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o electricista
Helena Paulino
no mundo dos
equipamentos de BT
{ABB ORGANIZA SEMINÁRIO EM TEMAS ACTUAIS DE BAIXA Tensão}
A Divisão Low Voltage Products da ABB organizou um seminário direccionado para a “Legislação, soluções e novas ferramentas de dimensionamento de equipamentos de Baixa Tensão”, que decorreu no dia 9 de Novembro na Fundação Dr.
António Cupertino de Mirando no Porto, e dois dias mais tarde
em Paço de Arcos, mais exactamente no Hotel Lagoas Park. O
evento contou com a presença de cerca de 250 participantes.
Neste seminário foram abordadas vários
temas prementes da área da Baixa Tensão,
com destaque para a apresentação do software PDC (Panel Design Configurator), um
software de dupla funcionalidade que permite o dimensionamento de quadros eléctricos de Baixa Tensão e a orçamentação
de todos os produtos que os integram. As
intervenções estiveram a cargo de Carlos Lima, Director-Geral da Divisão, e dos
seus colaboradores Miguel Oliveira, Paulo Branco, Manuel Dias e Serafim Ricardo
que, juntos, forneceram informação muito
relevante e propiciaram um dia muito proveitoso, num ambiente participativo com
uma multiplicidade de questões colocadas
aos oradores. Estiveram presentes Francesc
Lopez e Julio Alvarez, responsáveis ibéricos
da ABB para as áreas dos quadros eléctricos
e do software PDC respectivamente, e ainda
Antxon Lopez, Director de Marketing Ibérico
da Divisão Low Voltage Products. No final
do evento, os participantes puderam apreciar, in loco, múltiplos quadros para diversas
aplicações.
Manuel Dias e Serafim Ricardo explicaram a
evolução ocorrida com os softwares da ABB
até que se chegou ao inovador PDC – Panel Design Configurator. Este é um software
para a selecção de produtos de Baixa Ten-
são da ABB que também permite configurar
quadros eléctricos e realizar orçamentos de
projectos, permite automatizar e agilizar a
configuração de uma proposta de quadros
de distribuição e automação, ao utilizar a
aparelhagem ABB. O software garante a selecção de produtos e acessórios, a escolha
do tipo de quadros e do tipo de compartimentação, a selecção automática de kits, o
cálculo de dissipação térmica do quadro e
os tipos e os números de suportes de barramento. Além disso ainda permite criar graficamente as vistas frontais do quadro, comunicar com outros softwares da ABB, elaborar
orçamentos personalizados, listar os artigos,
macros para tarefas repetidas, exportar as
listas frontais para DXF, e ter uma base de
dados do utilizador.
ABB aposta na produtividade
com melhor energia
Carlos Lima apresentou a ABB como estando na vanguarda das tecnologias de energia
e automação, contabilizando 117 mil em-
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pregados em cerca de 100 países e vendas
de cerca de 32 mil milhões de dólares em
2009. Como empresa de engenharia, a ABB
auxilia os seus clientes a utilizar a energia
eléctrica de uma forma eficiente, de forma
a aumentar a produtividade industrial e a
reduzir o impacto ambiental. O portfólio da
ABB é composto por cinco divisões centrais
– Power Products, Power Systems, Discrete
Automation and Motion, Low Voltage Products, Process Automation – o que abrange
equipamento eléctrico, de automação, de
controlo e instrumentação para a produção
de energia e processos industriais; transmissão de energia; soluções para a distribuição
de energia; produtos de baixa tensão; motores e drives; sistemas robotizados, entre outros. As soluções ABB para energia e automação melhoram a capacidade, fiabilidade
e eficiência na rede com tecnologias inteligentes que aumentam a eficiência energética, reduzem as emissões de CO2, e melhoram
e aumentam a produtividade.
Na ABB, segundo ditou Carlos Lima, a combinação das tecnologias de energia e automação torna as redes eléctricas mais fiáveis,
flexíveis, seguras e eficientes. Os benefícios
das “smart-grids” incluem um menor consumo de energia e uma maior utilização
das energias renováveis. A ABB construiu e
está a construir projectos pioneiros, como
a primeira central de energia das ondas em
Portugal, a maior central de energia solar
da Europa em Espanha, entre outras de elevada envergadura. Para garantir toda esta
vantagem competitiva, a ABB investe mais
de mil milhões de dólares em I&D, colabora
com cerca de 70 universidade e possui 6 mil
investigadores e engenheiros. Em Portugal
contabiliza aproximadamento 400 colaboradores, repartidos entre as diversas unidades operacionais que fazem parte da ABB.
