaixo encontra-se a síntese da movimentação do imobilizado do Consolidado:
Custo do imobilizado
bruto
Imobilizado em 2012
Maquinas e
equipam. Benfeitorias
Veículos
Móveis e
utensílios
Processam.
de dados Edificações Instalações
Obras
andamento
Total
34.793
16.965
8.564
1.857
1.284
2.902
37.704
9.294
4.157
117.520
2.732
(164)
2.581
1.421
(2.675)
(360)
23
(1)
1.178
(737)
(9)
48
(43)
4
251
(233)
3
6
-
405
134
-
(2.881)
1.635
-
(257)
7.428
(3.853)
37.361
18.292
8.226
2.298
1.280
2.924
37.713
9.833
2.911
120.838
Depreciação em 2012
Depreciação
Baixas
-
(9.511)
(2.329)
2.204
(886)
(360)
162
(695)
(414)
416
(608)
(125)
53
(1.698)
(402)
223
(6.691)
(1.591)
104
(3.869)
(1.063)
59
-
(23.958)
(6.284)
3.221
Depreciação em 2013
-
(9.636)
(1.084)
(693)
(680)
(1.877)
(8.178)
(4.873)
-
(27.021)
Saldo residual em 2013
37.361
8.656
7.142
1.605
600
1.047
29.535
4.960
2.911
93.817
Imobilizado em 2013
37.361
18.292
8.226
2.298
1.280
2.924
37.713
9.833
2.911
120.838
-
553
2.247
(27)
483
-
10.857
(37)
192
(39)
516
(79)
243
-
715
-
(1.279)
-
14.526
(182)
37.361
21.065
8.709
13.118
1.433
3.361
37.956
10.548
1.632
135.183
Depreciação em 2013
Depreciação
Baixas
-
(9.636)
(2.112)
4
(1.084)
(285)
-
(693)
(495)
22
(680)
(126)
9
(1.877)
(435)
28
(8.178)
(1.457)
-
(4.873)
(1.020)
-
-
(27.021)
(5.931)
63
Depreciação em 2014
-
(11.743)
(1.370)
(1.166)
(797)
(2.284)
(9.635)
(5.893)
37.361
9.321
7.340
11.951
636
1.077
28.231
4.655
Transferências
Aquisições
Baixas
Imobilizado em 2013
Transferências
Aquisições
Baixas
Imobilizado em 2014
Saldo residual em 2014
33
Terrenos
(32.890)
1.632
102.293
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
11. Intangível - Consolidado
A conta de intangíveis registra apenas direitos de uso de software. A movimentação
do saldo consolidado está demonstrado a seguir:
2014
Saldo no início do exercício
Adições
Amortização
Transferência
Saldo no final do exercício
862
778
(393)
1.247
2013
882
302
(315)
(7)
862
12. Empréstimos e financiamentos - Consolidado
Consolidado
Garantias sobre
os empréstimos
Modalidade / Instituição
Cargotec Sweden
Meclift Oy Ltd
BB Frankfurt Finimp
BB Finimp
Banco Itaú BBA S/A
BRDE
Banco Votorantim / Finame
BNDES
ABC BNDES / Finame
ABC BNDES / Finame
Itaú BBA / Finame
Banco Bradesco
Banco Bradesco
Banco Bradesco
Banco Bradesco
Banco Bradesco Finimp
Safra Leasing
Banco Safra
Banco Itaú BBA
Fiança de Sócios/Equipamentos 8,25% + Var. Cambial
Equipamento/ Fiança de Sócios
8% + Var. cambial
Carta de Fiança Sócios
7,6% + Var. cambial
Carta de Fiança Sócios
4,55% + Var. Cambial
Imóvel
4% + CDI
Imóvel/fiança de sócios
6,30% + TJLP
Equipamento/Fiança Sócios
6,5%
Bens adquiridos
11,64%
Equipamentos
3,9% +TJLP
Imóveis e Fiança de Sócios
4,8% + TJLP
Veículos e Fiança dos Sócios
7,7%
Equipamentos
4%
Veículo/Fiança Sócios
6%
Carta Fiança Sócios
15%
Equipamentos
2,76% + CDI
Equipamentos
1,656%+Euribor+Var.Ca
Equipamento/Fiança Sócios
2,92%
Carta Fiança Sócios
2,88% + CDI
Carta Fiança Sócios
2,78% + CDI
Juros a apropriar
34
Encargos
financeiros anuais
2014
2013
224
239
12.278
2.172
195
105
3.880
199
788
178
5.091
6.797
947
7.225
602
8.056
830
588
738
190
17.783
3.483
49
488
128
5.446
281
1.155
-
(160)
(154)
Total dos empréstimos e financiamentos
48.816
31.005
Passivo circulante
29.595
11.363
Passivo não circulante
19.221
19.642
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
Cronograma de amortização do principal da dívida em 31 de dezembro de 2014:
Saldo
devedor
2015
2016
2017
Meclift Oy Ltd
Branco do Brasil Frankfurt
Banco ABC
Banco Itaú BBA
Banco BRDE
Banco Bradesco
BNDES
Safra Leasing
Banco Safra
(-) Juros a apropriar
224
238
3.962
20.531
2.172
13.827
195
7.226
601
(160)
112
238
1.772
14.024
1.372
9.892
195
1.446
601
(90)
112
Total em 31 de dezembro de 2014
48.816
29.562
Saldo
2014
2015
Total em 31 de dezembro de 2013
31.005
11.363
9.908
2018
533
537
1.657
5.970
800
3.427
2019 até final
-
-
1.446
(58)
440
1.445
(12)
67
1.445
-
1.445
-
13.354
2.943
1.512
1.445
2016
2017
2018
8.706
1.028
-
Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia encontra-se em cumprimento de todas
as cláusulas contratuais desses empréstimos e financiamentos.
