XVIII Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, Montevideo, Uruguay, 29 oct. - 1 nov. 2013
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Desenvolvimento do governo eletrônico:
contribuições a partir da percepção dos usuários
Oswaldo Gonçalves Junior
1. Apresentação
O impacto social causado pela Internet, desde sua popularização há quase duas décadas até o momento,
e as expectativas futuras associadas a ela, são enormes. O ritmo de avanço com que se dá a expansão
do conteúdo na Web e a adesão à Internet não deixam dúvidas quanto a isso: estima-se que a cada dia
cerca de 500 mil pessoas acessam a Internet pela primeira vez, engrossando os 2 bilhões de usuários,
que em termos de porcentagem correspondem na atualidade a cerca de 30% da população mundial.
Ainda que se vislumbre uma série de barreiras para que essa expansão continue se dando de forma
ilimitada – em termos quantitativos, em geral associadas a aspectos como nível de renda e de
escolaridade, mas também sob uma perspectiva qualitativa, ligada à questões em torno dos limites de
seu real potencial transformador – não é possível negar o caráter revolucionário de um fenômeno como
esse.
¿Decorrência dessa expansão observada até o momento, também a esfera governamental passou a ser
influenciada pelas possibilidades de conexão e interação proporcionadas por este novo meio digital.
Num curto espaço de tempo, a Web foi também tomada por homepages de governos, seguidas de
experiências que avançam em direção ao chamado governo eletrônico (e-gov), ainda que de forma não
uniforme, dependendo da esfera e do contexto em que se realizam.
As possibilidades para se aprimorar as ações de governo, tanto em sua dimensão interna quanto nas
interações que estabelece com pessoas e organizações, ressaltando-se aí o potencial para ressignificar a
interação com os cidadãos, tem motivado avanços importantes. Não obstante, ainda que se possa
surpreender com o quanto já se fez, quando se analisa experiências desenvolvidas no contexto
brasileiro, não tarda para se atingir aquilo que se convencionou chamar em pesquisa qualitativa como
“ponto de saturação”, ou seja, a recorrência ou repetição de aspectos (falhos e/ou positivos), delineando
os limites daquilo concretizado. E esses limites demonstram certa estagnação num estágio ainda
intermediário frente ao potencial do governo eletrônico.
Analisar uma ruptura com o estágio intermediário que caracteriza a maior parte das experiências mais
maduras de governo na Web no contexto brasileiro envolve diferentes perspectivas. Quanto ao que
cabe aos governos, gestores dessas iniciativas, uma série de parâmetros já se colocam disponíveis para
orientar a formulação e aprimoramento de websites e portais visando qualificá-los quanto a aspectos
como usabilidade (medida de satisfação na experiência do usuário) e funcionalidade (características de
funcionamento). Não obstante, esse é apenas um lado da questão, como se quer crer neste artigo. Uma
dimensão mais subjetiva diz respeito às motivações para utilização ou não por parte da população de
experiências já disponíveis com a presença do governo na Web.
Um primeiro aspecto que poderia ser levantado diz respeito ao (des)conhecimento sobre a existência de
experiências digitais de governo por parte da população, mesmo em se tratando de públicos
digitalmente já incluídos. Essa percepção vem sendo sistematicamente observada pelo autor deste
artigo em sua jornada de aulas e palestras sobre o tema.
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Não raro se observa um total desconhecimento da presença do governo na Web, da oferta de serviços,
informações e canais para interação. A apresentação de exemplos do que já existe não raro também
causa surpresa a um público muitas vezes já acostumado a fazer compras pela Internet ou acessar
fontes variadas de informação. Caso há também daqueles que já acessaram alguma página de governo
e, por ventura, se utilizaram de algum serviço on-line, sem, contudo, associar esta experiência ao termo
ou conceito governo eletrônico.
Este “estado da arte” empírico, como dito observado ao longo da trajetória recente do autor deste artigo
junto a públicos variados, leva a crer que “algo mais” terá que ser feito para que a população perceba a
presença do governo na Web. É possível que quanto maior forem as possibilidades de realização de
serviços on-line, um impulso se dê via disseminação dos benefícios obtidos, considerando-se a
característica “viral” que assumem muitas informações de utilidade pública na Internet. Mas, o que
chama a atenção, é que para o que já existe em termos de recursos disponíveis, acredita-se que esteja
havendo uma subutilização, como dito, num primeiro momento por um provável desconhecimento que
se observa entre públicos digitalmente já incluídos.
Isso traz algumas implicações, sendo citadas aqui duas imediatas: por um lado, causa um prejuízo a
própria população, que poderia acessar informações e antecipar, ao menos em parte, processos muitas
vezes requeridos presencialmente, o que implica em descolamentos (desnecessários) para se percorrer
um trajeto entre local de moradia e órgão público, enfrentando muitas vezes filas e outras situações
indesejáveis. Isso traz implicações obviamente para organização pública também, demandada em seu
espaço físico e em todos os recursos que isso implica. Mas um segundo ponto que parece crucial nessa
problemática é que esse processo de pouco conhecimento ou mesmo desconhecimento, e a decorrente
não apropriação pela população da dimensão digital de governo, não tem contribuído para seu
desenvolvimento (ao menos num ritmo mais acelerado), seja mediante opinião, contribuindo para o
fomento de um debate público sobre o tema, seja manifestando sua demanda por mais serviços e canais
de interação, seja pressionando pela quantidade e qualidade de benefícios públicos já previstos ou que
poderiam vir a ser gerados via Internet.
