TATIANE LIBERALI
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS PACIENTES
ONCOLÓGICOS EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO NO HOSPITAL DO
CÂNCER DE CASCAVEL - PR
GUARAPUAVA
2011
TATIANE LIBERALI
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS PACIENTES
ONCOLÓGICOS EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO NO HOSPITAL DO
CÂNCER DE CASCAVEL - PR
Trabalho de Conclusão de Curso a ser
apresentado ao Departamento de
Nutrição, da Universidade Estadual do
Centro-Oeste (UNICENTRO), como
requisito parcial para obtenção do
título de Bacharel em Nutrição.
Orientador (a): Prof.(a) Esp. Patrícia
Chiconatto
GUARAPUAVA
2011
2
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS PACIENTES
ONCOLÓGICOS EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO NO HOSPITAL DO
CÂNCER DE CASCAVEL - PR
Assessment of nutritional status of cancer patients undergoing chemotherapy at
the Cancer Hospital of Cascavel - PR
LIBERALI, Tatiane1
CHICONATTO, Patrícia2
RESUMO
O comprometimento do estado nutricional é uma condição frequente nos pacientes
com câncer que realizam tratamento quimioterápico, e na maioria das vezes está
associado aos índices de mortalidade, maior tempo de hospitalização e aumentando a
suscetibilidade a infecções, sendo um fator de prognóstico negativo. Dessa forma, o
presente estudo teve como objetivo analisar o perfil nutricional de pacientes
oncológicos submetidos à quimioterapia, no Ambulatório de Quimioterapia do Hospital
do Câncer de Cascavel – PR, com base em medidas antropométricas e alimentares. O
estudo abrangeu 93 pacientes, com faixa etária entre 30 e 86 anos. De acordo com o
índice de massa corporal (IMC), a maioria dos pacientes adultos encontram-se
eutróficos (39,21%) (n=20) e os pacientes idosos a sua maioria baixo peso (52,38%)
(n=22). A perda de peso foi maior nas mulheres adultas quando comparadas com os
homens, com diferença estatística significante (p=0,01). Desta forma, destaca-se a
importância da terapia nutricional em todas as fases do tratamento, a fim de minimizar
os efeitos colaterais, diminuindo assim as complicações e reverter o quadro desse
indivíduo sem causar maiores danos a sua saúde.
Palavras-chave: avaliação nutricional, câncer, quimioterapia
ABSTRACT
The poor nutritional status is a common condition in patients with cancer undergoing
chemotherapy, and most often is associated mortality, longer hospital stays, increasing
susceptibility to infections, and a negative prognostic factor. Thus, this study aimed to
analyze the nutritional profile of cancer patients undergoing chemotherapy in the Clinic
of the Cancer Hospital of Cascavel – PR, based on anthropometric measurements and
food. The study includes 93 patients, aged between 30 and 86 years. It was observed
that the IMC, the majority of adult patients are eutrophic 39.21% (n=22). Weight loss
was higher in adult women compared with men, with significant statistical difference
(p=0.01). Thus, importance of nutrition therapy at all stages of treatment in order to
minimize side effects, thus reducing complications and reverse the situation of that
individual without causing further damage to your health.
Key words: nutritional assessment, cancer, chemotherapy
1
Acadêmica do curso de Nutrição da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
Professora Especialista do Departamento de Nutrição da Universidade Estadual do CentroOeste (UNICENTRO)
2
3
INTRODUÇÃO
O câncer representa um problema de saúde pública e é caracterizado
pela replicação de células anormais que espalham-se até a formação de uma
massa de tecido denominada tumor1,2.
Na maioria dos pacientes as causas do câncer são desconhecidas. Em
aproximadamente 5% dos casos ocorrem por herança genética e 95% dos
casos são definidos por causas ambientais, sendo esta uma doença da
combinação de fatores genéticos, associados aos fatores ambientais, como:
tabagismo, exposição aos raios ultravioletas, dieta, uso de álcool, agentes
infecciosos, drogas, poluentes industriais e radiação3.
