Universidade do Minho
Escola de Engenharia
Ricardo Jorge Martins de Carvalho Jesus
Projecto de Instalação Eléctrica de
Baixa Tensão de um Lar de Idosos
Tese de Mestrado
Ciclo de Estudos Integrados Conducentes ao
Grau de Mestre em Engenharia Eléctrónica Industrial e Computadores
Trabalho efectuado sob a orientação do
Professor Doutor Manuel João Sepúlveda Mesquita de
Freitas
Junho de 2010
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao orientador do meu trabalho, Doutor Manuel Sepúlveda pela sábia orientação, pela
disponibilidade e conselhos dados.
A toda a minha família e amigos pela compreensão, carinho e incentivo e em especial à minha
filha Mariana Jesus.
A todos quantos tornaram possível esta investigação o meu sincero agradecimento e
reconhecimento, principalmente ao Eng. André Sousa Casalta.
iii
iv
RESUMO
A presente dissertação insere-se no âmbito da obtenção do grau de Mestre em Engenharia
Electrónica Industrial e Computadores na Universidade do Minho elaborada sob a orientação do
Professor Doutor Manuel Sepúlveda.
Para se elaborar um projecto eléctrico é necessário, antes de mais, atender às
necessidades específicas do caso de estudo e legislação associada.
Assim, dado que se trata de um Projecto Eléctrico de Baixa Tensão de um Lar de Idosos,
procedeu-se a uma leitura e reflexão cuidada acerca da legislação vigente aplicada a edifícios
com estas características.
Antes de se elaborar este projecto reflectiu-se sobre aspectos como a segurança,
economia, fiabilidade, flexibilidade de exploração e de utilização e custos associados. Isto para
que este Projecto Eléctrico de Baixa Tensão, aplicado a um Lar de Idosos fosse tão bem
concebido quanto possível.
A estrutura do presente trabalho assentou em três passos essenciais complementares: o
primeiro diz respeito à concepção de projectos eléctricos com base na legislação vigente; o
segundo consubstanciou-se na aplicação prática da legislação em vigor para um projecto
eléctrico e o último na concepção das peças desenhadas e simulação da distribuição da
iluminação no programa Dialux.
Palavras-Chaves – Instalações Eléctricas, Desenho assistido por computador
v
vi
ABSTRACT
The present research work falls under the degree of Master in Industrial Electronics and
Computers at the University of Minho under the guidance of Professor Manuel Sepúlveda.
To draw up an Electrical draft it is necessary to know all the specific needs of the case study and
associated legislation.
Since it is a low voltage electrical daft of a Home for the Aged, it was proceeded a careful
reading and thinking on the legislation applied to buildings with such characteristics.
This research work was preceded by a reflection on various points such as: security,
economy, reliability, operational flexibility and use and associated costs, in order to assure that
this low voltage electrical daft is designed as well as possible.
The structure of the present research work is based on three essential steps: the first
concerns on the design of electrical drafts based on the current legislation, the second refers to
the practical application of the existing legislation in this project and the last tram in the design
of the draft and simulating the distribution of lighting in Dialux software.
Keywords – Electrical Installations, Computer Aided Design
vii
viii
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................. iii RESUMO ....................................................................................................................................... v ABSTRACT ................................................................................................................................. vii ÍNDICE DE TABELAS .............................................................................................................. xii ÍNDICE DE FIGURAS .............................................................................................................. xiii LISTA DE SÍMBOLOS E ACRÓNIMOS ................................................................................ xv CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1 1.1 OS PROJECTOS DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS ..................................................... 3 1.2 CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS DE BAIXA TENSÃO .................... 4 1.3 MOTIVAÇÕES DO TRABALHO ........................................................................................ 6 1.4 OBJECTIVOS ......................................................................................................................... 7 1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ..................................................................................... 8 CAPÍTULO II – CONDIÇÕES TÉCNICAS .............................................................................. 9 2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS ...................................................................................... 11 2.1.1 – Código IP ....................................................................................................... 11 2.1.2 – Código IK ....................................................................................................... 12 2.1.3 – Influências Externas ....................................................................................... 12 2.1.4 – Selecção dos Equipamentos .......................................................................... 13 2.1.5 – Estabelecimentos recebendo Público ............................................................ 13 2.2 QUADROS ELÉCTRICOS .................................................................................................. 14 2.2.1 – Selecção de barramentos .............................................................................. 15 2.2.2 – Correntes Estipuladas dos dispositivos de Corte ........................................... 15 2.2.3– Selecção de Aparelhos contra contactos Indirectos........................................ 16 2.2.4 – Determinação da Potência Previsível ............................................................ 16 2.3 ILUMINAÇÃO ...................................................................................................................... 17 2.3.1 – Edifícios recebendo Público – Iluminação – Regras Comuns ........................ 17 2.3.2 – Iluminação Normal ......................................................................................... 18 2.3.3 – Iluminação de Segurança .............................................................................. 18 2.3.4 – Edifícios do tipo hospitalar ............................................................................. 19 2.3.5 – Iluminação de Vigília ...................................................................................... 20 ix
2.3.6 – Legislação Aplicável aos Lares ...................................................................... 20 2.4 TOMADAS E EQUIPAMENTOS ....................................................................................... 21 2.4.1 - Canalizações Eléctricas .................................................................................. 22 2.4.2 – Aparelhagem eléctrica ................................................................................... 24 2.4.3 – Ligações eléctricas......................................................................................... 25 2.4.4 – Casas de banho e chuveiros .......................................................................... 26 2.4.5 – Correntes máximas admissíveis .................................................................... 27 2.4.6 - Legislação aplicável aos Lares ....................................................................... 27 2.5 SINALIZAÇÃO ..................................................................................................................... 28 2.5.1 – Sinalização Específica do Lar ........................................................................ 28 2.6 REDE DE TERRAS .............................................................................................................. 29 2.6.1 – Esquema TT em corrente alternada............................................................... 29 CAPÍTULO III – CASO DE ESTUDO ..................................................................................... 31 3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS ...................................................................................... 33 3.1.1 – Classificação dos Locais da Instalação.......................................................... 33 3.1.2 - Memória Descritiva ......................................................................................... 35 3.2 QUADROS ELÉCTRICOS .................................................................................................. 36 3.2.1 – Dimensionamento dos Quadros Eléctricos .................................................... 37 3.2.2 – Memória Descritiva ........................................................................................ 40 3.2.3 – Mapa de Quantidades .................................................................................... 42 3.3 ILUMINAÇÃO ...................................................................................................................... 43 3.3.1 – Conceitos Básicos Luminotecnia ................................................................... 44 3.3.2- Dialux ............................................................................................................... 45 3.3.3– Projecto ........................................................................................................... 46 3.3.4 – Protecções e Canalizações ............................................................................ 66 3.3.5 – Iluminação de Segurança .............................................................................. 68 3.3.6– Memória Descritiva - Iluminação ..................................................................... 69 3.3.7 – Mapa de Quantidades .................................................................................... 70 3.4 TOMADAS E EQUIPAMENTOS ....................................................................................... 72 3.4.1 - Cálculos das Potências a Alimentar................................................................ 72 3.4.2 – Solução adoptada em função do espaço/cálculo da potência ....................... 73 3.4.3 – Memória Descritiva - Cadernos e Encargos ................................................... 79 3.4.4 - Mapa de Quantidades..................................................................................... 80 3.5 SINALIZAÇÃO ..................................................................................................................... 81 x
3.5.1 – Sistema de Chamada..................................................................................... 82 3.5.2 – Sistema Porteiro............................................................................................. 83 3.5.3 – Memória Descritiva - Sistema de chamada de Emergência ........................... 83 3.5.4 - Mapa de quantidades ..................................................................................... 83 3.6 REDE DE TERRAS .............................................................................................................. 85 3.6.1 – Memória Descritiva – Terra de Protecção ...................................................... 86 3.6.2 – Mapa de Quantidades .................................................................................... 87 4. CONCLUSÕES E TRABALHO FUTURO .......................................................................... 89 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 91 ANEXOS ...................................................................................................................................... 93 Anexo A – Classificação de Locais Piso 0
E. 1
Anexo B – Classificação de Locais Piso -1
E. 2
Anexo C – Classificação de Locais Piso 1
E. 3
Anexo D – Ligações Inter-Quadros Piso 0
E. 4
Anexo E – Ligações Inter-Quadros Piso -1
E. 5
Anexo F – Ligações Inter-Quadros Piso 1
E. 6
Anexo G – Quadros Eléctricos
E. 7
Anexo H – Iluminação Normal Piso 0
E. 8
Anexo I – Iluminação Normal Piso -1
E. 9
Anexo J – Iluminação Normal Piso 1
E. 10
Anexo K – Iluminação Emergência Piso 0
E. 11
Anexo L – Iluminação Emergência Piso -1
E. 12
Anexo M – Iluminação Emergência Piso 1
E. 13
Anexo N – Tomadas e Equipamentos Piso 0
E. 14
Anexo O – Tomadas e Equipamentos Piso -1
E. 15
Anexo P – Tomadas e Equipamentos Piso 1
E. 16
Anexo Q – Sistema de Chamada – Rede e Distribuição de cabos
E. 17
Anexo R – Sistema de Chamada Piso -1
E. 18
Anexo S – Sistema de chamada Piso 0
E. 19
Anexo T – Intercomunicador Piso 0
E. 20
Anexo U – Intercomunicador Piso 1
E. 21
Anexo V – Rede de terras Piso 0
E. 22
Anexo W – Rede de Terras Piso -1
E. 23
Anexo X – Rede de Terras Piso 1
E. 24
xi
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Referenciais de Índices de Protecção IP ................................................................. 11 Tabela 2 – Referenciais de Índices de Protecção IK [11]......................................................... 12 Tabela 3 – Codificação de Influências Externas ....................................................................... 13 Tabela 4 – Classificação dos Edifícios em função da sua lotação ........................................... 14 Tabela 5 - Correntes máximas admissíveis em barramentos .................................................. 15 Tabela 6- Nomenclatura dos Tubos ........................................................................................... 24 Tabela 7- Classificação dos Tubos ............................................................................................. 24 Tabela 8 - Classificação dos Locais do Lar de Idosos .............................................................. 34 Tabela 9 - Dimensionamento das Alimentações aos quartos................................................... 38 Tabela 10 – Dimensionamento das Alimentações a Quadros Parciais ................................... 38 Tabela 11 - Dimensionamento da alimentação ao quadro da cozinha ................................... 39 Tabela 12 – Cálculo da potência a contratar ............................................................................ 40 Tabela 13 – Dimensionamento da Alimentação ao Quadro Geral ......................................... 40 Tabela 14 – Mapa de Quantidades Quadros Eléctricos........................................................... 43 Tabela 15 – Coeficientes de reflexão - Exemplos ...................................................................... 45 Tabela 16 – Factores de Manutenção - Exemplos .................................................................... 45 Tabela 17 – Dimensionamento Canalizações Iluminação........................................................ 67 Tabela 18 - Mapa de Quantidades Iluminação......................................................................... 71 Tabela 19 - Dimensionamento Canalização Tomadas Quarto Simples ................................. 75 Tabela 20 - Dimensionamento Canalização Tomadas Quarto Duplo .................................... 76 Tabela 21 – Equipamentos Cozinha .......................................................................................... 77 Tabela 22 – Dimensionamento Canalizações Tomadas e Equipamentos - Cozinha ............. 77 Tabela 23 – Dimensionamento Canalizações Zonas Comuns ................................................. 78 Tabela 24 – Mapa de Quantidades Tomadas e Equipamentos ............................................... 81 Tabela 25 – Mapa de Quantidades Sinalização e Chamada.................................................... 84 Tabela 26 – Mapa de Quantidades Rede Terras ...................................................................... 87 xii
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Tipos de Iluminação Segurança (RTIEBT) ............................................................ 20 Figura 2 - Exemplo de Modo de Instalação (RTIEBT)............................................................ 22 Figura 3 – Chuveiro com Bacia de Recepção ........................................................................... 26 Figura 4 - Casas de Banho com Cabinas de Chuveiro e Vestiários Individuais.................... 26 Figura 5 – Esquema TT (RTIEBT) ........................................................................................... 29 Figura 6 – Distribuição da Iluminação Quarto Duplo ............................................................. 47 Figura 7 – Distribuição da Iluminação WC Quartos ............................................................... 47 Figura 8 – Distribuição Iluminação Corredor Quartos Duplos Piso -1 ................................. 48 Figura 9 – Distribuição Iluminação Sala Estar ........................................................................ 49 Figura 10 – Distribuição Iluminação Caixa de Escadas .......................................................... 49 Figura 11 – Distribuição Iluminação Arrumos Piso -1 ............................................................ 50 Figura 12 – Distribuição Iluminação Sala Reuniões ................................................................ 51 Figura 13 – Distribuição Iluminação Gabinete Administrativo ............................................. 52 Figura 14 – Distribuição Iluminação Gabinete Director ......................................................... 52 Figura 15 – Distribuição Iluminação Gabinete Médico........................................................... 53 Figura 16 – Distribuição Iluminação Copa ............................................................................... 54 Figura 17 – Distribuição Iluminação Sala de Refeições........................................................... 55 Figura 18 – Distribuição Iluminação Corredor Principal Piso 0 ............................................ 55 Figura 19 – Distribuição Iluminação Arquivo .......................................................................... 56 Figura 20 – Distribuição Iluminação Arrumo .......................................................................... 57 Figura 21 – Distribuição Iluminação WC’s .............................................................................. 57 Figura 22 – Distribuição Iluminação Salas de Actividades ..................................................... 58 Figura 23 – Distribuição Iluminação Cozinha .......................................................................... 59 Figura 24 – Distribuição Iluminação Lavandaria .................................................................... 59 Figura 25 – Distribuição Iluminação Sala Pessoal ................................................................... 60 Figura 26 – Distribuição Iluminação Lixo ................................................................................ 61 Figura 27 – Distribuição Iluminação Central Térmica ........................................................... 61 Figura 28 – Distribuição de Iluminação Armazém .................................................................. 62 Figura 29 – Distribuição de Iluminação Balneário .................................................................. 63 Figura 30 – Distribuição Iluminação Corredor de Serviço ..................................................... 63 Figura 31 – Distribuição Iluminação Despensas ...................................................................... 64 xiii
Figura 32 – Distribuição Iluminação Morgue .......................................................................... 65 Figura 33 – Distribuição Iluminação Arrumo Piso 1 ............................................................... 65 Figura 34 – Distribuição Iluminação WC Serviço Piso 1 ........................................................ 66 Figura 35 – Controlador CGLINE 400 ..................................................................................... 69 Figura 36 – Peça Desenhada Tomadas – Quarto Simples ....................................................... 74 Figura 37 – Peça Desenhada Tomadas – Quarto Duplo .......................................................... 75 Figura 38 – Peça Desenhada Tomadas e Equipamentos – Cozinha ....................................... 76 Figura 39 – Exemplo de uma ligação às fundações do edifício ............................................... 85 Figura 40 – Segmento Peça Desenhada da Malha de Terra .................................................... 86 xiv
LISTA DE SÍMBOLOS E ACRÓNIMOS
IP – Índice de protecção
IK – Índice de protecção contra choques mecânicos
RTIEBT – Regras técnicas de Instalações Eléctricas de baixa tensão
Ke – Factor de elevação de cargas
Ku – Factor de utilização
Ks – Factor de Simultaneidade
xv
xvi
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1. Os Projectos de Instalações Eléctricas
1.2. Concepção de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão
1.3. Motivações do Trabalho
1.4. Objectivos
1.5. Organização do Trabalho
CAPÍTULO 1
2
INTRODUÇÃO
1.1 OS PROJECTOS DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS
Uma das vertentes da actividade da construção civil e de obras públicas é a que diz
respeito às instalações eléctricas. Esta área abrange múltiplos e distintos aspectos, que passam
tanto pela obtenção de licenças para as ditas instalações como pelas taxas que lhes estão
associadas, e pelos vários regulamentos de segurança e regimes técnicos aplicáveis.
A legislação nesta matéria, sobretudo na parte associada à segurança nas instalações
eléctricas, reveste-se de particular importância. Trata-se de matéria fundamental não só no que
concerne à protecção da segurança das pessoas, mas também no que se relaciona com o
desenvolvimento desta actividade económica, uma vez que esta regulamentação deve
acompanhar a evolução técnica do sector e o aparecimento de novos materiais e equipamentos.
Dentro dos regimes mais relevantes da legislação nesta matéria que se encontram
actualmente em vigor, o mais antigo é o Regulamento de Licenças para Instalações Eléctricas,
que data de 1936, sendo que o mais recente, que aprovou as Regras Técnicas das Instalações
Eléctricas de Baixa Tensão, foi aprovado em 2006 [1].
O projecto de Instalações e Equipamentos Eléctricos inclui uma grande diversidade de
sistemas que permitirão ao Edifício possuir soluções seguras, economicamente optimizadas e, se
possível integradas com a arquitectura.
Uma das principais particularidades do projecto das instalações eléctricas é a grande
interacção com diversas instalações, nomeadamente: as instalações mecânicas, cénicas,
hidráulicas e de segurança. Por este motivo, a comunicação e coordenação inter-especialidades
são cruciais, de forma a permitir uma adequada integração do conjunto.
As instalações eléctricas em geral devem ser seguras e responder com eficácia às
necessidades previsíveis dos utilizadores. Em especial, nos locais de habitação estas instalações
devem ainda privilegiar o conforto na utilização e contribuir para o bem-estar e a qualidade de
vida.
3
CAPÍTULO 1
1.2 CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS DE BAIXA TENSÃO
Sempre que se pretende conceber um projecto de instalação eléctrica é necessário atender
a vários factores:
- a segurança;
- a economia;
- a fiabilidade;
- a flexibilidade de exploração e de utilização;
A utilização da energia eléctrica pressupõe a garantia de: segurança das pessoas e bens;
conforto; qualidade do serviço e qualidade de execução. A qualidade do serviço implica a
continuidade de serviço, a adequação às necessidades dos utilizadores, a disponibilidade dos
equipamentos e a qualidade dos materiais utilizados.
A concepção de uma instalação eléctrica deve ser conduzida de forma metódica,
atendendo sempre aos aspectos supracitados, e tendo em atenção a economia de custos.
Uma instalação de utilização deverá ser concebida de forma a permitir desempenhar, com
eficiência e em boas condições de segurança, os fins a que se destina.
O critério final de avaliação deve basear-se na relação performance/preço.
A metodologia a adoptar na concepção de uma instalação eléctrica de baixa tensão deve
basear-se nos seguintes passos:
- Definição de equipamentos;
- Avaliação da potência previsível;
- Escolha da alimentação;
- Escolha do regime de neutro;
- Escolha da localização dos quadros eléctricos;
- Estudo do diagrama de interligação de quadros eléctricos;
- Estudo das influências externas;
- Estudo dos quadros eléctricos;
- Definição das características e cálculo das canalizações;
- Definição das características e cálculo da aparelhagem de protecção;
- Estudo da eventual utilização de equipamentos e instalações especiais;
4
INTRODUÇÃO
- Estudo e dimensionamento da instalação de terra;
- Elaboração do projecto.
