Universidade do Minho Escola de Engenharia Ricardo Jorge Martins de Carvalho Jesus Projecto de Instalação Eléctrica de Baixa Tensão de um Lar de Idosos Tese de Mestrado Ciclo de Estudos Integrados Conducentes ao Grau de Mestre em Engenharia Eléctrónica Industrial e Computadores Trabalho efectuado sob a orientação do Professor Doutor Manuel João Sepúlveda Mesquita de Freitas Junho de 2010 AGRADECIMENTOS Agradeço ao orientador do meu trabalho, Doutor Manuel Sepúlveda pela sábia orientação, pela disponibilidade e conselhos dados. A toda a minha família e amigos pela compreensão, carinho e incentivo e em especial à minha filha Mariana Jesus. A todos quantos tornaram possível esta investigação o meu sincero agradecimento e reconhecimento, principalmente ao Eng. André Sousa Casalta. iii iv RESUMO A presente dissertação insere-se no âmbito da obtenção do grau de Mestre em Engenharia Electrónica Industrial e Computadores na Universidade do Minho elaborada sob a orientação do Professor Doutor Manuel Sepúlveda. Para se elaborar um projecto eléctrico é necessário, antes de mais, atender às necessidades específicas do caso de estudo e legislação associada. Assim, dado que se trata de um Projecto Eléctrico de Baixa Tensão de um Lar de Idosos, procedeu-se a uma leitura e reflexão cuidada acerca da legislação vigente aplicada a edifícios com estas características. Antes de se elaborar este projecto reflectiu-se sobre aspectos como a segurança, economia, fiabilidade, flexibilidade de exploração e de utilização e custos associados. Isto para que este Projecto Eléctrico de Baixa Tensão, aplicado a um Lar de Idosos fosse tão bem concebido quanto possível. A estrutura do presente trabalho assentou em três passos essenciais complementares: o primeiro diz respeito à concepção de projectos eléctricos com base na legislação vigente; o segundo consubstanciou-se na aplicação prática da legislação em vigor para um projecto eléctrico e o último na concepção das peças desenhadas e simulação da distribuição da iluminação no programa Dialux. Palavras-Chaves – Instalações Eléctricas, Desenho assistido por computador v vi ABSTRACT The present research work falls under the degree of Master in Industrial Electronics and Computers at the University of Minho under the guidance of Professor Manuel Sepúlveda. To draw up an Electrical draft it is necessary to know all the specific needs of the case study and associated legislation. Since it is a low voltage electrical daft of a Home for the Aged, it was proceeded a careful reading and thinking on the legislation applied to buildings with such characteristics. This research work was preceded by a reflection on various points such as: security, economy, reliability, operational flexibility and use and associated costs, in order to assure that this low voltage electrical daft is designed as well as possible. The structure of the present research work is based on three essential steps: the first concerns on the design of electrical drafts based on the current legislation, the second refers to the practical application of the existing legislation in this project and the last tram in the design of the draft and simulating the distribution of lighting in Dialux software. Keywords – Electrical Installations, Computer Aided Design vii viii ÍNDICE AGRADECIMENTOS ................................................................................................................. iii RESUMO ....................................................................................................................................... v ABSTRACT ................................................................................................................................. vii ÍNDICE DE TABELAS .............................................................................................................. xii ÍNDICE DE FIGURAS .............................................................................................................. xiii LISTA DE SÍMBOLOS E ACRÓNIMOS ................................................................................ xv CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1 1.1 OS PROJECTOS DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS ..................................................... 3 1.2 CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS DE BAIXA TENSÃO .................... 4 1.3 MOTIVAÇÕES DO TRABALHO ........................................................................................ 6 1.4 OBJECTIVOS ......................................................................................................................... 7 1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ..................................................................................... 8 CAPÍTULO II – CONDIÇÕES TÉCNICAS .............................................................................. 9 2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS ...................................................................................... 11 2.1.1 – Código IP ....................................................................................................... 11 2.1.2 – Código IK ....................................................................................................... 12 2.1.3 – Influências Externas ....................................................................................... 