Liminar garante funcionamento de UTI de
hospital em Niterói, mas diretor diz que não
pode atender gestações complicadas
A fachada do Hospital Universitário Antônio Pedro Foto: Giulliane Viêgas
Publicado em23/05/13 06:30
Giulliane Viêgas
A Secretaria de Saúde de Niterói ganhou na Justiça uma liminar que obriga o Hospital
Universitário Antônio Pedro, em Niterói, a manter as atividades em sua UTI neonatal. A
determinação foi dada pelo juiz Cássio Murilo Monteiro, do 8º Juizado Especial
Federal.
Na semana passada, segundo o governo municipal, a direção do Antônio Pedro enviou
ofício à secretaria informando o fechamento da maternidade de alto risco e da sua UTI
neonatal, por conta de superlotação. O diretor do hospital, Tarcísio Rivelo, no entanto,
nega que tenha falado em fechar as portas.
Segundo ele, o que foi informado é que a unidade estava sem condições de receber
gestantes de alto risco. Ele diz que a UTI está superlotada, mas funciona:
Rede sobrecarregada
- Não podemos atender se não temos condições. Por isso, quando é alto risco, nós
transferimos imediatamente para um hospital que esteja apto a receber essa gestante.
Segundo Rivelo, diariamente sete mulheres procuram os serviços de UTI da unidade. E,
há 30 dias, a casa de saúde está funcionando com superlotação na UTI neonatal. O local,
que tem capacidade para 15 leitos, está com três vagas extras.
- Estamos buscando soluções, pois, assim, não pode ficar - acrescenta o diretor.
Nos próximos meses, com o novo Getulinho, a Secretaria de Saúde pretende dobrar o
número de leitos para gestantes e passar a oferecer ainda leitos de UTI neonatal.
Para o secretário de Saúde de Niterói, Chico D’Angelo, toda a rede pública de
atendimento a gestantes na cidade está sobrecarregada. E, com isso, outros hospitais
também são atingidos.
- O fechamento desta unidade significaria falta de assistência para a população explicou.
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