Visando contribuir para uma melhor compreensão sobre essa problemática, o presente artigo apresenta
uma reflexão tendo como referência os resultados de duas rodadas de surveys realizadas junto a um
público que, teoricamente, poderia ser considerado privilegiado em termos de conhecimento e acesso a
experiências de governo eletrônico: estudantes de graduação do curso de Administração Pública. Como
se demonstrará ao longo do artigo, essa expectativa não se cumpre, corroborando com o argumento da
necessidade de ações específicas para popularização do governo eletrônico, como um importante passo
para seu melhor desenvolvimento.
2. Uma limitação específica para um melhor desenvolvimento do e-gov
Transformações geradas em hábitos e costumes são bastante evidentes com a ampliação do comércio
eletrônico, que se utiliza da Internet como meio para transações entre empresas e clientes, e que no
Brasil se desenvolve a partir de 1995. Em menos de duas décadas, essa modalidade de comércio já
responde por uma significativa parcela das transações comerciais. O expressivo crescimento do ecommerce se liga a série de vantagens que traz, tais como, facilidade no acesso a novos mercados e
clientes, com a redução do esforço financeiro, custo esse reduzido que impacta também em diversos
outros quesitos como a menor necessidade de infraestrutura física e de recursos humanos, além da
maior agilidade e possibilidade no acesso clientes, na antecipação de tendências, lançamentos de
produtos, entre outros. Não é sem razão que tal modalidade de comércio vem empolgando boa parte do
empresariado pelo seu potencial e rápido crescimento.
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Inspirado nesse potencial, a ideia de um governo eletrônico começa a se expandir no final dos anos
1990 no Brasil, acompanhando um movimento iniciado em outros países, associado à potencialização
de mudanças no setor público dentro de um contexto de reforma do Estado. No contexto de reformas
do final do século XX no setor público, as tecnologias de informação e comunicação (TIC) ganham
importância por serem vistas como meios facilitadores de processos de mudança organizacional
(Barbosa, 2008), ainda que por si só, processos de informatização não necessariamente signifiquem
mudanças nos processos de trabalho e nas formas organizacionais (CONFEDERAÇÃO NACIONAL
DOS MUNICÍPIOS, 2008).
De forma geral, assim como no campo comercial, o mundo virtual em âmbito governamental também
traria diversas vantagens, entre elas a de tornar o governo mais acessível para população, dada a
ausência de necessidade da presença física e, assim como no e-commerce, possibilita contemplar um
acesso 24 horas por dia, 7 dias por semana por parte da população, sem limitação para horários de
atendimento e funcionamento, com centralização das informações num mesmo espaço, facilitando
assim a busca por serviços e informações. Além disso, torna-se possível um aumento potencial da
transparência com a divulgação de dados e informações, maior agilidade com a revisão de processos
que passam a seguir etapas encaminhadas eletronicamente, reduzindo o uso de papel, com conseqüente
economia de recursos financeiros e naturais. Por último, mas não menos importante, a Internet, como
um novo canal, poderia revitalizar a relação entre governos e cidadãos, estimulando a participação.
Necessário dizer que estas expectativas dependem de uma série de fatores e características de
implementação, que vão desde vontade política, passando por aspectos técnicos, atingindo o cerne do
foco desse artigo, que se refere à percepção que se faz por parte da população dessas experiências
digitais.
Fato é que o cumprimento desse potencial tem sido avaliado majoritariamente de maneira bastante
crítica por especialistas que se dedicam ao tema no Brasil. Passado um período inicial de forte
empolgação gerada pela potencialidade transformadora associada ao governo eletrônico, diversos
autores têm expressado certa frustração frente aos limites que se colocam para um aprofundamento
dessas experiências baseadas em processos digitais (DINIZ, 2009; PINHO et.al., 2012). Os motivos
elencados para isso são de ordens diversas e abarcam aspectos comportamentais, sociológicos,
políticos, entre outros.
Uma percepção importante sobre esta problemática é apontada por Fugini et.al. (2005) que no artigo
com o sugestivo título “Por que é difícil fazer o verdadeiro governo eletrônico”, procuram compreender
as limitações para uma efetiva transformação do governo baseado numa plataforma digital. Chamando
a atenção para aquilo que seria um uso equivocado do termo “governo eletrônico” (por “um perdoável
equívoco terminológico” ou por deliberada “operação ideológica”, nas palavras dos autores), advertem
para o fato de que estaríamos diante de experiências que não passariam de “administração eletrônica”.
“(...) nas Administrações Públicas tem sido categorizada sob a etiqueta de
“Governo-eletrônico” (eGovernment), dando então a impressão (se não a ilusão)
de um autêntico salto de qualidade (em eficiência e eficácia) no exercício da
função de governo por parte das diferentes entidades públicas. Na realidade, na
maioria dos casos, e na melhor das hipóteses, o que aconteceu e continua
acontecendo é somente uma potencialização no fornecimento e no aproveitamento
dos serviços públicos, mas ainda não um verdadeiro melhoramento das atividades
de governo” (FUGINI et.al., 2005: 300).
