AÇÕES E PERCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL (EA):
ESTUDO DE CASO DA ESCOLA NOVO ESPAÇO
FERNANDES Rosane Patrícia ¹
BORNIA Paola Cecília D’Andrea E Almeida ²
RESUMO
Este estudo buscou demonstrar que a APA (Área de Proteção Ambiental)
inserida no município de Guaratuba-PR, torna-se ponto fundamental de estudo
dentro do tema transversal Educação Ambiental (AE) nas escolas,através da
interdisciplinaridade, bem como, em seus próprios materiais didáticos, ou ainda
em atividades associadas e projetos. Esta pesquisa teve como objetivo geral,
mostrar,que é possível trabalhar com a Educação Ambiental (EA) de forma
interdisciplinar, a temática APA (Área de Proteção Ambiental) inserida nos
temas transversais ambientais. A pesquisa caracterizou-se de forma
exploratória – descritiva com vasta revisão bibliográfica. A coleta de dados deuse por aplicação de questionários aos alunos do Ensino Fundamental II da rede
particular de ensino Escola Nova Espaço-Dom Bosco. A amostra foi constituída
por 70(setenta) alunos que tiveram livre escolha de participarem da pesquisa,
como colaboradores. Os participantes receberam as instruções necessárias,
respondendo a um questionário com 10(dez) questões fechadas, referentes ao
perfil do aluno, como por exemplo, idade, sexo e série, conhecimento
epistemológico e geral sobre a APA - Área de Proteção Ambiental, e
conhecimento geral ambiental. Os dados foram representados em tabelas e
discutidos qualitativamente, onde concluiu-se que a Educação Ambiental, vem
como instrumento de grande utilidade para o Município de Guaratuba, uma vez
que este está inserido em uma APA (Área de Proteção Ambiental), tornando de
suma relevância o estudo da área, bem como seus componentes (fatores
bióticos, abióticos e legislação), pois o desenvolvimento local depende destes
fatores. Quanto antes se fizer o entendimento dos aspectos relevantes a
comunidade, melhor se dará o crescimento econômico, educacional e cultural
deste município.
PALAVRAS-CHAVE: APA, Educação Ambiental, Ensino fundamental.
___________________
¹ Graduada em Administração de Empresas pela Faculdade do Litoral Paranaense.
Especialista em Gestão Ambiental. ISEPE-GUARATUBA.
² Licenciada em biologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná-PUC/PR, no ano de
2000, com especialização em Ecoturismo pelo Instituto de Pós-Graduação e Extensão- IBPEX
EM 2001.
2
INTRODUÇÃO
Em um mundo globalizado, em constante crescimento econômico e
populacional, os recursos naturais são os bens mais preciosos de nosso
planeta. Contrapondo-se a uma relação de difícil forma de utilização desses
recursos por meio do homem, onde neste, está de forma mais arraigada os
sentidos natos de ganância antes mesmo de sobrevivência. Luta esta, agora
travada pela humanidade de forma emergencial e sem escolhas, repasses e
esperas. Diversas formas e ações são aplicadas por todas as pessoas e
regiões do mundo, a fim de se adaptarem e obterem resultados a pequeno e
médio prazo, em relação às questões ambientais. Para isto na esfera da
educação, uma das ações se faz através do ensino da Educação Ambiental.
Natureza e Sociedade mantêm diversos e diferentes mecanismos de
trocas e de interações. A maneira de como ocorrem podem ser percebidos,
representados explicados pelos sistemas de conhecimento (científico ou não).
(FLORIANI, 2004).
A interdisciplinaridade é um efeito do conhecimento sobre uma ordem de
fenômenos. Mas não é um conhecimento que se limita ao resultado das
disciplinas científicas, consideradas isoladamente uma das outras. Ao contrário
onde cessa o conhecimento disciplinar, começa a construção desse plus que
não está de antemão (FLORIANI, 2004).
Esta pesquisa teve como objetivo geral, mostrar, que é possível
trabalhar com a Educação Ambiental (EA) de forma interdisciplinar, a temática
APA (Área de Proteção Ambiental) inserida nos temas transversais ambientais.
A pesquisa caracterizou-se de forma exploratória – descritiva e de pesquisaação e vasta revisão bibliografia dos PCN’s (Parâmetros Curriculares
Nacionais) bem como da lei da EA no Brasil. A coleta de dados deu-se por
aplicação de questionários aos alunos do Ensino Fundamental II da rede
particular de ensino Escola Novo Espaço-Dom Bosco. E os resultados
expressados de forma qualitativa descritiva. A amostra foi constituída por
70(setenta) questionários aplicados.