13. Fornecedores
Controladora
2014
2013
Consolidado
2014
2013
Fornecedores Mercado Interno
Fornecedores Mercado Externo
3.123
-
1.472
-
7.250
14.755
2.212
-
Total Fornecedores
3.123
1.472
22.005
2.212
14. Obrigações tributárias
Controladora
Imposto de renda (IR)
Contribuição social (CS)
Outros impostos retidos
Programa de Integração Social (PIS)
Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (COFINS)
Impostos sobre serviços (ISS)
Imposto Circulação de Mercadorias (ICMS)
Fundo Especial de Desenvolvimento e Aper. das
Atividades de Fiscalização (FUNDAF)
Parcelamento (REFIS IV)
Total obrigações tributárias
Passivo circulante
Passivo não circulante
35
Consolidado
2014
2013
2014
2013
372
111
451
108
813
299
462
162
212
80
492
134
513
197
20
496
240
4
747
242
177
616
276
182
4.748
7.040
1.572
7.299
4.748
7.040
1.572
7.299
13.001
10.170
14.690
10.863
6.637
6.364
3.511
6.659
8.326
6.364
4.204
6.659
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
Em 25 de setembro de 2009, a Companhia protocolou requerimento de adesão ao
parcelamento na Secretaria da Receita Federal do Brasil e Procuradoria Geral da
Fazenda Nacional (PGFN) de que trata o artigo 1º da lei nº 11.941, de 2009, por
conta de contingências fiscais cuja origem é a transferência e utilização de créditos
acumulados de Imposto de sobre Produtos Industrializados (crédito prêmio de IPI).
A liquidação dessa obrigação está sendo efetuada em 180 parcelas mensais, e a
consolidação destes valores junto a SRF ocorreu durante o exercício de 2011.
15.
Provisão para litígios - Consolidado
A Companhia está envolvida em determinadas questões trabalhistas e cíveis, tanto
na esfera administrativa como na esfera judicial. A Administração, com base na
opinião de seus assessores jurídicos, constituiu provisão para aqueles casos em
que as probabilidades de perda são consideradas “prováveis”, e considera que tais
valores são suficientes para cobrir tais perdas. A movimentação dessas provisões
podem ser sumariadas como segue:
Consolidado
2014
Ações cíveis
Ações trabalhistas
Ações tributárias
2013
67
738
702
12
363
1.220
Total provisão para litígios
1.507
1.595
Depósitos judiciais vinculados
(160)
(167)
Total provisão para litígios, líquida
1.347
1.428
Abaixo demonstramos a movimentação:
2013
Adições
Baixas
2014
Ações cíveis
Ações trabalhistas
Ações tributárias
12
363
1.220
55
375
-
(518)
67
738
702
Total provisão para litígios
1.595
430
(518)
1.507
Adicionalmente, a Companhia é parte em outras discussões, para as quais as
probabilidades de perdas foram consideradas “possíveis” ou “remotas” e, para as
quais, não foram constituídas provisões para perdas.