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Os autores vão além enfatizando o sentido maior da expressão “governo eletrônico”, chamando a
atenção para a dimensão política, em geral pouco privilegiada, no tocante a efetiva exploração deste
potencial. E mesmo sob essa perspectiva limitada, a da “administração eletrônica”, boa parte das
experiências ainda não a cumpriria plenamente. De forma semelhante, Vaz (2008), falando
especificamente da realidade municipal brasileira, enfatiza a pouca inovação das experiências que
estancam seu processo de desenvolvimento numa etapa de “oferta básica” (“grupo de serviços de
oferecimento já consolidado em portais de municípios brasileiros”), naquilo que o autor qualifica de
“feijão-com-arroz eletrônico”.
Quando se pretende analisar o papel que cabe aos governos na condução dessas experiências, para além
desses exemplos, não é raro encontrar críticas na literatura. Ao mesmo tempo, também já se encontram
disponíveis uma série de parâmetros visando orientar a formulação e aprimoramento de websites e
portais para que se aprimorem, como a publicação Padrões Web em Governo Eletrônico – Guia de
Administração de Sítios, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (2009), que traz vasta
orientação de como deve ser um bom portal ou website. Não falta, portanto, visão crítica e oferta de
caminhos para um aprimoramento das iniciativas de governo eletrônico.
Mas, um aspecto que tem sido ainda pouco abordado transcende o foco dessa ordem de prioridades,
tanto analíticas quanto orientadoras, se referindo ao usuário no tocante a aspectos ou fatores
motivacionais para o uso ou não de portais e websites de governos eletrônicos disponibilizados na Web.
Uma justificativa da importância de se compreender melhor uma dimensão de percepção do usuário
encontra embasamento em tomadas empíricas que embasam este artigo junto a gestores públicos: elas
revelam certa frustração diante de experiências que, ainda que bem formuladas, são pouco utilizadas
pela população ou mesmo entre a classe política pertencente a uma mesma municipalidade.
O fomento de uma maior utilização do governo eletrônico pela população ou mesmo por públicos
ocupantes de cargos no poder público é a temática que orienta este artigo. Compreende-se que tal tema
se liga à formação de públicos para governos eletrônicos. Com este enfoque, por sua vez, compreendese que se esteja avançando sobre um importante, mas, ainda pouco abordado campo, que se refere à
perspectiva sobre o papel que caberia à população no aprimoramento das experiências de governo
eletrônico que, como em outros temas da vida pública, são também condicionados por fatores como
uma apropriação cidadã, pressão e cobrança, iniciativas fomentadoras de um movimento de
aperfeiçoamento deste potencial que se relaciona ao avanço do governo digital.
Quando se considera a literatura sobre o tema e se confronta experiências em âmbito nacional com
experiências de países mais avançados neste campo, é inegável o enorme potencial e o caminho que se
tem que percorrer ainda no Brasil. Para que isso aconteça, sob a ótica deste artigo, se entende que um
papel ativo da população se faz necessário e, para isso, torna-se condição a formação de públicos para
governos eletrônicos, fato que se liga a apropriação dessas experiências, sendo passos iniciais para isso
uma mudança comportamental com a incorporação do ambiente virtual de governo como uma
dimensão potencial para obtenção, por parte da população, dos benefícios normalmente buscados nos
balcões e guichês das repartições da administração pública e nos demais equipamentos de prestação de
serviços (isso sem desconsiderar aqui os potenciais relativos à ampliação da participação nas decisões
públicas e numa revitalização do ativismo político via Internet).
Como se fará essa mudança, com a formação de públicos para governos eletrônicos? Não há uma
resposta única para esta questão, certamente, antevendo esse processo. Como afirmado anteriormente, é
possível que, com o passar do tempo, se desenvolva a ampliação de uma cultura impulsionada pela
percepção de utilidade por parte dos usuários dos serviços, informações e possibilidades de interação
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oferecidos nos portais e websites governamentais. Não obstante, como em outros assuntos da vida
pública, não é de se descartar iniciativas via sistema educacional, a exemplo de outros temas de
relevância coletiva, com a inserção desta temática nos currículos escolares, ampliando desde as bases o
conhecimento acerca desta nova face dos governos.
3. O perfil dos usuários de Internet e o público alvo da pesquisa
Diante do fenômeno potencialmente transformador que se tornaram as TIC (Tecnologias da Informação
e Comunicação) na última década, sobretudo com o rápido crescimento do uso da Internet,
pesquisadores têm se dedicado a investigar o perfil dos usuários. Um traço que sobressai em algumas
pesquisas é a forte correlação entre as taxas de acesso à internet e fatores como renda e nível
educacional (BRAGA, et al., 2008). De acordo com esses autores,
“[...] levantamento realizado no Brasil mostra que 79% da população, com 10
anos ou mais de idade, não acessou a internet nos últimos três meses (IBGE,
2007). Essa situação repete o panorama mundial, pois o acesso varia
significativamente de acordo com a renda e a escolaridade. No maior extremo de
renda pesquisado (domicílios com renda mensal per capita superior a 5 salários
mínimos), 69,5% dos brasileiros usavam a rede. No extremo oposto (renda mensal
per capita inferior a um quarto do salário mínimo), esse mesmo percentual era de
apenas 3% (IBGE, 2007). O acesso cresce em função da renda, mas mesmo em
faixas intermediárias, como a de 2 a 3 salários mínimos per capita, ele ainda é
restrito a uma minoria (42%). O mesmo fenômeno constata-se quando é avaliado
o acesso de acordo com grau de escolaridade. No extremo de menor instrução
(menos de 4 anos de estudo), somente 2,5% acessavam a internet. No extremo
oposto (os que completaram ao menos o ensino médio), essa proporção alcança
76,2% do total (IBGE, 2007). (BRAGA, et al., 2008: 16)”.