12 2.1.4 – Selecção dos Equipamentos .......................................................................... 13 2.1.5 – Estabelecimentos recebendo Público ............................................................ 13 2.2 QUADROS ELÉCTRICOS .................................................................................................. 14 2.2.1 – Selecção de barramentos .............................................................................. 15 2.2.2 – Correntes Estipuladas dos dispositivos de Corte ........................................... 15 2.2.3– Selecção de Aparelhos contra contactos Indirectos........................................ 16 2.2.4 – Determinação da Potência Previsível ............................................................ 16 2.3 ILUMINAÇÃO ...................................................................................................................... 17 2.3.1 – Edifícios recebendo Público – Iluminação – Regras Comuns ........................ 17 2.3.2 – Iluminação Normal ......................................................................................... 18 2.3.3 – Iluminação de Segurança .............................................................................. 18 2.3.4 – Edifícios do tipo hospitalar ............................................................................. 19 2.3.5 – Iluminação de Vigília ...................................................................................... 20 ix 2.3.6 – Legislação Aplicável aos Lares ...................................................................... 20 2.4 TOMADAS E EQUIPAMENTOS ....................................................................................... 21 2.4.1 - Canalizações Eléctricas .................................................................................. 22 2.4.2 – Aparelhagem eléctrica ................................................................................... 24 2.4.3 – Ligações eléctricas......................................................................................... 25 2.4.4 – Casas de banho e chuveiros .......................................................................... 26 2.4.5 – Correntes máximas admissíveis .................................................................... 27 2.4.6 - Legislação aplicável aos Lares ....................................................................... 27 2.5 SINALIZAÇÃO ..................................................................................................................... 28 2.5.1 – Sinalização Específica do Lar ........................................................................ 28 2.6 REDE DE TERRAS .............................................................................................................. 29 2.6.1 – Esquema TT em corrente alternada............................................................... 29 CAPÍTULO III – CASO DE ESTUDO ..................................................................................... 31 3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS ...................................................................................... 33 3.1.1 – Classificação dos Locais da Instalação.......................................................... 33 3.1.2 - Memória Descritiva ......................................................................................... 35 3.2 QUADROS ELÉCTRICOS .................................................................................................. 36 3.2.1 – Dimensionamento dos Quadros Eléctricos .................................................... 37 3.2.2 – Memória Descritiva ........................................................................................ 40 3.2.3 – Mapa de Quantidades .................................................................................... 42 3.3 ILUMINAÇÃO ...................................................................................................................... 43 3.3.1 – Conceitos Básicos Luminotecnia ................................................................... 44 3.3.2- Dialux ............................................................................................................... 45 3.3.3– Projecto ........................................................................................................... 46 3.3.4 – Protecções e Canalizações ............................................................................ 66 3.3.5 – Iluminação de Segurança .............................................................................. 68 3.3.6– Memória Descritiva - Iluminação ..................................................................... 69 3.3.7 – Mapa de Quantidades .................................................................................... 70 3.4 TOMADAS E EQUIPAMENTOS ....................................................................................... 72 3.4.1 - Cálculos das Potências a Alimentar................................................................ 72 3.4.2 – Solução adoptada em função do espaço/cálculo da potência ....................... 73 3.4.3 – Memória Descritiva - Cadernos e Encargos ................................................... 79 3.4.4 - Mapa de Quantidades..................................................................................... 80 3.5 SINALIZAÇÃO ..................................................................................................................... 