Na ABB
(...) a combinação das
tecnologias de energia
e automação torna as
redes eléctricas mais
fiáveis, flexíveis, seguras
e eficientes.
Novidades e normalização dos
quadros eléctricos
Miguel Oliveira apresentou as novidades e
soluções da ABB referentes aos equipamentos de Baixa Tensão: Confort Panel (painel
táctil interactivo), o PriOn (controlo multifunções através de um botão rotativo/
pressão), NIESSEN RF (comando táctil de
rádio frequência), SMISSLINE (sistema modular que reduz os custos da mão-de-obra
com montagem e ligação simples e rápida).
Outras novidades da ABB neste segmento
passam pelos automatismos de comutação
automática de redes para alimentação de
grupos de UPS, datacenters, aeroportos, hóteis e linhas de produção contínua; o Tmax
XT (gama de interruptores automáticos para
a distribuição de energia, protecção do motor e do gerador); os comutadores motori-
zados para datacenters, aeroportos, hospitais, hóteis e linhas de produção contínua;
geração de monitores de arco interno para a
indústria; o PSE (arrancadores suaves compactos); e protecção de motores até 32 A.
Nas soluções robustas em evolução, Miguel
Oliveira apresentou uma parafernália de
produtos: nova geração de disjuntores diferenciais, descarregadores de sobretensão
com protecção, bases de tomadas Shuko,
memória modular USB para calha DIN, módulo de control GSM, sinalizadores luminosos LED, limitador de corrente de curto-circuito, um comando motorizado para rearme
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remoto de disjuntores, contactores e relés
térmicos associados a motores até 18,5kW,
relés de controlo trifásico e de controlo de
frequência e falha à terra, fontes de alimentação trifásicas, bornes de ligação SNK, e
ainda a aparelhagem de segurança de máquinas JOKAB SAFETY.
Relativamente ao tema em concreto, aparelhagem de Baixa Tensão, a legislação nacional e normalização, RTIEBT Decreto-Lei
n.º 226/2005, Portaria n.º 949-A/2006, CE-
O vulgarmente designado
“quadro eléctrico” numa
perspectiva de invólucro,
a IEC 60670 toma um
papel significativo, já que
se definem as exigências
construtivas para as
“caixas” e “invólucros” para
aparelhagem eléctrica para
instalações em habitações.
NELEC e IEC, respectivamente, definem as
exigências técnicas de fabrico, execução e
funcionamento dos equipamentos considerados. Segundo relatou Paulo Branco: no
ponto normalização, quando falamos de
norma de produto, o vulgarmente designado “quadro eléctrico” numa perspectiva de
invólucro, a IEC 60670 toma um papel significativo, já que se definem as exigências
construtivas para as “caixas” e “invólucros”
para aparelhagem eléctrica para instalações
em habitações.
Por outro lado, a IEC 60364 a qual podemos considerar como a norma base da
nossa legislação, estabelece os requisitos
e exigências para as instalações eléctricas
de edifícios. Onde, por exemplo, a solução
Invólucros de Classe II (equipamentos com
duplo isolamento ou com isolamento reforçado) se apresenta como uma garantia de
protecção contra contactos indirectos no
art.º 413.2.
Estabelecidas as normas “estruturais” de
uma instalação de Baixa Tensão, surge a
nova norma IEC 61439 dedicada aos Conjuntos de Aparelhagem de Baixa Tensão. Ao
entendermos um Conjunto como, uma associação de equipamentos, convenientemente
agrupados, incluindo as suas ligações, es-
truturas de suporte e invólucro, destinado a proteger, a comandar ou a controlar
instalações eléctricas, a presente norma,
estabelece como objectivo essencial, o harmonizar das regras e requisitos de carácter
geral aplicáveis a conjuntos de aparelhagem
de Baixa Tensão, e obter uma uniformização
comum e entendível por todos os intervenientes (gabinetes de projecto, quadristas,
instaladores, fiscalização e distribuição,
entre outros), evitando assim qualquer verificação segundo outras normas. A norma
antecessora (IEC 60439) falava em Ensaios
Individuais, mas hoje fala em Verificações,
mantendo, contudo, ensaios obrigatórios. A
verificação é a prova dos requisitos e levará
por consequência a uma razoável afirmação: “conjunto cablado conforme norma de
referência IEC 61439.”
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