CASE - FAEMA
UFSC- EPS
ROTULAGEM AMBIENTA
Prof. Marcos Daniel Duarte e
Prof. Dr. Osmar Possamai
1
Copyright, 1998 © Oscar Dalfovo
CASE - FAEMA
• ESTUDO
DA
RESPOSTA
EMPRESARIAL AO CERTIFICADO DE
QUALIDADE
AMBIENTAL
DA
FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE MEIO
AMBIENTE DE BLUMENAU (FAEMA).
Oscar Dalfovo
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CASE - FAEMA
• ESTUDO
FOI
REALIZADO
PELO
DOUTORANDO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS
SERGIO
RAMOS
FELIPEZ,
DA
UNIVERSIDADE DA CORUÑA – GALICIA
ESPANHA. NOS MESES DE AGOSTO E
SETEMBRO / 1998, SOB A ORIENTAÇÃO
DA PROFA. DRA. BEATE FRANK –
DIRETORA DO INSTITUTO DE PESQUISA
AMBIENTAL DA FURB (IPA).
Oscar Dalfovo
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CASE - FAEMA
• SERGIO RAMOS FELIPEZ ESTEVE
FURB ATRAVÉS DE UM CONVÊNIO
UNIVERSIDADE
REGIONAL
BLUMENAU COM O GOVERNO
ESPANHA.
NA
DA
DE
DA
Oscar Dalfovo
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INTRODUÇÃO
– A prefeitura municipal de Blumenau, através
da Fundação Municipal do Meio Ambiente
(FAEMA),
decidiu
implantar
um
procedimento e práticas ambientalmente
corretas, aplicados as pequenas e médias
empresas do município de Blumenau,
empresas dedicadas ao comércio e à
prestação de serviços, que levam a uma
redução de resíduos e emissões, e a
economia de energia e matéria primas.
Oscar Dalfovo
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INTRODUÇÃO
• Para incentivar a garantia da qualidade
ambiental a FAEMA instituiu-se um tipo de
certificação totalmente voluntário e gratuito
para os empresários: CERTIFICADO FAEMA
DE QUALIDADE AMBIENTAL (CFQA), com o
qual incentiva as empresas interessarem-se
pelo comportamento ambiental, respeitando e
atendendo a uma demanda social atual que se
reflete numa legislação cada vez mais restrita.
Oscar Dalfovo
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CFQA
Certificado
FAEMA
Qualidade
Ambiental
Oscar Dalfovo
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INTRODUÇÃO
• As empresas estão assumindo uma nova
postura, uma nova responsabilidade sobre o
Meio Ambiente.
• Aparentemente as empresas estão situadas
acima das exigências legais, utilizando-se de
Sistemas de Informação e fazendo com que o
Sistema de Gestão Ambiental passa a ser
uma vantagem competitiva e principalmente
um diferencial dessas empresas nesse
mercado tão exigente.
Oscar Dalfovo
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INTRODUÇÃO
• De acordo com RODRIGUES (1996), sem se preocupar
com o histórico da evolução dos Sistemas de
Informação,
pode-se
dizer
que,
as
funções
administrativas, mercê de suas características próprias,
foram sendo tratadas de forma individualizadas,
resultando na criação de vários sistemas para ajudarem
os executivos, nos vários níveis hierárquicos, a tomarem
decisões, tais como:
•
•
•
•
•
SIG - Sistemas de Informações Gerenciais;
EIS - Sistemas de Informações Executivas;
SSTD - Sistemas de Suporte à Tomadas de Decisões;
SSTO - Sistemas de Suporte às Transações Operacionais;
SSTDG - Sistemas de Suporte à Tomada de Decisão por Grupos.
Oscar Dalfovo
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INTRODUÇÃO
– Essencialmente existem dois modelos de
Sistema de Informação como recurso estratégico:
o
modelo
das
Forças
Competitivas
PORTER(1992) e o da Cadeia de Valores. O
modelo das Forças Competitivas utiliza-se para
descrever a interação das ameaças e
oportunidades externas, afetando a estratégia de
uma organização. O modelo da Cadeia de
Valores concentra-se nas atividades que
agregam valor aos produtos ou serviços da
empresa, esse modelo indica onde o Sistema de
Informação pode ser melhor aplicado, para se
obter uma vantagem competitiva.