81 x 3.5.1 – Sistema de Chamada..................................................................................... 82 3.5.2 – Sistema Porteiro............................................................................................. 83 3.5.3 – Memória Descritiva - Sistema de chamada de Emergência ........................... 83 3.5.4 - Mapa de quantidades ..................................................................................... 83 3.6 REDE DE TERRAS .............................................................................................................. 85 3.6.1 – Memória Descritiva – Terra de Protecção ...................................................... 86 3.6.2 – Mapa de Quantidades .................................................................................... 87 4. CONCLUSÕES E TRABALHO FUTURO .......................................................................... 89 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 91 ANEXOS ...................................................................................................................................... 93 Anexo A – Classificação de Locais Piso 0 E. 1 Anexo B – Classificação de Locais Piso -1 E. 2 Anexo C – Classificação de Locais Piso 1 E. 3 Anexo D – Ligações Inter-Quadros Piso 0 E. 4 Anexo E – Ligações Inter-Quadros Piso -1 E. 5 Anexo F – Ligações Inter-Quadros Piso 1 E. 6 Anexo G – Quadros Eléctricos E. 7 Anexo H – Iluminação Normal Piso 0 E. 8 Anexo I – Iluminação Normal Piso -1 E. 9 Anexo J – Iluminação Normal Piso 1 E. 10 Anexo K – Iluminação Emergência Piso 0 E. 11 Anexo L – Iluminação Emergência Piso -1 E. 12 Anexo M – Iluminação Emergência Piso 1 E. 13 Anexo N – Tomadas e Equipamentos Piso 0 E. 14 Anexo O – Tomadas e Equipamentos Piso -1 E. 15 Anexo P – Tomadas e Equipamentos Piso 1 E. 16 Anexo Q – Sistema de Chamada – Rede e Distribuição de cabos E. 17 Anexo R – Sistema de Chamada Piso -1 E. 18 Anexo S – Sistema de chamada Piso 0 E. 19 Anexo T – Intercomunicador Piso 0 E. 20 Anexo U – Intercomunicador Piso 1 E. 21 Anexo V – Rede de terras Piso 0 E. 22 Anexo W – Rede de Terras Piso -1 E. 23 Anexo X – Rede de Terras Piso 1 E. 24 xi ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 – Referenciais de Índices de Protecção IP ................................................................. 11 Tabela 2 – Referenciais de Índices de Protecção IK [11]......................................................... 12 Tabela 3 – Codificação de Influências Externas ....................................................................... 13 Tabela 4 – Classificação dos Edifícios em função da sua lotação ........................................... 14 Tabela 5 - Correntes máximas admissíveis em barramentos .................................................. 15 Tabela 6- Nomenclatura dos Tubos ........................................................................................... 24 Tabela 7- Classificação dos Tubos ............................................................................................. 24 Tabela 8 - Classificação dos Locais do Lar de Idosos .............................................................. 34 Tabela 9 - Dimensionamento das Alimentações aos quartos................................................... 38 Tabela 10 – Dimensionamento das Alimentações a Quadros Parciais ................................... 38 Tabela 11 - Dimensionamento da alimentação ao quadro da cozinha ................................... 39 Tabela 12 – Cálculo da potência a contratar ............................................................................ 40 Tabela 13 – Dimensionamento da Alimentação ao Quadro Geral ......................................... 40 Tabela 14 – Mapa de Quantidades Quadros Eléctricos........................................................... 43 Tabela 15 – Coeficientes de reflexão - Exemplos ...................................................................... 45 Tabela 16 – Factores de Manutenção - Exemplos .................................................................... 45 Tabela 17 – Dimensionamento Canalizações Iluminação........................................................ 67 Tabela 18 - Mapa de Quantidades Iluminação......................................................................... 71 Tabela 19 - Dimensionamento Canalização Tomadas Quarto Simples ................................. 75 Tabela 20 - Dimensionamento Canalização Tomadas Quarto Duplo .................................... 76 Tabela 21 – Equipamentos Cozinha .......................................................................................... 77 Tabela 22 – Dimensionamento Canalizações Tomadas e Equipamentos - Cozinha ............. 77 Tabela 23 – Dimensionamento Canalizações Zonas Comuns ................................................. 78 Tabela 24 – Mapa de Quantidades Tomadas e Equipamentos ............................................... 81 Tabela 25 – Mapa de Quantidades Sinalização e Chamada.................................................... 84 Tabela 26 – Mapa de Quantidades Rede Terras ...................................................................... 87 xii ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Tipos de Iluminação Segurança (RTIEBT) ............................................................ 20 Figura 2 - Exemplo de Modo de Instalação (RTIEBT)............................................................ 22 Figura 3 – Chuveiro com Bacia de Recepção ........................................................................... 