O comprometimento do estado nutricional é uma condição frequente
nos pacientes com câncer e está associado com maiores índices de
mortalidade e morbidade, maior tempo de hospitalização4, aumentando a
suscetibilidade a infecções, sendo um fator de prognóstico negativo5,6,7.
A maior conseqüência do câncer é o aumento do risco de
complicações do paciente6,8,9, pois, contribuem para a redução na ingestão de
alimentos, dificuldade de absorver nutrientes e alterações metabólicas
provocadas pelo tumor, aumento da demanda calórica pelo crescimento do
tumor10
e na maioria dos casos, perda de massa magra, xerostomia,
constipação
intestinal,
disfagia,
náuseas,
vômitos,
sensação
de
empachamento, mudança no paladar, estomatites e diarréia que podem
contribuir para a perda de peso e comprometer a qualidade de vida11.
O objetivo nutricional durante o tratamento está em controlar as
complicações decorrentes e as demais irregularidades, como os efeitos
colaterais da quimioterapia, sendo ele agressivo as células e aos tecidos
normais12.
A avaliação nutricional é importante na identificação de riscos, em
decorrência da patologia, essencial para implantação de terapia nutricional
para auxiliar no tratamento oncológico. Para isso, deve ser frequente para a
escolha da melhor conduta dietoterápica12. Desta forma, o peso corporal tornase um componente fundamental da avaliação, pois é um marcador indireto de
4
massa
protéica
e
de
reservas
de
energia13.
Os
principais
índices
antropométricos utilizados na avaliação nutricional de pacientes oncológicos
são o peso, altura, índice de massa corporal (IMC), prega cutânea tricipital
(PCT) e circunferência do braço (CB)14.
É necessário avaliar a capacidade funcional do paciente, como a
presença de fadiga e limitação para desenvolver atividades diárias, perda de
peso, alterações no padrão alimentar, presença de sintomas gastrintestinais,
demanda metabólica relacionada com a doença, gordura subcutânea, desgaste
muscular, presença de edema, doenças cardiovasculares, diabetes e ascite7.
As necessidades nutricionais dos pacientes oncológicos diferem da dos
pacientes normais, devido ao metabolismo estar elevado, as funções estarem
prejudicadas, por isso ocorre aumento na perda de nutrientes, já que o estado
nutricional encontra-se afetado devido ao tratamento15,16,17. Dessa forma, o que
mais se objetiva é recuperar o estado funcional, normatizar a composição
corpórea e os déficits acumulados, garantindo o desempenho de sistemas
vitais como: a capacidade de cicatrização, a função imunológica, e não menos
relevante, auxiliar na qualidade de vida18.
A perda de peso e desnutrição é encontrada na maioria dos pacientes,
variando de acordo com a localização e estádio do tumor19. Para Dias et al.,
(2006)20 a prevalência de desnutrição em pacientes oncológicos é cerca de
90% dos casos, essa estatística ocorre porque não se alia o tratamento
medicamentoso da doença com uma dieta alimentar equilibrada.
Os tipos de tratamento no câncer são complexos. Entre eles encontrase o tratamento cirúrgico, a radioterapia, a quimioterapia, a hormonioterapia e,
mais recentemente, a imunoterapia, cujos resultados são promissores. Além do
comprometimento do estado nutricional já causado pelo próprio tumor, os tipos
de tratamentos também pode influenciar no estado nutricional do indivíduo21.
O tratamento quimioterápico consiste no uso de drogas injetáveis que
provocam queda da imunidade e que atuam na destruição de células
proliferativas. Por ser um tratamento sistêmico, todos os tecidos podem ser
afetados, particularmente aqueles na mucosa oral, gastrointestinal e no sistema
hematopoiético. Este tratamento tem a finalidade de diminuir ou impedir o
5
crescimento e a divisão das células cancerosas, que possuem uma rápida
divisão. Atualmente, com o avanço dos estudos, os compostos químicos estão
menos tóxicos e mais ativos, mas mesmo assim, são vários os efeitos
colaterais do tratamento20.