As discussões classificadas como “possíveis”, envolvem valores que totalizam
aproximadamente R$ 18.393 (R$ 13.582 em 2013). A principal causa classificada
como probabilidade de perda “possível” pelos assessores jurídicos da Companhia,
refere-se a notificações recebidas pela Companhia pelo recolhimento de ISS nas
quais a Companhia é apontada como substituta tributária, por serviços que lhe
foram prestados por outras pessoas jurídicas, localizadas no Município de Itajaí e
36
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
outros municípios diversos. O valor estimado das causas é de R$ 4.000 (R$ 9.000
em 2013).
a) Auto de infração
Durante o exercício de 2014 a Companhia foi objeto de fiscalização por parte da
Receita Federal referente os exercícios sociais de 2008 a 2010 e foram lavrados
dois autos de infração que totalizam R$ 17.297
Amortização do ágio: Auto de infração no montante de R$9.131 para a constituição
e cobrança dos créditos tributários de IRPJ e CSLL, acrescidos de juros e multa de
oficio qualificada (150%), sobre os valores de ágio deduzidos da apuração do IRPJ
e CSLL. A fiscalização entendeu que o ágio foi gerado artificialmente na
incorporação da companhia Multilog Administradora S.A. para posterior dedução na
apuração do IRPJ e CSLL. Também foi exigida multa isolada sobre os
recolhimentos das estimativas a menor.
Juros sobre capital próprio (JCP): Auto de infração lavrado no montante de R$ 8.166
para a constituição de créditos tributários de IRPJ e CSLL, acrescidos de juros e
multas de oficio, sobre as despesas supostamente deduzidas de forma indevida da
base de cálculo do IRPJ e CSLL, quais sejam: (i) o JCP dos exercícios de 2005 a
2009 no ano de 2010; (ii) despesas financeiras relacionadas aos juros, multa de
mora e encargos legais dos débitos tributários de IRPJ e CSLL incluídos no
parcelamento da Lei nº 11.941/09 e os juros que incidiram sobre o próprio saldo do
parcelamento. Ainda, a fiscalização exigiu multa isolada sobre o recolhimento a
menor das estimativas, bem como exigindo multa pelo descumprimento de
obrigação acessória.
A defesa destes autos de infraçãos está aos cuidados de nossos assessores
jurídicos que classificaram como possível a perda deste, assim para 31 de
dezembro de 2014 não foram constituídas provisões para contingências
relacionadas a este tema.
16.
Patrimônio líquido - Controladora
Capital social
O capital social subscrito e integralizado é de R$ 8.922 em 31 de dezembro de 2014
e R$ 8.922 em 2013 e está representado por um total de 47.172.768 ações
ordinárias nominativas, sem valor nominal. Mediante deliberação, a Assembleia de
acionistas pode aumentar o capital social independentemente de reforma
estatutária. A assembleia de acionistas fixará as condições da emissão, inclusive
preço e prazo de integralização.
Reserva de capital
Constituída para incorporar o capital, em 31 de dezembro de 2014, representa o
montante de R$ 1.762 (R$ 1.973 em 2013).
37
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
Reserva legal
Constituída na proporção de 5% do lucro do exercício, limitada a 20% do capital
social. Em 31 de dezembro de 2014 a Companhia não constitui reserva legal,
limitando sua reserva legal a 20% do capital social, totalizando a Reserva Legal no
montante de R$ 1.784.
Retenção de lucros
Corresponde ao valor remanescente do lucro líquido do exercício não destinados,
como o excedente dos resultados dos anos anteriores, não deliberados pela
assembleia e totalizam R$ 45.468 (R$ 31.325 em 2013).
Reserva de lucros a disposição da assembleia
Formada pelo saldo remanescente das movimentações patrimoniais, será
deliberada em assembleia geral ordinária as suas futuras destinações. De acordo
com o artigo 199 da Lei 6.404/76 (alterada pela Lei 11.638, de 28 de dezembro de
2007), o saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos
fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse
limite, a assembleia deliberará sobre a aplicação do excesso na integralização do
capital social ou na distribuição de dividendos. Em 31 de dezembro de 2014, a
Multilog S.A. registra saldo em reserva de lucros de R$ 45.468 e capital social de
R$8.922. O Conselho de Administração e a Assembleia Geral Ordinária estará
deliberando sobre a destinação do excedente em data futura.”
Cisão de ativos
Em 31 de dezembro de 2013 a Companhia promoveu a cisão de certos ativos e
passivos, cujo propósito se enquadra melhor nas atividades da controlada Multilog
Investimentos S.A.. O acervo líquido de R$ 56.331 (R$163 de propriedades para
investimentos, R$77.949 de ativos imobilizados e R$21.781 de empréstimos), foi
reduzido proporcionalmente das contas do patrimônio líquido. Nas demonstrações
financeiras consolidadas, a contrapartida da cisão foi o saldo de “Acionistas não
controladores”, sem afetar os demais ativos e passivos, uma vez que os saldos
continuam sendo consolidados. A cisão não teve impactos no fluxo de caixa.
17.