26 Figura 4 - Casas de Banho com Cabinas de Chuveiro e Vestiários Individuais.................... 26 Figura 5 – Esquema TT (RTIEBT) ........................................................................................... 29 Figura 6 – Distribuição da Iluminação Quarto Duplo ............................................................. 47 Figura 7 – Distribuição da Iluminação WC Quartos ............................................................... 47 Figura 8 – Distribuição Iluminação Corredor Quartos Duplos Piso -1 ................................. 48 Figura 9 – Distribuição Iluminação Sala Estar ........................................................................ 49 Figura 10 – Distribuição Iluminação Caixa de Escadas .......................................................... 49 Figura 11 – Distribuição Iluminação Arrumos Piso -1 ............................................................ 50 Figura 12 – Distribuição Iluminação Sala Reuniões ................................................................ 51 Figura 13 – Distribuição Iluminação Gabinete Administrativo ............................................. 52 Figura 14 – Distribuição Iluminação Gabinete Director ......................................................... 52 Figura 15 – Distribuição Iluminação Gabinete Médico........................................................... 53 Figura 16 – Distribuição Iluminação Copa ............................................................................... 54 Figura 17 – Distribuição Iluminação Sala de Refeições........................................................... 55 Figura 18 – Distribuição Iluminação Corredor Principal Piso 0 ............................................ 55 Figura 19 – Distribuição Iluminação Arquivo .......................................................................... 56 Figura 20 – Distribuição Iluminação Arrumo .......................................................................... 57 Figura 21 – Distribuição Iluminação WC’s .............................................................................. 57 Figura 22 – Distribuição Iluminação Salas de Actividades ..................................................... 58 Figura 23 – Distribuição Iluminação Cozinha .......................................................................... 59 Figura 24 – Distribuição Iluminação Lavandaria .................................................................... 59 Figura 25 – Distribuição Iluminação Sala Pessoal ................................................................... 60 Figura 26 – Distribuição Iluminação Lixo ................................................................................ 61 Figura 27 – Distribuição Iluminação Central Térmica ........................................................... 61 Figura 28 – Distribuição de Iluminação Armazém .................................................................. 62 Figura 29 – Distribuição de Iluminação Balneário .................................................................. 63 Figura 30 – Distribuição Iluminação Corredor de Serviço ..................................................... 63 Figura 31 – Distribuição Iluminação Despensas ...................................................................... 64 xiii Figura 32 – Distribuição Iluminação Morgue .......................................................................... 65 Figura 33 – Distribuição Iluminação Arrumo Piso 1 ............................................................... 65 Figura 34 – Distribuição Iluminação WC Serviço Piso 1 ........................................................ 66 Figura 35 – Controlador CGLINE 400 ..................................................................................... 69 Figura 36 – Peça Desenhada Tomadas – Quarto Simples ....................................................... 74 Figura 37 – Peça Desenhada Tomadas – Quarto Duplo .......................................................... 75 Figura 38 – Peça Desenhada Tomadas e Equipamentos – Cozinha ....................................... 76 Figura 39 – Exemplo de uma ligação às fundações do edifício ............................................... 85 Figura 40 – Segmento Peça Desenhada da Malha de Terra .................................................... 86 xiv LISTA DE SÍMBOLOS E ACRÓNIMOS IP – Índice de protecção IK – Índice de protecção contra choques mecânicos RTIEBT – Regras técnicas de Instalações Eléctricas de baixa tensão Ke – Factor de elevação de cargas Ku – Factor de utilização Ks – Factor de Simultaneidade xv xvi CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO 1.1. Os Projectos de Instalações Eléctricas 1.2. Concepção de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão 1.3. Motivações do Trabalho 1.4. Objectivos 1.5. Organização do Trabalho CAPÍTULO 1 2 INTRODUÇÃO 1.1 OS PROJECTOS DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS Uma das vertentes da actividade da construção civil e de obras públicas é a que diz respeito às instalações eléctricas. Esta área abrange múltiplos e distintos aspectos, que passam tanto pela obtenção de licenças para as ditas instalações como pelas taxas que lhes estão associadas, e pelos vários regulamentos de segurança e regimes técnicos aplicáveis. A legislação nesta matéria, sobretudo na parte associada à segurança nas instalações eléctricas, reveste-se de particular importância. Trata-se de matéria fundamental não só