Durante o tratamento, as células sadias também são atingidas,
principalmente
as
do
sistema
digestivo,
pois
também
apresentam
características de rápida divisão, mas diferentemente das células neoplásicas,
as células normais apresentam um tempo de recuperação previsível, por isso,
a quimioterapia pode ser aplicada repetidamente, respeitando o intervalo de
tempo necessário para recuperação das células22,23.
Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo traçar o estado
nutricional
de
pacientes
oncológicos
submetidos
à
quimioterapia,
no
Ambulatório de Quimioterapia do Hospital do Câncer de Cascavel – PR, com
base em medidas antropométricas e hábitos alimentares, buscando um maior
entendimento sobre a influência desse tratamento no estado nutricional dessa
população estudada.
CASUÍSTICAS E MÉTODOS
Trata-se de um estudo transversal, prospectivo, retrospectivo e
descritivo em que a população de estudo foi constituída por 93 pacientes
oncológicos em tratamento quimioterápico. A amostra se constitui de pacientes
adultos e idosos, com idade entre 30 e 86 anos, com alguma neoplasia, no
período de junho à julho de 2011 e que concordaram em participar do estudo,
perante aprovação prévia do Comitê de Ética em Pesquisa (COMEP) (Anexo 1)
da Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO, sob o protocolo nᵒ
344/2010, atendendo a resolução 196-96 do Conselho Nacional do Ministério
da Saúde – Brasil, sendo que os pacientes somente foram incluídos na
pesquisa após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) (Apêndice 1), sendo excluídos da pesquisa os pacientes que não
encontravam-se em tratamento quimioterápico.
6
Por meio da avaliação alimentar, que constava da primeira parte do
questionário, constituído de perguntas sobre a presença de alguma patologia,
como
hipertensão
arterial
sistêmica,
Diabetes
Mellitus,
doenças
cardiovasculares e constipação (antes do tratamento), presença de fatores
limitantes durante o tratamento quimioterápico, modificação da ingestão
alimentar e sintomas que causam impacto no estado nutricional, avaliando a
existência de dificuldade para mastigar e deglutir, náuseas, vômitos, diarréia,
mucosites, constipação (durante o tratamento), modificação na consistência
dos alimentos, ingestão dietética modificada ou não e existência de alguma
aversão alimentar.
Além da entrevista foi realizada busca ao prontuário eletrônico do
hospital, para verificação do diagnóstico e dados relacionados à história clínica
dos pacientes.
As variáveis antropométricas coletadas foram: peso atual (PA), peso
usual (PU), altura, circunferência braquial (CB) e prega cutânea tricipital (PCT).
A partir destas medidas foram calculados: o índice de massa corporal (IMC) e a
circunferência muscular do braço (CMB).
Para a avaliação do estado nutricional, foram considerados o peso
atual com auxílio da balança digital de chão da marca Britânia
, com
capacidade de 150 Kg e precisão de 100 g. O peso usual foi mencionado
através de uma entrevista, sendo questionado o peso anterior de seis meses.
Assim, foi obtida a percentagem da perda de peso (%PP), calculada pela
fórmula: Peso Atual – Peso Habitual/Peso habitual X 100, sendo considerada
perda significativa superior a 10% do peso habitual nos últimos 6 meses24. A
altura foi medida utilizando um estadiômetro acoplado à parede com limite de
2,10 metros e precisão de 1,0 milímetros, adipômetro da marca Sanny®,
apresentando escala de 0 a 80 mm, resolução de 0,5 mm e uma fita métrica
inextensível para as medidas, com comprimento de 150 centímetros (cm) e
sensibilidade de 0,1cm. O protocolo para aferição do peso e altura foram
realizadas conforme a metodologia descrita por Duarte e Castellani25.
Para aferição da circunferência do braço (CB), deixou-se o braço
estendido, relaxado e ligeiramente afastado do corpo e foi avaliada por meio da
7
classificação de percentis26. A circunferência muscular do braço (CMB) foi
interpretada segundo os critérios de Blackburn et al.27.