Com vista à realização de um projecto eléctrico, o Engenheiro Electrotécnico deverá:
- Conhecer as normas do sector, bem como regulamentos e outra legislação em vigor.
- Ter acesso a bibliografia técnica de consulta actualizada, concretamente, os Guias Técnicos
editados pela DGEG - Direcção Geral de Energia e Geologia e a Documentação Normativa
editada pela EDP Distribuição (disponível em www.edp.pt) – conjunto de documentos que
identificam as características, funções, regras de montagem, execução e ensaios de verificação,
de alguns materiais e equipamentos em uso na EDP Distribuição.
- Dominar os princípios e os métodos aplicáveis no dimensionamento dos vários equipamentos
(canalizações eléctricas, protecções, quadros, aparelhagem em geral, etc.).
- Ter uma visão actualizada dos equipamentos existentes no mercado, com conhecimento das
suas funções, gama, características técnicas e características dimensionais.
- Estar apto para dialogar com os vários agentes que, de modo directo ou indirecto, vão ter algum
tipo de influência nas opções a tomar, e que são, fundamentalmente, os seguintes:
Dono de Obra;
Arquitecto;
“Light Designer” (eventualmente);
Engenheiro Civil;
Engenheiro Mecânico (eventualmente);
Distribuidor de Energia (EDP Distribuição);
Câmara Municipal;
Entidades Certificadoras (Certiel – IEP no Norte, DGEG, Serviço Nacional de Bombeiros (SNB),
Anacom);
Empreiteiro.
Para além das “exigências” que foram expostas anteriormente, refira-se que o exercício
da função de projectista, por parte dos Engenheiros Electrotécnicos, está dependente – segundo o
estipulado no art.º 7 do Decreto Regulamentar nº 31/1983- Estatuto do Técnico Responsável por
Instalações Eléctricas de Serviço Particular, com a nova redacção dada pelo DL nº 229/2006 de
24 de Novembro – de inscrição prévia, na Ordem dos Engenheiros ou na Associação Nacional
dos Engenheiros Técnicos, conforme o caso que se aplique.
5
CAPÍTULO 1
1.3 MOTIVAÇÕES DO TRABALHO
A concretização deste Projecto prende-se com diversas motivações:
- Conhecer e compreender o enquadramento legal das instalações eléctricas de baixa tensão no
sistema eléctrico Nacional.
- Conhecer os princípios de funcionamento da aparelhagem eléctrica e desenvolvimento das
capacidades de selecção do mesmo.
- Fomentar uma rápida e eficaz análise e interpretação de esquemas eléctricos de instalações de
baixa tensão.
- Demonstrar capacidade no dimensionamento de instalações eléctricas e evidenciar o
conhecimento de regras e regulamentos de segurança em vigor.
- Dominar o Autocad enquanto ferramenta para a elaboração de peças desenhadas, essencial para
um projectista de instalações eléctricas, desenvolvendo assim aptidões técnico-profissionais.
6
INTRODUÇÃO
1.4 OBJECTIVOS Na elaboração deste trabalho teve-se como principais objectivos:
- Estudar a forma mais eficiente de elaborar um projecto eléctrico de baixa tensão, de um edifício
público classificado como um lar de Idosos, com base na legislação em vigor.
- Dimensionamento das seguintes instalações; classificação dos locais, quadros eléctricos,
iluminação, tomadas e equipamentos, sinalização e rede de terras.
- Elaborar o projecto eléctrico em autocad das instalações descritas no ponto anterior.
- Elaborar a memória descritiva e mapa de quantidades de todas as instalações do projecto.
7
CAPÍTULO 1
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
A estrutura deste trabalho dividiu-se em três capítulos essenciais e complementares. O
primeiro capítulo relacionou-se com a conceptualização, importância e aspectos a atender na
concepção de Projectos Eléctricos.
No segundo capítulo, procedeu-se à análise minuciosa da legislação em vigor aplicável a
Lares de Idosos a qual se revelou fundamental para a elaboração deste trabalho. Esta pesquisa
bibliográfica incidiu sobre diversos aspectos da legislação de instalações eléctricas, análise e
processo de selecção da aparelhagem eléctrica.
O terceiro capítulo consubstanciou-se na aplicação prática da legislação em vigor ao
Projecto Eléctrico. Nesta altura, atendeu-se às necessidades concretas do local e também se
procurou escolher soluções eficientes e de baixo custo. Foi efectuado um caso de estudo baseado
num edifício para funcionar um Lar de Idosos. Este caso de estudo incluiu numa primeira fase a
análise da arquitectura do lar de idosos. Com base nesta análise foi efectuado um estudo para
elaboração de um projecto de instalações eléctricas. Também foram elaboradas memórias
descritivas e mapa de quantidades.
Por último em anexo, encontram-se todas as peças desenhadas em AutoCad,
concretamente: classificação dos locais, rede de terras, iluminação normal e de segurança,
tomadas e equipamentos, sinalização e chamada e quadros eléctricos. Todas as peças desenhadas
do projecto tiveram em linha de conta a planta geral do recinto servido pela instalação eléctrica,
contendo os elementos de referência e orientação necessários à fácil localização das instalações a
que se refere o projecto. Foram elaboradas as respectivas plantas em escala conveniente, com o
traçado e constituição das canalizações e com a indicação dos elementos indispensáveis à
apreciação do seu dimensionamento. Também foi efectuado um esquema eléctrico dos quadros,
com a indicação das características dos aparelhos e restante equipamento, bem como indicação
das secções, número de condutores, dimensões e características dos tubos ou condutas e
localização das protecções contra sobreintensidades.
8
CAPÍTULO II – CONDIÇÕES TÉCNICAS
2.1 Classificação dos Locais
2.2 Quadros Eléctricos
2.3 Iluminação
2.4 Tomadas e Equipamentos
2.5 Sinalização
2.6 Rede de Terras
CAPÍTULO 2
10
CONDIÇÕES TÉCNICAS
2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS
No projecto e na execução de uma instalação eléctrica devem ser consideradas a
codificação e a classificação das influências externas de cada local. Para isso, é necessário
classificar as várias dependências dos edifícios.
Na escolha das características dos materiais atendeu-se às influências externas,
concretamente, procedeu-se à análise das condições ambientais envolventes, com o duplo
objectivo de promover um funcionamento correcto e simultaneamente garantir a fiabilidade das
protecções e segurança.
Também se classificou o edifício no que concerne à lotação e teve-se em linha de conta
as normas de segurança estabelecidas relativamente a este aspecto.
2.1.1 – Código IP
O código IP corresponde ao índice de Protecção, contra a penetração de corpos sólidos e
líquidos nos equipamentos eléctricos. Este código é constituído por dois dígitos. O primeiro
dígito indica o grau de protecção contra corpos sólidos podendo variar entre 0 e 6, enquanto o
segundo dígito identifica o grau de protecção contra a penetração de líquidos variando entre 0 e
8.
Os índices de protecção estão definidos na Tabela 1, segundo a EN 60529 [2].
Tabela 1 – Referenciais de Índices de Protecção IP
Índice Protecção
IP
Protecção contra Corpos Sólidos
Protecção Contra Líquidos
0
Sem Protecção
0
Sem Protecção
1
Protecção contra corpos
estranhos de grande
dimensão, diâmetro ≥ 50mm
1
Protecção contra queda
vertical de gotas de água
2
Protecção contra gotas de
água caindo obliquamente
até 15 graus
3
Protecção contra água
pulverizada até 60 graus
com a vertical
4
Protecção contra salpicos
de água em todas as
direcções
2
3
4
Protecção contra corpos
estranhos de tamanho médio,
diâmetro ≥ 12 mm
Protecção contra corpos
estranhos de pequena
dimensão, diâmetro ≥
2,5mm
Protecção contra corpos
estranhos granulados,
diâmetro ≥ 1mm
11
CAPÍTULO 2
5
Protecção contra
acumulação de Pó
5
Protecção contra jactos de
água
6
Protecção contra penetração
de Pó
6
Protecção contra
inundação
7
Protecção para Imersão
8
Protecção para
Submersão
2.1.2 – Código IK
O código IK define o índice de protecção contra choques mecânicos externos, isto é,
revela a capacidade de um material ou equipamento para resistir a impactos mecânicos.
Cada valor de IK corresponde a um valor máximo em Joules que um equipamento
suporta sem alterar as suas características, sendo que todos os valores do código estão presentes
na tabela seguinte e são delimitados na Tabela 2, de acordo com a norma EN50102.
Tabela 2 – Referenciais de Índices de Protecção IK [3]
IK
Energia Impacto J
00
Sem protecção
01
0,15
02
0,2
03
0,35
04
0,5
05
0,7
06
1
07
2
08
5
09
10
10
20
2.1.3 – Influências Externas
Quando se concebe uma instalação eléctrica devem avaliar-se as condições ambientais
dos vários locais para que a selecção dos equipamentos e das canalizações seja a mais adequada.
12
CONDIÇÕES TÉCNICAS
Segundo as Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (RTIEBT), a
classificação dos locais depende das influências externas. A classificação dos locais é traduzida
por um código alfanumérico. Os dois primeiros elementos do código são letras e o terceiro
elemento é um número.
Toda a informação sobre selecção de equipamentos em função das condições de serviço e
das influências externas está descrito na secção 32 das RTIEBT [4].
Na tabela 3 é possível visualizar a codificação das influências externas e ainda a
quantidade de naturezas existentes.
Tabela 3 – Codificação de Influências Externas
Categoria Influências
Utilização
Construção Edifício
Elemento do Código
Significado do Elemento
1.ª Letra
Categoria Geral
A
B
C
2.ª Letra
Natureza da Influência
AaS
AaE
AeB
Número
Classe
1a8
1a5
2e4
Ambiente
2.1.4 – Selecção dos Equipamentos
A selecção dos equipamentos em função das condições de serviço e das influências
externas está descrito na secção 512 das RTIEBT.
Todos os quadros das características dos equipamentos em função das condições a que
estão submetidos estão presentes nas RTIEBT (que se estende do quadro 51A-AA até ao quadro
51A-CB).
As características dos invólucros dos equipamentos em função das influências a que estão
sujeitos são definidas pelos códigos IP e IK, por conseguinte e segundo a secção 512.2.3 das
RTIEBT, os códigos IP e IK devem ser seleccionados em conformidade com as influências
externas de um determinado local.
2.1.5 – Estabelecimentos recebendo Público
A secção 801.2 das RTIEBT é destinada a estabelecimentos recebendo público. No que
diz respeito à classificação quanto à sua lotação estes estabelecimentos são classificados de
acordo com a tabela 4.
13
CAPÍTULO 2
Na lotação incluem-se não só os utentes mas também os possíveis funcionários do
edifício.
Quando um estabelecimento recebendo público é constituído por vários edifícios ou
quando num edifício existirem vários tipos de estabelecimentos, devem ser considerados para
efeito de cálculo, como edifício único.
Tabela 4 – Classificação dos Edifícios em função da sua lotação
Categoria
Lotação (N)
1.ª
N > 1000
2.ª
500 < N ≤ 1000
3.ª
200 < N ≤ 500
4.ª
50 < N ≤ 200
5.ª
N ≤ 50
2.2 QUADROS ELÉCTRICOS
De acordo com o despacho normativo 12/98 [5] é necessário ter em conta as seguintes
regras relativamente aos quadros eléctricos.
Para a alimentação das várias instalações deve ser considerado um quadro geral, onde
eventualmente será feita a contagem de energia e os quadros secundários, subsidiários deste, que
a organização dos espaços venha a impor.
Os quadros devem ser do tipo capsulado com porta e chave, tendo, no entanto, um acesso
de emergência ao seu corte geral através de um visor em material quebrável ou solução
equivalente.
O dimensionamento dos quadros deve contemplar sempre algumas reservas que
permitam uma posterior ampliação das instalações.
No dimensionamento dos quadros devem ser tidos em atenção os efeitos térmicos e
electromagnéticos da corrente de curto-circuito calculada para a alimentação de cada quadro, e
assim definido o poder de corte de aparelhagem.
O quadro geral deve ser localizado junto de uma das entradas do edifício e de acordo com
a concessionária.
De acordo com a concessionária, devem ser definidos os espaços para o bloco de
contagem. A localização dos quadros eléctricos terá em conta a separação regulamentar entre os
contadores de electricidade, água e gás.
14
CONDIÇÕES TÉCNICAS
Os esquemas dos quadros devem indicar, de circuito a circuito, o calibre de protecção, o
calibre de canalização e a identificação inequívoca das áreas alimentadas por essa canalização.
2.2.1 – Selecção de barramentos
Um correcto dimensionamento dos barramentos de um quadro eléctrico é fundamental
para o bom desempenho na exploração.
Como regra geral de concepção, os barramentos deverão ser calculados para suportar em
serviço normal, sem restrições, a intensidade de corrente calculada para o conjunto das
canalizações derivadas e ainda as intensidades de curto-circuito previsíveis e os seus esforços
térmicos e electromecânicos associados.
A resposta em termos de comportamento aos curto-circuitos é decidida a partir do
dimensionamento adequado dos suportes e espaçamento das barras. Assim, na Tabela 5
apresentamos as correntes máximas admissíveis em barramentos.
Tabela 5 - Correntes máximas admissíveis em barramentos
Dimensões das Barras
Secção Unitária
1 Barra pintada
2 Barras pintadas 1 Barra não pintada 2 Barras não pintadas
12*2
24
125
225
110
200
15*2
30
155
270
140
240
15*3
45
185
330
170
300
20*2
40
205
350
185
315
20*3
60
245
425
220
380
20*5
100
325
550
290
495
25*3
75
300
510
270
460
25*5
125
385
670
350
600
2.2.2 – Correntes Estipuladas dos dispositivos de Corte
Uma das características mais relevantes dos dispositivos de corte existentes nos circuitos
é a corrente estipulada. A corrente estipulada de um dispositivo é o valor da corrente a partir do
qual são determinadas as suas condições de funcionamento.
Regra geral, os dispositivos de corte ou protecção devem ser seleccionados através da
seguinte regra [2].
[1]
Ib = Corrente de Serviço (corrente destinada a ser transportada por um circuito)
In = Corrente estipulada do dispositivo
15
CAPÍTULO 2
2.2.3– Selecção de Aparelhos contra contactos Indirectos
A protecção contra contactos indirectos é realizada com recurso à implementação de
medidas activas que permitam a interrupção dos circuitos de defeito.
No esquema TT, a protecção de pessoas contra contactos indirectos é assegurada se as
características dos dispositivos de protecção obedecerem simultaneamente às seguintes
condições. [6]
[2]
[3]
In = Corrente estipulada do aparelho
Ib = Corrente de serviço da canalização
RA = Resistência do eléctrodo de Terra
Ia = Corrente que garante o funcionamento do dispositivo de protecção
UL= Tensão limite de contacto a considerar
De salientar que os aparelhos diferenciais Ia se assumem como a corrente
diferencial-residual estipulada IΔn.
2.2.4 – Determinação da Potência Previsível
As instalações eléctricas devem ser concebidas tendo em conta um possível aumento de
potência, a definir de acordo com o cliente.
Nesta óptica, a elevação de cargas (Ke) caracteriza a capacidade de aumento de potência
instalada estabelecida na altura da concepção do projecto, seja pela instalação de novos
equipamentos, seja pela alteração dos factores de simultaneidade considerados.
O factor de utilização (Ku), traduz o regime de funcionamento de um receptor, traduzindo
a relação entre a potência efectivamente absorvida e a potência estipulada.
O factor de simultaneidade (Ks) caracteriza o regime de funcionamento de uma dada
instalação ou parte, traduzindo a relação entre o somatório das potências estipuladas dos
equipamentos que vão funcionar simultaneamente e o somatório das potências estipuladas de
todos os equipamentos.
É de salientar que estes factores devem ser usados apenas para cálculo da potência total
de alimentação nos quadros eléctricos.
16
CONDIÇÕES TÉCNICAS
Assim sendo a potência total de alimentação será dada pela expressão seguinte, em que Pi
é o somatório das potências estipuladas de todos os receptores e cosγ é o factor de potência
global da instalação.
[4]
2.3 ILUMINAÇÃO
Para um correcto dimensionamento da iluminação é necessário avaliar as condições
impostas pela lei. Em primeiro lugar é necessário ter em atenção que o sistema de iluminação é
composto pela iluminação normal e pela iluminação de segurança.
A iluminação normal é aquela que é utilizada na exploração normal do edifício enquanto
a iluminação de segurança é aquela que, em caso de falha de energia, entra em funcionamento
para permitir a evacuação do edifício.
Para o projecto de iluminação é necessário avaliar o tipo de estabelecimento a que se
destina o edifício, neste caso, edifícios recebendo público, sendo que também é essencial abordar
a legislação específica para lares de Idosos.
A iluminação de segurança é escolhida em função da classificação do edifício.
2.3.1 – Edifícios recebendo Público – Iluminação – Regras Comuns
A secção 801.2.1.5 das RTIEBT refere todas as regras de iluminação para edifícios
públicos.
Os edifícios públicos onde a iluminação natural é insuficiente devem ser dotados de
iluminação normal, segurança.
Durante o período de funcionamento destes edifícios, os locais acessíveis ao público e os
caminhos de evacuação devem ser suficientemente iluminados de forma a garantir uma fácil
circulação e também, se necessário efectuar manobras de segurança. Os aparelhos de iluminação
instalados nas zonas de circulação não devem constituir um obstáculo à circulação.
Quando os aparelhos de iluminação forem instalados em tectos falsos, é necessário tomar
medidas para evitar a acumulação de poeiras nas zonas sujeitas a aquecimento, sem que estas
medidas comprometam a refrigeração daqueles aparelhos.
17
CAPÍTULO 2
Os dispositivos que facilitem e orientem a localização das saídas (letreiros de saída)
devem, de acordo com as normas, possuir pictogramas característicos dessa função.
2.3.2 – Iluminação Normal
Em todos os locais dos estabelecimentos públicos da 1.ª à 4.ª categoria, a instalação
eléctrica deve garantir que em caso de avaria de um foco luminoso ou do respectivo circuito
esses locais não fiquem integralmente sem iluminação normal.
Quando a protecção contra contactos indirectos for garantida por dispositivos
diferenciais, não é permitida a utilização de um único dispositivo diferencial para a totalidade
dos circuitos de iluminação normal.
Os circuitos de iluminação dos locais acessíveis ao público não devem atravessar locais
com risco de incêndio.
A iluminação normal não deve ser garantida apenas por lâmpadas de descarga que
necessitem de um tempo de arranque, ou re-arranque superior a 15 segundos. Se forem aparelhos
de iluminação do tipo blocos autónomos o seu fluxo luminoso estipulado não deve ser inferior a
60 lm.