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2. MATERIAIS E METODOS
O estudo foi desenvolvido na Escola Novo Espaço-Dom Bosco, da rede
particular de ensino do município de Guaratuba. A escola Novo Espaço foi
fundada no ano de 1999, iniciando como hotel para crianças, no ano de 2000
abriu como escola com berçário, ensino infantil e gradativamente foi
aumentando abrindo turmas para o ensino fundamental I e turmas do ensino
fundamental II.
A parceria com a rede de ensino Dom Bosco ocorreu em 2010,pois seu
material didático tem o perfil que a escola sempre buscou, onde trabalha-se a
medição, a interdisciplinaridade, tendo como um dos temas transversais a
educação ambiental, esta bem salientada em todas as disciplinas. A escola tem
como filosofia o respeito ao ser humano, ou seja, o aluno como pessoa e sua
família em primeiro lugar.
As questões ambientais sempre foram trabalhadas, desde a implantação
do ensino infantil, tornando tema sempre aplicado em sala ou em projetos
desenvolvidos, participações em ações de responsabilidade social e ambiental
sempre fizeram parte do planejamento da escola.
A pesquisa caracterizou-se como estudo exploratório - descritivo como
argumenta Cervo&Bervian, “tal estudo tem por finalidade familiarizar-se com
fenômeno ou obter uma nova percepção do mesmo e descobrir novas idéias
sobre o mesmo”... (2002, p, 69). Bem como utilizou-se de pesquisa de campo
com a finalidade de conseguir maiores informações e conhecimento do
problema pesquisado, e pesquisa bibliográfica e documental constituída e
desenvolvida a partir de livros e artigos científicos, de acordo com Gil (1991).
Para o desenvolvimento desta pesquisa foi feito um convite à direção da
escola e posteriormente para a coleta de dados foram aplicados questionários
semiestruturados com 10 (dez) questões fechadas com múltipla escolha,
conforme Gil, (1991). Estes foram aplicados aos alunos do ensino fundamental
II,e a amostra foi constituída por 70(setenta) alunos, onde estes tiveram livre
escolha de participarem da pesquisa, como colaboradores.
4
Os alunos participantes receberam as instruções necessárias, para
responderem aos questionamentos, referentes ao perfil do aluno, como por
exemplo, idade, sexo e série, conhecimento epistemológico e geral sobre a
APA-Área de Proteção Ambiental e ainda sobre conhecimento geral ambiental.
A partir do momento que receberam os questionários não puderam mais se
comunicar, salvaguardando os reais resultados e preservando o conhecimento
individual. Os dados coletados tiveram tratamento de estatística simples sendo
representados em tabelas.
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 As Leis sobre Educação Ambiental no Brasil
Dez anos após a conferência de Tbilisi (1977), no Brasil, o Plenário do
Extinto Conselho Federal de Educação aprovou, do Parecer 226/87: da
inclusão da Educação Ambiental como conteúdo a ser explorado nos currículos
de 1º e 2º graus ( atualmente, ensino fundamental e ensino médio), apontando
as bases conceituais da Educação Ambiental no Brasil. Esse parecer é um
documento de grande valor sobre a História da Educação Ambiental, já que ele
entende e dissemina a idéia de que essa educação deverá iniciar a partir da
escola, em uma abordagem interdisciplinar, levando até a população,
entendimentos dos fenômenos ocorridos devido às circunstancias da
degradação do ambiente.
Outra lei muito importante para Educação Ambiental no Brasil é a lei
9795/99 de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação ambiental,
institui a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) e dá outras
providências. Em seu artigo primeiro ela define o que se entende por Educação
Ambiental.
Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais
o indivíduo e a coletividade controlem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do
meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade PNEA, (1999).
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Nesta lei a educação ambiental, vem como um componente essencial e
permanente da educação nacional, e que esta deve estar presente em todos os
níveis e modalidades de ensino na educação formal e não-formal.
Já no Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº. 10.172/2001 em seu
artigo 28, afirma a educação ambiental como tema transversal dizendo: “A
educação ambiental, tratada como transversal, será desenvolvida como uma
prática educativa integrada, contínua e permanente em conformidade com a
Lei nº 9.795/99”, estas leis norteiam a educação nacional no que diz respeito à
Educação Ambiental.