A prega cutânea tricipital (PCT) foi medida na face posterior do braço,
paralelamente ao eixo longitudinal, no ponto que compreende o ponto médio do
braço direito, entre a borda súpero-lateral do acrômio e o olécrano. Os
resultados foram avaliados segundo os critérios estabelecidos na literatura28,29,
considerando-se depleção para P15 e excesso de gordura para P95.
O cálculo do índice de massa corporal (IMC) que é um indicador
simples de estado nutricional calculado pelo peso atual (Kg)/estatura (m2),
classificando-se o estado nutricional de acordo com os critérios da OMS
(1998)30 para adultos e Lipschitz31 para idosos (≥ 60 anos).
Os dados coletados foram tabulados em planilha Excel 2007,
representados através de tabelas, gráficos e análise descritivas e pelos testes
estatísticos, com auxilio do Programa de Análise Estatística Sisvar, versão 5.3
foram realizadas Teste T-student para amostras independentes. O nível de
significância adotado para os testes estatísticos foi de 5% (p<0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O estudo foi composto por 93 pacientes, sendo que 39 (41,94%) eram
do gênero masculino e 54 (58,06%) do gênero feminino, com idade entre 30 e
86 anos.
A idade média da amostra corresponde a 57,77 (±11,41) anos.
Observou-se que quanto a faixa etária dos pacientes em tratamento
quimioterápico 42 (45,16%) eram idosos e que 51 (54,83%) eram adultos.
Tabela 1
Idade média, segundo gênero masculino e feminino, dos
pacientes em quimioterapia no Hospital do Câncer de Cascavel, PR, nos
meses de junho a julho de 2011.
Gênero
Idade média
(anos)
Masculino (n=39)
58,4
Feminino (n=54)
57
Idade mínima
(anos)
30
30
Idade máxima
(anos)
86
85
8
Caracterizando o grupo segundo o gênero e a localização do tumor,
observou-se que os pacientes masculinos apresentaram tumores localizados
na próstata, estomago, ósseo e na região pulmonar. Em relação ao grupo
feminino, as localizações dos tumores encontrados foram na mama, intestino,
reto, linfoma e no cérebro. Em ambos os gêneros foram encontrados no
intestino, estômago, linfático e ósseo, como podemos observar na Tabela 2.
Tabela 2 Frequência de diferentes neoplasias dos pacientes em
quimioterapia no Hospital do Câncer de Cascavel, PR, nos meses de junho a
julho de 2011.
Localização
Mama
Intestino
Próstata
Linfoma
Estomago
Ósseo
Cérebro
Reto
Pulmão
TOTAL
Masculino
(n=39)
10
10
3
4
2
1
39
Feminino
(n=54)
35
17
4
1
1
3
2
54
Para Hortegal et al. (2009)32, foram encontradas cinco localizações
diferentes de tumores, dentre os quais 11 (36,7%) no sistema gastrointestinal
(esôfago, faringe, fígado, intestino, cólon e reto), 8 (26,7%) no pulmão, 6 (20%)
relacionados à mulher (mama, útero e ovário), 1 (3,3%) no trato urinário (rim e
bexiga) e 4 (13,3%) outros tipos de câncer.
No estudo de Leandro-Merhi et al. (2004)11 no gênero feminino (39,2%)
prevaleceu a neoplasia colo-retal (66,6%) e no masculino a esofágica foi a mais
frequente (87,5%). Diferentemente do presente estudo, no gênero feminino
(58,06%) prevaleceu a neoplasia mamária (37,64%) e no masculino a intestinal
(10,75%) e na região da próstata (10,75%) foram as mais frequentes.