no que concerne à protecção da segurança das pessoas, mas também no que se relaciona com o desenvolvimento desta actividade económica, uma vez que esta regulamentação deve acompanhar a evolução técnica do sector e o aparecimento de novos materiais e equipamentos. Dentro dos regimes mais relevantes da legislação nesta matéria que se encontram actualmente em vigor, o mais antigo é o Regulamento de Licenças para Instalações Eléctricas, que data de 1936, sendo que o mais recente, que aprovou as Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão, foi aprovado em 2006 [1]. O projecto de Instalações e Equipamentos Eléctricos inclui uma grande diversidade de sistemas que permitirão ao Edifício possuir soluções seguras, economicamente optimizadas e, se possível integradas com a arquitectura. Uma das principais particularidades do projecto das instalações eléctricas é a grande interacção com diversas instalações, nomeadamente: as instalações mecânicas, cénicas, hidráulicas e de segurança. Por este motivo, a comunicação e coordenação inter-especialidades são cruciais, de forma a permitir uma adequada integração do conjunto. As instalações eléctricas em geral devem ser seguras e responder com eficácia às necessidades previsíveis dos utilizadores. Em especial, nos locais de habitação estas instalações devem ainda privilegiar o conforto na utilização e contribuir para o bem-estar e a qualidade de vida. 3 CAPÍTULO 1 1.2 CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS DE BAIXA TENSÃO Sempre que se pretende conceber um projecto de instalação eléctrica é necessário atender a vários factores: - a segurança; - a economia; - a fiabilidade; - a flexibilidade de exploração e de utilização; A utilização da energia eléctrica pressupõe a garantia de: segurança das pessoas e bens; conforto; qualidade do serviço e qualidade de execução. A qualidade do serviço implica a continuidade de serviço, a adequação às necessidades dos utilizadores, a disponibilidade dos equipamentos e a qualidade dos materiais utilizados. A concepção de uma instalação eléctrica deve ser conduzida de forma metódica, atendendo sempre aos aspectos supracitados, e tendo em atenção a economia de custos. Uma instalação de utilização deverá ser concebida de forma a permitir desempenhar, com eficiência e em boas condições de segurança, os fins a que se destina. O critério final de avaliação deve basear-se na relação performance/preço. A metodologia a adoptar na concepção de uma instalação eléctrica de baixa tensão deve basear-se nos seguintes passos: - Definição de equipamentos; - Avaliação da potência previsível; - Escolha da alimentação; - Escolha do regime de neutro; - Escolha da localização dos quadros eléctricos; - Estudo do diagrama de interligação de quadros eléctricos; - Estudo das influências externas; - Estudo dos quadros eléctricos; - Definição das características e cálculo das canalizações; - Definição das características e cálculo da aparelhagem de protecção; - Estudo da eventual utilização de equipamentos e instalações especiais; 4 INTRODUÇÃO - Estudo e dimensionamento da instalação de terra; - Elaboração do projecto. Com vista à realização de um projecto eléctrico, o Engenheiro Electrotécnico deverá: - Conhecer as normas do sector, bem como regulamentos e outra legislação em vigor. - Ter acesso a bibliografia técnica de consulta actualizada, concretamente, os Guias Técnicos editados pela DGEG - Direcção Geral de Energia e Geologia e a Documentação Normativa editada pela EDP Distribuição (disponível em www.edp.pt) – conjunto de documentos que identificam as características, funções, regras de montagem, execução e ensaios de verificação, de alguns materiais e equipamentos em uso na EDP Distribuição. - Dominar os princípios e os métodos aplicáveis no dimensionamento dos vários equipamentos (canalizações eléctricas, protecções, quadros, aparelhagem em geral, etc.). - Ter uma visão actualizada dos equipamentos existentes no mercado, com conhecimento das suas funções, gama, características técnicas e características dimensionais. - Estar apto para dialogar com os vários agentes que, de modo directo ou indirecto, vão ter algum tipo de influência nas opções a tomar, e que são, fundamentalmente, os seguintes: Dono de Obra; Arquitecto; “Light Designer” (eventualmente); Engenheiro Civil; Engenheiro Mecânico (eventualmente); Distribuidor de Energia (EDP Distribuição); Câmara Municipal; Entidades Certificadoras (Certiel – IEP no Norte, DGEG, Serviço Nacional de Bombeiros (SNB), Anacom); Empreiteiro. Para além das “exigências” que foram expostas anteriormente, refira-se que o exercício da função de projectista, por parte dos Engenheiros Electrotécnicos, está dependente – segundo o estipulado no art.º 7 do Decreto Regulamentar nº 31/1983- Estatuto do Técnico Responsável por Instalações Eléctricas de Serviço Particular, com a nova redacção dada pelo DL nº 229/2006 de 24 de Novembro – de inscrição prévia, na Ordem dos Engenheiros ou na Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos, conforme o caso que se aplique. 5 CAPÍTULO 1 1.3 MOTIVAÇÕES DO TRABALHO A concretização deste Projecto prende-se com diversas motivações: - Conhecer e compreender o enquadramento legal das instalações eléctricas de baixa tensão no sistema eléctrico Nacional. - Conhecer os princípios de funcionamento da aparelhagem eléctrica e desenvolvimento das capacidades de selecção do mesmo. - Fomentar uma rápida e eficaz análise e interpretação de esquemas eléctricos de instalações de baixa tensão. - Demonstrar capacidade no dimensionamento de instalações eléctricas e evidenciar o conhecimento de regras e regulamentos de segurança em vigor. - Dominar o Autocad enquanto ferramenta para a elaboração de peças desenhadas, essencial para um projectista de instalações eléctricas, desenvolvendo assim aptidões técnico-profissionais. 