3.2 O Ambiental como Educação
A Educação Ambiental vem a ser um processo onde o aluno participa
ativamente do processo de ensino/aprendizagem, percebendo, refletindo e
agindo diante dos problemas ambientais, e principalmente, participando na
busca de soluções, assim o aluno desde cedo pratica a educação ambiental,
sendo preparado como agente transformador, que através do desenvolvimento
de habilidades, formação de atitudes, conduta ética, exerce cidadania.Para a
prática dessa educação, alguns princípios acontecem espontaneamente. São
eles: sensibilização, compreensão, responsabilidade, competência e cidadania.
Esses princípios acontecem de forma sincronizada e gradativamente.
O princípio do pensamento ambiental se dá pela sensibilização, onde o
indivíduo se sensibiliza sobre suposto problema ambiental. Em seguida, o
princípio da compreensão, onde toma conhecimento da situação ambiental que
se encontra, além de conhecer mecanismos que regem os meios naturais.
Então, a responsabilidade, onde acontece o reconhecimento do ser humano
como parte principal da situação. Logo vêm a competência, aonde o indivíduo
vêm a ter a capacidade de avaliar e agir efetivamente diante a situação. Assim,
alcançando a cidadania, onde o indivíduo participa ativamente, resgata os
direitos, e promove uma nova ética capaz de conciliar o ambiente e a
sociedade. Praticando a cidadania, ele busca solução para os problemas
ambientais, procurando resolver da melhor forma.
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Em 1975, na primeira conferência da UNESCO, nomeada por
Conferência de Belgrado, essa educação para o ambiente foi determinada
para:
Formar uma população mundial consciente e
preocupada com o ambiente e com os problemas com
ele relacionados, uma população que tenha
conhecimento, competências, estado de espírito,
motivações e sentido de empenhamento que lhe
permitam trabalhar individualmente e coletivamente
para resolver os problemas atuais, e para impedir que
eles se repitam. Dias (2000; p, 81).
Em resultado da Carta de Belgrado, em 1976,a Secretaria de Estado do
Meio Ambiente (SEMA), em parceria com a Universidade de Brasília, viabilizou
o primeiro Curso de Extensão para professores do 1º grau. O objetivo desse
curso foi o treinamento e reformulação do currículo nas escolas do Distrito
Federal das disciplinas de Ciências Físicas e Biológicas, introduzindo assim o
tema ambiental, priorizando a relação do homem com o meio ambiente.
Levando em consideração a relevância do tema, a partir desse momento,
vários projetos com o mesmo tema, surgiram pelo país.
Até então, o trabalho em educação ambiental nas escolas, era
desempenhado por professores que lecionavam nas matérias geografia e
ciências, entretanto, hoje percebemos a importância dos demais professores
das demais disciplinas, envolverem-se na tarefa de formar alunos conscientes
das questões ambientais, assim o professor assume a postura de
comprometimento tanto com o aluno, como com o futuro das gerações,
trabalhando assim o tema de forma interdisciplinar, não se limitando a
determinadas disciplinas, mas estendendo para outras disciplinas, assumindo
assim, como um Tema Transversal.
A Educação Ambiental deve ser praticada no dia-a-dia da escola, para
que os alunos compreendam sua importância, sua aplicabilidade, conforme as
necessidades locais, expandindo o espaço escolar, aplicando no ambiente de
cada indivíduo. Assim, o papel da escola é de formação da consciência de
cidadania e de luta dos direitos.
O pensamento do professor deve sempre passar por transformações e
reconstrução, levando assim esses profissionais da educação, a compreender
7
as questões ambientais, que envolvem vários fatores, não somente nas
dimensões biológicas, químicas e físicas, mas em decorrência das questões
sociopolíticas. Devem sempre buscar atualização e conhecimento sobre temas
relevantes, criar um consciência pautada na reflexão contínua, para poderem
mediar a aprendizagem de temas ambientais Procurando uma assimilação de
qualidade, a educação ambiental vem sendo aplicada através de projetos
criativos, interessantes, que despertem a participação dos alunos e melhor
entendimento sobre suas ações e as conseqüências, bem como integrados aos
temas principais.
3.3.Parâmetros Curriculares e a Educação Ambiental
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s) passaram por uma
extensa construção, em um processo que iniciou em 1995, até alcançar o
formato que conhecemos hoje.
Os PCNs são apresentados não como um currículo, e sim como
subsidio, ou seja, um norte para a construção da proposta curricular da escola.