9
Tabela 3 Descrição dos valores médios±desvio padrão dos parâmetros
antropométricos de acordo com gênero e idade
Masculino
(n=18 )
Peso (Kg)
Altura (m)
IMC (Kg/m2)
CB (cm)
CMB (cm)
PCT (mm)
Perda de peso (%)
Adultos
74,42±15,25
1,74±0,07
24,41±4,02
29,07±4,46
24,24±4,43
15,38±5,70
8,68±4,73
Feminino
(n=33 )
Masculino
(n=21)
Feminino
(n=21)
69,73±18,06
1,58±0,06
27,71±6,75
30,64±5,73
22,08±3,39
27,24±10,98
13,43±9,50
Idosos
64,81±14,47
1,69±0,07
22,64±4,83
25,71±3,46
21,47±3,28
13,25±5,33
15,25±9,09
61,22±14,01
1,59±0,08
24,29±5,75
28,57±4,60
21,52±2,71
22,46±9,38
10,75±7,63
Pela avaliação antropométrica, O IMC médio dos adultos masculinos
foi de 24,41 (±4,02) Kg/m², encontrando-se quatro pacientes em desnutrição
(7,89%), 20 (39,21%) na faixa da normalidade, 14 (27,45%) pacientes com
sobrepeso e 6 (11,76%) pacientes com algum grau de obesidade, conforme
Tabela 4. O IMC foi maior nas mulheres adultas, com média de 27,71 (±6,75)
Kg/m2. Observou-se que, pelo IMC, a maioria dos pacientes adultos
encontram-se eutrófico (39,21%) e os pacientes idosos a sua maioria
encontravam-se baixo peso (52,38%).
Estudo realizado por Gevaerd et al. (2008)18, com 95 pacientes em
duas etapas distintas, evidenciou de acordo com IMC um elevado percentual
de indivíduos eutróficos, sendo na primeira avaliação 60% destes e em um
segundo momento percentual de 48,42%.
10
Tabela 4 Classificação do estado nutricional dos pacientes em
quimioterapia no Hospital do Câncer de Cascavel, PR, por meio do Índice de
Massa Corporal segundo a idade
Classificação
Adultos
Desnutrição
Eutrofia
Sobrepeso
Obesidade
N
%
4
20
14
13
7,84
39,20
27,45
25,51
22
8
12
52,39
19,05
28,56
Idosos
Baixo peso
Eutrofia
Excesso de peso
Através do IMC, verificou-se que 27,95% (n=26) dos pacientes do
estudo apresentaram desnutrição, para Waitzberg32 a incidência foi de 30 a
50% e Argilés et al.34 encontraram incidência de 20 a 80%, corroborando com o
presente estudo. Ao avaliar o estado nutricional de pacientes com diferentes
tipos de câncer, Meyenfeldt35 afirmou que a desnutrição estava presente em 80
a 85% dos pacientes com câncer de pâncreas, em 65 a 85% com câncer de
estômago, em 65 a 75% com câncer de cabeça e pescoço e em 10% dos
pacientes com câncer urológico.
Já para os pacientes idosos, a maioria, 52,39% (n=22) encontravam-se
em baixo peso. Segundo estudo de Fortes et al.36 32,30% dos idosos
apresentaram baixo peso. Para Melo et al.37 a maioria dos pacientes (56%) do
estudo, apresentavam baixo peso.
Ao analisarmos os dados antropométricos, observa-se que os idosos
do gênero masculino apresentaram os menores valores de IMC, CB, CMB e
PCT quando comparado ao sexo feminino, sem diferença significante (p>0,05).
Mas que, esses valores médios do IMC encontram-se em baixo peso e a CMB
está com desnutrição moderada.
Ao comparar o IMC entre mulheres adultas e idosas, percebe-se, que
as mulheres adultas possuem maior índice que as idosas, sem diferença
significativa (p>0,05).
11
Através dos dados de composição corpórea, apresentados na Tabela
3, a média da CB foi de 29,07 (±4,46) cm para os homens adultos, 25,71
(±3,46) cm para homens idosos, 30,64 (±5,73) cm para mulheres adultas e
28,57 (±4,60) cm para mulheres idosas, desta forma, analisando a população
estudada de adultos e idosos, encontrou-se 34,57% (n=28) em desnutrição,
44,44% (n=36) na faixa de normalidade, 11,11% (n=9) em sobrepeso e 9,88%
(n=8) em risco para obesidade.