2.3.3 – Iluminação de Segurança
A iluminação de segurança deve permitir, em caso de avaria da iluminação normal, a
evacuação segura e fácil do público para o exterior e a execução de manobras respeitantes à
segurança e à intervenção de socorros: iluminação de circulação (evacuação) e a iluminação de
ambiente (anti-pânico).
A iluminação de circulação é obrigatória nos locais onde possam permanecer mais de 50
pessoas e também nos corredores e caminhos de evacuação. Nos corredores e caminhos de
evacuação a distância entre aparelhos consecutivos não deve ser superior a 15 m.
Devem ser utilizados aparelhos de iluminação fixos e, em regra instalados fora do alcance
do público, não devendo provocar encandeamento directamente ou através da luz reflectida.
2.3.3.1 – Iluminação de segurança com fonte central
As fontes que alimentam a iluminação de segurança devem ser dimensionadas para
alimentar todos os equipamentos de iluminação de segurança no caso mais desfavorável
18
CONDIÇÕES TÉCNICAS
susceptível de acontecer na instalação, durante o tempo necessário à saída ou evacuação do
público com o mínimo de 1 hora.
Durante a falha de iluminação normal, as fontes de segurança devem alimentar os
equipamentos de iluminação de segurança, sistemas de alarme e de alerta, instalações de
detecção automática de incêndios, circuitos eléctricos utilizados nas instalações fixa de extinção
de incêndio, telecomunicações e as sinalizações relativas à segurança, entre outros especificados
na secção 801.2.1.5.3.2.1.2 das RTIEBT.
2.3.3.2 – Tipos de iluminação de segurança
Na secção 801.2.1.5.3.4 das RTIEBT encontra-se a iluminação de segurança classificada
nos quatro tipos seguintes.
A Iluminação de segurança do tipo A deve ser alimentada por uma fonte central, sendo
que a potencia absorvida pelas lâmpadas deve ser totalmente fornecida pela fonte. A do tipo B
pode ser alimentada por uma fonte central, ou constituída por blocos autónomos, sendo que a
potencia absorvida pelas lâmpadas deve em estado de vigilância ser fornecido a partir da
iluminação normal. A do tipo C pode ser alimentada por uma fonte central ou constituída
também por blocos autónomos e no estado de vigilância as lâmpadas ligadas a uma fonte central
podem ser alimentadas pela iluminação segurança ou iluminação normal. Por ultimo a do tipo D
que pode ser constituída por lanternas portáteis, alimentadas por pilhas ou por baterias, colocadas
à disposição do pessoal responsável pela segurança do estabelecimento.
O tipo de iluminação de segurança a considerar está indicado nas regras específicas
relativas a cada tipo de estabelecimento recebendo público. O tipo de iluminação de segurança
seleccionado em função da ocupação do edifício deve ser considerado como exigência mínima,
podendo ser utilizado o nível superior caso seja essa a opção.
2.3.4 – Edifícios do tipo hospitalar
A iluminação de segurança de edifícios do tipo hospitalar está descrita na secção
801.2.4.1.1 das RTIEBT. Neste tipo de edifícios deve existir iluminação de segurança nos
dormitórios, enfermarias, dependências análogas e ainda em locais franqueados ao público, em
circulações de acesso aos locais indicados nas alíneas anteriores, caminhos de evacuação para o
exterior e ainda dependências onde existam infra-estruturas técnicas imprescindíveis ao
funcionamento do estabelecimento do tipo hospital.
19
CAPÍTULO 2
Em função da categoria do edifício, são utilizados os tipos de iluminação de segurança
presentes na figura 1.
Figura 1 - Tipos de Iluminação Segurança (RTIEBT)
2.3.5 – Iluminação de Vigília
A iluminação de vigília referente aos edifícios do tipo hospitalar está presente na secção
801.2.4.1.1.4 das RTIEBT.
Os dormitórios, enfermarias, corredores de internamento e as dependências análogas
devem ser dotados de iluminação de vigília, que deve permanecer acesa toda a noite se os
espaços estiverem ocupados. A iluminação de vigília nos quartos e enfermarias devem ter
comando local. A iluminação de vigília pode ser dispensada sempre que a iluminação de
segurança esteja ligada permanentemente durante os períodos de tempo em que a iluminação
natural seja insuficiente.
2.3.6 – Legislação Aplicável aos Lares
Para dimensionamento da iluminação é necessário ter em atenção o despacho normativo
12/98 [18] que define as imposições relativamente à iluminação aplicável aos lares. Todas estas
condições estão descritas no ponto 3.2, as quais serão sucintamente descritas de seguida.
A iluminação deve ser difusa e conduzir a um nível luminoso compreendido entre 150 lx
e 250 lx em todas as áreas, excepto naquelas em que se desenvolvam actividades específicas que
exijam níveis de iluminação compatíveis com as mesmas.
Nos quartos, salas de estar, circulações e instalações sanitárias deve ser previsto um nível
de iluminação de 100 lx a 150 lx, no mínimo. Nas áreas de trabalho, nomeadamente direcção,
administrativos, salas de trabalho, salas de actividades, cozinha, lavandaria e outras, deve ser
previsto um nível luminoso de 300 lx, no mínimo.
20
CONDIÇÕES TÉCNICAS
Os níveis luminosos indicados podem ser obtidos à custa de uma iluminação geral ou à
custa de uma iluminação geral conjugada com uma iluminação localizada sobre os ”planos de
trabalho” tendo neste caso em atenção que a iluminação geral não deve ter um nível inferior a
um terço de iluminação sobre os «planos de trabalho».
O tipo de iluminação preferencial para os lares de idosos é obtido com lâmpadas de
incandescência. No entanto, e porque o rendimento destas lâmpadas é baixo, pode encarar-se a
hipótese de iluminação fluorescente, desde que seja considerada a correcção do efeito
estroboscópio e sejam utilizadas lâmpadas com uma temperatura de cor da ordem de 93% das
características apresentadas pelas lâmpadas incandescentes. Se se optar por iluminação
fluorescente deve haver o cuidado de compensar o factor de potência da mesma, a fim de não
sobrecarregar os circuitos de iluminação. As lâmpadas a utilizar deverão ter uma temperatura de
cor da ordem dos 2650 K e um índice de restituição de cores da ordem dos 93%.
Os comandos da instalação de iluminação devem permitir, sempre que possível, mais de
um nível luminoso e deverão ser montados à altura dos puxadores das portas. Nos quartos, junto
às camas, deve ainda prever-se uma iluminação local, fixa na parede e com comando
independente. Deve ser prevista uma iluminação de vigília que permita a circulação nocturna
sem utilização da iluminação normal. Nos quartos esta iluminação será obtida através de
armaduras de luz rasante e montadas perto do pavimento. Deve ser prevista uma iluminação de
emergência que permita a circulação em casos de falha da iluminação normal.
2.4 TOMADAS E EQUIPAMENTOS
A presente secção é respeitante a tomadas e equipamentos. Aqui abordam-se as
canalizações eléctricas, a selecção de aparelhagem eléctrica e ligações eléctricas.
Também foram analisadas as normas aplicáveis a casas de banhos para a colocação de
equipamentos e tomadas bem como as correntes máximas admissíveis.
No final da secção é feita uma reflexão acerca das regras específicas a aplicar num lar de
idosos.
De referir que embora as canalizações eléctricas, ligações eléctricas e as correntes
máximas admissíveis sejam aplicadas a praticamente todas as especialidades de um projecto,
decidiu-se analisa-las nesta secção. A razão desta opção prendeu-se com o facto de as tomadas e
equipamentos serem mais exigentes em termos de potência.
21
CAPÍTULO 2
2.4.1 - Canalizações Eléctricas
Os tipos de canalizações eléctricas e os seus modos de colocação obedecem a
determinados critérios de segurança das pessoas e bens, procurando garantir por um lado, a
prevenção dos riscos eléctricos associados às correntes e por outro, a prevenção dos riscos de
incêndio associado ao excessivo aquecimento dos condutores. Outro ponto importante é a
prevenção do risco de deterioração associado a solicitações mecânicas excessivas.
Para um modo correcto de selecção da colocação devem ser analisados vários factores,
tais como: natureza dos locais, natureza das paredes e outros elementos de construção,
solicitações electromecânicas presumíveis em caso de curto-circuito e a protecção contra
influências externas.
Para a escolha da secção dos condutores deve atender-se à temperatura admissível nos
condutores e à queda de tensão admissível.
As condições regulamentares gerais estão definidas na secção 521 das RTIEBT. De
salientar a existência de três condutores num circuito: fase, neutro e terra e também que o
condutor neutro não deve ser comum a diversos circuitos.
2.4.1.1 - Modos de Colocação
As canalizações devem ser colocadas de modo a facilitar a sua manobra, inspecção,
manutenção e o acesso às suas ligações.
O modo de instalação deve ser seleccionado a partir do quadro 52H das RTIEBT. No
presente projecto seleccionou-se o método de referência B, condutores isolados em condutas
circulares embebidas nos elementos de construção (Alvenaria), como é possível observar na
figura 2.
Figura 2 - Exemplo de Modo de Instalação (RTIEBT)
22
CONDIÇÕES TÉCNICAS
2.4.1.2 – Condutores e Cabos
Os condutores isolados e cabos são referidos por designações simbólicas constantes de
normas nacionais e internacionais, HD 361 S3.
O sistema de designação é um conjunto alfanumérico de caracteres traduzindo as
características relativas à normalização, tensão, isolamento, revestimento metálico, bainha,
forma, natureza, flexibilidade e composição.
No anexo IIB das RTIEBT é possível verificar os símbolos utilizados nas designações de
condutores e cabos referentes à norma HD 361 S3, relativamente aos condutores e cabos não
harmonizados é necessário analisar o Anexo III das RTIEBT correspondente à norma NP 665.
Z1 é o símbolo correspondente ao material das bainhas, tendo uma composição
termoplástica à base de poliolefina.
O isolamento deste tipo de cabo é de polietileno reticulado, tendo como principal
vantagem uma melhor estabilidade térmica e também melhores características mecânicas.
No que concerne ao comportamento ao fogo optou-se por um material isento de
halogéneos (ZH) que em contacto directo com o fogo liberta fumos pouco opacos, gases de baixa
toxicidade e não corrosivos.
Os cabos seleccionados possuem uma outra característica no contacto directo com o fogo
que é o facto de serem retardantes ao fogo (Frt), limitando assim a possibilidade de actuarem
como elemento propagador.
2.4.1.3 – Condutas
As condutas são invólucros fechados, destinados à instalação ou à substituição de
condutores isolados e cabos por enfiamento nas instalações eléctricas.
O sistema de designação é dado pela EN50086-3, sendo este constituído por conjunto
alfanumérico que fornece características relativamente ao material, flexibilidade, forma e ainda
resistência à compressão, choque e temperaturas mínimas e máximas de utilização.
A nomenclatura dos tubos está presente na tabela 6
23
CAPÍTULO 2
Tabela 6- Nomenclatura dos Tubos
1ª letra
Códigos EN
50068-3
I- Isolante
M - metálico
C – Compósito
2ª e 3ª letras
4.ª letra
R- Rígido
C - Abobadado
T -transversalmente
elástico
S - Flexível
A - Anelado
L - Liso
Na tabela 7 está presente a classificação dos tubos referente à resistência de compressão,
resistência ao choque e ainda às temperaturas de utilização.
Tabela 7- Classificação dos Tubos
Códigos EN 50068-3
1.ºDígito
2.ºDígito
3.ºDígito
4.ºDígito
Resistência
compressão
Resistência ao
choque
Temperatura
mínima utilização
Temperatura
máxima utilização
Muito fraca 125 N
Muito fraca 0.5 J
5º C
60
Fraca 320 N
Fraca 1 J
-5
90
Média 750 N
Média 2 J
-15
105
Forte 1250 N
Forte 6 J
-25
120
Muito Forte N
Muito Forte 20 J
-45
150
É necessário referir que em regra um tubo deve apenas conter condutores de um mesmo
circuito.
2.4.2 – Aparelhagem eléctrica
A selecção da aparelhagem, materiais e equipamentos eléctricos deve ter em atenção a
aptidão para a função a exercer e também o seu desempenho.
Os materiais e equipamentos eléctricos devem estar em conformidade com as normas
europeias, documentos de harmonização e também com as normas portuguesas.
As instalações eléctricas devem ser executadas com aparelhagem eléctrica devidamente
dimensionada de acordo com as características adequadas às funções a desempenhar.
A selecção de aparelhagem e equipamentos deve estar de acordo com a secção 536.1 das
RTIEBT.
24
CONDIÇÕES TÉCNICAS
As tomadas devem ser instaladas para que não se separem dos seus suportes e não tornem
acessíveis os bornes ou cabos de ligação.
As tomadas instaladas nos elementos de construção verticais dos diferentes locais
deverão ser fixadas a esses elementos de construção, para que o eixo dos seus alvéolos se
encontre a uma distância nunca inferior a 50 mm, medida em relação ao pavimento acabado. As
de corrente estipulada superior a 32A devem ter uma distância de 120mm.
As tomadas instaladas no pavimento deverão ter como códigos mínimos IP24 e IK07 em
cumprimento do ponto 555.7.
Nas zonas onde o público tenha acesso, as tomadas a utilizar, quando forem de corrente
estipulada não superior a 16A, devem ser do tipo “tomadas com obturadores”. Quando forem de
corrente estipulada superior a 16A, devem ser dotadas de tampa e limitadas às estritamente
necessárias às utilizações previstas em cumprimento do ponto 801.2.1.6. Nas zonas onde o
público tenha acesso, os circuitos de alimentação das tomadas devem ser distintos dos destinados
a outros fins, protegidos por dispositivos diferenciais de alta sensibilidade e conservados
desligados quando desnecessários. Deverá ser indicado no respectivo quadro eléctrico (no
disjuntor em questão), que os circuitos de tomadas das zonas de público devem estar
normalmente desligados. A instalação de tomadas de usos geral terá como função alimentar os
diversos equipamentos existentes.
2.4.3 – Ligações eléctricas
Todas as ligações eléctricas devem garantir a continuidade eléctrica e também possuir
resistência mecânica adequada. Devem também ser adequadas tanto às correntes admissíveis
como às secções dos condutores.
A eficiência das ligações eléctricas está directamente relacionada com o risco de incêndio
de origem eléctrica nas instalações.
As ligações são efectuadas com dispositivos de ligação ou aos terminais da aparelhagem
de acordo com a secção 526 das RTIEBT.
Sempre que seja viável, as ligações eléctricas devem ficar em locais acessíveis, para uma
possível análise, verificação ou manutenção.
Para a selecção correcta dos elementos de ligação é necessário ter em conta o número de
condutores a ligar, a secção dos condutores e ainda o material das almas condutoras e do seu
isolamento.
25
CAPÍTULO 2
2.4.4 – Casas de banho e chuveiros
As casas de banho e chuveiros são locais com condições especialmente severas em
termos de riscos eléctricos. Esta severidade provém, por um lado pela presença e manuseamento
de água em ambiente de elevado nível de humidade, o que conduz à redução significativa da
resistência eléctrica do corpo humano e por, outro face ao vestuário e às condições de utilização
do espaço, pelo risco acrescido de contacto com o potencial de terra.
A limitação de riscos eléctricos é efectuada logo no momento da concepção da estrutura e
sistema de protecção da instalação e da selecção de equipamentos, desenvolvidas a partir da
definição de volumes convencionais.
Todas as regras para instalações nas casas de banho estão presentes na secção 7 das
RTIEBT, regras para instalações e locais especiais.
Na figura 3 e 4 é possível visualizar exemplos de dimensões de volumes em casas de
banho, Estas figuras foram retiradas da figura 701A das RTIEBT [4].
Figura 3 – Chuveiro com Bacia de Recepção
Figura 4 - Casas de Banho com Cabinas de Chuveiro e Vestiários Individuais
26
CONDIÇÕES TÉCNICAS
2.4.4.1 – Ligação Equipotencial suplementar nas casas da Banho
Todas as casas de banho devem possuir uma ligação equipotencial, sendo que esta
ligação à terra de protecção deve ser executada desde um ponto disponível dos condutores de
protecção já existentes no interior da casa de banho.
As ligações devem ser acessíveis embora não necessitem de ser visíveis em todo o seu
percurso.
Deve ser utilizado o condutor verde-amarelo, sendo que a secção depende do tipo de
instalação. Se existir protecção mecânica, utiliza-se 2,5mm2, se a fixação ocorrer directamente
nas paredes utiliza-se o condutor verde-amarelo de 4 mm2.
2.4.5 – Correntes máximas admissíveis
As correntes máximas admissíveis nos condutores e cabos dependem de factores de
correcção com a temperatura e do agrupamento dos condutores e cabos.
Toda a regulamentação sobre correntes máximas admissíveis está presente na secção 523
das RTIEBT.
Na determinação das correntes admissíveis, e por conseguinte na secção dos cabos e
condutores é necessário avaliar as seguintes condições: protecção contra choques eléctricos,
protecção contra efeitos térmicos, protecção contra sobreintensidades, quedas de tensão e ainda
temperaturas limites, isto para cabos até 1KV.
No anexo IV das RTIEBT pode-se visualizar todas as tabelas e quadros respeitantes às
correntes admissíveis, factores de correcção com a temperatura, agrupamento de condutores e
cabos e ainda factores de correcção com a resistividade térmica do solo.
2.4.6 - Legislação aplicável aos Lares
Segundo o Despacho Normativo n.º 12/98 [5] estabelecem-se as condições a que devem
obedecer a instalação e o funcionamento dos lares para idosos.
O ponto 3.3 deste despacho refere-se às tomadas e alimentação de equipamentos e
salienta que as tomadas para usos gerais devem ser do tipo schuko 2p+T -250V-16A. No que diz
respeito à quantidade de tomadas a instalar, o despacho estabelece nos quartos, uma tomada por
cama e outra para limpeza.
27
CAPÍTULO 2
Nos espaços de circulação, não estabelece um número mínimo, ficando ao critério do
projectista estabelecer as necessárias para a ligação de aparelhos de limpeza.
Nas salas de estar e de actividades, bem como nos gabinetes deve ser prevista uma
tomada por cada 4m2.
Na cozinha e na lavandaria, a localização das tomadas deve ter em conta os pontos de
água, altura das bancas, armários e localização das máquinas. Para alimentação dos
equipamentos fixos de potência elevada deverão ser consideradas caixas terminais estanques
com placa de bornes, a partir das quais se fará a ligação. Os circuitos para ligação destas
máquinas devem ser independentes a partir do respectivo quadro de alimentação.
2.5 SINALIZAÇÃO
Em edifícios públicos é normal a colocação de sistemas de sinalização. Estes sistemas
servem para alertar em caso de emergência. O seu funcionamento passa pelo toque num botão
especificamente colocado para o efeito, em diversas dependências do edifício. Este gesto simples
acciona um alarme acústico e ao simultaneamente um display, geralmente colocado nas áreas de
vigia. Assim, de uma forma simples e eficaz é garantida a assistência rápida a qualquer utente
que necessite de ajuda.