Dividendos pagos e propostos - Controladora
Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo correspondente a 30% do lucro
líquido ajustado, nos termos do artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações. Dos
lucros auferidos no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Administração já
distribuiu parte dos dividendos mínimos obrigatórios em forma de Juros sobre
Capital Próprio, conforme segue:
38
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
2014
22.776
22.776
Lucro líquido do exercício
Apropriação da reserva legal
Base de cálculo dos dividendos
Dividendos obrigatórios (30% conforme estatuto)
Juros sobre capital próprio
Dividendos mínimos
6.833
2.243
4.590
A movimentação dos dividendos pode ser assim apresentadas:
Saldo inicial
Juros sobre capital próprio destinados
Dividendos mínimos destinados
Dividendos adicionais destinados
Pagamentos de dividendos e JCP dentro do exercício
Total dividendos a pagar provisionados
2014
9.349
2.243
4.590
1.601
(11.459)
6.324
Em adição aos dividendos mínimos deliberados e provisionados, cujo saldo não
pago está registrado no passivo circulante da Companhia pelo montante de R$
6.833 (R$ 9.349 em 2013), a Administração está apresentando uma proposta de
dividendos aos seus acionistas, no montante de R$ 1.800 (R$ 1.601 em 2013), a
título de dividendos adicionais aos mínimos obrigatórios e, desta forma, já reservou
parte do lucro apresentado no exercício para a conta Dividendos adicionais
propostos do Patrimônio Líquido.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a administração da Companhia,
amparada por seus assessores legais, optou por distribuir juros sobre capital próprio
aos seus acionistas relativos ao exercício sociais de 2014, o qual importou num
montante de R$ 2.243, parte deles foi paga antecipadamente durante o exercício de
2014. Os dividendos propostos pela administração representam um dividendo
equivalente a R$ 0,2853 por ação ordinária.
Os dividendos mínimos obrigatórios estão demonstrados no balanço patrimonial de
2014 como obrigações legais (provisões no passivo circulante), e os dividendos em
excesso a esse mínimo como reserva de dividendos em linha especial na
demonstração das mutações do patrimônio líquido. A provisão será constituída na
data em que for aprovada pelos acionistas.
39
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
18. Partes relacionadas
a) Saldos do fim do exercício, decorrentes das vendas/compras de
produtos/serviços
Os saldos e transações com Companhias relacionadas na data dos balanços são os
seguintes:
Controladora
2014
Consolidado
2013
2014
2013
Ativos circulante
Contas a receber
Multiprime
Adiantamento partes relacionadas
(Nota 7)
21
-
-
-
Multilog Investimentos
Multiprime
Multilog Logística
Dividendos a receber
6.167
3.756
234
-
-
-
SCP Softway
Multiprime
Multilog Investimentos
Multilog Logística
Créditos a receber
900
6
5.036
747
-
-
4.081
4.225
-
5.753
-
4.081
2.337
4.935
2.128
24.426
6.500
6.418
7.063
Refinadora Catarinense S.A.
Multilog Investimentos
Pedra Branca Ltda.
Total ativo partes relacionadas
O crédito junto à Refinadora Catarinense se refere ao reembolso de créditos
tributários desta, utilizados pela Multilog, glosados pelo fisco. O saldo é corrigido
pela variação da SELIC e está sendo reembolsado à medida que o parcelamento
dos tributos é pago pela Companhia.
Controladora
2014
Consolidado
2013
2014
2013
Passivo não circulante
Débitos a pagar
Multilog Investimentos
Multiprime
Multilog Logistica
Total passivo partes relacionadas
40
-
1.181
-
-
1
-
-
-
110
-
-
-
111
1.181
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
b) Vendas de serviços
Controladora
Consolidado
2014
2013
2014
2013
Vendas de produtos e serviços
Movimentação de cargas
44
-
-
-
44
c) Compras de serviços
Controladora
2014
Consolidado
2013
2014
2013
Compra de produtos e serviços
Serviços de transporte
Locação de imóveis
48
17.760
1.991
17.808
1.991
-
-
As transações de compra e venda de serviços e insumos são efetuados em termos
contratuais que se aproximam dos estabelecidos com terceiros não relacionados,
prevalecendo as vendas à vista.
d) Resultado financeiro
Controladora
2014
Consolidado
2013
2014
2013
Receitas e despesas financeiras
Juros de empresas ligadas
225
-
444
130
Atualização contrato Ref. Catarinense
168
343
168
343
-
-
(225)
-
393
343
387
473
Juros passivos mútuos
e) Transações ou relacionamentos com acionistas
Certos diretores executivos e membros do Conselho de Administração da
Companhia possuem, de forma direta ou indireta, 63,20% das ações da Companhia
em 31 de dezembro de 2014 (63,20% em 31 de dezembro de 2013).
f) Remuneração dos administradores
A Companhia é administrada por um Conselho de Administração e uma Diretoria,
formada por, no mínimo 2 (dois) e no máximo 5(cinco) integrantes. No exercício
encerrado de 2014, as despesas com esses administradores, compostas por prólabore, participação em resultados e encargos sociais obrigatórios e não
41
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
obrigatórios, totalizaram R$ 4.440 (R$ 4.394 no mesmo período encerrado em
2013).