Para além disso, outras pesquisas têm também procurado apurar essas análises levando em conta o
perfil dos usuários, tomando como referência o fenômeno também ascendente do chamado “governo
eletrônico”, termo que “tornou-se popular no Brasil no final dos anos 1990, sendo associado a
movimentos de reforma do Estado e à expansão da oferta de serviços públicos ao cidadão pela Internet”
(CUNHA, et al., 2011: 3).
De acordo com Cunha et al. (2011), de uma forma geral, o perfil dos usuários atraídos pela prestação
de serviços eletrônicos governamentais é diferente daquele das pessoas atraídas pela Internet. Os
autores dessa pesquisa concluem que, ainda que não se possa afirmar que os serviços públicos
eletrônicos sejam excludentes, pode-se afirmar que a amostra utilizada revela que ela não é
representativa da população brasileira. Ou seja, a amostra revela um traço majoritariamente masculino,
de meia-idade, com curso superior ou pós-graduação, casado, que habita a capital de um estado ou uma
região metropolitana e que trabalha no setor público. Portanto, os serviços seriam utilizados por um
grupo específico de usuários.
Tendo por base esses delineamentos, o presente estudo pretende aprofundar ainda mais as contribuições
dessas pesquisas, tomando para isso um público que poderia ser classificado como privilegiado em
termos de acesso e afinidade com os temas Internet e governo eletrônico: estudantes de graduação do
curso de Administração Pública.
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Nesse sentido, este estudo volta-se para a análise do perfil desses estudantes em sua relação com esses
temas, tendo por base a participação desse público num contexto que se entende também como sendo
privilegiado para reflexão sobre os mesmos: a freqüência à disciplina Tecnologia da Informação na
Administração Pública, contexto no qual foram aplicados questionários-diagnóstico sobre o perfil do
público em sua relação com esses temas.
Como perguntas direcionadoras do presente artigo, temos: qual o perfil dos estudantes de graduação em
Administração Pública em relação aos temas Internet e governo eletrônico? Como esse perfil se
comporta frente ao perfil identificado pela literatura? Há características distintivas? Se sim, quais? Se
não, por quê?
Tendo em mente este foco de preocupações, compreende-se que os resultados das análises produzidas e
expostas neste artigo podem contribuir para melhor orientar a popularização do governo eletrônico,
com a construção de programas voltados para formação de novos públicos usuários dessa nova face do
governo.
4. Método de pesquisa
A disciplina Tecnologia da Informação na Administração Pública é oferecida no terceiro ano da
graduação do curso de bacharelado em Administração Pública. A universidade em questão é uma
instituição pública estadual localizada no Sudeste do Brasil e, por uma questão de preservação da
privacidade dos alunos, optou-se por manter seu nome em sigilo neste artigo.
O curso conta com turmas no diurno e no noturno. Em 2012, segundo as listas de presença na disciplina
em foco, haviam 46 alunos inscritos no diurno e 42 no noturno. Em 2013, 59 alunos inscritos no diurno
e 55 no noturno. Da soma total de alunos desses dois anos (202), 137 responderam a um questionáriodiagnóstico aplicado pelo professor responsável no primeiro dia de aula, configurando uma amostra
formada por 67,8% dos alunos inscritos na disciplina nesse período, portanto. Desse total, com 78
respondentes matriculados no diurno e 59 no período noturno, sendo 79 do sexo feminino e 58 do sexo
masculino (Tabela 1 – Distribuição da amostra).
A motivação inicial para aplicação destes questionários foi auxiliar na formatação do programa da
disciplina, visando diagnosticar o grau de domínio dos alunos quanto ao uso cotidiano das TIC, bem
como o seu conhecimento prévio em relação ao tema governo eletrônico, tido como central para a
disciplina Tecnologia da Informação na Administração Pública.
O questionário aplicado divide-se em dois grandes blocos de interesse: Parte A - Informações gerais
sobre uso de computador/Internet; e Parte B - Conhecimentos gerais sobre Tecnologia da Informação
(TI) e Governo Eletrônico (e-gov). Ambos os blocos contém questões com respostas fechadas, mas
combinadas com campos em aberto que possibilitam redigir comentários e acréscimos para cada uma
delas por parte dos respondentes.
No primeiro deles (Parte A), procurou-se levantar informações de caráter mais genérico quanto ao uso
de computador (tempo de uso, freqüência, locais em que se utiliza) e Internet (finalidade do uso). No
segundo bloco (Parte B), procurou-se levantar informações mais específicas quanto à compreensão que
se faz sobre os temas Tecnologia da Informação (TI) e governo eletrônico (e-gov). Neste último caso,
um interesse mais acentuado do questionário recai sobre o tema e-gov, procurando averiguar, além de
aspectos atinentes a uma compreensão conceitual, a prática de visitas a páginas eletrônicas de governos
e órgãos públicos e em que grau se daria o conhecimento sobre tais experiências e serviços.