Durante este sub-capítulo pode-se verificar a legislação existente relativamente a este tipo
de sistema para o edifício em estudo.
2.5.1 – Sinalização Específica do Lar
Segundo o ponto 5 da secção três do despacho normativo 12/98 respeitante à sinalização
deve ser previsto um sistema de sinalização acústica e luminosa que permita o rápido pedido por
parte dos utilizadores.
Segundo o mesmo despacho devem ser instalados botões de chamada em todas as
dependências ocupadas por idosos, tais como: quartos (um por cama), nas salas e nas instalações
sanitárias.
Os quadros de alvo projectados devem ser instalados no gabinete de saúde, podendo ser
repetidos no gabinete do vigilante, na secretaria, sala do pessoal ou ainda nas circulações.
Deve ser prevista também a instalação de porteiro eléctrico e simples campainha de
chamada na entrada principal e na entrada do pessoal de serviço.
28
CONDIÇÕES TÉCNICAS
2.6 REDE DE TERRAS
De acordo com a secção 54 das RTIEBT, o valor da resistência de terra deve estar de
acordo com as condições de protecção e de serviço da instalação Eléctrica. O valor da resistência
da ligação deve permanecer dessa forma ao longo do tempo, isto é, não se deve alterar
significativamente com as condições externas. As correntes de defeito à terra e as correntes de
fuga devem poder circular, sem perigo, nomeadamente no que respeita a solicitações térmicas,
termomecânicas e electromecânicas.
Podem ser utilizados como eléctrodos de terra vários elementos metálicos descritos no
ponto 542.2.1 dos quais se salientam aqui as seguintes: varetas, tubos, chapas, fitas, cabos nus e
anéis de fita ou cabo nus colocados nas fundações do edifício.
Na escolha do tipo de eléctrodo a utilizar deve ter-se em conta o local onde vai ser
instalado. Devem ser instalados em terra vegetal e húmida e fora das zonas de passagem.
O anexo IV das RTIEBT descreve detalhadamente as características dos solos e a
respectiva influência nos eléctrodos de terra.
2.6.1 – Esquema TT em corrente alternada
O esquema TT é um dos esquemas de ligações à terra previstos nas RTIEBT. O esquema
TT tem um ponto da alimentação directamente ligado à terra, sendo as massas da instalação
eléctrica ligadas a eléctrodos de terra electricamente distintos do eléctrodo de terra da
alimentação. Na figura 5 é possível visualizar o esquema de ligação TT.
Figura 5 – Esquema TT (RTIEBT)
29
CAPÍTULO 2
Segundo a secção 413.1.4 das RTIEBT, todas as massas dos equipamentos eléctricos
protegidos por um mesmo dispositivo de protecção devem ser interligados por meio de
condutores de protecção e ligadas ao mesmo eléctrodo de terra.
Deve também verificar-se a condição seguinte:
[5]
Em que RA é a soma das resistências do eléctrodo de terra e dos condutores de protecção
das massas em ohms e IA é a corrente que garante o funcionamento automático do dispositivo de
protecção em amperes, sendo que quando o dispositivo for diferencial, IA é a corrente
diferencial-residual estipulada IΔ. Se por sua vez o dispositivo for de protecção de
sobreintensidades IA é a corrente que garante o funcionamento automático num tempo não
superior a 5 s, quando o dispositivo tiver uma característica de tempo inverso ou garante o
funcionamento instantâneo, quando o dispositivo tiver uma característica de funcionamento
instantâneo.
30
CAPÍTULO III – CASO DE ESTUDO
3.1 Classificação dos Locais
3.2 Quadros Eléctricos
3.3 Iluminação
3.4 Tomadas e Equipamentos
3.5 Sinalização
3.6 Rede de Terras
CAPÍTULO 3
32
CASO DE ESTUDO
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS
Na elaboração de um projecto é necessário que as peças desenhadas contenham a
classificação quanto às influências externas.
Optou-se, neste caso, por numerar cada dependência associando-se cada número à tabela
com as classificações dos factores de influências externas.
Também é importante criar uma memória descritiva que contenha informação relativa ao
tipo de instalação a executar.
3.1.1 – Classificação dos Locais da Instalação
No presente projecto avaliámos cada espaço, tanto interior como exterior, e procedemos à
sua classificação atendendo ao tipo de influências externas a que está sujeito, bem como ao tipo
de material que é necessário instalar.
Na tabela 8 está presente a classificação dos locais em função dos factores de influência
externa. A primeira coluna corresponde ao local, cada número está associado a uma divisão
sendo que a respectiva associação espaço/divisão está presente nas peças desenhadas que se
encontram em anexo. Nas restantes colunas está o código correspondente às influências externas.
De seguida definiu-se as principais escolhas relativamente às zonas menos comuns e que
exigem um cuidado maior na classificação.
Embora a maior parte dos espaços esteja classificado como AE1, no que diz respeito à
presença de corpos estranhos, todos estes locais foram projectados com um IP mínimo de 20,
pois segundo a secção 412.2.1 das RTIEBT, as partes activas devem ser colocadas dentro de
invólucros que tenham pelo menos um IP2X.
Todos os espaços exteriores foram classificados com AD3 no que diz respeito à presença
de água, pois estão sujeitos à chuva. Relativamente à presença de corpos sólidos o espaço foi
classificado com AE3. Sendo assim o IP mínimo a seleccionar é de 43.
Nos espaços 4, 5 e 6, seleccionou-se o código AD2 para a característica dos
equipamentos em função da presença de água, o que obriga a seleccionar um IP mínimo de X1.
É de salientar que a classificação deste espaço é apenas referente ao volume 3, o único onde vai
ser instalado equipamento.
33
CAPÍTULO 3
Tabela 8 - Classificação dos Locais do Lar de Idosos
Factores de Influência Externa
Espaços
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
Temp
Ambiente
(AA)
Condições
climáticas
(AB)
Altitude
(AC)
Presença
de Água
(AD)
Presença
Corpos
Sólidos
(AE)
Presença
Subst
Corrosivas
(AF)
Acções
Mecanicas
(AG)
Vibrações
(AH)
Presença
de
Fauna
(AL)
Competências
das Pessoas
(BA)
Resistência
Corpo
Humano
(BB)
Contacto
pessoas
potencial
Terra
(BC)
Natureza
prod.
tratados/
armaz.
(BE)
IP
IK
AA8
AA8
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA8
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AA4
AB8
AB8
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB8
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AB4
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AC1
AD3
AD3
AD1
AD2
AD2
AD2
AD2
AD1
AD1
AD1
AD3
AD1
AD1
AD1
AD1
AD1
AD1
AD1
AD1
AD1
AD2
AD2
AD1
AD1
AD1
AD1
AD1
AD1
AD1
AD1
AD2
AD2
AD2
AD1
AD2
AD1
AD2
AD2
AD2
AD1
AD2
AD2
AD2
AE3
AE3
AE1
AE1
AE1
AE1
AE3
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE4
AE1
AE3
AE1
AE3
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AE1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF1
AF2
AF1
AF1
AF1
AF1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG3
AG3
AG3
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AG1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH2
AH2
AH2
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AH1
AL2
AL2
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL2
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
AL1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BA1
BB1
BB1
BB1
BB2
BB2
BB2
BB2
BB1
BB1
BB1
BB1
BB1
BB1
BB1
BB1
BB1
BB1
BB1
BB1
BB1
BB2
BB2
BB1
BB1
BB1
BB1
BB1
BB1
BB1
BB1
BB2
BB2
BB2
BB1
BB2
BB1
BB2
BB2
BB2
BB1
BB2
BB2
BB2
BC1
BC1
BC1
BC3
BC3
BC3
BC3
BC1
BC1
BC1
BC1
BC1
BC1
BC1
BC1
BC1
BC1
BC1
BC1
BC1
BC3
BC3
BC1
BC1
BC1
BC1
BC1
BC1
BC1
BC1
BC3
BC3
BC3
BC1
BC3
BC1
BC3
BC3
BC3
BC1
BC3
BC3
BC3
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
BE1
IP43
IP43
IP20
IP21
IP21
IP21
IP41
IP20
IP20
IP20
IP43
IP20
IP20
IP20
IP20
IP20
IP20
IP20
IP20
IP20
IP21
IP21
IP20
IP20
IP20
IP20
IP20
IP20
IP20
IP20
IP21
IP21
IP21
IP20
IP41
IP20
IP41
IP21
IP21
IP20
IP21
IP21
IP21
IK04
Ik04
Ik04
IK04
IK04
Ik04
Ik04
Ik04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK09
IK09
IK09
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
IK04
No espaço referente à copa, com o número sete, classificou-se com AD2 no que concerne
à presença de água e com AE3 relativamente à presença de corpos sólidos o que implica um IP
mínimo de IP41.
34
CASO DE ESTUDO
Nos espaços referentes aos três elevadores existentes classificaram-se com AG3, no que
se refere aos impactos a que podem ficar submetidos, por isso e de acordo com potenciais
impactos seleccionou-se um IK09.
No espaço destinado ao lixo, número 39, na classificação referente à presença de
substâncias corrosivas ou poluentes, classificou-se com a classe Atmosférica, sendo que o código
correspondente é AF2. Como é possível existir humidade, dependendo do lixo existente ou na
limpeza do espaço, classificou-se quanto à presença de água com AD2 implicando assim um IP
mínimo de IP21.
É necessário referir que o IP presente na tabela corresponde ao mínimo obrigatório para o
local. Na selecção dos equipamentos e uma vez que também depende da marca do equipamento
que se pretende instalar pode optar-se por um IP superior.
As peças desenhadas relativas à classificação dos locais encontram-se presentes nos
anexos A, B, e C correspondendo ao piso 0, piso -1 e piso 1.
3.1.2 - Memória Descritiva
A Memória Descritiva deste capítulo consubstanciou-se numa introdução ao projecto,
dado que é essencial explicar a constituição do edifício, classificação mediante lotação e
especificar os tipos de instalações a executar.
3.1.2.1 – Constituição das Instalações
As instalações eléctricas que são objecto deste estudo, destinadas a um edifício para um
lar de Idosos e centro de dia inserem-se num edifício constituído por três pisos (piso -1, piso 0 e
piso 1) de acordo com o especificado nas peças desenhadas.
Este edifício constituído por três pisos está capacitado para receber vinte e dois utentes
não acamados. De acordo com a secção 801.2.0.1, classifica-se quanto, à lotação, como de
categoria cinco.
3.1.2.2 – Classificação dos Locais da Instalação
Quanto à utilização, este edifício classifica-se como Lar de Idosos e Centro de Dia. Os
locais das instalações são classificados de acordo com a secção 32 das RTIEBT.
35
CAPÍTULO 3
Os índices de protecção mínimos dos equipamentos eléctricos devem estar de acordo com
as normas NP EN60529 e EN50102.
Na tabela 8 está presente a classificação de todos os espaços que constituem o edifício
quanto às influências externas.
3.1.2.3 – Tipos de Instalações
A instalação compreendeu os seguintes tipos de instalações,
- Abastecimento de energia eléctrica
- Terras de Protecção
- Sistema de protecção de pessoas
- Quadros eléctricos
- Instalação de tomadas e força motriz
- Instalação de Iluminação
. Iluminação normal
. Iluminação de Segurança (ambiente e de circulação)
3.2 QUADROS ELÉCTRICOS
Nas peças desenhadas de cada quadro eléctrico (anexo G) são especificados os elementos
fundamentais que justificam a sua concepção, sendo que nos anexos D, E, e F é possível
observar as alimentações aos respectivos quadros eléctricos.
A protecção contra contactos indirectos foi prevista pela adopção de aparelhos de média
sensibilidade (300mA) e de alta sensibilidade (30mA) para as zonas de permanência de utentes
do lar.
O edifício vai ser alimentado em baixa tensão a partir da rede pública, logo o posto de
transformação do distribuidor está suficientemente afastado do edifício, sendo assim estipulou-se
um poder de corte mínimo, adoptado para os aparelhos a instalar nos quadros que será 3KA.
Os barramentos são constituídos por barras de cobre electrolítico, pintadas nas cores
convencionais e adequadas a uma intensidade de corrente não inferior a 1,5 vezes o calibre do
interruptor de entrada. As barras serão dimensionadas para uma densidade de corrente não
superior a 2A/mm2. Os barramentos usados encontram-se descritos nas peças desenhadas.
36
CASO DE ESTUDO
3.2.1 – Dimensionamento dos Quadros Eléctricos
3.2.1.1 – Quadros eléctricos dos quartos
Todos os quadros eléctricos dos quartos são iguais, tendo um interruptor diferencial com
corrente nominal de 25 A com IΔn 30 mA. A corrente nominal deste interruptor diferencial é a
mínima disponível no mercado para a sensibilidade pretendida. De qualquer forma, as equações
descritas no ponto 2.3 estão verificadas pois a corrente nominal do dispositivo é superior à soma
das correntes de serviço de todos os circuitos e ainda a corrente máxima que se pode obter em
função da sensibilidade do dispositivo também é muito superior à projectada para este edifício.
O circuito de iluminação de emergência está ligado junto ao disjuntor que protege o
circuito de iluminação com o objectivo de, em caso de falha no quadro do quarto, a iluminação
de emergência entrar em funcionamento.
3.2.1.2 – Quadro Piso -1
O quadro do piso -1 alimenta todos os circuitos existentes neste piso incluindo as
alimentações aos onze quartos. O dimensionamento das alimentações aos quadros eléctricos dos
quartos encontram-se descritos na tabela 9.
Estes quadros são monofásicos, tendo sido escolhida a secção de 4 mm2, uma vez que é a
mínima aceitável para quadros parciais segundo as RTIEBT.
Os restantes circuitos foram divididos, os circuitos de tomadas são protegidos por um
interruptor diferencial com corrente nominal de 40 A. Os circuitos de iluminação foram
divididos em dois, protegidos com um interruptor diferencial com corrente nominal de 25A. As
condições para escolha dos dispositivos diferenciais estão verificadas pois a corrente nominal do
dispositivo é superior à soma das correntes de serviço de todos os circuitos e ainda a corrente
máxima que se pode obter em função da sensibilidade do dispositivo também é muito superior à
projectada para este edifício.
Foi projectado um interruptor de corte com uma corrente nominal de 63A. A intensidade
nominal deste dispositivo é superior à soma das correntes de serviço de todos os dispositivos. A
Tabela 9 contém todas as alimentações a quadros parciais, neste caso a todos os quartos do
piso-1.
37
CAPÍTULO 3
Tabela 9 - Dimensionamento das Alimentações aos quartos
Origem QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 Circ. S (KVA IB (A) Disj (A) ref.ª/Met
21 1,07 4,65 16 53/C
22 1,07 4,65 16 53/C
23 1,07 4,65 16 53/C
24 1,07 4,65 16 53/C
25 1,07 4,65 16 53/C
26 0,73 3,17 16 53/C
27 0,73 3,17 16 53/C
28 0,73 3,17 16 53/C
29 0,73 3,17 16 53/C
30 0,73 3,17 16 53/C
31 0,73 3,17 16 53/C
Cabo
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
F.C. IZ (A)
1
45
1
45
1
45
1
45
1
45
1
45
1
45
1
45
1
45
1
45
1
45
1,45IZ (A) I2 (A)
65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 L (m)
20,4
19,5
12,8
5,1
4,2
60,2
58,7
51,2
49,7
38,4
36,8
u (%)
0,40
0,38
0,25
0,10
0,08
0,79
0,77
0,68
0,66
0,51
0,49
3.2.1.3 – Quadro Geral
O quadro geral foi projectado para a entrada principal do edifício. Este quadro eléctrico
recebe alimentação do edifício. A partir deste quadro são alimentados os quadros dos quartos
existentes neste piso, quadros de piso (QP-1 e QP1) e ainda a alimentação aos elevadores, como
é possível visualizar na Tabela 10. Os elevadores utilizados no projecto são da marca Schindler
[7].
Os equipamentos do vídeo porteiro, controlador do sistema de iluminação de emergência
e alimentação do sistema de chamada de enfermeira também são alimentados a partir deste
quadro.
Tabela 10 – Dimensionamento das Alimentações a Quadros Parciais
Origem QG QG QG QG QG QG QG QG QG QG QG Circ. S (KVA IB (A) Disj (A) ref.ª/Met
43 8,24 35,70 40 53/C
44 8,00 34,68 40 53/C
45 8,00 34,68 40 53/C
46 60,54 87,49 100 53/C
47 17,11 24,72 40 53/C
48 0,73 3,17 16 53/C
49 0,73 3,17 16 53/C
50 0,73 3,17 16 53/C
51 0,73 3,17 16 53/C
52 0,73 3,17 16 53/C
53 0,73 3,17 16 53/C
Cabo
XZ1(zh)(frt)‐U5G10
XZ1(zh)(frt)‐U5G10
XZ1(zh)(frt)‐U5G10
XZ1(zh)(frt)‐U5G25
XZ1(zh)(frt)‐U5G10
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
XZ1(zh)(frt)‐U3G4
F.C. IZ (A)
1
71
1
71
1
71
1
119
1
71
1
45
1
45
1
45
1
45
1
45
1
45
1,45 IZ (A) I2 (A)
102,95 58 102,95 58 102,95 58 172,55 145 102,95 58 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 L (m)
11,1
10,3
30,7
17,5
13,2
61,7
60,0
52,7
51,2
39,9
38,6
u (%)
0,33
0,30
0,88
0,51
0,27
0,81
0,79
0,70
0,68
0,53
0,51
3.2.1.4 – Quadro Cozinha
O quadro da cozinha alimenta todos os circuitos existentes na cozinha, despensa do dia,
área destinada ao lixo, despensa de limpeza e ainda a copa. Embora a copa esteja num piso
38
CASO DE ESTUDO
diferente decidiu-se alimentar os circuitos a partir do quadro da cozinha pois a copa é uma zona
com características idênticas à cozinha e por isso faz sentido controlar os dispositivos de
protecção através do mesmo local.
Neste quadro eléctrico foram previstos interruptores diferenciais de média sensibilidade
(300mA). Um interruptor diferencial com corrente nominal de 25A para os circuitos de
iluminação. Para os circuitos de tomadas foram previstos 3 interruptores diferenciais, um faz o
circuito do forno enquanto os outros dois fazem os restantes circuitos. Em todos os interruptores
diferenciais as correntes nominais são superiores à soma das correntes de serviços dos circuitos
aos quais estão associados.
Foi previsto à cabeça do quadro eléctrico, um interruptor com intensidade nominal de
125A, sendo que esta intensidade é superior à soma das correntes de serviço de todos os circuitos
existentes neste quadro eléctrico.
3.2.1.5 – Quadro Piso 1
Este quadro eléctrico alimenta todos os circuitos existentes neste piso, quadro da cozinha
e da central térmica.