A Ata do Conselho de Administração de 22 de maio de 2013, aprovou a reeleição
dos integrantes da Diretoria pelo prazo de 2 anos. Os benefícios que a Companhia
concede aos seus administradores correspondem à cessão de veiculo corporativo
para uso nos deslocamentos de interesse da Companhia, Plano de Assistência
Médica e Odontológica, Reembolso de despesas com medicamentos, Seguro de
Vida em grupo e Plano de complementação de aposentadoria. A Companhia não
tem nenhuma obrigação adicional de pós-emprego, bem como não oferece outros
benefícios de longo prazo, tais como licença por tempo de serviço e outros
benefícios por tempo de serviço. A Companhia também não oferece outros
benefícios no desligamento de seus membros da alta administração, além daqueles
definidos pela legislação trabalhista no Brasil.
19. Receita operacional
Controladora
2014
Receita bruta
Receita com serviços de movimentação
Receita com serviços de armazenagem
Serviços de transporte
Locação de imóveis
Comercialização de imóveis
Venda Mercado Interno
2013
Consolidado
2014
2013
31.473
89.003
1
-
25.017
68.071
-
31.890
98.832
27.240
8.390
3.700
23.318
25.580
73.100
21.547
6.336
2.400
-
120.477
93.088
193.370
128.963
Impostos federais
Impostos municipais
Impostos estaduais
Cancelamentos
(16.062)
(2.520)
(17)
(12.923)
(2.793)
(122)
(23.920)
(2.900)
(2.327)
(133)
(15.727)
(3.161)
(1.549)
(166)
Total das deduções
(18.599)
(15.838)
(29.280)
(20.603)
Receita operacional líquida
101.878
77.250
164.090
108.360
Total da receita bruta
Deduções da receita
20. Despesas por natureza
A Companhia optou por apresentar a demonstração do resultado por função.
Conforme requerido pelo CPC 26, apresenta, a seguir, o detalhamento da
demonstração do resultado por natureza:
42
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
Controladora
2014
Consolidado
2013
2014
2013
Despesas por função, classificadas como:
Custo dos serviços prestados
Despesas comerciais
Despesas gerais e administrativas
(64.975)
(2.490)
(18.428)
(32.253)
(2.051)
(14.335)
(93.594)
(2.479)
(20.571)
(49.271)
(2.114)
(16.279)
Total das despesas por função
(85.893)
(48.639)
(116.644)
(67.664)
Despesas com pessoal
Gastos operacionais
Despesas com vendas
Serviços de terceiros
Conservação e manutenção
Gastos gerais
Marketing
Depreciação e amortização, líquidos de
créditos de PIS/COFINS
(23.518)
(45.850)
(289)
(4.241)
(2.702)
(5.453)
(853)
(2.987)
(19.986)
(15.106)
(460)
(3.146)
(1.988)
(1.990)
(380)
(5.583)
(27.604)
(61.956)
(305)
(5.280)
(3.197)
(10.323)
(869)
(7.110)
(21.716)
(24.736)
(521)
(3.857)
(2.285)
(7.154)
(381)
(7.014)
Total das despesas por natureza
(85.893)
(48.639)
(116.644)
(67.664)
Despesas por natureza
21.