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Para organizar as informações e gerar os resultados que embasam as análises deste artigo utilizaram-se
os programas Excel (para tabulação das respostas e criação do banco de dados a partir das informações
contidas nos questionários) e SPSS (para produção dos resultados com o cruzamento dos dados).
5. Análise e resultados
5.1 Parte A - Informações gerais sobre uso de computador/Internet
O primeiro bloco do questionário voltou-se para o levantamento de informações gerais sobre uso de
computador e Internet, a começar pela pergunta mais básica, que serviria de filtro para as demais: “Faz
uso de computador?”, para a qual 100% dos respondentes manifestaram-se afirmativamente.
A segunda questão refere-se ao tempo de uso: “Aproximadamente, há quanto tempo / desde que idade
faz uso de computador?”. Compreende-se que essa é uma questão de suma importância, sobretudo para
uma reflexão sobre a dimensão geracional, tomando-se que a faixa etária dos alunos do terceiro ano do
curso de Administração Pública em foco gire em torno de 20 a 24 anos de idade. Para esta questão, 62
(45,3%) respondentes afirmaram que começaram a utilizar o computador antes dos 10 anos de idade.
72 (52,6%) responderam que começaram entre os 10 e os 17 anos de idade. Apenas 3 (2,2%)
respondentes afirmaram que iniciaram o uso após os 18 anos de idade (Tabela 2 – “Há quanto tempo /
desde que idade faz uso de computador?”).
A terceira questão procurou averiguar a freqüência do uso do computador. Nesse sentido, foi
perguntado: “Com qual freqüência usa computador?”. 125 (91,2%) respondentes afirmaram que
utilizam “várias vezes ao dia”. 10 (7,3%) respondentes afirmaram que se utilizam somente “uma vez ao
dia”. E apenas 2 (1,5%) respondente afirmou que faz uso “três vezes por semana” (Tabela 3 – “Com
qual freqüência usa computador?).
A quarta questão procurou averiguar a existência de um equipamento próprio, bem como de que tipo
este seria. Nesse sentido, fizeram-se as perguntas: “Possui computador próprio?”; “De que tipo?”. A
essas questões, 136 (99%) dos respondentes afirmaram possuir computador próprio, sendo que apenas
um respondeu negativamente. Dos que responderam afirmativamente, 86 (62,8%) disseram possuir um
computador do tipo notebook; 13 (9,5%) afirmaram possuir computadores do tipo desktop; e 37 (27%)
afirmaram possuir ambos os tipos. O único respondente que afirmara não possuir um equipamento
próprio afirmou que faz uso de computador em seu local de trabalho (Tabela 4 – “Que tipo de
computador possui?”).
Visando averiguar outras possibilidades de acesso e uso, mesmo para aqueles que possuem
equipamento próprio, foi perguntado adicionalmente: “Mesmo possuindo um computador próprio, se
utiliza de computadores públicos (de acesso pago e/ou gratuito)? Especifique (LAN houses; telecentros;
universidade etc.)”. As respostas mais expressivas a esta questão mostram que 86 (62,8%) respondentes
também se utilizam dos computadores disponibilizados na Universidade, sendo que outros 28 (20,5%)
o fazem de forma combinada, ou seja, além da Universidade, também utilizam equipamentos em seus
locais de trabalho e em LAN houses. Outros 22 (16,1%) afirmaram que utilizam somente os próprios
computadores (Tabela 5 – “Mesmo possuindo um computador próprio, se utiliza de computadores
públicos?”).
Na seqüência, procurou-se averiguar o perfil dos usuários quanto à finalidade de uso. Nesse sentido, foi
perguntado: “Com qual finalidade se utiliza do computador? Especifique”. A esta questão, 90 (65,7%)
dos respondentes afirmaram que se utilizam do computador com a dupla finalidade, acadêmica e social.
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Em segundo lugar, 14 (10,2%) dos respondentes afirmam que se utilizam com uma tripla finalidade:
acadêmica, social e trabalho. Apenas 6 (4,4%) dos respondentes afirmaram somente utilizar com a
finalidade acadêmica e outros 8 (5,8%) afirmaram utilizar combinando os fins acadêmico e de trabalho.
4 (2,9%) afirmaram utilizar exclusivamente para finalidade de trabalho e 15 (10,9%) não especificou
nenhuma categoria (Tabela 6 – “Com qual finalidade se utiliza do computador?”).
E esta questão, sem dúvida, se combina fortemente com a última questão desse primeiro bloco: “Utiliza
Internet? Com qual finalidade? Especifique (por exemplo: acesso a redes sociais, tais como Facebook,
Orkut etc.; chats, Messenger, MSN etc.; pesquisas na Web; trabalhos acadêmicos etc.)”. Quanto a
utilizar ou não Internet, todos os respondentes responderam afirmativamente a esta questão. Quanto à
finalidade, 107 (78,1%) responderam que se utilizam da Internet com fins acadêmicos e sociais; 8
(5,8%) respondentes afirmaram utilizar com a tripla finalidade: acadêmica, social e trabalho. Apenas 1
(0,7%) respondente afirmou utilizar exclusivamente com fins acadêmicos e outros 2 (1,5%)
respondente afirmaram utilizar exclusivamente com fins sociais (redes sociais etc.) (Tabela 7 – “Com
qual finalidade utiliza Internet?”).