Os PCNs trazem orientações para o ensino das disciplinas que formam a base
nacional, e mais cinco temas transversais que permeiam todas disciplinas, para
ajudar a escola a cumprir seu papel constitucional de fortalecimento da
cidadania.
Os PCNs trazem Temas Transversais, que incluem o Meio Ambiente, e
nesse sentido como educação ambiental e não como ecologismo, até então
visto por vários setores da sociedade.
Segundo Vieira, (2007) são quatro os critérios que um tema precisa ter
para se tornar transversal, são eles:

Urgência social – esse critério indica a preocupação de eleger
como Temas Transversais questões graves, que se apresenta
como obstáculos para a concretização da plenitude da cidadanis,
afrontando a dignidade das pessoas e deteriorando sua qualidade
de vida.
8

Abrangência Nacional – por ser um parâmetro nacional, a eleição
dos temas buscou contemplar questões que, em maior ou menor
medida, e mesmo de formas diversas, fossem pertinentes a todo
país. Isso não exclui a possibilidade e a necessidade de que as
redes estaduais e municipais e mesmo as escolas, acrescentem
outros temas relevantes a sua realidade.

Possibilidade de ensino e aprendizagem no ensino fundamental –
esse critério norteou a escolha de temas ao alcance da
aprendizagem nessa etapa da escolaridade. A experiência
pedagógica brasileira, ainda que de modo não uniforme, indica
essa possibilidade, e em especial no que se refere a educação
para a saúde, educação ambiental e orientação sexual, já
desenvolvidas em muitas escolas.

Favorecer a compreensão da realidade e a participação social a
finalidade última dos temas transversais se expressa nesse
critério: que os alunos possam desenvolver a capacidade de
posicionar-se diante das questões que interferem na vida coletiva,
superar a indiferença e intervir de forma responsável.

Os PCNs apresentam o meio ambiente como um tema transversal, um
sentido que permite toda a prática educativa, e crie uma visão ampla e critica
da questão ambiental, estabelecendo relações entre o local e o global. Para
explicar como trabalhar com a transversalidade de um tema, nas varias
disciplinas, os PCNs apresentam o seguinte:
(...)
trabalhar
de
forma
transversal significa buscar a transformação dos conceitos, a
explicação de valores e a inclusão de procedimentos, sempre
veiculados a realidade cotidiana da sociedade, de modo que obtenha
cidadãos mais participantes. Cada professor, dentro de sua
especialidade de sua área, deve adequar o tratamento dos
conteúdos, para contemplar o Tema Meio Ambiente, assim, como os
demais Temas Transversais. (MEC/Brasil, 1988, p. 193).
As recomendações dos PCNs enfatizam o ensino formal, como formador
de um conjunto, entre os vários aspectos apresentados, onde o aluno através
de necessidades cotidianas, em determinadas situações, desenvolve sua
natureza prática, que permite reconhecer os problemas/carências, selecionar
informações, e finalmente buscar soluções.
9
3.4 APA (Área de Proteção Ambiental)
Criada pelo Decreto Estadual 1.234, de 27 de março de 1992, com o
objetivo de compatibilizar o uso racional dos recursos ambientais da região, e a
ocupação ordenada do solo, proteger a rede hídrica, os remanescentes da
floresta atlântica e de manguezais,os sítios arqueológicos e a diversidade
faunística, bem como disciplinar o uso turístico e garantir a qualidade de vida
das comunidades caiçaras e da população local.
A APA de Guaratuba em cerca de 200 mil ha abrange parte dos
Municípios de Guaratuba, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul, Morretes,
Paranaguá e Matinhos. Encontra-se inserida na região fitogeográfica
denominada “Mata Atlântica” ou “Floresta Atlântica” (sensu Decreto no 750 de
1993). Infere-se que a APA de Guaratuba em sua heterogeneidade de
ecossistemas abriga fauna diversificada, com significativa riqueza de espécies .
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
TABELA 01: PERFIL DA AMOSTRA
Sexo
Feminino
Masculino
34%
68%
10 a 13 anos
14 a 16 anos
78%
22%
5ª/6ª série
7ª/8ª série
57%
43%
Idade
Escolaridade
FONTE: Dados da pesquisa de campo (2010)
10
TABELA 02: ASPECTOS RELEVANTES A TEMÁTICA APA
Questionamento
Não
respondeu
Sim
Não
98%
2%
81%
17%
2%
Associação de
Pais e Amigos
Área de
Proteção
Ambiental
Associação
de Proteção
Ambiental
Área de
Projetos
Amazônicos
0%
82%
15%
3%
Desmatar
conscientemente
Unir
espécies
nativas
Proteger os
biomas
naturais
Proteger
animais
selvagens
0%
5%
Acertos
88%
Erros
15%
71%
7%
Não
responderam
12%
Sim
Não
100%
0%
No município
que você reside
tem APA?