Oscar Dalfovo
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INTRODUÇÃO
– As empresas ao lidarem com os fatores
determinantes do modelo podem usar quatro
estratégias competitivas. A primeira estratégia
refere-se à diferenciação de produtos.
A
segunda, refere-se à diferenciação de foco (de
mercado) para seus produtos. A terceira, referese ao desenvolvimento de ligações fortes a
clientes e fornecedores, chamada de custo de
mudança. Por fim, a quarta estratégia refere-se à
manutenção, no mais baixo nível, dos custos de
produção.
Oscar Dalfovo
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INTRODUÇÃO
– Duas pesquisa realizadas pela Universidade Regional
de Blumenau (FURB) na própria cidade. A primeira
pesquisa realizada por Ivani Cristina Butzke (Análise
dos dados referentes ao questionário aplicado na
pesquisa sobre a demanda de consumidores a locais
que protegem o meio ambiente. Instituto de Pesquisas
Ambientais - IPA. Maio de 1997) concluiu que 96% dos
cidadãos entrevistados preferem comprar em
estabelecimento que protegem o meio ambiente, e
que 80% das pessoas trocaria de comércio em caso
de saber que este prejudica o entorno.
Oscar Dalfovo
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INTRODUÇÃO
– A segunda pesquisa realizada por Oscar Dalfovo
(Delineamento de um modelo de sistema de
informação estratégico para tomada de decisão nas
pequenas e médias empresas – março/1998) O fato,
porém, de 54% das empresas pesquisadas utilizaremse de Sistemas de Informação informalmente ou
formalmente, mas acharem-nos necessários é, ainda
assim, positivo. A pesquisa mostrou também que está
havendo muito pouco monitoramento do ambiente.
Apenas 17% expressaram preocupação com os
concorrentes e 12% com eventuais oportunidades no
mercado.
Oscar Dalfovo
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INTRODUÇÃO
– Como exigência de mercado para as
pequenas e médias empresa, existe um
aspecto que deverá de ser introduzido, o
cliente está diretamente exigindo que essas
empresas possuem o Certificado Ambiental
para poder fazer o intercâmbio comercial.
Uma outra causa diretamente envolvida
com o cuidado ambiental é a poupança que
resulta em energia e água.
Oscar Dalfovo
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INTRODUÇÃO
• Um outro aspecto que levanta-se é sobre o
controle no fornecimento dos produtos pelos
fornecedores, em que, os materiais
fornecidos não sejam prejudiciais para o meio
ambiente. Este tipo de exigência feito pelos
clientes feitos aos fornecedores permitem
uma pressão das empresas sobre as outras,
permitindo, com isso, uma melhoria
comportamento ambientalmente globalizado.
Oscar Dalfovo
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INTRODUÇÃO
• Além de mudanças e investimentos
tecnológicos, as empresas precisam investir
num trabalho de educação ambiental e
treinamento
do
pessoal
que
está
relacionado a empresa. Transmitir as essas
pessoas o que fazer e como o deve fazer,
atuando num hábito rotineiro que não
prejudique a área ambiental. Criar uma
conscientização ambientalmente correto.
Oscar Dalfovo
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INTRODUÇÃO
• Tudo isso é
impulsionar.
o
que
a
FAEMA
quer
• A FAEMA quer que as empresas se moldem
a esses novos aspecto, e que considerem a
questão ambiental como sendo um
diferencial que produza poupança e ganhos
econômicos.
Oscar Dalfovo
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INTRODUÇÃO
• A FAEMA quer que as empresas na aquisição
da Certificação Ambiental não deverá levar o
executivos das pequenas e médias empresas
como uma elevação da arrecadação.
• Deve-se de pensar nos seus próprios
benefícios e dos benefícios da sociedade.
• Preocupar-se no custo da contaminação em
ser maior que o investimento em tecnologia
ambiental.
Oscar Dalfovo
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OBJETIVOS
• Informar como a Prefeitura de Blumenau,
por meio da FAEMA atribuiu o CFQA.
• Estudar se este programa de implantação
do CFQA é eficaz
• Fazer uma análise crítica do comportamento
empresarial das pequenas e médias
empresas de Blumenau
• Considerar as opiniões daquelas empresas
que tentaram conseguir o CFQA, mas não
conseguiram.