6 INTRODUÇÃO 1.4 OBJECTIVOS Na elaboração deste trabalho teve-se como principais objectivos: - Estudar a forma mais eficiente de elaborar um projecto eléctrico de baixa tensão, de um edifício público classificado como um lar de Idosos, com base na legislação em vigor. - Dimensionamento das seguintes instalações; classificação dos locais, quadros eléctricos, iluminação, tomadas e equipamentos, sinalização e rede de terras. - Elaborar o projecto eléctrico em autocad das instalações descritas no ponto anterior. - Elaborar a memória descritiva e mapa de quantidades de todas as instalações do projecto. 7 CAPÍTULO 1 1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO A estrutura deste trabalho dividiu-se em três capítulos essenciais e complementares. O primeiro capítulo relacionou-se com a conceptualização, importância e aspectos a atender na concepção de Projectos Eléctricos. No segundo capítulo, procedeu-se à análise minuciosa da legislação em vigor aplicável a Lares de Idosos a qual se revelou fundamental para a elaboração deste trabalho. Esta pesquisa bibliográfica incidiu sobre diversos aspectos da legislação de instalações eléctricas, análise e processo de selecção da aparelhagem eléctrica. O terceiro capítulo consubstanciou-se na aplicação prática da legislação em vigor ao Projecto Eléctrico. Nesta altura, atendeu-se às necessidades concretas do local e também se procurou escolher soluções eficientes e de baixo custo. Foi efectuado um caso de estudo baseado num edifício para funcionar um Lar de Idosos. Este caso de estudo incluiu numa primeira fase a análise da arquitectura do lar de idosos. Com base nesta análise foi efectuado um estudo para elaboração de um projecto de instalações eléctricas. Também foram elaboradas memórias descritivas e mapa de quantidades. Por último em anexo, encontram-se todas as peças desenhadas em AutoCad, concretamente: classificação dos locais, rede de terras, iluminação normal e de segurança, tomadas e equipamentos, sinalização e chamada e quadros eléctricos. Todas as peças desenhadas do projecto tiveram em linha de conta a planta geral do recinto servido pela instalação eléctrica, contendo os elementos de referência e orientação necessários à fácil localização das instalações a que se refere o projecto. Foram elaboradas as respectivas plantas em escala conveniente, com o traçado e constituição das canalizações e com a indicação dos elementos indispensáveis à apreciação do seu dimensionamento. Também foi efectuado um esquema eléctrico dos quadros, com a indicação das características dos aparelhos e restante equipamento, bem como indicação das secções, número de condutores, dimensões e características dos tubos ou condutas e localização das protecções contra sobreintensidades. 8 CAPÍTULO II – CONDIÇÕES TÉCNICAS 2.1 Classificação dos Locais 2.2 Quadros Eléctricos 2.3 Iluminação 2.4 Tomadas e Equipamentos 2.5 Sinalização 2.6 Rede de Terras CAPÍTULO 2 10 CONDIÇÕES TÉCNICAS 2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS No projecto e na execução de uma instalação eléctrica devem ser consideradas a codificação e a classificação das influências externas de cada local. Para isso, é necessário classificar as várias dependências dos edifícios. Na escolha das características dos materiais atendeu-se às influências externas, concretamente, procedeu-se à análise das condições ambientais envolventes, com o duplo objectivo de promover um funcionamento correcto e simultaneamente garantir a fiabilidade das protecções e segurança. Também se classificou o edifício no que concerne à lotação e teve-se em linha de conta as normas de segurança estabelecidas relativamente a este aspecto. 2.1.1 – Código IP O código IP corresponde ao índice de Protecção, contra a penetração de corpos sólidos e líquidos nos equipamentos eléctricos. Este código é constituído por dois dígitos. O primeiro dígito indica o grau de protecção contra corpos sólidos podendo variar entre 0 e 6, enquanto o segundo dígito identifica o grau de protecção contra a penetração de líquidos variando entre 0 e 8. Os índices de protecção estão definidos na Tabela 1, segundo a EN 60529 [2]. Tabela 1 – Referenciais de Índices de Protecção IP Índice Protecção IP Protecção contra Corpos Sólidos Protecção Contra Líquidos 0 Sem Protecção 0 Sem Protecção 1 Protecção contra corpos estranhos de grande dimensão, diâmetro ≥ 50mm 1 Protecção contra queda vertical de gotas de água 2 Protecção contra gotas de água caindo obliquamente até 15 graus 3 Protecção contra água pulverizada até 60 graus com a vertical 4 Protecção contra salpicos de água em todas as direcções 2 3 4 Protecção contra corpos estranhos de tamanho médio, diâmetro ≥ 12 mm Protecção contra corpos estranhos de pequena dimensão, diâmetro ≥ 2,5mm Protecção contra corpos estranhos granulados, diâmetro ≥ 1mm 11 CAPÍTULO 2 5 Protecção contra acumulação de Pó 5 Protecção contra jactos de água 6 Protecção contra penetração de Pó 6 Protecção contra inundação 7 Protecção para Imersão 8 Protecção para Submersão 2.1.2 – Código IK O código IK define o índice de protecção contra choques mecânicos externos, isto é, revela a capacidade de um material ou equipamento para resistir a impactos mecânicos. Cada valor de IK corresponde a um valor máximo em Joules que um equipamento suporta sem alterar as suas características, sendo que todos os valores do código estão presentes na tabela seguinte e são delimitados na Tabela 2, de acordo com a norma EN50102. Tabela 2 – Referenciais de Índices de Protecção IK [3] IK Energia Impacto J 00 Sem protecção 01 0,15 02 0,2 03 0,35 04 0,5 05 0,7 06 1 07 2 08 5 09 10 10 20 2.1.3 – Influências Externas Quando se concebe uma instalação eléctrica devem avaliar-se as condições ambientais dos vários locais para que a selecção dos equipamentos e das canalizações seja a mais adequada. 