A média de CMB foi de 24,24 (±4,43) cm para homens adultos, 21,47
(±3,28) cm para homens idosos, 22,08 (±3,39) cm para mulheres adultas e
21,52 (±2,71) cm para mulheres idosas, sendo que 40% dos pacientes
apresentaram desnutrição e 60% apresentaram-se eutróficos.
Pode-se observar também, que a perda de peso foi maior nos adultos
do gênero feminino quando comparado com o gênero masculino, com
diferença significância estatística (p=0,01) e nos adultos a perda de peso foi
maior no gênero feminino. O valor correspondente a perda de peso dos
homens idosos foi bastante acentuado chegando a 15,25% (±9,09), segundo
metodologia, considerada significativa se superior a 10% do peso usual nos
últimos 6 meses, conforme Tabela 2. Mas que comparando com o gênero
feminino não há diferença significativa (p>0,05).
A PCT teve como média para homens adultos de 15,38 (±5,70) mm,
homens idosos de 13,25 (±5,33) mm, mulheres adultas 27,24 (±10,98) mm e
mulheres idosas de 22,46 (±9,38) mm, sendo 30,86% (n=25) classificados
como desnutridos, 17,28% (n=14) eutróficos, 9,88% (n=8) apresentaram
sobrepeso e 41,98% (n=34) em risco para obesidade.
Contrariamente a estes achados, Ulsenheimer et al.1 encontraram
percentual para desnutrição segundo os mesmo indicadores de 66,67% para
PCT, 38,89% para CB e 16,67% para CMB. Já no estudo de Hortegal et al.32,
os pacientes apresentaram algum grau de desnutrição (73,3%) segundo a
PCT, sendo que apenas 13,3% encontrava-se em eutrofia. Em relação à CB,
66,7% dos pacientes apresentaram algum grau de desnutrição.
12
Figura 1 Classificação do estado nutricional (percentual) de
pacientes que realizam quimioterapia no Hospital do Câncer de Cascavel,
PR, através da Prega Cutânea Tricipital, Circunferência do Braço e
Circunferência Muscular do Braço.
Os métodos antropométricos utilizados neste estudo mostraram que
houve diferença entre os indicadores de avaliação nutricional. De forma
simular, os autores Ulsenheimer et al.1, encontraram em seu estudo diferentes
percentuais de desnutrição conforme o indicador de avaliação (IMC, PCT, CB e
CMB) empregado. No estudo em questão, PCT foi responsável pela detecção
de maior percentual de pacientes desnutridos. Sabe-se que a depleção de
massa magra corporal é a principal responsável pela redução da sobrevida em
pacientes com câncer15.
A alteração de peso durante o tratamento ocorreu em 55,91% (n=52)
dos pacientes. A média do percentual de ganho de peso foi de 2,39% no
gênero masculino e 12,24 % no gênero feminino. Apenas sete pacientes
(7,52%) não tiveram alteração de peso durante o tratamento quimioterápico.
Entretanto foi observado que 34,40% (n=32) ganharam peso durante o
tratamento, sendo que 68,75% (n=22) serem do gênero feminino e 31,25%
(n=10) do gênero masculino.
13
A perda de peso nos pacientes adultos foi de 22,11% e nos pacientes
idosos foi de 26%, sendo a média do percentual de perda de peso nos homens
adultos de 8,68% (±4,73), nos idosos 10,75% (±7,63), nas mulheres adultas
13,43% (±9,50) e nas idosas 10,75% (±7,63). De forma oposta, no estudo feito
por Sarhill et al.38, os autores concluíram que homens apresentam maior
percentual de perda de peso em comparação às mulheres.