Neste quadro eléctrico foi prevista a instalação de interruptores diferencias de média e
alta sensibilidade. Um interruptor diferencial com corrente nominal de 25A e com sensibilidade
de 30mA para os circuitos das casas de banho e balneários. Usaram-se ainda dois interruptores
diferenciais de 300mA, um para os circuitos de tomadas com corrente nominal de 40A e outro
com corrente nominal de 25A para os restantes circuitos de iluminação.
O dimensionamento para a alimentação ao quadro parcial da cozinha encontra-se na
tabela 11.
Tabela 11 - Dimensionamento da alimentação ao quadro da cozinha
Origem Circ. S (KVA IB (A) Disj (A) ref.ª/Met
QP1 22 45,86 66,28 100 53/C
Cabo
XZ1(zh)(frt)‐R5G25
F.C. IZ (A)
1
119
1,45 IZ (A) I2 (A)
172,55 145 L (m)
45,1
u (%)
0,99
3.2.1.6 - Portinhola
A potência total a contratar ao distribuidor está presente na tabela 12. O coeficiente de
utilização escolhido foi de 1. Relativamente ao coeficiente de simultaneidade foi escolhido 0,6
39
CAPÍTULO 3
pois existem mais de 10 circuitos. No que diz respeito ao coeficiente de elevação de cargas
escolheu-se de 1,2 pois é um número adequado para um edifício destas características.
Tabela 12 – Cálculo da potência a contratar
Pa (KVA) 104,70 Pi (KVA) 123,60 Cos 0,85 Ku 1 Ks 0,6 Ke 1,2 O método de instalação neste caso será o 61D pois a tubagem é enterrada no solo.
Segundo as RTIEBT neste método de instalação os valores indicados no quadro 52-C30 das
RTIEBT devem ser multiplicados por 0,8.
Os fusíveis a utilizar serão os APC-gG com uma intensidade nominal de 160A. Na tabela
13 pode-se observar o dimensionamento da alimentação ao quadro geral.
Tabela 13 – Dimensionamento da Alimentação ao Quadro Geral
Pa (KVA) 104,26 IB (A) 150,66 ref.ª/Met 61/D Cabo
XZ1 (zh)(frt)R4*70
IZ(A)
203,2
1,45 IZ
294,64
In Fus.
160
I2 (A) 256 L (m)
23,22
U %
0,41
3.2.2 – Memória Descritiva
A memória descritiva desta secção permite ao instalador seguir as regras técnicas e
algumas recomendações do projectista referente aos quadros eléctricos. Integra ainda,
informação sobre o equipamento de medida a instalar pelo distribuidor de energia.
Relativamente aos quadros eléctricos, a memória descritiva contém informação relativa à
marca do material a instalar e respectivo material de protecção.
Também são dadas instruções acerca construção dos quadros eléctricos e sobre a sua
correcta fabricação. Estas informações obrigam o instalador a garantir ao cliente o mínimo de
qualidade e simultaneamente a certificá-lo do seguimento das regras e normas em vigor. Isto é
determinante, sobretudo porque os quadros eléctricos são, sem dúvida, uma das partes mais
importantes da instalação.
3.2.2.1 - Alimentação de energia
Trata-se de um edifício onde se admite uma potência instalada de 104,26KVA O
abastecimento normal de energia eléctrica será em baixa tensão (C.A.) à tensão de 230/400 V,
40
CASO DE ESTUDO
frequência 50 Hz, a partir da rede pública BT do distribuidor local por intermédio de ramal
subterrâneo.
Para estabelecimento do ramal será instalado um tubo Pet 4 ou equivalente normalizado
do quadro geral das instalações (quadro geral lar), até à guia do passeio, a uma profundidade de
1m.
3.2.2.2 – Contador de energia
O contador de energia será instalado em espaço próprio, de acordo com o sugerido pelos
serviços da EDP, o contador será instalado, tanto quanto possível, de modos a que o visor não
fique a menos de um metro nem a mais de 1,70 metros do pavimento.
3.2.2.3 – Quadros Eléctricos
Os quadros eléctricos são do tipo armário para fixação à parede, em montagem
encastrada, num nicho previsto para o efeito. Possuirão características não inferiores às
apresentadas pelos quadros Hager. Todos os quadros parciais serão do tipo «classe II de
isolamento».
No interior de cada quadro deverá ficar instalado o respectivo esquema eléctrico,
devidamente acondicionado e em lugar acessível apenas ao pessoal de manutenção e terão uma
reserva de pelo menos 25% do material aplicado.
A fabricação dos quadros eléctricos não deverá ser iniciada antes da fiscalização ter
aprovado os desenhos de projecto, bem como os seus componentes, pelo que o adjudicatário
deverá fornecer todos os elementos que a fiscalização entender como necessários para a sua
apreciação.
Os chassis dos quadros eléctricos serão em chapa de aço electrozincada, quinada e
soldada, de espessura apropriada mas não inferior a 1,5mm ou em material isolante construídos
segundo as normas DIN VDE0659 e DIN VDE0660 Parte 500 e grau de protecção IP54 tendo
porta com junta estanque.
Os painéis frontais serão amovíveis, fixados por parafusos cadmiados à respectiva
estrutura, com rasgos para o acesso ao comando dos aparelhos.
As barras serão devidamente dimensionadas, localizadas e fixadas de modo a
conseguir-se boas condições de segurança e de funcionamento, resistências elevadas aos esforços
electrodinâmicos em caso de curto circuitos, aquecimento moderado quando percorridas pelas
41
CAPÍTULO 3
respectivas intensidades de corrente nominais e bom isolamento eléctrico entre barras sob tensão
e entre estas e a massa.
A secção mínima dos condutores a utilizar na electrificação dos quadros deverá ser de 4
mm2 nos circuitos de iluminação e de 6mm2 nos circuitos de tomadas e força motriz.
Todos os circuitos de saída serão devidamente identificados junto do respectivo órgão de
comando, por uma etiqueta em trafolite, com letras brancas em fundo preto, não se admitindo a
fita gravada.
Em todos os quadros a partir dos quais se comandem directamente circuitos de
iluminação, serão instalados interruptores em série, com o respectivo dispositivo de protecção
para comando do circuito. Estes interruptores devem ser agrupados no quadro e devem estar bem
referenciados.
Os interruptores terão o número de pólos indicados nas peças desenhadas, podendo cortar
com segurança até 1,5 vezes a sua corrente nominal, sendo do tipo modular da Hager. Os
manípulos de comando terão indicação bem visível das posições ligado e desligado. Os
interruptores diferenciais terão as sensibilidades indicadas nas peças desenhadas sendo também
do tipo modular da Hager.
Os disjuntores serão monofásicos ou trifásicos, com os calibres indicados nas peças
desenhadas, sendo do tipo modular da Hager, curva C.
Os sinalizadores a montar nos quadros terão as cores regulamentares, néon, para 400V,
tendo vidro para protecção da lâmpada. Serão protegidos por fusíveis do tipo cartucho instalados
em base corta-circuitos basculantes.
3.2.3 – Mapa de Quantidades
O mapa de quantidades referente aos quadros eléctricos encontra-se presente na Tabela
14. Este mapa integra todas os comprimentos em metros de alimentadores e tubos desde a
entrada do edifício até aos quadros. No mesmo, podemos visualizar o número de quadros
eléctricos necessários sendo que o respectivo material está presente nas peças desenhadas em
anexo.
42
CASO DE ESTUDO
Tabela 14 – Mapa de Quantidades Quadros Eléctricos
Artº Nº
1
Un
Quant.
m
m
m
m
661
66
63
25
XZ1 (zh)(frt) 3G4
XZ1 (zh)(frt) R5G10
XZ1 (zh)(frt) R5G25
XZ1 (zh)(frt) R4*70
m
m
m
m
661
66
63
25
2
Bastidor para alojamento da Equipa de medida do distribuidor + Ti’s
un
1
3
Quadros Eléctricos
un
un
un
un
un
1
1
1
1
17
1
1.1
1.1.1
1.2
3.1
Designação
QUADROS ELÉCTRICOS
Alimentação aos Quadros Eléctricos
Fornecimento e montagem de:
Tubos
Tubo VD 25
Tubo VD 40
Tubo VD 63
Tubo Pet 4
Cabos
Fornecimento e montagem de:
Quadro Geral do Lar
QP-1
QP1
QCozinha
QQuarto
3.3 ILUMINAÇÃO
No presente caso de estudo optou-se por escolher uma iluminação simples em termos
estéticos e simultaneamente o mais eficaz possível. Seleccionaram-se diferentes tipos de
luminárias em função do local e das tarefas a desempenhar.
A iluminação escolhida para cada local foi projectada de acordo com a classificação
obtida previamente aquando da análise da classificação dos locais. Privilegiou-se o uso de
marcas nacionais porque são marcas que evidenciam uma boa relação qualidade/preço.
A escolha do tipo de luminárias deve ter em conta a eficiência energética. Neste caso de
estudo optou-se, maioritariamente, por luminárias com balastro electrónico uma vez que se
revelam mais eficientes do que as luminárias com balastro convencional.
43
CAPÍTULO 3
No que concerne à iluminação de emergência, preferiu-se um sistema centralizado de
gestão, embora esse não fosse obrigatório em termos legais, devido à classificação do edifício.
Embora este sistema apresente um custo inicial superior revela diversas vantagens tais como na
facilidade de controlo e manutenção, sendo por isso, uma solução cada vez mais utilizada em
edifícios públicos.
3.3.1 – Conceitos Básicos Luminotecnia
Para projectar uma instalação de iluminação interior é necessário estabelecer previamente
o tipo de tarefa visual, isto é, a actividade desenvolvida. Através de tabelas recomendadas pela
comissão internacional de iluminação, verificam-se quais os valores recomendados de
iluminancia média para cada tipo de actividade desenvolvida.
Um sistema de iluminação bem projectado deve ter em atenção os seguintes pontos:
eliminação de situações de encadeamento e redução da perturbação de baixa frequência,
adequada composição da luz, equilíbrio da distribuição da luminancia e deve estar projectado de
forma a facilitar a manutenção e aprovisionamento.
3.3.1.1 – Fluxo Luminoso φ
O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa, isto é, toda a
radiação emitida por uma fonte de luz e percebida pelo olho humano. A unidade do fluxo
luminoso é o Lúmen (lm)
3.3.1.2 – Intensidade Luminosa I
É a Intensidade luminosa de uma luminária que emite numa determinada direcção, sendo
que é o fluxo luminoso por unidade de ângulo da direcção considerada. A unidade da intensidade
luminosa é candela (cd).
3.3.1.3 – Iluminância lx
Intensidade de Iluminação, observada sobre uma superfície é o quociente do fluxo
luminoso que chega a essa superfície, pela área da mesma. A unidade da iluminancia é o lux (lx)
que é igual ao lúmen por metro quadrado.
44
CASO DE ESTUDO
3.3.1.4 – Factores de reflexão
Os factores de reflexão são associados a tectos, paredes, chão e ao plano de uso, e cor de
cada uma das estruturas. Caso estes não sejam conhecidos é possível usar como referência os
valores na tabela 15 [2].
Para a mesma cor, o factor de reflexão dos tectos é sempre superior ao das paredes,
devido ao facto de nas paredes existirem portas, janelas e mobiliário tendo todos estes objectos
um factor de reflexão relativamente baixos.
Tabela 15 – Coeficientes de reflexão - Exemplos
Envolventes / Locais
Coeficientes de reflexão
Cor
Tectos
0,8 a 0,9
Branca
Paredes
0,4 a 0,6
Clara
Chão
0,2 a 0,4
Escura
Área de trabalho
0,9
Branca
3.3.1.5 – Factores de Manutenção
O factor de manutenção tem em conta a diminuição do rendimento das armaduras e lâmpadas
ao longo do tempo. A tabela seguinte indica o valor normalmente usado em função das
actividades definidas para cada local.
Tabela 16 – Factores de Manutenção - Exemplos
Categoria
Factor manutenção
Factor Depreciação
Normal
0,8
1,25
Baixo
0,7
1,43
Muito baixo
0,6
1,67
3.3.2- Dialux
No presente projecto para cálculo luminotécnico foi usado o software dialux. O dialux é
um software livre, de fabricante neutro permitindo assim usar luminárias de vários fabricantes.
45
CAPÍTULO 3
Este software permite importar e exportar ficheiros do autocad, possibilitando assim
construir modelos a três dimensões sobre o ficheiro autocad, criando assim modelos de cálculos,
visualizações, planeamento e documentação muito próximos da realidade.
3.3.3– Projecto
Na presente secção abordam-se as diversas dependências existentes no edifício, sendo
que é possível observar o resultado obtido para o estudo de iluminação através do software
dialux. Também é possível visualizar a distribuição escolhida das luminárias e também os
valores obtidos, bem como os coeficientes utilizados.
As peças desenhadas referentes aos circuitos de iluminação normal estão presentes nos
anexos H, I, e J correspondendo aos três pisos do edifício.
3.3.3.1 – Quartos Duplos
Para os quartos foram projectadas três armaduras colocadas no tecto com lâmpadas de
54W. As armaduras foram projectadas para o fundo do quarto pois como se trata de um lar, há
grande probabilidade de os idosos passarem grande parte do tempo na cama e sendo assim as
luminárias não incidem directamente sobre os idosos deitados na cama.
Foi ainda projectado um aplique de parede por cama, de 35W com um suporte que
permite variar o ângulo de inclinação e também a luminária obrigatória para iluminação de
vigília, sendo esta de 25W.
Para comando de iluminação foi previsto um interruptor para cada aplique de parede e
ainda um comutador de lustre, sendo utilizada uma linha para as 3 armaduras no tecto e a outra
linha para a luminária de vigília.
A planta da figura 6 representa a distribuição da iluminação sendo que as linhas
representam as iluminâncias em lux nas áreas da divisão. Na imagem a 3 dimensões é possível
verificar a distribuição da luz das luminárias.
O factor de manutenção usado para calculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão
foram de 0,8; 0,5 e 0,15 para tecto, paredes e solo respectivamente.
A potência específica obtida foi de 13,34 W/m2.
46
CASO DE ESTUDO
Figura 6 – Distribuição da Iluminação Quarto Duplo
3.3.3.2 – WC
Nas casas de banho dos quartos foi instalado um projector com uma lâmpada de 26W no
tecto, na zona do espelho foi colocada uma armadura com lâmpada de 13W. A distribuição da
iluminação está presente na figura 7
O comando de iluminação utilizado foi o comutador de lustre, sendo uma linha para o
projector e a outra linha utilizada para a armadura do espelho.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente.
A potência específica obtida foi de 8,62 W/m2.
Figura 7 – Distribuição da Iluminação WC Quartos
47
CAPÍTULO 3
3.3.3.3 – Corredor de acesso aos quartos duplos Piso -1
Para esta zona foram previstos 31 projectores com lâmpada de 18W. Como se pode
verificar na figura 8, obteve-se uma distribuição bastante uniforme.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,49 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente.
A potência específica obtida foi de 9,58 W/m2.
Figura 8 – Distribuição Iluminação Corredor Quartos Duplos Piso -1
3.3.3.4 – Sala Estar
Há duas salas de estar no piso -1. Como são idênticas foi apenas executado o estudo para
uma delas e a solução encontrada foi aplicada nas duas salas.
Esta divisão pode ter diferentes actividades, sendo assim optou-se pela instalação de 6
projectores com duas lâmpadas de 26W. O nível de iluminação obtido foi relativamente elevado,
logo, e em função das actividades decidiu-se instalar como comando de iluminação um
comutador de lustre, assim dividiu-se em duas linhas os seis projectores, ficando cada linha com
3 projectores. É possível observar a distribuição da iluminação da sala de estar na figura 9
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,35 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. De salientar que o factor de
reflexão é baixo devido a uma das paredes ser em vidro.
A potência específica obtida foi de 10,91 W/m2.
48
CASO DE ESTUDO
Figura 9 – Distribuição Iluminação Sala Estar
3.3.3.5 – Escadas
Para todos os conjuntos de escadas presentes no edifício adoptou-se a mesma solução,
cujo resultado é visível na figura 10.
Foi prevista a instalação de um aplique de parede por cada vão de escadas e patamar,
sendo que, optou-se por uma luminária com duas lâmpadas de 18W.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8, 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
9,72 W/m2.
Figura 10 – Distribuição Iluminação Caixa de Escadas
49
CAPÍTULO 3
3.3.3.6 – Arrumos
Estas divisões não são críticas em termos de projecto pois são zonas que raramente estão
ocupadas. O piso -1 contém cinco zonas de arrumos, sendo que na figura 11 apenas 4 estão
representados pois existem dois espaços semelhantes e estão representados na figura 11.C.
Foi adoptada a solução de projectores para cada arrumo sendo que em função do tamanho
adoptaram-se projectores com duas lâmpadas de 18W e projectores com uma lâmpada de 26W,
sendo que nas peças desenhadas é possível verificar as respectivas escolhas. O comando de
iluminação utilizado para cada arrumo é o interruptor
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica varia entre
8,86 W/ m2 e os 12,38W /m2.
Figura 11 – Distribuição Iluminação Arrumos Piso -1
3.3.3.7 – Sala Reuniões
Nesta divisão optou-se por projectar duas armaduras com lâmpadas de 54W, para incidir
sobre o plano de trabalho das mesas de reuniões. Esta armadura é suspensa e corresponde ao
50
CASO DE ESTUDO
modelo ATLANTIS\S da Exporlux. Esta luminária possui IP20. Para o resto da sala decidiu-se
por um sistema de iluminação indirecto, usando o modelo EXO da marca exporlux. Este modelo
tem uma lâmpada de 26W e têm IP20.
Como comando de iluminação projectou-se um comutador de lustre permitindo assim
utilizar uma linha para as armaduras e a outra linha para a iluminação indirecta.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0.9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
10,37 W/m2.
A distribuição da iluminação está presente na figura 12.
Figura 12 – Distribuição Iluminação Sala Reuniões
3.3.3.8 – Gabinete Administrativo
Neste gabinete, admitindo que muito provavelmente vai ter mais que uma secretária,
optou-se por uma solução com duas armaduras suspensas com lâmpada de 54W, modelo
ATLANTIS\S da Exporlux com IP20. O objectivo deste sistema de iluminação é incidir
directamente sobre as secretárias. Como sistema de iluminação indirecta decidiu-se utilizar o
modelo EXO da marca exporlux com lâmpada de 26W e IP20. No canto da sala colocou-se um
projector com lâmpada de 26W, modelo TITANIO da exporlux com IP20.
Para comando da iluminação projectou-se dois comutadores de lustre, permitindo assim
separar as quatro luminárias. Optou-se por esta solução pois em determinados momentos do dia e
uma vez que uma das paredes é vidro não será necessário o sistema de luz indirecta e o projector
ao fundo da sala, e por outro lado as duas secretárias podem não ser usadas ao mesmo tempo.
51
CAPÍTULO 3
O factor de manutenção usado para calculo foi de 0.9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,43 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
9,36 W/m2. A distribuição da iluminação do gabinete administrativo está presente na figura 13.