Oscar Dalfovo
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HISTÓRICO
• O certificado FAEMA de Qualidade
Ambiental (CFQA) foi lançado em 6 de junho
de 1997, nas dependências da Associação
Comercial e Industrial de Blumenau (ACIB)
e confirmado posteriormente em 29 de
agosto de 1998, pelo Decreto Municipal n º
6.000 da Prefeitura Municipal de Blumenau.
Oscar Dalfovo
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HISTÓRICO
• A avaliação para a consecução do CFQA é feito através um checklist de critérios., onde cada critério possui uma pontuação de 0 à
5, são eles:
• 0– Não se aplica a realidade da empresa
• 1– Não, a empresa ainda não realizou nenhuma
ação nesse sentido
• 2- Não, mas pretende implantar
• 3- Sim, mas esta situação não está formalizada
• 4- Sim, está em fase de implementação formal
• 5-Sim, esta situação correspondem totalmente a
realidade da empresa
- N.A.
- 00%
- 10%
- 50%
- 80%
- 100%
Oscar Dalfovo
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HISTÓRICO
As questões avaliadas pela Comissão de Certificação, e a sua pontuação,
abrangem os seguintes temas:
Pontos
Poluição hídrica (esgoto sanitários e efluentes vertidos) Poluição atmosférica (gases e combustões)
Poluição sonora (ruídos)
Utilização racional de recursos naturais, energia, água e
matéria prima
Reutilização / reciclagem de resíduos
Educação ambiental interna e externa
-
180
120
100
300
180
120
Oscar Dalfovo
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METODOLOGIA
• O presente trabalho é um estudo estatístico descritivo e
dedutivo sobre as empresas auditadas que obtiveram o
CFQA, e a algumas que não o obtiveram. O estudo
estatístico foi realizado junto as pequenas e médias
empresas de Blumenau – SC.
• As entrevistas foram realizadas através de questionário.
Para o preenchimento do questionário foram utilizadas as
seguintes formas: enviados pelo correio e aplicados
pessoalmente.
A população entrevistadas foram as
pequenas e médias empresas de Blumenau que possuem
o CFQA, atualmente são em número de 10 (dez)
empresas.
Oscar Dalfovo
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METODOLOGIA
• Questionário aplicado
1)Por que vocês se interessaram em obter o CFQA? que repercussões vocês pensaram que
teriam?
2) Que investimentos tiveram que fazer ou estão fazendo hoje em temas ambientais?
3)Diminuiu a poluição do ar, água, e reduziu a produção de lixo e ruído?
4)Melhoraram os seus benefícios frente aos custos, ou é o cliente que tem que pagar os
custos ambientais devido a uma elevação de preços?
5)Foi elaborado um manual de procedimentos para um melhor controle do trabalho,
compatibilizado com temas ambientais?
6)Faz-se inventário de todos os resíduos que o estabelecimento produz, e coleta seletiva?
7)Fazem educação ambiental interna (treinamento de pessoal a nível individual e coletivo) e
externa (campanhas conscientizadoras com publicidade)? Usa rotulagem ambiental? Os
empregados tem alguma atribuição e responsabilidade ambiental?
Oscar Dalfovo
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METODOLOGIA
• Questionário aplicado - Continuação
8)Conhecem vocês a legislação em todos os níveis aplicável ao seu estabelecimento, e está
documentada e atualizada, e é divulgada a todo o pessoal?
9)Controlam que os seus fornecedores também tenham um comportamento ambiental
confiável?
10)Estão definidas ações preventivas e corretivas para casos de dano ambiental, num marco
de revisão rotineira? Quais são e quem é o responsável? A empresa está consciente de
que detectar cedo um problema diminui os custos de sua solução?
11)Foram reconhecidas as não conformidades, e marcaram-se objetivos ambientais
englobados dentro de uma política de melhoria contínua? A Gerência visiona, revisa e faz
crítica da sua política ambiental?
12)Faz-se algum tipo de Auditoria Ambiental?
Oscar Dalfovo
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METODOLOGIA
• Questionário aplicado - Continuação
13)Você acredita que um bom comportamento ambiental aumenta os benefícios e melhora
as condições de trabalho, aumentando a segurança e reduzindo riscos de acidentes?