Resultado financeiro
Controladora
2014
Consolidado
2013
2014
2013
Receita
Rendimento de aplicação financeira
376
324
467
465
Juros de empresas ligadas
225
-
444
130
Juros recebidos de clientes
81
154
598
174
8
27
15
27
801
Descontos obtidos
6
-
Atualização contrato Ref. Catarinense
168
343
168
343
Total receita financeira
864
848
2.493
1.139
Variação monetária ativa
Despesa
-
(272)
(338)
(553)
Juros sobre outros empréstimos
(393)
(270)
(1.679)
(974)
Juros parcelamento REFIS
(338)
(463)
(339)
(463)
-
-
(225)
-
Juros sobre empréstimos – BRDE
Juros passivos mútuos
-
(515)
(836)
(515)
(26)
(32)
(40)
(32)
IOF – Imposto sobre operações financeiras
(103)
(52)
(208)
(55)
Despesas bancárias
(107)
(106)
(206)
(179)
Variações monetárias passivas
Descontos concedidos
(4)
(11)
(6)
(11)
Total despesa financeira
(971)
(1.721)
(3.877)
(2.782)
Total resultado financeiro
(107)
(873)
(1.384)
(1.643)
Outras despesas financeiras
43
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
22. Imposto de Renda e Contribuição Social
a) Provisão para imposto de renda e contribuição social corrente e conciliação com
o resultado
Controladora
2014
Lucro antes do IRPJ e CSLL
Alíquota nominal
IRPJ e CSLL calculados a alíquota nominal
Efeito sobre diferenças permanentes
Adições
Doações
Contribuições a entidades de classe
Gratificações a administradores (13º. Salário)
Programa de participação nos resultados
Multas por infração fiscal
Outras
Exclusões
Equivalência patrimonial
Juros sobre capital próprio
Reversão impostos diferidos passivos *
Outras
Incentivos fiscais
Diferencial alíquota (adicional e presumido)
IRPJ e CSLL no resultado
Imposto de renda corrente
Imposto de renda diferido
Consolidado
2013
2014
2013
27.765
34%
(9.440)
37.376
34%
(12.708)
47.060
34%
(16.000)
39.992
34%
(13.597)
(5)
(4)
(167)
(422)
(7)
-
(26)
(3)
(101)
(270)
(3)
(32)
(5)
(4)
(167)
(432)
(7)
(53)
(26)
(3)
(101)
(270)
(3)
(32)
4.069
763
106
94
24
3.341
1.390
5.538
138
24
306
763
-
261
1.390
5.538
94
5.412
138
1.623
4.989
(2.712)
(10.093)
(5.082)
(5.024)
35
(7.501)
4.789
(10.053)
(40)
(10.073)
4.991
* Em 31 de dezembro de 2013 a Companhia cindiu determinados ativos que
foram aportados em uma subsidiária tributada pelo lucro presumido. Em função
do regime de tributação adotado na subsidiária, os tributos diferidos sobre os
ajustes de regime tributário transitório relacionados aos ativos cindidos,
anteriormente registrados pela Companhia, foram revertidos. Ao mesmo tempo,
tais tributos não foram registrados pela controlada, receptora de tais ativos,
tendo em vista que a mesma está subordinada ao regime de tributação pelo
lucro presumido, sem perspectivas de passar para o regime de lucro real, num
horizonte previsível de tempo.
b) Composição do imposto de renda e contribuição social diferidos - Consolidado
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre os
prejuízos fiscais do imposto de renda, a base negativa de contribuição social e as
correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre
ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações financeiras, apurados
em conformidade com o Pronunciamento Técnico CPC 32 tributos sobre o lucro. As
alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação desses créditos
diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social.
44
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
A composição dos ativos e passivos de imposto de renda diferido em 31 de
dezembro, é:
Consolidado
2014
2013
512
325
4
235
520
314
4
223
(20)
Total dos impostos diferidos
1.076
1.041
Ativo não circulante
Passivo não circulante
1.096
(20)
1.061
(20)
Provisão para litígios
Outras provisões
Provisões INCRA
Provisões para devedores duvidosos
RTT - Juros Capitalizados
O registro dos tributos diferidos ativos está suportado pelo plano de negócios da
Companhia, o qual foi aprovado por sua Diretoria Executiva, segundo o qual a
Companhia apurará lucros tributáveis em exercícios futuros, em montantes
considerados pela Administração suficientes para a realização de tais valores.
c)
Lei no 12.973/14
Em 13 de maio de 2014 a Medida Provisória no 627 foi convertida na Lei
no 12.973/14, confirmando a revogação do Regime Tributário de Transição (RTT) a
partir de 2015, com opção de antecipar seus efeitos para 2014.
O Grupo concluiu a análise dos impactos advindos das disposições contidas na
referida Lei, tanto em suas demonstrações financeiras, como em sua estrutura de
controles internos. Considerando que o resultado dessa análise não apresentou
efeitos tributários materiais, o Grupo decidiu antecipar a adoção das regras e
disposições previstas na nova legislação no exercício de 2014.
23. Lucro por ação (básico e diluído) - Controladora
O calculo básico de lucro por ação é feito através da divisão do lucro líquido do
exercício, atribuído aos detentores de ações da controladora, pela quantidade média
ponderada de ações ordinárias disponíveis durante o exercício.
O lucro diluído por ação é calculado através da divisão do lucro líquido atribuído aos
detentores de ações ordinárias da controladora, pela quantidade média ponderada
de ações ordinárias disponíveis durante o exercício mais a quantidade média
ponderada de ações ordinárias que seriam emitidas na conversão de todas as
ações ordinárias potenciais diluídas em ações ordinárias.