12 CONDIÇÕES TÉCNICAS Segundo as Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (RTIEBT), a classificação dos locais depende das influências externas. A classificação dos locais é traduzida por um código alfanumérico. Os dois primeiros elementos do código são letras e o terceiro elemento é um número. Toda a informação sobre selecção de equipamentos em função das condições de serviço e das influências externas está descrito na secção 32 das RTIEBT [4]. Na tabela 3 é possível visualizar a codificação das influências externas e ainda a quantidade de naturezas existentes. Tabela 3 – Codificação de Influências Externas Categoria Influências Utilização Construção Edifício Elemento do Código Significado do Elemento 1.ª Letra Categoria Geral A B C 2.ª Letra Natureza da Influência AaS AaE AeB Número Classe 1a8 1a5 2e4 Ambiente 2.1.4 – Selecção dos Equipamentos A selecção dos equipamentos em função das condições de serviço e das influências externas está descrito na secção 512 das RTIEBT. Todos os quadros das características dos equipamentos em função das condições a que estão submetidos estão presentes nas RTIEBT (que se estende do quadro 51A-AA até ao quadro 51A-CB). As características dos invólucros dos equipamentos em função das influências a que estão sujeitos são definidas pelos códigos IP e IK, por conseguinte e segundo a secção 512.2.3 das RTIEBT, os códigos IP e IK devem ser seleccionados em conformidade com as influências externas de um determinado local. 2.1.5 – Estabelecimentos recebendo Público A secção 801.2 das RTIEBT é destinada a estabelecimentos recebendo público. No que diz respeito à classificação quanto à sua lotação estes estabelecimentos são classificados de acordo com a tabela 4. 13 CAPÍTULO 2 Na lotação incluem-se não só os utentes mas também os possíveis funcionários do edifício. Quando um estabelecimento recebendo público é constituído por vários edifícios ou quando num edifício existirem vários tipos de estabelecimentos, devem ser considerados para efeito de cálculo, como edifício único. Tabela 4 – Classificação dos Edifícios em função da sua lotação Categoria Lotação (N) 1.ª N > 1000 2.ª 500 < N ≤ 1000 3.ª 200 < N ≤ 500 4.ª 50 < N ≤ 200 5.ª N ≤ 50 2.2 QUADROS ELÉCTRICOS De acordo com o despacho normativo 12/98 [5] é necessário ter em conta as seguintes regras relativamente aos quadros eléctricos. Para a alimentação das várias instalações deve ser considerado um quadro geral, onde eventualmente será feita a contagem de energia e os quadros secundários, subsidiários deste, que a organização dos espaços venha a impor. Os quadros devem ser do tipo capsulado com porta e chave, tendo, no entanto, um acesso de emergência ao seu corte geral através de um visor em material quebrável ou solução equivalente. O dimensionamento dos quadros deve contemplar sempre algumas reservas que permitam uma posterior ampliação das instalações. No dimensionamento dos quadros devem ser tidos em atenção os efeitos térmicos e electromagnéticos da corrente de curto-circuito calculada para a alimentação de cada quadro, e assim definido o poder de corte de aparelhagem. O quadro geral deve ser localizado junto de uma das entradas do edifício e de acordo com a concessionária. De acordo com a concessionária, devem ser definidos os espaços para o bloco de contagem. A localização dos quadros eléctricos terá em conta a separação regulamentar entre os contadores de electricidade, água e gás. 14 CONDIÇÕES TÉCNICAS Os esquemas dos quadros devem indicar, de circuito a circuito, o calibre de protecção, o calibre de canalização e a identificação inequívoca das áreas alimentadas por essa canalização. 2.2.1 – Selecção de barramentos Um correcto dimensionamento dos barramentos de um quadro eléctrico é fundamental para o bom desempenho na exploração. Como regra geral de concepção, os barramentos deverão ser calculados para suportar em serviço normal, sem restrições, a intensidade de corrente calculada para o conjunto das canalizações derivadas e ainda as intensidades de curto-circuito previsíveis e os seus esforços térmicos e electromecânicos associados. A resposta em termos de comportamento aos curto-circuitos é decidida a partir do dimensionamento adequado dos suportes e espaçamento das barras. Assim, na Tabela 5 apresentamos as correntes máximas admissíveis em barramentos. Tabela 5 - Correntes máximas admissíveis em barramentos Dimensões das Barras Secção Unitária 1 Barra pintada 2 Barras pintadas 1 Barra não pintada 2 Barras não pintadas 12*2 24 125 225 110 200 15*2 30 155 270 140 240 15*3 45 185 330 170 300 20*2 40 205 350 185 315 20*3 60 245 425 220 380 20*5 100 325 550 290 495 25*3 75 300 510 270 460 25*5 125 385 670 350 600 2.2.2 – Correntes Estipuladas dos