Jamnik et al.39 afirmaram que a perda de peso nos pacientes com
câncer tem etiologia multifatorial, citando como possíveis causas o aumento do
consumo de energia, anorexia secundária a alteração do paladar e ainda a
resistência à terapia. Neste sentido, o trabalho de Gevaerd et al.18 realizado
com 95 pacientes oncológicos em terapia nutricional enteral evidenciou perda
de peso em 52,64% destes. A perda de peso também foi evidenciada por Dias
et al.20 em 55 % dos estudados, em uma amostra composta por 20 pacientes
portadores de neoplasias em tratamento quimioterápico.
A
maioria
dos
pacientes
(52,68%)
(n=49)
não
apresentaram
comorbidades associadas com o câncer, com destaque para a hipertensão
(21,5%) (n=20), constipação e hipertensão (7,53%) (n=7), constipação (5,38%)
(n=5) e Diabetes Mellitus (1,07%) (n=1).
Em relação aos sintomas gastrointestinais, percebeu-se que 74,20%
(n=69) dos pacientes apresentavam alguns dos seguintes sintomas: anorexia,
constipação, náuseas, vômitos, diarréia e mucosite (Gráfico 2).
14
Figura 2 Sinais e sintomas gastrointestinais (em %) encontrados
nos pacientes que realizam quimioterapia no Hospital do Câncer de
Cascavel, PR, nos meses de junho a julho de 2011, em decorrência do
tratamento.
No estudo de Tarlovsky e Salmean40 as náuseas prevaleceram, num
total de 92,3% dos pacientes e disgeusia com 61,5%.
Segundo Mahan e Scott-Stump41 e Oliveira et al.42, o tratamento
antineoplásico pode resultar em efeitos colaterais que afetam o estado
nutricional dos pacientes por interferir na função do órgão onde está localizado.
A quimioterapia pode levar a mucosite, náuseas, vômitos, estomatites, fadiga,
aumentando a susceptibilidade à infecção, contribuindo para piora do estado
nutricional.
Dias et al.20 ao estudarem o grau de interferência dos sintomas
gastrintestinais no estado nutricional do paciente oncológico, verificaram que
70% dos pacientes apresentaram de forma exclusiva ou associada os
sintomas. Segundo Novaes e Pantaleão43, o tratamento antineoplásico está
associado com sequelas agudas e tardias que afetam o estado nutricional.
Estas podem estar associadas a alteração de paladar, diminuição de apetite,
anorexia e perda de peso, além de outros efeitos colaterais como náuseas,
vômitos, dor abdominal e má absorção.
15
Kennedy e Diamond44, Anelli45 e Gimenez46 verificaram que a mucosite
é o efeito colateral mais frequente no tratamento antineoplásico, diferentemente
do presente estudo. A quimioterapia interfere no ciclo celular da mucosa,
alterando a integridade e composição salivar.
Em relação a mudança na alimentação, 33,33% (n=31) relataram
alteração na consistência dos alimentos, 66,66% (n=62) não tiveram mudança.
Para Attolini e Gallon47 60% dos casos (n=12) relataram alteração. Para
mudança na consistência dos alimentos, 85% dos casos (n=17) não tiveram
mudança.
As aversões alimentares, presente em 37,63% (n=35) dos pacientes,
resultam do próprio tratamento sobre o funcionamento das células sensoriais.
Os alimentos mais mencionados foram a carne bovina, suína e de frango,
arroz, feijão, sopa, molhos, leite, queijo e derivados.
Em estudo realizado com 52 pacientes submetidos à quimioterapia,
Holmes48 mostrou que 62% apresentaram aversão após o inicio do tratamento
e os alimentos mais citados foram: café, chá, frutas cítricas, chocolate e carne
vermelha. Já, no estudo de McEligot et al.49, comparando mulheres com
história de câncer de mama, encontraram aversão para alimentos como bolo,
manteiga e produtos lácteos.