O quadro abaixo apresenta os dados de resultado e ações utilizados no cálculo dos
lucros básico e diluído por ação:
45
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
Lucro líquido do exercício
Quantidade de ações
Lucro líquido básico e diluído
2014
2013
22.776
47.172.768
0,4828
34.664
47.172.768
0,7348
A Companhia não tem plano de pagamento baseado em ações ou quaisquer outros
instrumentos patrimoniais que possam diluir o lucro dos acionistas.
24.
Cobertura de Seguros
Em 31 de dezembro de 2014, o limite máximo de indenização estabelecido pela
Administração da Companhia para cobrir eventuais sinistros, é resumida como
segue:
Data de vigência
Risco
Seguro Patrimonial
Seguro de Lucros Cessantes
Mercadorias ao ar livre
Seguro de Responsabilidade Civil
Seguro Transporte de Cargas Território Nacional
Seguro de Responsabilidade Civil no Transporte
Responsabilidade Civil dos diretores ( D&O)
Seguro de Vida Corporativo
De
Até
01/05/2014
01/05/2014
01/05/2014
08/05/2014
31/03/2014
31/03/2014
07/06/2014
30/06/2014
01/05/2015
01/05/2015
01/05/2015
08/05/2015
31/03/2015
31/03/2015
07/06/2015
30/06/2015
Cobertura Máx.
Indenização
235.573
43.120
20.000
1.500
2.000
2.000
3.000
300
A cobertura foi contratada por montante considerado suficiente pela Administração
para mitigar os riscos por ela identificados. As premissas de riscos adotadas, dada a
sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstrações
financeiras, consequentemente, não foram revisadas pelos nossos auditores
independentes.
25.
Objetivo e políticas para gestão de risco financeiro
As atividades do Grupo o expõem a diversos riscos financeiros: risco de mercado
(incluindo risco de moeda, risco de fluxo de caixa ou valor justo associado com a
taxa de juros, risco de preço), risco regulatório, risco de crédito e risco de liquidez.
Em atendimento aos Pronunciamentos Técnicos CPC 38 a CPC 40, a Companhia
efetuou uma avaliação de seus instrumentos financeiros. Os instrumentos
financeiros constantes nas contas de ativo e passivo encontram-se atualizados na
forma contratada até 31 de dezembro de 2014 e correspondem, substancialmente,
ao seu valor de mercado. Os principais instrumentos financeiros por categoria da
Companhia em 31 de dezembro são:
46
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
Controladora
2014
2013
Consolidado
2014
2013
Empréstimos e recebíveis
Caixa e equivalentes de caixa
Contas a receber de clientes
Dividendos a receber
Outros Créditos
Partes relacionadas
1.518
7.469
5.936
10.760
8.307
59
6.235
747
230
5.753
1.915
25.140
900
6.067
6.418
108
9.832
300
7.063
33.990
13.024
40.440
17.303
3.057
8.213
6.682
11.781
3.057
8.213
6.682
11.781
(17.665)
(3.123)
(6.324)
(639)
(2.938)
(1.472)
(9.349)
(437)
(48.816)
(22.005)
(9.708)
(1.099)
(4.147)
(31.005)
(2.212)
(9.352)
(1.141)
(27.751)
(14.196)
(85.775)
(43.710)
Ativos ao valor justo por meio do
resultado
Aplicações financeiras
Outros passivos financeiros
Empréstimos
Fornecedores
Dividendos a pagar
Provisões diversas
Débito com partes relacionadas
O Conselho de Administração é responsável por supervisionar a gestão dos riscos
aos quais a Companhia está exposta, os quais são:
Risco de crédito
O risco de crédito é o risco de a contraparte de um negócio não cumprir uma
obrigação prevista em um instrumento financeiro ou contrato com cliente, o que
levaria ao prejuízo financeiro. A Companhia está exposta ao risco de crédito em
suas atividades operacionais (principalmente com relação a contas a receber) e de
financiamento, incluindo depósitos em bancos e instituições financeiras, transações
cambiais e outros instrumentos financeiros. O risco de crédito de saldos com bancos
e instituições financeiras é administrado pela Diretoria Financeira da Companhia. A
Companhia monitora os valores depositados e a concentração em determinadas
instituições e, assim, mitiga o prejuízo financeiro no caso de potencial falência de
uma contraparte. Em relação a contas a receber de clientes, a Companhia não tem
concentração de recebíveis de forma relevante, pois possui uma carteira de clientes
pulverizada. A Companhia administra o risco por meio de rigoroso processo de
concessão de crédito, bem como registrando, periodicamente, quando aplicável,
provisão para créditos de liquidação duvidosa.