Figura 13 – Distribuição Iluminação Gabinete Administrativo
3.3.3.9 – Gabinete Director
Decidiu-se usar neste gabinete o mesmo tipo de solução dos outros gabinetes do lar. Uma
luminária suspensa com lâmpada de 54W a incidir sobre a mesa de trabalho do director com
IP20. E para a iluminação indirecta o modelo EXO da marca exporlux com lâmpada de 26W e
IP20.
O controlo de iluminação vai ser executado com recurso a um comutador de lustre.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,4 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
6W/m2. A distribuição da iluminação deste gabinete está presente na figura 14
Figura 14 – Distribuição Iluminação Gabinete Director
52
CASO DE ESTUDO
3.3.3.10 – Gabinete Médico
Nesta divisão optou-se por projectar uma armadura com lâmpada de 54W, para incidir
sobre o plano de trabalho do responsável de saúde. Esta armadura é o modelo ATLANTIS\S da
Exporlux. Esta luminária possui IP20. Para o resto da sala decidiu-se por um sistema de
iluminação indirecto, usando para isso o modelo EXO da marca exporlux. Este modelo tem uma
lâmpada de 26W e têm IP20. Na zona da casa de banho decidiu-se instalar dois projectores. Um
com lâmpada de 18W e outro com lâmpada de 26W. Os projectores são o modelo TITANIO da
marca exporlux. Decidiu-se colocar vidro ao nível do aro fazendo assim com que os projectores
tenham IP53. Ambos os projectores têm balastro electrónico.
Para comandar a iluminação vai usar-se um comutador de lustre e dois interruptores
como se pode comprovar nas peças desenhadas.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,44 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
5,43 W/m2.
A distribuição da iluminação do gabinete médico está presente na figura 15.
F
Figura 15 – Distribuição Iluminação Gabinete Médico
3.3.3.11 – Copa
Nesta divisão decidiu-se utilizar duas armaduras com duas lâmpadas de 58W. As
armaduras são o modelo MHPP da marca EEE. Estas armaduras são estanques, possuindo IP65 e
têm balastro electrónico.
Para comandar a iluminação projectou-se um interruptor estanque, sendo assim toda a
iluminação desta sala funciona apenas com um único comando.
53
CAPÍTULO 3
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
10,76 W/m2. Na figura 16 é possível visualizar a distribuição da iluminação da copa.
Figura 16 – Distribuição Iluminação Copa
3.3.3.12 – Sala de Refeições
Nesta sala e como em algumas tabelas aconselham para salas de refeições iluminancias
mínima na ordem dos 200 luxs, decidiu-se projectar doze projectores com duas lâmpadas de
26W. Os projectores são o modelo TITANIO da marca exporlux e tem IP20, possuindo balastro
electrónico.
Para comandar a iluminação foi projectado um comutador de lustre, usando seis
projectores em cada linha. A associação de cada linha aos projectores está presente nas peças
desenhadas.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,21 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. O índice de reflexão das paredes é
muito baixo devido a três das quatro paredes serem em vidro. A potência específica obtida foi de
6,63 W/m2.
A distribuição da iluminação da sala de refeições está presente na figura 17.
54
CASO DE ESTUDO
Figura 17 – Distribuição Iluminação Sala de Refeições
3.3.3.13 – Corredor Principal
Nesta divisão decidiu-se utilizar projectores do modelo TITANIO da marca exporlux.
Estes projectores possuem IP20 e têm balastro electrónico. Utilizaram-se 55 projectores com
lâmpada de 18W e dois projectores com duas lâmpadas de 26W a colocar por cima do balcão
destinado à recepção, permitindo assim maior conforto de trabalho às recepcionistas.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,38 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
6,61 W/m2.
A distribuição da iluminação do corredor principal está presente na figura 18.
Figura 18 – Distribuição Iluminação Corredor Principal Piso 0
55
CAPÍTULO 3
3.3.3.14 – Arquivo
Nesta sala, a solução adoptada passou por um projector com duas lâmpadas de 26W,
modelo TITANIO da marca exporlux. Este projector tem IP20 e possui balastro electrónico. Para
controlar a iluminação foi projectado um interruptor.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
9,76 W/m2.
A distribuição de iluminação do arquivo está presente na figura 19.
Figura 19 – Distribuição Iluminação Arquivo
3.3.3.15 – Arrumo
Nesta sala foram projectados dois projectores com lâmpada de 26W, modelo TITANIO
da marca exporlux. Estes projectores têm IP20 e possuem balastro electrónico. Para comandar a
iluminação foi usado um interruptor.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
4,17 W/m2.
A distribuição de iluminação do arrumo está presente na figura 20.
56
CASO DE ESTUDO
Figura 20 – Distribuição Iluminação Arrumo
3.3.3.16 – WC’s
Para as casas de banho deste piso a solução foi idêntica. Para as casas de banho da figura
a e b foram utilizados seis projectores com lâmpada de 26W. Para a casa de banho de deficientes
figura c, projectou-se um projector com lâmpada de 26W. Todos os projectores correspondem ao
modelo TITANIO com vidro da marca exporlux, tendo IP20 e balastro electrónico.
Para controlo da iluminação vão ser usados detectores de presença, permitindo assim
evitar gastos de energia quando as casas de banho não estão ocupadas.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida varia
entre 5,50 e 12,71 W/m2.
A distribuição de iluminação dos WC´s está presente na figura 21.
Figura 21 – Distribuição Iluminação WC’s
57
CAPÍTULO 3
3.3.3.17 – Sala de Actividades
Para esta sala foram projectados nove projectores com duas lâmpadas de 26W, modelo
TITANIO da exporlux. Estes projectores têm IP20 e possuem balastros electrónicos. Para
comandar a iluminação foi escolhido um comutador de lustro.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 8
W/m2.
Na figura 22 é possível visualizar a distribuição da iluminação.
Figura 22 – Distribuição Iluminação Salas de Actividades
3.3.3.18 – Cozinha
Na cozinha foram instaladas quatro armaduras com duas lâmpadas de 58W e duas
armaduras com duas lâmpadas de 36W. Decidiu-se usar o modelo HRCP da marca EEE. Estas
armaduras têm um IP65 e possuem balastro electrónico.
Como comando de iluminação foi projectado um comutador de lustre, ficando
distribuídas da seguinte forma, uma linha faz as quatro armaduras enquanto a outra linha faz as
duas armaduras restantes.
O factor de manutenção utilizado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão
foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida
foi de 9,09 W/m2.
A distribuição da iluminação da cozinha está presente na figura 23.
58
CASO DE ESTUDO
Figura 23 – Distribuição Iluminação Cozinha
3.3.19 – Lavandaria
Nesta divisão foram utilizados três tipos de armaduras diferentes. Na secção da roupa
limpa foi colocada uma armadura com uma lâmpada de 58W da marca EEE, modelo MHPP. No
restante espaço da divisão foram colocadas quatro armaduras, duas com lâmpadas de 36 watts e
as restantes com lâmpadas de 58W. Todas as armaduras colocadas nesta divisão têm IP 65 e
possuem balastro electrónico.
Como comando de iluminação foram projectados dois interruptores, um para a zona de
roupa limpa, o segundo interruptor faz as restantes armaduras.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
10,01 W/m2.
A distribuição da iluminação da lavandaria está presente na figura 24.
Figura 24 – Distribuição Iluminação Lavandaria
59
CAPÍTULO 3
3.3.3.20 – Sala Pessoal
Nesta sala foram previstos oito projectores com lâmpada de 26W, modelo TITANIO da
marca exporlux. Decidiu-se não utilizar vidro no projector, sendo assim o projector tem um IP
20. Este tipo de projector possui balastro electrónico.
Foi projectado um comutador de lustre, dividindo-se em metade os projectores por cada
linha.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
6,30 W/m2. A distribuição da iluminação da sala do pessoal está presente na figura 25.
Figura 25 – Distribuição Iluminação Sala Pessoal
3.3.3.21 – Lixo
Na zona do lixo foram previstas duas armaduras com uma lâmpada de 36W, modelo
MHPP, da marca EEE. As armaduras possuem IP65 e têm balastro electrónico. Para comando de
iluminação foi usado um interruptor.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8, 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
6,37 W/m2.
A distribuição da iluminação da dependência do lixo está presente na figura 26.
60
CASO DE ESTUDO
Figura 26 – Distribuição Iluminação Lixo
3.3.3.22 – Central Térmica
Na zona da central térmica foram previstas duas armaduras com uma lâmpada de 36W,
modelo MHPP, da marca EEE. As armaduras possuem IP65 e têm balastro electrónico. Para
comando de iluminação foi usado um interruptor.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
5;14 W/m2.
A distribuição da iluminação da divisão da central térmica está presente na figura 27.
Figura 27 – Distribuição Iluminação Central Térmica
61
CAPÍTULO 3
3.3.3.23 – Armazém
No armazém foram usadas 6 armaduras de 36W, modelo MHPP da marca EEE. As
armaduras utilizadas neste espaço possuem IP65 e têm balastro electrónico.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
6,20 W/m2. A distribuição de iluminação do armazém está presente na figura 28.
Figura 28 – Distribuição de Iluminação Armazém
3.3.3.24 – Balneário
Na zona destinada aos lavatórios e sanitas foram projectados projectores com lâmpada de
26W e 18W respectivamente. Os projectores são o modelo TITANIO da marca exporlux. Com
vista a satisfazer os requisitos em função da classificação do local, os projectores foram
projectados para serem equipados com vidro ao nível do aro perfazendo assim um IP53.
Na zona de banho foi projectada uma armadura com duas lâmpadas de 58W, modelo
MHPP da marca EEE, sendo esta uma armadura equipada com balastro electrónico, possuindo
IP65.
Como controlo de iluminação na zona dos lavatórios e sanitas foi projectado um detector
de presença, enquanto na zona de banho foi projectado um interruptor estanque.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. De salientar que o factor de reflexão
é baixo devido a uma das paredes ser em vidro. A potência específica obtida foi de 11,84 W/m2.
Na figura 29 é possível observar a distribuição da iluminação do balneário.
62
CASO DE ESTUDO
Figura 29 – Distribuição de Iluminação Balneário
3.3.3.25 – Corredor Pessoal Piso 1
Neste espaço foram projectados trinta e nove projectores com lâmpada de 18W, modelo
TITANIO da marca EEE. Estes projectores possuem IP 20 e têm balastro electrónico.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
8,95 W/m2. A distribuição da iluminação do corredor de serviço está presente na figura 30.
Figura 30 – Distribuição Iluminação Corredor de Serviço
3.3.3.26 – Despensas
As figuras a e b da imagem seguinte representam a despensa do dia e a despensa de
limpeza do lar. A estratégia adoptada para estes dois espaços foi idêntica. Foram projectadas
63
CAPÍTULO 3
armaduras com lâmpada de 36W, modelo MHPP da marca EEE. Possuem IP65 e têm balastro
electrónico. A iluminação vai ser controlada através de um interruptor para cada uma das
divisões.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida na
despensa do dia foi de 5,58 W/m2 enquanto na despensa de limpeza teve um resultado de 7,81
W/m2. A distribuição da iluminação das despensas está presente na figura 31.
Figura 31 – Distribuição Iluminação Despensas
3.3.3.27 – Morgue
Nesta divisão foram projectados quatro projectores com lâmpada de 18W, modelo
TITANIO da marca Exporlux. Estes projectores têm IP20 e possuem balastro electrónico. O
controlo da iluminação vai ser efectuado através de um interruptor.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de
5,90 W/m2.
A distribuição da iluminação da morgue está presente na figura 32.
64
CASO DE ESTUDO
Figura 32 – Distribuição Iluminação Morgue
3.3.3.28 – Arrumo Piso 1
Foi adoptada a solução de um projector para esta divisão, com duas lâmpadas de 18W,
modelo TITANIO da marca exporlux. O controlo de iluminação vai ser executado com recurso a
um interruptor.
O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram
de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica é de 4,23
W/m2.
A distribuição da iluminação do arrumo do piso 1 está presente na figura 33.
Figura 33 – Distribuição Iluminação Arrumo Piso 1
65
CAPÍTULO 3
3.3.3.29 – WC Piso 1
Na zona destinada ao lavatório foi planeado um projector com lâmpada de 16W,
enquanto na zona da sanita foi usado um projector com lâmpada de 26W. Ambos os projectores
correspondem ao modelo TITANIO da marca exporlux. Foram usados vidro ao nível do aro do
projector fazendo assim um IP53, possuindo os dois projectores balastros electrónicos.
O controlo da iluminação foi previsto recorrendo ao uso de um detector de presença.
O factor de manutenção utilizado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão
foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica é de
15,45 W/m2.
A distribuição da iluminação do wc de serviço do piso 1 está presente na figura 34.
Figura 34 – Distribuição Iluminação WC Serviço Piso 1
3.3.4 – Protecções e Canalizações
Na tabela 17 estão apresentados todos os circuitos de iluminação normal previstos para o
lar. Os circuitos vão ser protegidos por disjuntores de 10A sendo que o cabo utilizado é um cabo
com três condutores de secção de 1,5mm2. Todos os circuitos estão de acordo com as normas
quanto à corrente máxima admissível e quanto à queda de tensão.
Os tubos utilizados para todos os circuitos interiores têm diâmetro de 20mm.
66
CASO DE ESTUDO
Tabela 17 – Dimensionamento Canalizações Iluminação
Origem QEQ QEQ QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QPC QPC QPC QPC Circ. S(KVA) IB(A) 1 0,30 1,31 3 0,05 0,20 1 0,04 0,18 2 0,86 3,72 3 0,34 1,47 4 0,36 1,57 5 0,04 0,18 6 0,22 0,95 7 0,15 0,64 8 0,15 0,64 9 0,42 1,84 10 0,40 1,75 11 0,44 1,93 14 0,03 0,13 15 0,09 0,40 1 0,49 2,15 2 0,18 0,80 3 0,18 0,80 4 0,03 0,13 5 0,04 0,18 6 0,09 0,40 7 0,03 0,13 8 0,05 0,23 11 0,60 2,59 12 0,55 2,39 13 0,55 2,39 14 0,73 3,19 15 0,38 1,66 16 0,34 1,47 17 0,32 1,38 18 0,38 1,66 19 0,38 1,64 20 0,17 0,74 21 0,21 0,92 22 0,21 0,92 23 0,23 0,98 24 0,42 1,84 25 0,42 1,84 26 0,49 2,13 1 0,08 0,37 2 0,36 1,55 3 0,42 1,84 4 0,44 1,93 5 0,51 2,22 6 0,24 1,06 7 0,04 0,18 17 0,24 1,04 18 0,24 1,04 19 0,05 0,23 1 0,08 0,37 2 0,66 2,88 3 0,17 0,74 4 0,27 1,19 Disj(A) ref.ª/Met
Cabo
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5
F.C.
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
IZ(A)
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
1,45IZ(A) 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 I2(A) 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 L(m)
7,0
4,7
38,5
16,4
20,7
22,0
17,9
30,5
15,4
14,1
71,2
50,8
53,9
4,2
13,9
42,9
47,0
44,7
39,3
46,1
19,7
16,2
15,4
19,8
34,0
37,3
57,8
54,4
39,3
38,1
31,3
12,3
14,6
20,7
21,4
55,3
60,3
56,8
37,2
62,3
56,2
47,9
49,2
40,1
36,1
6,4
32,4
28,9
44,6
23,3
17,1
19,9
13,5
u(%)
0,10
0,01
0,08
0,68
0,34
0,38
0,04
0,32
0,11
0,10
1,45
0,99
1,16
0,01
0,06
1,02
0,42
0,40
0,06
0,09
0,09
0,02
0,04
0,57
0,90
0,99
2,05
1,00
0,64
0,58
0,58
0,22
0,12
0,21
0,22
0,60
1,23
1,16
0,88
0,25
0,97
0,98
1,05
0,99
0,43
0,01
0,37
0,33
0,11
0,10
0,55
0,16
0,18
67
CAPÍTULO 3
3.3.5 – Iluminação de Segurança
A iluminação de emergência e sinalização de saídas serão garantidas por um sistema
constituído por blocos autónomos e sistema de controlo centralizado.
Neste projecto foram previstas para iluminação anti-pânico, blocos autónomos não
permanentes. Estes blocos tem como objectivo reduzir o risco de pânico e permitir que as
pessoas se dirijam em segurança para os caminhos de evacuação. Os blocos não permanentes
utilizam um sistema em que as lâmpadas apenas funcionam quando a rede falha. Foram
projectados para as divisões que geralmente estão com presença assídua de pessoas e nos
corredores para ajudar a encontrar os locais de saída.
Para iluminação de circulação foram usados blocos autónomos permanentes. Estes blocos
têm como objectivo permitir a evacuação das pessoas em segurança. Os blocos permanentes
estão sempre em funcionamento, isto é, com ou sem energia da rede eléctrica. Foram projectados
blocos autónomos para as portas de saída, para todas as mudanças de nível do piso e ainda junto
de todas as mudanças de direcção.
Os blocos autónomos são da marca COOPER, modelo style 22011 [8]. São blocos
autónomos constituídos por lâmpadas de 8W, emitindo um fluxo luminoso de 450 lm possuindo
IP41.
Nos anexos K, L e M é possível visualizar as peças desenhadas correspondentes à
iluminação de emergência para os três pisos do edifício.
3.3.5.1 – Controlador
O sistema CG Line 400, graças a números de identificação individual por luminária e
sistema de auto-endereçamento, permite controlar todo o sistema de iluminação de emergência.
Este sistema permite fazer um teste automático à capacidade da bateria e à funcionalidade
da luminária, sendo que todas as funções das luminárias são monitorizadas e controladas através
do microprocessador.
Os resultados do teste são exibidos no visor do controlador em texto simples com
detalhes da identificação da luminária, endereço, nome e tipo de falha. Esta informação é
armazenada num livro de registos durante dois anos. Para o técnico responsável pela
manutenção, isto significa um controlo permanente do sistema de iluminação de emergência com
baixo custo. Na figura 35 é possível visualizar o aspecto do controlador projectado para este
edifício.
68
CASO DE ESTUDO
Figura 35 – Controlador CGLINE 400
3.3.6– Memória Descritiva - Iluminação
A memória descritiva desta secção reflectirá sobre a iluminação normal, de segurança e
de vigília, as quais foram meticulosamente pensadas no sentido de garantir uma iluminação
adequada nas diversas dependências do Lar de Idosos.
3.3.6.1 – Iluminação Normal
A iluminação normal será predominantemente fluorescente. Os tipos de armaduras e a
sua disposição foram estudados de forma a satisfazer as exigências arquitectónicas e a garantir
uma adequada distribuição de iluminação estando assegurada em todas as armaduras a correcção
do factor de potência, a minimização do efeito estroboscópio e as condições de segurança
adequadas aos locais de instalação.