Você convive diariamente com essa idéia? A poluição é sinônimo de desperdício e
ineficiência produtiva?
14)Você acredita que o gerenciamento ambiental não cria grandes complicações
burocráticas e sim procedimentos e disciplinas?
15)Você acredita que o consumidor se fixa nos certificados ambientais?
16)Poderia fazer algo a FAEMA ou à prefeitura para melhorar o CFQA?
17)Voltaria a pedir o CFQA agora?
Oscar Dalfovo
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RESULTADO
– Segundo FELIPEZ (1998), os resultados
obtidos é de que o programa do CFQA “não
parece ser muito eficaz em cumprir o
objetivo de fazer com que as empresas
entendam o comprometimento ambiental e
se certifiquem”. O resultado da pesquisa
demonstrou que as pequenas e médias
empresa de Blumenau não parecem estar
muito convencidas das expectativas da
certificação.
Oscar Dalfovo
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RESULTADO
– Os resultados das entrevistas realizadas,
demonstra que o comportamento frente
ao CFQA é, em geral, de indiferença e
desinteresse.
– O pesquisador acredita que, mesmo
sendo os custos da certificação ser nulos,
mas há que se ter em conta que o
empresário vê imediatamente um custo
nas mudanças exigidas para adaptação a
um comportamento ambiental adequado.
Oscar Dalfovo
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RESULTADO
–Sobre
os
investimentos,
os
resultados apontados pelo FELIPEZ
(1998), identificou que algumas
empresas consideram impossível
enfrentar esse tipo de custos devido
à sua grande magnitude e ao retorno
tardio que teria, ou inclusive a
ausência de retorno, as pequenas
empresas pensam a curto prazo.
Oscar Dalfovo
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CONCLUSÃO
–Segundo FELIPEZ (1998), define que
será que a FAEMA é muito exigente
ambientalmente com as empresas,
ou pelo contrário, aquelas empresas
que dizem que lhes resulta
impossível encarar investimento em
assuntos ambientais, simplesmente
não estão dispostas a dar um passo
adiante?.
Oscar Dalfovo
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CONCLUSÃO
– Conclui-se neste trabalho de FELIPEZ (1998), que
uma das grandes travas que levam ao fracasso no
cumprimento de objetivo ambientais marcados em
certificados ambientais do tipo CFQA, é a falta de
convencimento do público em geral com os temas
ambientais de uma divulgação séria, competente
eficiente e eficaz. “Se você pergunta às pessoas se
comprariam melhor um produto respeitoso com o
meio ambiente frente a outro produto que não
respeita, elas provavelmente irão responder que
sim. Mas a realidade é que elas compram os
produtos em função dos preços, pois as economias
domésticas não estão para antepor a consideração
ambiental à consideração econômica”.
Oscar Dalfovo
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CONCLUSÃO
–Somente será valido a certificação
ambiental, ao momento em que na
pequena e média empresa de
Blumenau, o cliente exigir que o
produto possua uma Rotulagem
Ambiental,
que
esteja
ambientalmente
correto,
como
acontece no mercado internacional.
Oscar Dalfovo
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REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
BASU, Amit, Imprecise reasoning in intelligent decision support
systems - tese de doutorado, Universidade de Rochester. EUA,
1986..
FELIPEZ, Sérgio Ramos. Faema precisa aprimorar o sistema de
certificação. Boletim Informativo do IPA – FURB. BlumenauSC. Nro. 9, p. 2, set. 1998.
PORTER, Michael e. Vantagem competitiva: Criando e
sustentando um desempenho superior : tradução Elizabeth
Maria de Pinto Braga, Rio de Janeiro : Campus, 1992.
RODRIGUES, Leonel Cezar. Impactos dos sistemas de informação,
Jornal de Santa Catarina, Blumenau-SC. Caderno de
Economia, p. 2, 30 jun. 1996
Oscar Dalfovo
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FIM
• MUITO AGRADECIDO
PELA SUA PARTICIPAÇÃO
• VOCES SÃO MUITO
IMPORTANTES PARA MIM
http://www.inf.furb.rct-sc.br/~dalfovo
[email protected]
Oscar Dalfovo
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