47
MULTILOG S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
Risco regulatório
Desconsideramos quaisquer eventos de iniciativa do governo federal que possam
afetar a continuidade da operação da Companhia. Em relação a um possível ato
político que implique no rompimento da relação contratual, consideramos de
probabilidade remota. Quanto a eventos provocados pela natureza, importa
ressaltar, que a Companhia encontra-se coberta com apólice de seguros para todos
os efeitos (vide nota 24).
Risco de liquidez
A Companhia acompanha o risco de escassez de recursos por meio de avaliações
regulares de sua administração. Na Nota 12 apresentamos o perfil do vencimento
do passivo financeiro com instituições financeiras da Companhia, com base nos
pagamentos contratuais não descontados. A Companhia não possui instrumentos
financeiros derivativos em aberto em 31 de dezembro de 2014 e 2013, bem como
não contratou instrumentos desta natureza ao longo de todo o exercício.
Risco de mercado
O risco de mercado é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um
instrumento financeiro flutue devido a variações nos preços de mercado. Os preços
de mercado englobam três tipos de risco: a) risco de taxa de juros, b) risco cambial
e c) risco de preço relativo às suas ações. A Companhia não tem importações ou
exportações de insumos ou serviços e não tem ações negociadas em mercado.
Risco de encargos financeiros/flutuação de taxa de câmbio
Esse risco advém da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta
de flutuações nas taxas de juros de captação bem como pela exposição a
oscilações de câmbio que aumentem as suas despesas financeiras relativas a
empréstimos obtidos junto a instituições financeiras ou partes relacionadas. A
Companhia monitora continuamente a volatilidade das taxas de mercado.
Gestão do capital social
O objetivo principal da administração de capital da Companhia é assegurar que este
mantenha uma classificação de crédito forte e uma razão de capital livre de
problemas a fim de apoiar os negócios e maximizar o valor ao acionista. Para
manter ou ajustar a estrutura do capital, a Companhia pode ajustar o pagamento de
dividendos aos acionistas, devolver o capital ou emitir novas ações. Não houve
alterações quanto aos objetivos, políticas ou processos durante os exercícios findos
em 31 de dezembro de 2014 e 2013.
48
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Notas explicativas às demonstrações financeiras
Em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
M
Total dos empréstimos (Nota 12)
Menos: caixa e equivalentes de caixa
Menos: aplicações financeiras (Nota 4)
Dívida líquida
Total do patrimônio líquido
Total do capital
Índice de alavancagem financeira - %
26.
2014
48.816
1.915
6.682
40.219
126.902
167.121
Consolidado
2013
31.005
108
11.781
19.116
102.307
121.423
0,24
0,16
Informações por segmento
O Conselho de Administração do Grupo, Grupo tomador de decisões operacionais,
considera o negócio em função das atividades desenvolvidas pelas empresas
segregando em quatros segmentos, Armazenagem e movimentação de
mercadorias, investimentos imobiliários, logística e indústria e comércio de
veículos. Cada segmento tem suas atividades desenvolvidas por uma das
empresas do Grupo. A Multilog S.A representa o segmento de armazenagem e
movimentação de mercadorias, a Multilog Investimentos representa o segmento de
investimentos imobiliários, a Multilog Logística representa o segmento de logística
e a Multiprime representa o segmento de indústria e comércio de veículos.
O Conselho de Administração avalia os seguimentos através da demonstração de
resultado de cada segmento.
Operações em continuidade
Armazenagem Transporte e
e
Armazém
movimentação
Geral
Ind e Com de
Peças p/ Consolidado
Veículos
Receita líquida
101.878
31.931
30.062
19.269
164.090
Custos dos serviços prestados
(64.975)
(25.889)
(3.144)
(18.635)
(93.594)
36.903
6.042
26.918
634
70.496
(2.490)
11
-
-
(2.479)
(18.429)
(525)
(1.486)
(131)
(20.571)
Lucro bruto
Despesas comerciais
Despesas gerais e
administrativas
Outras receitas e despesas
(81)
(193)
289
83
98
Equivalência patrimonial
11.969
-
241
-
900
Lucro antes do resultado
financeiro
27.872
5.335
25.962
586
48.444
864
130
696
806
2.493
Receitas financeiras
Despesas financeiras
Lucro antes dos impostos
Impostos correntes
Impostos diferidos
Lucro líquido do exercício
Margem Liquida
49
Investimentos
Imobiliários
(971)
(99)
(1.822)
(987)
(3.877)
27.765
5.366
24.836
404
47.060
(5.024)
(1.765)
(2.998)
(136)
(9.923)
35
(75)
(130)
22.776
3.523
21.708
268
36.967
(170)
22,36%
11,04%
72,21%
1,39%
22,53%
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