Você sabe o que
significa APA?
O que significa a
sigla APA?
Qual o objetivo
da APA?
Qual sua área de
abrangência?
Você acha
importante a
APA em seu
município?
FONTE: Pesquisa de campo (2010)
TABELA 03: ASPECTOS AMBIENTAIS
Questionamento
Qual das ações
você desenvolve
em sua casa para
proteger o meio
ambiente?
Recicla lixo
Economiza
água
20%
61%
Usa
lâmpadas
econômicas
12%
Nenhuma
7%
11
Qual o fator que
mais causa
destruição ao meio
ambiente? 4
fatores
Homem
Homem
+Demais
causas
32%
68%
Mata Atlântica
Cerrado
82%
1,4%
Já participaram
Não
participara
m
0%
Qual é o bioma que
se encontra em
nosso município?
Floresta
Amazônica
10%
Pantanal
2,85%
Você já participou
de algum projeto
ambiental em sua
escola?
100%
FONTE: Pesquisa de campo (2010)
4.1 DISCUSSÕES DOS RESULTADOS
A educação ambiental se trabalhada desde cedo traz resultados
benéficos e conhecimento que resultarão em um desenvolvimento ambiental,
social e econômico. Dos alunos da escola particular Novo Espaço, que
responderam aos questionamentos (70 alunos), a maioria é do sexo masculino,
68% e 34% do sexo feminino. Os alunos tem idade entre 10 à 16 anos e fazem
parte do Ensino fundamental II,onde 5ª/ 6ª série,perfazem 57% dos alunos e
7ª/8ª série, com 43% destes.Estes alunos trabalham com material didático em
que a Educação ambiental vem como tema transversal, e os professores são
capacitados e desenvolvem constantemente atividades e projetos na área
ambiental, onde utilizam os aspectos relevantes à APA como norteadores de
parâmetros locais e globais.
12
Quando questionados em relação ao seu município fazer parte de uma
Área de Proteção Ambiental (APA), a maioria tinha este conhecimento (68%
dos alunos) e (2% dos alunos) não respondeu, por já terem trabalhado com o
tema abordado a associação foi facilitada.
Os alunos demonstraram conhecimento em relação ao significado, 81%
responderam positivamente, 17% não sabiam o que era, embora soubessem
que residiam em uma APA, e somente 2%, não responderam. Em relação ao
significado da sigla APA, 82% responderam corretamente o significado, Área
de Proteção Ambiental (APA), 15% alunos disseram, Associação de Proteção
Ambiental e 3% Área de Projetos Amazônicos. No objetivo da Área de
Proteção Ambiental (APA), dos 70 alunos entrevistados, 88% tinham o
conhecimento, pela maioria dos alunos já terem trabalhado a relevância da
área, facilitando o contexto. Já no levante sobre área de abrangência,os alunos
revelaram baixo conhecimento,71% não sabiam,12% não responderam e
somente 15% responderam afirmativamente, o que é relevante pois as
questões geográficas nas séries iniciais do ensino fundamental II estão sendo
desenvolvidas.
Os trabalhos desenvolvidos no âmbito sócio-ambiental com estes alunos
deram à capacidade de obtenção destes conhecimentos, bem como, saber da
importância de fazer parte de uma Área de Proteção Ambiental para seu
município, sendo que houve unanimidade quanto a esta questão, todos os 70
alunos responderam positivamente.