A similaridade nas respostas a estas duas últimas questões apontam o uso indissociado de computador e
Internet. Somada essa informação a outras das questões anteriores, pode-se concluir que o perfil
predominante dos respondentes é aquele com acesso pleno a computadores (seja próprio, sejam aqueles
disponibilizados pela instituição a qual são vinculados, a Universidade Pública) e Internet, tendo um
perfil de uso predominante tanto social quanto acadêmico. Tratando-se de um grupo de estudantes do
Ensino Superior, de uma universidade pública do Sudeste do país, freqüentada por uma faixa da
população com perfil socioeconômico das camadas média-alta da população, os dados apresentados
parecem não trazer novidades, confirmando algo já esperado e apontado pela literatura, que mostra uma
correlação entre o uso de computadores e acesso a Internet aos níveis de escolaridade e renda
(BRAGA, et al., 2008).
5.2 Parte B - Conhecimentos gerais sobre Tecnologia da Informação (TI) e Governo Eletrônico (egov)
O segundo bloco do questionário voltou-se para o levantamento de informações gerais sobre
conhecimentos acerca dos temas Tecnologia da Informação (TI) e governo eletrônico (e-gov).
As duas primeiras questões abordavam o primeiro dos temas, perguntando: “Já ouviu falar sobre
Tecnologia da Informação (TI)? Se sua resposta foi afirmativa, resumidamente, qual sua visão sobre
Tecnologia da Informação (TI)? (o que entende sobre; o que avalia ser; benefícios potenciais;
problematizações etc.)”. Quanto a primeira, 114 (83,2%) dos respondentes afirmaram já terem ouvido
falar sobre TI, sendo que 23 (16,8%) responderam negativamente. Já a resposta para a segunda questão
revela que o maior grupo (50 respondentes: 36,5%) é formado por aqueles que detêm algum
conhecimento do que seja TI, sem, no entanto, fornecer explicações mais consistentes a respeito.
O segundo grupo que mais aparece (39 respondentes: 28,5%) é aquele que afirma apenas ter “ouvido
falar sobre TI”, sem fornecer qualquer explicação em suas respostas. Em terceiro lugar aparece um
grupo que detém conhecimentos um pouco mais consistentes sobre TI, fornecendo explicações com
algum conteúdo explicativo (12 respondentes: 8,8%). Em último lugar, aparece o grupo que afirma
“nunca ter ouvido falar sobre TI” (22 respondentes: 16,1%) (Tabela 8 – “Já ouviu falar de TI?”e Tabela
9 – “Qual sua visão sobre Tecnologia da Informação (TI)?”).
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As duas questões seguintes do questionário referiam-se ao tema e-gov: “Já ouviu falar sobre Governo
Eletrônico (e-gov)? Se sua resposta foi afirmativa, resumidamente, o que sabe sobre o tema Governo
Eletrônico (e-gov)? (o que entende sobre; o que avalia ser; benefícios potenciais; problematizações
etc.)”. No tocante a primeira, 92 respondentes (67,2%) afirmaram já ter ouvido falar, sendo que 45
(32,8%) responderam negativamente. Quanto à visão sobre o tema, o maior grupo, formado por 56
respondentes (40,9%), é capaz de citar alguma característica ou mesmo exemplos de experiências de egov. O grupo seguinte é formado por 43 (31,4%) respondentes que “nunca ouviram falar de e-gov”.
Outros 18 (13,1) formam um grupo que possui uma visão mínima sobre o que seja. 14 respondentes
(10,2%) demonstraram possuir uma visão aprofundada acerca de e-gov (Tabela 10 – “Já ouviu falar de
e-gov?” e Tabela 11 – “Qual sua visão sobre e-gov?”).
Aprofundando as averiguações sobre os conhecimentos acerca do tema e-gov, as duas questões
seguintes perguntavam: “Conhece alguma experiência de e-gov? Fale resumidamente o que sabe sobre
ela(s)”. À primeira questão, 53 (38,7%) responderam afirmativamente, 70 (51,1%) negativamente; 14
(10,2%) não responderam. Quanto à segunda questão, o maior grupo (com 67 respondentes: 48,9%) é
formado por aqueles que reafirmaram não conhecer nada sobre e-gov. Em segundo lugar aparece o
grupo formado por aqueles que demonstraram possuir algum conhecimento sobre e-gov (35
respondentes: 25,5%). Em terceiro aparece o grupo formado por aqueles que não responderam à
pergunta (15: 10,9%) e em seguida por aqueles que demonstraram conhecer minimamente (12: 8,8%).
De todos os respondentes, apenas 3 (2,2%) demonstraram um conhecimento mais aprofundado acerca
do tema e-gov. Esse, sem dúvida, é um dos dados que mais chama a atenção, sobretudo em se tratando
de estudantes terceiro anistas do curso de graduação em Administração Pública (Tabela 12 – “Conhece
alguma experiência de e-gov?” e Tabela 13 – “Fale resumidamente o que sabe sobre a(s) experiência(s)
de e-gov”).
As duas questões seguintes procuram detalhar ainda mais as percepções do grupo que afirmara
conhecer experiências de e-gov, perguntando: “Já acessou páginas de e-gov ou de experiências
governamentais on-line? Se sim, quais?”. 65 (47,4%) responderam afirmativamente a primeira questão.