CONCLUSÃO
O estudo evidenciou acentuada perda de peso nos pacientes idosos,
principalmente no gênero masculino. Sabe-se que os mecanismos que levam a
desnutrição no paciente com câncer é causada por vários fatores, e que a taxa
de morbimortalidade em pacientes desnutridos continua muito alta. Por isso a
terapia nutricional se faz necessária em todas as fases do tratamento, a fim de
minimizar os efeitos colaterais. É importante fazer uma avaliação no paciente
precoce para detectar a desnutrição o mais rápido possível, diminuindo assim
as complicações e reverter o quadro desse indivíduo sem causar maiores
danos a sua saúde.
16
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20
ANEXOS
21
Anexo 1 - Aprovação prévia do Comitê de Ética em Pesquisa (COMEP)
22
APÊNDICES
23
Apêndice 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Prezado paciente, gostaria de convidá-lo a participar de um estudo que tem como
objetivo a “Avaliação do estado nutricional em pacientes oncológicos”. É através das pesquisas
clínicas que ocorrem os avanços importantes em todas as áreas, e sua participação é
fundamental. O objetivo desta pesquisa é estudar o perfil nutricional dos pacientes oncológicos,
avaliação nutricional e a composição corporal, classificando de acordo com o sexo, idade e
estado nutricional. Se aceitar participar deste estudo você terá que me ceder alguns minutos
para responder a um questionário sobre sua alimentação e a avaliação antropométrica (peso,
altura e dobras cutâneas). A sua participação neste estudo é voluntária.
Contudo, se você não quiser mais fazer parte da pesquisa poderá solicitar de volta o
termo de consentimento. No entanto, sua participação é muito importante porque sua avaliação
nutricional trará informações para elaboração de projetos de manutenção ou recuperação do
estado nutricional.
Na entrevista constam algumas perguntas pessoais, podendo causar certo
constrangimento, no entanto, todas as informações divulgadas, serão feitas sob forma de
código e confidencial, mantendo a privacidade do entrevistado e garantido o acesso à todas as
informações que você queira, antes, durante e depois do estudo, inclusive às autoridades
responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. A docente responsável
por este estudo é a Profª. Patricia Chiconatto do Departamento de Nutrição e a acadêmica
Tatiane Liberali do curso de Nutrição. Quaisquer dúvidas relativas à pesquisa poderão ser
esclarecidas pelas pesquisadoras nos telefones (42) 9127-8700 (Patricia) e (42) 9918-3673
(Tatiane).
Serão recrutados os pacientes que estiverem em tratamento oncológico e que aceitarem
em participar voluntariamente da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido.
Eu,_______________________________ acredito ter sido suficientemente informado (a)
a respeito das informações que li ou que foram lidas para mim, descrevendo o estudo
“Avaliação do estado nutricional em pacientes oncológicos”, Ficando claros os propósitos dos
procedimentos a serem realizados e seus desconfortos.
Concordo voluntariamente com o que será realizado sem penalidades, prejuízos ou
perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido.
Atenciosamente,
_________________________
(Assinatura do sujeito da pesquisa ou do responsável)
___________________________
Tatiane Liberali
Acadêmica de Nutrição
____________________________
Patricia Chiconatto
Professora Orientadora
24
Apêndice 2 – Questionário (não validado) de Avaliação nutricional
Nome completo:
Data de nascimento:__/__/__
( ) Diabetes Mellitus
( ) HAS
( ) DCV
( ) Constipação – antes do tratamento
Dificuldade para mastigar? ( ) sim ( ) não ( ) Por que?
Dificuldade para deglutir? ( ) sim ( ) não ( ) Por que?
Alergia alimentar? ( ) sim ( ) não ( ) Quais alimentos
Mudança de peso nos últimos 6 meses? ( ) sim ( ) não
Quantos Kg?____
Ingestão dietética:
( ) não mudou
( ) houve mudança
Tipo de mudança:
( ) sólida
( ) líquida
( ) pastosa
( ) jejum
Aversão alimentar:
Sintomas gastrointestinais:
( ) nenhum
( ) náuseas
( ) vômitos
( ) diarréia
( ) anorexia
( ) constipação – durante o tratamento
( ) mucosite
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tatiane liberali avaliação do estado nutricional dos pacientes