Nos aspectos ambientais em um contexto global/local, os alunos
demonstraram participar de ações ambientais em seu dia-a-dia, ações como:
reciclar o seu lixo,economizar água, uso de lâmpadas econômicas e
participação comunitária na área ambiental, 14% alunos participam de 1 ação,
43% de 2 ações, 8% de 3 ações , 4% de 4 ações e 1% não participa, isto
mostra que quando trabalhada a conscientização ambiental no ambiente
escolar, estas refletem na sociedade, formando cidadãos mais educados
ambientalmente e que salvaguardarão as gerações futuras quanto ao equilíbrio
do Planeta Terra na manutenção e fornecimento do que necessitamos. Nos
resultados que concernem às causas da destruição do meio ambiente os
alunos tinham como alternativas: O homem, desmatamento, aquecimento
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global e indústrias bioquímicas, 68% alunos responderam o conjunto do
homem e mais fatores e 32% responderam somente o homem, estes tiveram a
percepção do real agente causador e suas conseqüências, onde o homem
causa os demais aspectos.O conhecimento do bioma que está inserida a Área
de Proteção Ambiental de Guaratuba, dos 70 alunos, 82% responderam Mata
Atlântica, demonstrando o correto, 1,4% Cerrado, 10% Floresta Amazônica e
2,85% Pantanal, quanto à estes resultados reintegro a questão dos temas e as
séries em que são abordados.Todos os alunos da Escola Novo Espaço
participam ou participaram de projetos ambientais 100% (70 alunos).
A solução para os problemas ambientais vem primeiramente da rua,
depois do bairro, da cidade até chegarmos ao planeta, pode começar com um
simples gesto de não jogar um papel de bombom no chão ou quem sabe, até
um grande movimento público em favor ao Meio Ambiente. Mas para que isto
aconteça, a comunidade, começando pela escolar e chegando à sociedade em
um todo, deve estar ciente de que ela faz parte de um todo, e deve além de
tudo estar interessada na solução da problemática ambiental, nunca
esquecendo que estamos dentro de um ciclo ecológico no qual se fizermos mal
a uma árvore num dado momento, no futuro sentiremos as conseqüências
desse feito (GUERRA; et al, 2006).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados reafirmaram a premissa de que a Educação Ambiental
deve ser trabalhada e aplicada o quanto antes, para que o conhecimento gere
ações que permitirão o uso sustentável dos recursos naturais, hoje questões
tão emergenciais.
A educação forma a consciência, a caridade, a cidadania, pontos
primordiais para a obtenção de resultados positivos, pois, quando falamos no
ambiental nos defrontamos com o desenvolvimento econômico, e teremos que
conciliá-los da melhor forma possível.
14
Outro fator importante, será o favorecimento quanto à aprendizagem
das questões sócio-ambientais, principalmente para quem mora em uma Área
de Proteção Ambiental (APA), onde a Educação Ambiental, vem como
instrumento de grande utilidade, para o Município de Guaratuba, uma vez que
este está inserido em uma APA (Área de Proteção Ambiental), tornando de
suma relevância o estudo da área, bem como seus componentes (fatores
bióticos, abióticos e legislação), pois o desenvolvimento local depende destes
fatores.Quanto antes se fizer o entendimento dos aspectos relevantes
a
comunidade , melhor se dará o crescimento econômico, educacional e cultural
deste município.
6. REFERÊNCIAS
BRASIL. Plano
Nacional de Educação, 2001.
Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES0067.pdf. Acesso em Novembro
de 2010.
BRASIL. lei 9795/99 de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação
ambiental. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm.
Acesso em novembro de 2010.
BRASIL. MEC. CNE. 1998. Parecer CEB 04/98. Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília: Câmara de Educação
Básica do Conselho Nacional de Educação, 29/01/1998.
BRASIL. Decreto de Lei n° 750, de 10 de fevereiro de 1993.Dispõe sobre o
corte, a exploração e a supressão de vegetação primária ou nos estágios
avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica, e dá outras providências
.Disponível em:: http://www.ibama.gov.br/flora/decretos/750_93.pdf. Acesso em
Novembro de 2010.
CERVO, A.R. BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 5ª edição. São Paulo:
Prentice Hall, 2002.
DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas. São
Paulo: Gaia, 2000.
FLORIANI, Dimas. Conhecimento, meio ambiente & globalização. Curitiba:
Juruá, 2004.
15
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,
1991.
GUERRA, R. A. T., et al,. Educação Ambiental Para Um Futuro Melhor:
Formação De Uma Consciência Cidadã E Ambiental Na Escola Pública. UFPBPRG XI Encontro de Iniciação à Docência. Disponível em:
http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/prolicen/ANAIS/Area5/5CC
ENDSEPLIC01.pdf. Acesso em Novembro de 2010.
VIEIRA, S.R. A educação ambiental e o currículo. Escolar. Revista Espaço
Acadêmico, nº83-mensal-abril de 2008-ano VII- ISSN, 1519.6186. Disponível
em:http://www.espacoacademico.com.br/083/83vieira.htm.
Acesso
em
Novembro de 2010.
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AÇÕES E PERCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL (EA