Destes, 25 (18,2%) acessaram páginas de mais de um nível da federação, 11 (8%) apenas páginas
municipais, 10 (7,3%) apenas páginas do nível federal e 4 (2,9%) do nível estadual. 7 (5,1%)
respondentes afirmaram terem acessado páginas de experiências de outros países. Outros 2 (1,5%)
afirmaram terem acessado páginas brasileiras e estrangeiras, sem especificar o nível da federação no
primeiro segmento. 7 (5,1%) não especificaram que tipo de página de e-gov teriam acessado (Tabela 14
– “Já acessou páginas de e-gov ou de experiências governamentais on-line?” e Tabela 15 – “Quais
páginas já acessou?”).
6. Considerações finais
Às informações obtidas através dos dados coletados com a aplicação do questionário-diagnóstico,
somam-se informações de caráter mais qualitativo levantadas ao longo do semestre com o
desenvolvimento do curso, possibilitadas pela interação professor-alunos. Além deste contato permitido
com o curso regular, uma observação sobre a percepção que a população em geral tem sobre o tema foi
possibilitada em palestras sobre o tema proferidas pelo autor do artigo.
Por meio desse contato, foi possível avançar nas percepções oferecidas até então com a aplicação do
questionário. Entre elas, foi possível perceber, por exemplo, que a experiência prévia dos alunos que
responderam afirmativamente no tocante ao tema central governo eletrônico (e-gov), em sua quase
totalidade relaciona-se a consulta a sites governamentais por ocasião da necessidade de
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desenvolvimento de trabalhos para outras disciplinas do curso nos dois anos anteriores (1° e 2° anos da
graduação).
Tal constatação leva a conclusão que a freqüência ao curso de graduação em foco fora o meio
propulsor para o contato com tais iniciativas. Isso revela que, mesmo entre um segmento que poderia
ser considerado privilegiado em termos de acesso as TIC, um estímulo extra fora necessário para se
acessar páginas de governos eletrônicos. Isso não deixa de ser revelador, sobretudo por se tratarem de
iniciativas que buscam alargar para a sociedade em geral aspectos como transparência, participação,
accountability. Se para este segmento seleto tal estímulo fora necessário, o que dizer da população em
geral?
Não obstante, por vezes, mesmo respondentes que afirmaram inicialmente nunca terem tido contato
com tais iniciativas, revelaram posteriormente que já tinham acessado páginas eletrônicas para busca de
informações ou realização de serviços on-line, como em casos para obtenção de algum documento
junto a órgãos públicos. Entende-se que este seja o caso de um não atrelamento entre um conceito (egov) e sua aplicação, revelando um desconhecimento que não deixa também de ser significativo em se
tratando de alunos de terceiro ano do curso de Administração Pública. No mesmo sentido que o
perguntado anteriormente, o que se poderia dizer sobre a popularização da ideia de e-gov para a
sociedade em geral?
Ainda que esses resultados não se contraponham ao que afirma a teoria, que atrela o uso majoritário das
páginas de e-gov por servidores públicos (Cunha et al., 2011), não se nega aqui certa frustração quanto
a uma expectativa de que estudantes do curso de Administração Pública também poderiam se constituir
num grupo de usuários mais assíduo e freqüente dessas experiências. Além do que diagnostica a teoria,
portanto, os dados apresentados neste artigo também servem de “termômetro” do desenvolvimento do
e-gov no país.
Em termos de práticas pedagógicas, os dados levantados indicam que, no planejamento de disciplinas
voltadas para os temas focados neste artigo, não se deve apostar em expectativas de conhecimentos
específicos prévios por parte dos alunos, sendo necessário um trabalho introdutório que os aproxime
desse universo, a despeito do perfil observado que indica a ampla utilização dos recursos
computacionais e de Internet.
Bibliografia
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público”. Revista do Serviço Público, v. 59, n.1, pp. 05-21. Brasília: ENAP.
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descrição do perfil do visitante”. Revista Eletrônica de Sistemas de Informação, v. 10, n. 1, pp.117. Edição Temática sobre Governo Eletrônico. (Meio Digital).
DINIZ, Vagner (2009), “A Crise do Governo Eletrônico ou a Prevalência dos Monólogos
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FUGINI et. al.
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15, n. 3, São Paulo.
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (2009), “Padrões Web em Governo Eletrônico e-PWG - Guia de
administração de sítios”. Brasília.
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PINHO, José Antonio Gomes de (2008) “Investigando portais de governo eletrônico de estados no
Brasil: muita tecnologia, pouca democracia”. Revista de Administração Pública, ano 42, n. 3, Rio
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PINHO, José A. G (Org.). de (2012) “Estado, Sociedade e Interações digitais: expectativas
democráticas”. Salvador: EDUFBA.
RIBEIRO, Ana E.; ROCHA, Jorge (2007), “Letramento digital de estudantes universitários: estudo de
caso”. Revista Informática Pública, v. 9, n. 2, Belo Horizonte.
VAZ, José Carlos (2008), “A Evolução da Oferta de Serviços e Informações ao Cidadão pelos Portais
Municipais Brasileiros: entre a inovação e a oferta básica”. Revista Informática Pública, v. 2,
Belo Horizonte.