As instalações foram calculadas para que os níveis de iluminação fossem os mais
adequados às actividades a desenvolver nos vários locais, resultando as soluções adoptadas de
um compromisso entre os resultados teóricos obtidos e as exigências arquitectónicas.
Os níveis de iluminação propostos, respondem às recomendações técnicas a observar em
espaços com as características de um lar de idosos, nos vários espaços que o constituem.
Na saída dos elevadores deverão ser garantidos 50 lux, bem como de 200 lux, junto do
respectivo quadro eléctrico, uma vez que se prevê que os elevadores a instalar serão do tipo
eléctrico sem casa de máquinas.
69
CAPÍTULO 3
O tipo de armaduras a utilizar, em cada espaço vai indicado nas peças desenhadas e
condições técnicas especiais. As armaduras deverão obedecer à directiva comunitária CEE
77-576 e deverão possuir certificado de acordo com as normas aplicáveis, em particular as NFC
71800 e NFC71801.
3.3.6.2 – Iluminação de Segurança
Como se trata de um edifício classificado quanto à sua lotação como 5.ª categoria,
pode-se aplicar a iluminação de segurança do tipo D, para uma ocupação por compartimento e
global inferior a 50 pessoas.
A iluminação ambiente e de circulação/sinalização de saídas será garantida pela adopção
de armaduras do tipo autónomo, conforme se especifica nas peças desenhadas. O sistema
previsto contempla a instalação de circuitos próprios para alimentação de armaduras destinadas a
iluminação ambiente, a funcionarem em regime de não mantidas com autonomia, mínima de 1
hora.
Do mesmo modo serão criados circuitos independentes para alimentação das armaduras
para iluminação de circulação/sinalização de saídas, a funcionar em regime de mantidas, incluído
pictograma, também com autonomia de 1 hora.
3.3.6.3 – Iluminação de Vigília nos Quartos
Todos os quartos de dormir serão dotados de luminárias, equipadas com lâmpadas de
15W, que garantirão a iluminação de vigilância nos quartos.
3.3.7 – Mapa de Quantidades
O mapa de quantidades apresentado na Tabela 18 discrimina todo o material necessário
para o sistema de iluminação normal e de segurança do presente caso de estudo.
As luminárias estão referenciadas através da letra F, sendo que é possível fazer a
respectiva analogia com a marca nas peças desenhadas que se encontram em anexo.
No respeitante ao material de manobra optou-se pela marca Legrand pois é uma marca
prestigiada no mercado e simultaneamente evidencia uma boa relação qualidade/preço.
Relativamente ao restante material não é necessário identificar a marca. A única obrigatoriedade
prende-se com a certificação de acordo com as normas vigentes.
70
CASO DE ESTUDO
Tabela 18 - Mapa de Quantidades Iluminação
Artº Nº
3.3.7
Designação
INSTALAÇÃO DE ILUMINAÇÃO NORMAL
Fornecimento e montagem de:
1.1
Tubos
1.1.1
Montagem embebida
- VDØ20
1.2
1.2.1
Un
Quant.
m
2722
m
m
61
2661
un.
un.
32
131
Cabos
- Enfiados em tubos
- XZ1(frd)(zh)-U2G1,5
- XZ1(frd)(zh)-U3G1,5
1.3
Caixas
1.3.1
Em montagem embebida
- caixa de derivação com bucins e placa de bornes
- caixa de aparelhagem funda
1.4
Luminárias de acordo com C.T.:
1.4.1
Luminárias
un.
un.
un.
un.
un.
un.
un.
un.
un.
un.
un.
un.
un.
un.
un.
un.
un.
un.
un.
39
22
17
17
46
15
19
213
62
14
32
6
4
4
13
1
5
5
6
1.4.2
F1
F2
F3
F4
F5
F5.1
F5.2
F5.3
F5.4
F5.5
F6
F7
F8
F9
F10
F11
F12
F13
F14
Fornecimento e montagem de aparelhagem de Manobra
Interruptor Mosaic refª 77010 LEGRAND
Interruptor Estanque REFª 69611 LEGRAND
Comutador de Escada refª 77011 LEGRAND
Inversor refª 77021 LEGRAND
Comutador de Lustre REFª 77001 LEGRAND
Comutador de Lustre Estanque refª 69625 LEGRAND
un
un
un
un
un
un
58
3
34
5
27
4
71
CAPÍTULO 3
1.4.3
2
Detector de Movimento de 180º REFª 78456 LEGRAND
Tubos
1.1.1
Montagem embebida
- VDØ20
1.2.1
15
m
1935
m
m
1081
855
INSTALAÇÃO DE ILUMINAÇÃO SEGURANÇA
Fornecimento e montagem de:
1.1
1.2
un.
Cabos
- Enfiados em tubos
1.3
- XZ1(frd)(zh)-U3G1,5
- JY(ST)Y 4*2*0.8mm
Luminárias de acordo com C.T.:
1.3.1
Luminárias
un.
un.
65
54
1.4
E1
E2
Equipamento de acordo com C.T.:
1.4.1
Controlador CG 400 CG Line
un.
1
3.4 TOMADAS E EQUIPAMENTOS
Na elaboração de um projecto devemos atender às imposições legislativas mas também
ao senso comum do projectista. Sabendo que quanto mais prática e eficaz for a colocação dos
equipamentos e tomadas mais vantajoso será para o utente.
Para projectar este tipo de circuitos nos mais variados espaços é necessário ter em
atenção a ocupação em função dos mesmos. Importa ainda prever possíveis alterações no futuro.
Para o efeito, a colocação das tomadas deve ter em linha de conta possíveis futuras modificações
pois a implementação de uma tomada na fase de concepção do edifício não tem um custo
significativo enquanto a sua colocação posterior implica uma série de gastos desnecessários.
As peças desenhadas correspondentes ao projecto de Tomadas e equipamentos estão
presentes nos anexos N, O e P, correspondendo cada anexo a um piso do edifício.
3.4.1 - Cálculos das Potências a Alimentar
Neste projecto seleccionaram-se cabos XZ1 (frt,zh) [9], pois são bastante indicados para
locais públicos tais como hospitais ou hotéis. De salientar que a designação Z1 embora não
72
CASO DE ESTUDO
apareça nos anexos atrás referidos das RTIEBT, foi adoptada na última revisão da norma NP665
em 2006, secção 3.1.2 do manual cabos eléctricos de baixa tensão.
Os equipamentos de utilização com características e riscos idênticos foram agrupados em
circuitos comuns. Para os cálculos das potências foram utilizados os seguintes critérios:
- Características de funcionamento dos equipamentos, dos quais se salientam as potências e o
regime de funcionamento;
- Para todos os circuitos em que foi impossível a determinação com rigor dos receptores a
instalar ou das suas características, utilizou-se uma previsão de potência. Neste caso optou-se por
uma potência média de tomada de 100W/230V;
- Adoptou-se um factor de potência médio das instalações de 0,85;
- O coeficiente de simultaneidade escolhido foi de 0,7;
- Dadas as características das instalações consideraram-se alimentadores que permitirão
aumentos de potência no futuro sem necessidade de alteração da respectiva cablagem ou
alterações no equipamento do quadro eléctrico.
3.4.2 – Solução adoptada em função do espaço/cálculo da potência
Para os cálculos das potências e correntes máximas admissíveis adoptaram-se as
seguintes expressões:
[6]
[7]
[8]
[9]
[10]
[11]
[12]
73
CAPÍTULO 3
Sendo:
P = Potência (W)
U = Tensão nominal entre fases (trifásico) ou fase-neutro (monofásico)
Cosφ = Factor de Potência
IB = Corrente de Serviço (A)
K = Constante igual a 1 para circuitos monofásicos e 1,73 (√3) para circuitos trifásicos
In = Corrente Estipulada do aparelho
Iz = Corrente máxima admissível
I2 = Corrente convencional de funcionamento do aparelho
S = Potência (KVA)
L = Comprimento Simples do Circuito em Metros
ρ= Resistividade do condutor (para almas de cobre ρ = 0,0225 Ohm * mm2/m; para almas
de alumínio ρ = 0,036 Ohm * mm2 /m)
s = Secção do condutor em mm2
[13]
K2 = 1,45 para disjuntores modulares segundo EN60898
3.4.2.1 – Quarto Simples
Na figura 36 é possível observar um segmento da peça desenhada referente ao quarto
simples.
Figura 36 – Peça Desenhada Tomadas – Quarto Simples
74
CASO DE ESTUDO
Em todos os quartos simples existentes no lar adoptou-se a mesma estratégia, seguindo a
legislação descrita anteriormente. Optou-se ainda por instalar uma tomada para televisão.
Na casa de banho optou-se por instalar uma tomada com IP44, cumprindo todos os
requisitos regulamentares, descritos anteriormente.
De seguida, na Tabela 19, apresenta-se o dimensionamento da canalização do circuito de
tomadas para os quartos.
Tabela 19 - Dimensionamento Canalização Tomadas Quarto Simples
Origem Circ. S(KVA) IB(A) QEQ 4 0,47 2,04 Disj(A) ref.ª/Met
Cabo
16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
F.C.
1
IZ(A)
33
1,45IZ(A) 47,85 I2(A) 23,2 L(m)
11,1
u(%)
0,15
3.2.2.2 – Quarto Duplo
A figura 37 corresponde a um segmento da peça desenhada do anexo O,
correspondendo à distribuição de tomadas no quarto duplo.
Figura 37 – Peça Desenhada Tomadas – Quarto Duplo
Para os quartos duplos, e uma vez que as áreas dos quartos são maiores, optou-se por
acrescentar duas tomadas ao que é exigido pelo regulamento. Uma tomada para televisão e outra
de reserva para ligar algum eventual equipamento.
Na casa de banho existe uma tomada IP44 cumprindo todos os requisitos legais. De
seguida, na Tabela 20, apresentam-se os valores para a potência e dimensionamento necessário
para este circuito.
75
CAPÍTULO 3
Tabela 20 - Dimensionamento Canalização Tomadas Quarto Duplo
Origem Circ. S(KVA) IB(A) QEQ 4 0,71 3,09 Disj(A) ref.ª/Met
Cabo
16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
F.C.
1
IZ(A)
33
1,45IZ(A) 47,85 I2(A) 23,2 L(m)
14,8
u(%)
0,30
3.2.2.3 – Cozinha
As cozinhas são locais especiais, com condições muito específicas no que se refere a
riscos eléctricos e à utilização de equipamentos.
É muito frequente a instalação de inúmeros electrodomésticos dos mais variados tipos, e
de difícil previsão no momento da concepção da instalação eléctrica, sendo também normal
alterações após o início da utilização do espaço. É necessária, portanto uma solução flexível no
dimensionamento destas instalações. Na figura 38 é possível visualizar um segmento da peça
desenhada do Anexo P referente ao que foi projectado para a cozinha.
Figura 38 – Peça Desenhada Tomadas e Equipamentos – Cozinha
Neste espaço foram criados circuitos independentes para os principais equipamentos a
instalar. As tomadas de uso geral foram agrupadas no mesmo circuito.
Para calcular a potência nos circuitos independentes, escolheram-se equipamentos
industriais com as características adequadas a uma cozinha de um lar. Na tabela seguinte é
possível visualizar todos os dados necessários dos equipamentos para efectuar os respectivos
cálculos.
76
CASO DE ESTUDO
De qualquer forma é importante salientar que a escolha deste tipo de equipamentos não é
da responsabilidade do projectista. Ao projectista apenas tem de ser dado os elementos essenciais
para efectuar um correcto dimensionamento.
Tabela 21 – Equipamentos Cozinha
Descrição
Tomadas Uso geral
Máquina LavarCopos [10]
Máquina Lavar Loiça [10]
Máquina Insectos [10]
Tomadas Despensa Dia
Panela Sopa [10]
Varinha [10]
Arca Congeladora [10]
Fritadeira [10]
Hotte [11]
Forno [12]
Descascador Batatas [10]
Microondas [10]
Tomadas Uso Geral
Marca/Modelo
DIHR / Derby
Zodiaco /GS50
700MO-Butterfly
Cosmos TS6000
Robot Coupe
Junex 320 CHV/TC
Elettrobar
MKC /900
Zanussi/FCF101ENS
TR - 2/220
HM-1001
-
Circuito
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Potência (Kw)
0,50
2,10
3,50
0,03
0,30
0,48
0,75
0,19
9,00
0,30
17,30
0,37
1,55
0,60
Tensão (V)
230
230
400
230
230
230
230
230
400
230
400
230
230
230
Na Tabela 22 é possível visualizar o dimensionamento de todos os circuitos de tomadas e
equipamentos existentes no quadro eléctrico da cozinha.
Tabela 22 – Dimensionamento Canalizações Tomadas e Equipamentos - Cozinha
Origem QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC Circ. S(KVA) IB(A) Disj(A) Ref.ª/Met
Cabo
5 0,59 2,56 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
6 2,47 10,74 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
7 4,12 5,95 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U5G2,5
8 0,04 0,15 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
9 0,35 1,53 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
10 0,56 2,46 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
11 0,89 3,85 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
12 0,22 0,97 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
13 20,35 29,41 32 53/C
XZ1(zh)(frt) ‐ U5G4
14 0,35 1,53 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
15 10,59 15,30 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U5G2,5
16 0,43 1,88 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
17 1,82 7,93 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
18 0,71 3,07 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
19 0,47 2,05 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
20 0,71 3,07 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
F.C.
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
IZ(A)
33
33
30
33
33
33
33
33
40
33
30
33
33
33
33
33
1,45IZ(A) 47,85 47,85 43,5 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 58 47,85 43,5 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 I2(A)
23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 46,4 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 L(m)
12,2
11,8
11,2
1,4
16,8
14,0
11,8
7,5
6,51
5,0
5,64
2,9
9,3
6,4
15,5
12,9
u(%)
0,21
0,84
0,22
0,00
0,17
0,23
0,30
0,05
0,40
0,05
0,29
0,04
0,49
0,13
0,21
0,26
77
CAPÍTULO 3
3.2.2.4 – Zonas Comuns
As tomadas de todas as zonas comuns foram projectadas de acordo com o prescrito na
legislação, sendo que em determinados espaços foram acrescentadas tomadas devido a possíveis
necessidades do espaço.
Nos espaços administrativos e no balcão de recepção foram projectadas tomadas no piso.
Estas vão ficar inseridas em caixas de Pavimento. As tomadas instaladas no pavimento devem ter
como código mínimo IP24 e IK07.
Na tabela 23 apresentam-se os cálculos para Potência e dimensionamento do circuito.
Tabela 23 – Dimensionamento Canalizações Zonas Comuns
Origem QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 Circ. S(KVA) IB(A) Disj(A) Ref.ª/Met
Cabo
16 0,82 3,58 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
17 0,94 4,09 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
18 0,94 4,09 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
19 0,82 3,58 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
9 0,02 0,09 10 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
30 0,94 4,09 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
31 0,82 3,58 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
32 0,71 3,07 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
33 0,94 4,09 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
34 0,59 2,56 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
35 0,47 2,05 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
36 0,59 2,56 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
37 0,47 2,05 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
38 0,82 3,58 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
39 0,71 3,07 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
40 0,94 4,09 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
41 0,24 1,04 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
42 0,59 2,57 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
10 0,82 3,58 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
11 2,35 10,23 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
12 2,71 11,76 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
13 2,71 11,76 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
14 0,71 3,07 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
15 0,94 4,09 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
16 0,82 3,58 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
20 0,24 1,02 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
21 0,58 2,53 16 53/C
XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5
F.C.
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
IZ(A)
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
33
1,45IZ(A) 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 I2(A)
23,2 23,2 23,2 23,2 14,5 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 L(m)
12,0
24,9
55,9
19,8
1,0
14,8
14,3
38,5
26,3
31,0
47,9
5,5
19,5
18,7
19,7
61,2
2,4
1,0
58,0
47,2
41,8
41,0
47,5
54,1
38,9
27,2
53,9
O circuito 11 com origem no quadro eléctrico QP1, referente ao ferro de engomar foi
dimensionado de acordo com um equipamento da marca Philips [13]. Os circuitos 12 e 13 com
origem no quadro eléctrico QP1, foram dimensionados com base no equipamento CARISMA
AWOE da Whirpool [14].
78
u(%)
0,29
0,68
1,52
0,47
0,00
0,40
0,34
0,79
0,72
0,53
0,65
0,09
0,27
0,45
0,40
1,67
0,02
0,02
1,38
3,21
3,27
3,21
0,97
1,47
0,93
0,18
0,91
CASO DE ESTUDO
O circuito 21, referente ao aquecimento e com origem no Quadro QP1, foi projectado
usando um equipamento da marca SOLVIS [15].
3.4.3 – Memória Descritiva - Cadernos e Encargos
A memória descritiva contém algumas informações úteis para o instalador como por
exemplo as regras a aplicar para a boa concepção da instalação. Também é fornecida informação
extra sobre as características dos materiais a utilizar e, em alguns casos, especifica os materiais
de interligação dos respectivos equipamentos.
As marcas dos materiais, também estão presentes na memória descritiva, servem de
referência ao mínimo de qualidade a aplicar.
3.4.3.1 – Tubagem
Todas as tubagens deverão entrar nas caixas mesmo que não seja electricamente
necessário.
Não será permitido o emprego de tubos VD com diâmetro inferior a 20mm e de tubos
ERFE com diâmetro inferior a 20 mm.
As ligações entre os tubos VD serão efectuadas por uniões de material idêntico ao do
tubo, sendo soldadas com cola apropriada. O raio de curvatura das tubagens não será inferior a
seis vezes o seu diâmetro exterior. Serão deixadas guias de enfiamento em toda a tubagem
instalada até ao enfiamento final dos respectivos condutores. Em casos de corte ou ligação de
tubos será interdita a permanência de rebarbas que possam vir a romper o isolamento dos
condutores. Os tubos a utilizar serão da marca Legrand ou equivalente.
Todos os atravessamentos de pavimentos ou de paredes corta-fogo por alimentadores ou
tubos serão devidamente selados por meio de aplicação de massa corta-fogo.
3.4.3.2 – Caixas
As caixas de derivação livres de halogéneos a utilizar para tubagens de plásticos serão
moldadas de uma só peça. Serão quadradas ou rectangulares e terão as dimensões mínimas
interiores 80*80*40 mm, conforme o número de entradas a estabelecer. As caixas serão do tipo
reforçado e terão paredes de espessura não inferiores a 3mm e serão providas de boquilhas do
79
CAPÍTULO 3
mesmo material. As caixas levarão tampas de plástico de 2mm de espessura, fixadas por
intermédio de parafusos de latão.
Para a aparelhagem de manobra embebida usar-se-ão caixas de 70mm de diâmetro e terão
a profundidade de 40 ou 80 mm conforme se trate de caixas de terminal ou de passagem.
As caixas de pavimento serão para seis equipamentos, assegurando IP24 e IK07 e serão
equipadas com as necessárias caixas de adaptação, bem como os necessários espelhos, em
função dos equipamentos instalados.
