EDUCAÇÃO NA
COLÔNIA
Brasil
* Colônia de Portugal entre 1500 e 1822
* Império entre 1822 e 1889
* República a partir de 1889
educação escolar do período colonial pode ser
dividida em três fases:
1) Predomínio dos jesuítas
2) Reformas de Marquês de Pombal (1759)
3) Presença da corte de D. João VI (1808-1821)
educação brasileira teve seu início com o fim
das capitanias hereditárias em 1549
no governo geral de Tomé de Souza chegaram
nossos primeiros professores, entre eles o
Padre Manoel da Nóbrega → esteve na Bahia
e fundou o Colégio São Paulo na aldeia de
Piratininga (marco inicial da cidade de São
Paulo); instituiu a instrução e a catequese dos
indígenas; faleceu no Rio de Janeiro em 1570
plano de estudos implementado por Nóbrega
continha o ensino do português, a doutrina
cristã e a “escola de ler e escrever” (básico)
após essa fase, estudo da música instrumental
e do canto orfeônico
terminada esta fase, o aluno poderia finalizar os
estudos com o aprendizado profissional ligado
à agricultura ou seguir mais adiante com aulas
de gramática e completar sua formação na
Europa
em torno de 200 anos, o ensino escolar no Brasil
esteve sob o monopólio dos jesuítas
fundaram vários colégios com vistas à formação
de religiosos (filhos da elite da colônia
submetiam-se a este ensino, pois eram os
únicos colégios existentes)
Companhia de Jesus (criada por Inácio de
Loyola) foi oficializada pela Igreja em 1540
época caracterizada por conflitos e divisões
dentro da Igreja: Reforma Protestante;
expansão das fronteiras geográficas –
América e Ásia; mudanças radicais no campo
das ciências e das letras
Atuação em três campos:
- Defesa e promoção da fé cristã católica
- Propagação da fé nos territórios coloniais
- Educação da juventude
RATIO STUDIORUM (Ordem dos Estudos):
conjunto de normas e estratégias que
articulava um curso básico de humanidades
com um de filosofia seguido por um de teologia
RATIO STUDIORUM
Conjunto de normas criado para regulamentar o
ensino nos colégios jesuíticos. Sua primeira
edição, de 1599, além de sustentar a
educação jesuítica ganhou status de norma
para toda a Companhia de Jesus. Tinha por
finalidade ordenar as atividades, funções e os
métodos de avaliação nas escolas jesuíticas.
Não estava explícito no texto o desejo de que
ela se tornasse um método inovador que
influenciasse a educação moderna, mesmo
assim, foi ponte entre o ensino medieval e o
moderno.
Antes do documento em questão ser elaborado,
a ordem tinha suas normas para o regimento
interno
dos
colégios,
os
chamados
Ordenamentos de Estudos, que serviram de
inspiração e ponto de partida para a
elaboração
da
Ratio
Studiorum.
A Ratio Studiorum se transformou de apenas
uma razão de estudos em uma razão política,
uma vez que exerceu importante influência em
meios políticos, mesmo não católicos. O
objetivo maior da educação jesuítica segundo
a própria Companhia não era o de inovar, mas
sim de cumprir as palavras de Cristo:
“Docete omnes gentes, ensinai, instrui, mostrai
a todos a verdade.” Esse foi um dos motivos
pelos quais os jesuítas desempenharam na
Europa e também no chamado “Novo Mundo”
o papel de educadores, unido à veia
missionária da Ordem. Para seu estudo é
obrigatória a leitura da tradução do documento
para o português, feita pelo padre jesuíta
Leonel FRANCA (1952). É recomendável
também a consulta à mais recente edição
francesa, traduzida por DEMOUSTIER &
JULIA (1997), que traz junto o original latino.
Além da leitura do próprio documento, consultar
as Constituições da Companhia de Jesus que
ajuda a entender as normas que regem o
funcionamento interno da Ordem. As obras
essenciais relacionadas ao tema foram
escritas por Daniel ROPS (1965), A.
GUILLERMOU (1960), L. LUKÁCS (1965 e
1974), José Maria DE PAIVA (1981), IGNÁCIO
DE
LOYOLA
(1982),
R.
FRÖLICH
(1987), Émille DÜRKHEIM (1990), DE
DAINVILLE (1991), Cézar de Alencar ARNAUT
DE TOLEDO (2000).
sob os jesuítas o que ocorreu foi que o ensino
das primeiras letras ficou sob o encargo das
famílias
as famílias mais ricas optaram por pagar um
preceptor
os estabelecimentos dos jesuítas tinham seu
olhar voltado para a educação de jovens já
basicamente instruídos
a Companhia de Jesus foi expulsa de Portugal e
do Brasil (1759) quando o Marquês de Pombal
(Sebastião José de Carvalho e Melo), então
Ministro de Estado de Portugal, empreendeu
uma série de reformas no sentido de adaptar o
país às transformações econômicas, políticas e
culturais que ocorriam na Europa
o
Iluminismo corresponde ao período do
pensamento europeu caracterizado pela
ênfase na experiência e na razão, pela
desconfiança em relação à religião e às
autoridades tradicionais e pela emergência
gradual do ideal das sociedades liberais,
seculares e democráticas
Francis Bacon; Thomas Hobbes; René
Descartes; David Hume; Adam Smith;
Immanuel Kant
o Iluminismo está associado a uma concepção
materialista dos seres humanos, a um
otimismo quanto ao seu progresso por meio
da educação e a uma perspectiva em geral
utilitarista da sociedade e da ética.
com a expulsão dos jesuítas do Brasil a mão de
obra para o ensino começou a ser alterada
ainda que os professores continuassem durante
bom tempo, a serem os que haviam sido
formados pelos padres da Companhia de
Jesus, houve relativa mudança no formato do
ensino
desapareceu o curso de humanidades, ficando
em seu lugar as “aulas régias”
eram aulas avulsas de latim, grego, filosofia e
retórica
os professores, por eles mesmos, organizavam
os locais de trabalho e, uma vez tendo
colocado
a
“escola”
para
funcionar,
requisitavam do governo o pagamento pelo
trabalho do ensino
embora estas medidas tenham desarticulado o
incipiente, mas único, sistema de educação,
esse período foi rico na formação de
intelectuais no país, pois continuavam a
concluir seus estudos na Europa, agora sob a
influência do Iluminismo
REFERÊNCIA
GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. História da
educação brasileira. 4 ed. São Paulo: Cortez,
2009.
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