Quadros e Tabelas
Tabela 1 – Distribuição da amostra
Período
Freqüência
Porcentagem
Diurno
78
56,9
Noturno
59
43,1
Total
137
100
Sexo
Feminino
Masculino
Total
Freqüência
79
58
137
Porcentagem
57,7
42,3
100
Tabela 2 – “Há quanto tempo / desde que idade faz uso de computador?”
Freqüência Porcentagem
Começaram antes dos 10 anos de idade
62
45,3
Começaram entre os 10 e os 17 anos de idade
72
56,6
Iniciaram o uso após os 18 anos de idade
3
2,2
Total
137
100
Tabela 3 – “Com qual freqüência usa computador?”
Freqüência
125
10
2
137
Utilizam “várias vezes ao dia”
Utilizam somente “uma vez ao dia”
Faz uso “três vezes por semana”
Total
Porcentagem
91,2
7,3
1,5
100
Tabela 4 – “Que tipo de computador possui?”
Freqüência
86
13
37
1
137
Possuem computador do tipo notebook
Possuem computador do tipo desktop
Possuem ambos os tipos
Não possui computador próprio
Total
11
Porcentagem
62,8
9,5
27
1
100
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Tabela 5 – “Mesmo possuindo um computador próprio, se utiliza de computadores públicos?”
Freqüência Porcentagem
Utilizam dos computadores disponibilizados na
86
62,8
Universidade
Uso combinado na Universidade, no trabalho e em LAN
28
20,5
houses
Utilizam somente os próprios computadores
22
16,1
Não especificaram
1
1
Total
137
100
Tabela 6 – “Com qual finalidade se utiliza do computador?”
Utilizam o computador com dupla finalidade:
acadêmica e social
Utilizam com tripla finalidade: acadêmica, social e
trabalho
Utilizam com fins acadêmicos e de trabalho
Utilizam com finalidade somente acadêmica
Utilizam com finalidade somente de trabalho
Não especificaram
Total
Freqüência
Porcentagem
90
65,7
14
10,2
8
6
4
15
137
5,8
4,4
2,9
10,9
100
Tabela 7 – “Com qual finalidade utiliza Internet?”
Utilizam o computador com dupla finalidade: acadêmica e
social
Utilizam com tripla finalidade: acadêmica, social e trabalho
Utilizam com finalidade somente acadêmica
Utilizam com finalidade somente social
Outros
Total
Freqüência
Porcentagem
107
78,1
8
1
2
19
137
5,8
0,7
1,5
13,9
100
Tabela 8 – “Já ouviu falar de TI?”
Sim
Não
Total
Freqüência
114
23
137
Porcentagem
83,2
16,8
100
12
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Tabela 9 – “Qual sua visão sobre Tecnologia da Informação (TI)?”
Freqüência
Possui algum conhecimento
50
Apenas “ouviu falar”
39
Possui conhecimentos mais consistentes
12
Ouviu falar mas não explicou
14
“Nunca ouviu falar”
22
Total
137
Porcentagem
36,5
28,5
8,8
10,2
16,1
100
Tabela 10 – “Já ouviu falar de e-gov?”
Sim
Não
Total
Freqüência
92
45
137
Porcentagem
67,2
32,8
100
Tabela 11 – “Qual sua visão sobre e-gov?”
Freqüência
56
43
18
14
6
137
Possui algum conhecimento
Não ouviu falar
Possui uma visão mínima
Possui conhecimentos mais consistentes
Outros
Total
Tabela 12 – “Conhece alguma experiência de e-gov?”
Freqüência
Não
70
Sim
53
Não respondeu
14
Total
137
Porcentagem
40,9
31,4
13,1
10,2
4,4
100
Porcentagem
51,1
38,7
10,2
100
Tabela 13 – “Fale resumidamente o que sabe sobre a(s) experiência(s) de e-gov”
Freqüência Porcentagem
Afirmam conhecer alguma página de e-gov / demonstram algum
23
34,8
conhecimento / citam possibilidades de uso.
Afirmam ter conhecimento de alguma página, mas não demonstram
12
18,2
conhecer minimamente acerca do conteúdo das mesmas.
Demonstraram
possuir
conhecimentos
mais
2
3
aprofundados/detalhados sobre alguma(s) experiência(s) de e-gov.
Apesar de afirmarem terem conhecimento, não souberam dizer nada
6
9,1
a respeito de qualquer experiência de e-gov.
Afirmaram desconhecer na questão anterior e não responderam a
23
34,9
esta segunda.
Total
137
100
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Tabela 14 – “Já acessou páginas de e-gov ou de experiências governamentais on-line?”
Freqüência
Porcentagem
Sim
40
60,6
Não
26
39,4
Total
137
100
Tabela 15 – “Quais páginas de e-gov já acessou?”
Freqüência
25
11
10
4
7
Acessaram páginas de mais de um nível da federação
Acessaram apenas páginas municipais
Acessaram apenas páginas do nível federal
Acessaram apenas páginas do nível estadual
Acessaram páginas de experiências de outros países
Acessaram páginas brasileiras e estrangeiras, sem especificar o
2
nível da federação no primeiro segmento
Não especificaram que tipo de página de e-gov teriam acessado
7
Nunca acessaram
71
Total
137
14
Porcentagem
18,2
8
7,3
2,9
5,1
1,5
5,1
51,8
100
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