As caixas de pavimento serão da marca OBBO BETTERMAN ou equivalente.
Salienta-se que as caixas de aparelhagem ou saída de cabos para instalação embebida em
paredes ou lajes de betão deverão ser instaladas antes da betonagem, não sendo permitida a
posterior abertura de ranhuras ou roços para o efeito.
3.4.3.3 – Tomadas
As tomadas de corrente serão montadas a 0,3m do pavimento, quando não especificado
nas peças desenhadas, ou indicação em contrário por parte da fiscalização da obra.
As tomadas de corrente para encastrar, serão providas de terminal de terra, fornecidas
com a respectiva ficha do tipo shucko e alvéolos protegidos e terão a intensidade nominal de
16A. Serão da marca Legrand série Mosaic, ou equivalente.
Sempre que se tiver de agrupar várias tomadas, deverão ser instalados espelhos
apropriados: duplos, triplos ou quádruplos, de acordo com os casos.
As tomadas a instalar nas casas de banho serão da mesma série da restante aparelhagem
possuindo um quadro (ref. 78880) para fazer IP44 ou equivalente.
Todas as tomadas presentes nas peças desenhadas com tampa, serão de encastrar da série
PLEXO TM ou equivalente, possuindo IP55.
3.4.4 - Mapa de Quantidades
O mapa de quantidades das tomadas e equipamentos está presente na Tabela 24. Esta
tabela revela todo o material necessário para a correcta concepção da instalação desta
especialidade. As quantidades indicadas foram medidas pelas peças desenhadas (em anexo), mas
é possível no decurso da obra e em função da escolha dos trajectos para tubos e cabos que as
quantidades sejam insuficientes, nesse caso, é necessário por parte do instalador a justificação
dos novos trajectos para que sejam aprovadas as novas quantidades.
80
CASO DE ESTUDO
Tabela 24 – Mapa de Quantidades Tomadas e Equipamentos
Artº Nº
1
Un
Quant.
Montagem embebida
- ICTL-3421 Ø20
- IRL-3321 Ø20
- ICTL-3421 Ø25
Cabos
m.
m.
m.
1613
16,74
28
m.
m.
m.
1629,7
20
8
1.3
- Enfiados em tubos
- XZ1 (frt)(zh) – U3G2,5
- XZ1 (frt)(zh) – U5G2,5
- XZ1 (frt)(zh) – U5G4
Caixas
1.3.1
Em montagem embebida
un.
un.
un.
37
140
87
un.
4
un.
un.
un.
un.
169
17
38
1
un.
11
1.1
1.1.1
1.2
1.2.1
Designação
INSTALAÇÃO DE TOMADAS DE USO GERAIS
Fornecimento e montagem de:
Tubos
- Caixa de derivação com bucins e placa de bornes
- Caixa de aparelhagem funda
- Caixa de aparelhagem simples
1.3.2
1.4
1.4.1
Caixa pavimento 6 módulos
Aparelhagem de acordo com Peças Desenhadas
Em montagem embebida, na cor de acordo com local de instalação
- Tomada tipo schuko, 250V/16 A, com alvéolos protegidos
- Tomada tipo schuko, 250V/16 A, com alvéolos protegidos IP44
- Tomada tipo schuko, 250V/16 A, com alvéolos protegidos IP55
- Tomada trifásica 3P+N+T
1.4.2
Em montagem em caixa de pavimento, incluindo respectivos acessórios de fixação:
- Tomada tipo schuko, 250V/16 A com alvéolos protegidos
3.5 SINALIZAÇÃO
Esta secção divide-se em dois sistemas a instalar: o sistema de sinalização e chamada e
vídeo-porteiro. O primeiro vai ser instalado em todas as dependências a que a legislação obriga
enquanto a segunda vai ser instalado na entrada principal e na entrada de serviço.
81
CAPÍTULO 3
3.5.1 – Sistema de Chamada
Será instalado um sistema de chamada de emergência que consistirá no accionamento do
alarme acústico. Este alarme estará disponível a partir da cabeceira de todas as camas dos
quartos, casas de banho dos quartos e salas de estar e de actividades. O mesmo sistema será
instalado nas casas de banho de deficientes e divisões destinadas a banho assistido.
O sistema é constituído por botões de pressão com cordão, por botões de pressão
normais, sirenes, e ainda por display. Foram previstas duas sirenes no piso -1 e 0. No que diz
respeito aos displays foram previstos: um na zona de circulação do piso -1, um no gabinete
médico e outro junto à entrada principal na zona da recepção. A informação contida no display
do piso -1 apenas é referente a esse piso, enquanto os displays do piso 0 contêm a informação
deste piso e ainda repetem a informação do piso -1.
O accionamento do sistema é efectuado através do botão de pressão com cordão que
permite accionar o display e a sirene existentes. O sistema apenas será desactivado no interior do
compartimento onde foi activada a chamada usando-se para isso o botão de pressão normal
presente em cada local.
A colocação de duas sirenes por piso deve-se ao facto de a arquitectura do edifício criar
de forma natural duas áreas distintas. Assim aquando da programação do sistema o instalador
deve configurar o sistema de modo a que os botões existentes em cada ala do edifício permitam
accionar apenas a sirene mais próxima, exceptuando a sirene colocada na recepção uma vez que
esta deve tocar no accionamento de qualquer botão existente no edifício.
Nas casas de banho de deficientes foi projectada a colocação de um cordão a um metro
do pavimento e ligado ao botão de pressão com cordão em todo o perímetro da casa de banho.
Assim em caso de queda é possível ao utente accionar, em qualquer parte da casa de banho, o
sistema de chamada.
É possível visualizar toda a rede de cabos e sua distribuição no anexo Q. O projecto
referente a este sistema está presente nas peças desenhadas dos anexos R e S referentes ao piso-1
e 0 respectivamente.
3.5.1.2 – Sistema Tebis da Hager
O sistema Tebis permite construir um sistema de sinalização de uma forma simples e
eficaz.
82
CASO DE ESTUDO
O sistema Tebis utiliza um barramento baseado em abordagem de controlo, que oferece
benefícios diversos: aumento da flexibilidade, funcionalidade, impermeabilização futura e
segurança.
O sistema Tebis difere de uma instalação convencional instalação já que existem dois
circuitos distintos; um para energia e um para controle. Todos controles para essas cargas são
conectados ao circuito bus, que funciona com 30V corrente contínua.
3.5.2 – Sistema Porteiro
No presente projecto e segundo as regras respeitantes a lares de idosos, foi projectado um
sistema de vídeo-porteiro. Foi prevista a colocação de um monitor de visualização na zona da
recepção uma vez que esta área é aquela que assegura a permanência de funcionários por mais
tempo, e também porque será nesta zona que estará o respectivo vigilante.
Foram projectadas duas botoneiras de chamada: uma no piso 0, entrada principal do
edifício e outra no piso 1, na entrada de serviço para os funcionários do lar, sendo que as portas
das duas entradas possuem um trinco eléctrico.
As peças desenhadas correspondentes ao projecto do vídeo porteiro encontram-se
presentes nos anexos T e U.
3.5.3 – Memória Descritiva - Sistema de chamada de Emergência
O sistema de chamada de emergência será o modelo Tebis TX da Hager [16]. Será da
responsabilidade do instalador a colocação em funcionamento do respectivo sistema.
As sirenes previstas neste projecto serão sirenes de baixo nível acústico, isto é, com nível
de som regulável, sendo estas da marca Legrand, ref. 415 43 ou de uma marca não inferior em
termos de características e qualidade.
3.5.4 - Mapa de quantidades
Na Tabela 25 está presente o mapa de quantidades relativas ao sistema de sinalização e
chamada e vídeo-porteiro. Neste mapa pode-se observar todo o material imprescindível à
concepção do sistema incluindo o equipamento para concepção de display. As metragens de
83
CAPÍTULO 3
tubos e cabos eléctricos são apresentadas em função dos circuitos nas peças desenhadas em
anexo.
Tabela 25 – Mapa de Quantidades Sinalização e Chamada
Artº Nº
1
1.1
1.1.1
Designação
1.2.1
1.3.1
1.4
m
915
m
915
un
un
84
29
Cabos
- Enfiados em tubos
Y(ST)Y 2*2*0.8mm
1.3
Quant.
Montagem embebida
- VDØ20
1.2
Un
SISTEMA DE CHAMADA
Fornecimento e montagem de:
Tubos
Caixas
Em montagem embebida
Caixa Funda
Caixa 80*80*40
Fornecimento e montagem do Seguinte Equipamento
1.4.1
Botão de pressão com Cordão de Chamada
un
51
1.4.2
Botão de pressão para Resete
un
29
1.4.3
Cordão no WC dos deficientes
mt
30.3
1.4.4
Sirene Acústica Baixo Nível e Regulável
un
4
1.4.5
Tebis TX302 Hager
un
29
1.4.6
Display de Visualização de 4 mod de 4 Entradas + 4 saídas LED c\ TG308
un
1
1.4.7
Display de Visualização de 8 mod de 4 Entradas + 4 saídas LED C\ TG308
un
2
mt
96
mt
mt
15
81
2
2.1
2.1.1
SISTEMA DE VIDEO PORTEIRO
Fornecimento e montagem de:
Tubos
Montagem embebida
- VDØ20
2.2
2.2.1
Cabos
- Enfiados em tubos
- XZ1(frd)(zh)-U3G2,5
- Cabo vídeo VCM\4
84
CASO DE ESTUDO
2.3
2.3.1
2.4
2.4.1
Caixas
Em montagem embebida
Caixa Funda
Caixa 80*80*40
un
un
3
3
un
1
Fornecimento e montagem do Seguinte Equipamento
Vídeo –porteiro ELVOX [17]
3.6 REDE DE TERRAS
A rede de Terras assume uma grande importância nas instalações eléctricas, pois um
sistema de terras eficaz aumenta a fiabilidade dos equipamentos e permite a protecção de pessoas
no que diz respeito às correntes de fuga. Neste contexto é necessário projectar redes de terra de
qualidade e que dêem garantias de durabilidade a médio longo prazo.
Utilizando a expressão 3 chega-se à conclusão que num edifício comum a resistência de
terra necessária seria de:
Mas uma vez que o presente estudo é um lar de idosos, é necessário analisar o despacho
normativo 12/98, aplicável a lares de idosos. Neste caso analisando o ponto 4 da ficha 12
verificamos que o valor de resistência de terra máximo aplicável é de 10Ω, obrigando também a
utilizar o sistema de ligação TT.
Para construir o sistema de terras decidiu-se usar o eléctrodo de terra em forma de anel. A
figura 39 exemplifica a forma de construir um eléctrodo em anel.
Figura 39 – Exemplo de uma ligação às fundações do edifício
85
CAPÍTULO 3
Para construir o anel de terras foi utilizada fita de aço galvanizado de 30*3,5mm de
secção ao nível das fundações, piso -1, também numa parte do piso 0 uma vez que uma parte do
piso 0 não está totalmente assente no piso inferior. Por último, a fita foi utilizada em todo o
perímetro do piso 1.
Decidiu-se também usar fio de aço de 8 mm para interligar as fitas existentes entre o
nível inferior e o nível superior, sendo que o fio de aço segue uma trajectória vertical.
Os elementos condutores da construção e as armaduras do betão armado foram ligados ao
conjunto do anel de terras em alguns pontos. A ligação da fita de terra ao ferro do betão nas
fundações contribui para uma melhoria significativa da resistência de terra e realiza uma boa
equipotencialidade entre a estrutura e o pavimento do edifício.
Na Figura 40 é possível observar um segmento da estrutura do piso -1. Como é possível
visualizar a fita de terra percorre o perímetro do edifício. As setas representam a subida do fio de
aço na vertical.
As peças desenhadas completas referentes à rede de terras estão presentes nos anexos V,
W e X, correspondendo cada anexo a um piso do edifício.
Figura 40 – Segmento Peça Desenhada da Malha de Terra
3.6.1 – Memória Descritiva – Terra de Protecção
A Terra de Protecção não deverá ter um valor superior a 10 Ω e deverá observar-se na sua
execução toda a legislação aplicável.
O circuito de terra será garantido a partir do quadro geral, conforme se especifica nas
peças desenhadas.
86
CASO DE ESTUDO
Será montado um condutor de terra com origem no respectivo quadro geral que
percorrerá toda a instalação até aos diversos pontos da mesma.
Deverá ter-se em consideração que na ligação entre elementos metálicos diferentes se
utilizarão bornes de união bimetálicos.
No caso de ser necessário utilizar eléctrodos de terra para garantir o valor de terra de
10Ω, estes deverão ser em vareta de aço revestido a cobre com o comprimento de 2 metros, de
diâmetro exterior de 15 mm sendo a espessura do revestimento de cobre de 0,7 mm. Na sua
execução é necessário garantir que a parte superior dos eléctrodos deverá ficar instalada 0,8
metros abaixo da superfície do solo
O material a utilizar será da marca Obbo Bettermann [18] e serão usados os acessórios
adequados ao material a utilizar, conforme se especifica no mapa de quantidades e peças
desenhadas.
3.6.2 – Mapa de Quantidades
O mapa de quantidades presente na tabela 26 refere-se ao sistema de terras. A tabela
inclui todo o material necessário para a correcta execução deste sistema.
Tabela 26 – Mapa de Quantidades Rede Terras
Artº Nº
1
1.1
1.1.1
1.2
1.2.1
Designação
Rede Terras
Fornecimento e montagem de:
Un
Quant.
Fita de aço galvanizado 30*3,5mm
mt
496
Fio de Ferro galvanizado de 8 mm
mt
301
Caixas de Medição de Terra com ligador amovível
un
1
VV 35 mm2
mt
32
Condutores e Cabos
Embebidos nas fundações ou pilares, com todos os acessórios de espaçamento, derivação e
união conforme caderno de encargos
Execução Terra
Ligação à terra de protecção
87
CAPÍTULO 3
88
4. CONCLUSÕES E TRABALHO FUTURO
A realização desta dissertação permitiu perceber que existem diferentes abordagens
relativamente à execução de projectos electrotécnicos. A concretização deste projecto revelou-se
uma tarefa complexa e difícil uma vez que foi necessário atender a diversos aspectos em
simultâneo. Antes de mais foi necessário analisar toda a legislação vigente, seguindo-se da
análise específica sobre Lares de Idosos. Também houve a necessidade de aprofundar
conhecimentos relativamente aos materiais existentes no mercado com o objectivo de conseguir
estabelecer a melhor relação possível entre a qualidade e o preço.
Dado que a iluminação representa uma fatia considerável do custo final de uma instalação
eléctrica decidiu-se optar, sempre que possível, por marcas portuguesas, até porque estas
evidenciam uma boa relação qualidade/preço.
Atendendo ao facto de a legislação ser muito rigorosa no que respeita a este tipo de
edifícios, a sua análise revelou-se muito produtiva em termos de aprendizagem relativa a vários
aspectos como a segurança da instalação eléctrica.
A elaboração no Autocad das peças desenhadas e no Dialux da simulação da distribuição
de iluminação exigiram um aprofundamento do conhecimento e manuseamento destes
programas, no entanto revelaram-se fundamentais para quem pretende concretizar futuros
projectos. De facto, aprender a projectar e manter em bom funcionamento instalações eléctricas
consubstanciou-se numa mais-valia para entrar neste mercado de trabalho.
Os objectivos propostos para a realização deste trabalho foram cumpridos na totalidade.
As instalações previstas foram projectadas, os mapas de quantidades elaborados e usou-se o
autocad como ferramenta para as peças desenhadas.
Como trabalho futuro, é possível desenvolver este trabalho para outro tipo de instalações.
A nível de telecomunicações é possível dar seguimento elaborando o projecto de ITED. No que
diz respeito à segurança é possível elaborar o projecto contra incêndios ou projecto de intrusão.
89
90
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] “Instalações Eléctricas e Telecomunicações” Livraria Almedina Colecção Construir N.º5
[2] http://www.policabos.pt/fotos/editor2/IP_CLASSES_PROTECCAO.pdf. - Policabos.
[Consult.10/11/2009].
[3]http://www.prof2000.pt/users/lpa/%C3%8Dndice%20de%20protec%C3%A7%C3%A3o.pdf.
– Programa Prof2000. [Consult.10/11/2009].
[4] “RTIEBT” – Regras técnicas das instalações eléctricas de Baixa Tensão” decreto de Lei
n.º226/2005 de 28 de Dezembro, publicado a 11 de Setembro de 2006
[5] Despacho Normativo nº 12/98 de 25 de Fevereiro de 1998
[6] Pinto, Vilela L.M., (Porto, 2003):“ Técnicas e Tecnologias em Instalações Eléctricas” Certiel:
2.ª Edição
[7] http://www.schindler.pt/por.5400.pt_l.pdf - Schindler Portugal. [Consult.27/01/10].
[8]http://www.ceag.de/en/Safety_Lighting/Products/Objects/10349189219814745/1/22011_2202
1_en.pdf - CEAG. - [Consult.27-01-2010]
[9] www.cabelte.pt – Grupo Cabelte [Consult.3/11/2009].
[10] www.fribarco.com – Fribarco - Equipamentos Hoteleiros [Consult.26/10/2009].
[11] http://www.climaportugal.pt/dnls/hotte_micro.pdf - Clima Portugal -Climatização e
Ambiente. [Consult.5/11/2009].
[12] http://www.utilmaquina.com/data/db_pdf/503_pdf - Utilmáquina - Equipamentos
Hoteleiros. [Consult.5 /11/2009].
[13] http://www.consumer.philips.com/c/ferros-de-engomar/gc8220_02/prd/pt/ - Philips Sistemas de vapor pressurizado. [Consult.5/11/2009].
[14] http://www.whirlpool.pt/app.cnt/whr/pt_PT/pageid/pgproddtl001/catid/3/subcatid/11/prodid/33092 Equipamentos Cozinha e Lavandaria. [Consult.5/11/2009].
91
[15] http://www.rulis-electrica.com/fileadmin/user_upload/content/downloads/pdf_pt/P12PT.pdf - Rulis Eléctrica, Lda. - Energia Solar, caldeiras de condensação, gestor energético.
[Consult.7/11/2009].
[16] http://download.hager.com/Hager.ie/files_download/hager/Upload_2008/Tebis%20TX.pdf
[Consult. 25-01-2010].
[17] http://www.elvox.com/prodotti/catalogo.aspx?fam=18&serie=0&tecno=0&tipo= - Elvox –
Videocitofonia, Tvcc, Automazioni, Telefonia. [Consult.26/01/2010]
[18] http://www.obo-bettermann.com/downloads/pt/kataloge/tbs_erd_pt.pdf - Obbo Bettermann
- Conducting electricity. Routing data. Controlling energy. [Consult.15/12/2009].
92
ANEXOS
Os anexos foram impressos em A3 para melhorar acomodação no trabalho, embora
tenham sido desenhados à escala real.
93
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versão electrónica - Nova Impressora HP2430_2 Nova impressora