dispositivos de Corte Uma das características mais relevantes dos dispositivos de corte existentes nos circuitos é a corrente estipulada. A corrente estipulada de um dispositivo é o valor da corrente a partir do qual são determinadas as suas condições de funcionamento. Regra geral, os dispositivos de corte ou protecção devem ser seleccionados através da seguinte regra [2]. [1] Ib = Corrente de Serviço (corrente destinada a ser transportada por um circuito) In = Corrente estipulada do dispositivo 15 CAPÍTULO 2 2.2.3– Selecção de Aparelhos contra contactos Indirectos A protecção contra contactos indirectos é realizada com recurso à implementação de medidas activas que permitam a interrupção dos circuitos de defeito. No esquema TT, a protecção de pessoas contra contactos indirectos é assegurada se as características dos dispositivos de protecção obedecerem simultaneamente às seguintes condições. [6] [2] [3] In = Corrente estipulada do aparelho Ib = Corrente de serviço da canalização RA = Resistência do eléctrodo de Terra Ia = Corrente que garante o funcionamento do dispositivo de protecção UL= Tensão limite de contacto a considerar De salientar que os aparelhos diferenciais Ia se assumem como a corrente diferencial-residual estipulada IΔn. 2.2.4 – Determinação da Potência Previsível As instalações eléctricas devem ser concebidas tendo em conta um possível aumento de potência, a definir de acordo com o cliente. Nesta óptica, a elevação de cargas (Ke) caracteriza a capacidade de aumento de potência instalada estabelecida na altura da concepção do projecto, seja pela instalação de novos equipamentos, seja pela alteração dos factores de simultaneidade considerados. O factor de utilização (Ku), traduz o regime de funcionamento de um receptor, traduzindo a relação entre a potência efectivamente absorvida e a potência estipulada. O factor de simultaneidade (Ks) caracteriza o regime de funcionamento de uma dada instalação ou parte, traduzindo a relação entre o somatório das potências estipuladas dos equipamentos que vão funcionar simultaneamente e o somatório das potências estipuladas de todos os equipamentos. É de salientar que estes factores devem ser usados apenas para cálculo da potência total de alimentação nos quadros eléctricos. 16 CONDIÇÕES TÉCNICAS Assim sendo a potência total de alimentação será dada pela expressão seguinte, em que Pi é o somatório das potências estipuladas de todos os receptores e cosγ é o factor de potência global da instalação. [4] 2.3 ILUMINAÇÃO Para um correcto dimensionamento da iluminação é necessário avaliar as condições impostas pela lei. Em primeiro lugar é necessário ter em atenção que o sistema de iluminação é composto pela iluminação normal e pela iluminação de segurança. A iluminação normal é aquela que é utilizada na exploração normal do edifício enquanto a iluminação de segurança é aquela que, em caso de falha de energia, entra em funcionamento para permitir a evacuação do edifício. Para o projecto de iluminação é necessário avaliar o tipo de estabelecimento a que se destina o edifício, neste caso, edifícios recebendo público, sendo que também é essencial abordar a legislação específica para lares de Idosos. A iluminação de segurança é escolhida em função da classificação do edifício. 2.3.1 – Edifícios recebendo Público – Iluminação – Regras Comuns A secção 801.2.1.5 das RTIEBT refere todas as regras de iluminação para edifícios públicos. Os edifícios públicos onde a iluminação natural é insuficiente devem ser dotados de iluminação normal, segurança. Durante o período de funcionamento destes edifícios, os locais acessíveis ao público e os caminhos de evacuação devem ser suficientemente iluminados de forma a garantir uma fácil circulação e também, se necessário efectuar manobras de segurança. Os aparelhos de iluminação instalados nas zonas de circulação não devem constituir um obstáculo à circulação. Quando os aparelhos de iluminação forem instalados em tectos falsos, é necessário tomar medidas para evitar a acumulação de poeiras nas zonas sujeitas a aquecimento, sem que estas medidas comprometam a refrigeração daqueles aparelhos. 17 CAPÍTULO 2 Os dispositivos que facilitem e orientem a localização das saídas (letreiros de saída) devem, de acordo com as normas, possuir pictogramas característicos dessa função. 2.3.2 – Iluminação Normal Em todos os locais dos estabelecimentos públicos da 1.ª à 4.ª categoria, a instalação eléctrica deve garantir que em caso de avaria de um foco luminoso ou do respectivo circuito esses locais não fiquem integralmente sem iluminação normal. Quando a protecção contra contactos indirectos for garantida por dispositivos diferenciais, não é permitida a utilização de um único dispositivo diferencial para a totalidade dos circuitos de iluminação normal. Os circuitos de iluminação dos locais acessíveis ao público não devem atravessar locais com risco de incêndio. A iluminação normal não deve ser garantida apenas por lâmpadas de descarga que necessitem de um tempo de arranque, ou re-arranque superior a 15 segundos. Se forem aparelhos de iluminação do tipo blocos autónomos o seu fluxo luminoso estipulado não deve ser inferior a 60 lm. 2.3.3 – Iluminação de Segurança A iluminação de segurança deve permitir, em caso de avaria da iluminação normal, a evacuação segura e fácil do público para o exterior e a execução de manobras respeitantes à segurança e à intervenção de socorros: iluminação de circulação (evacuação) e a iluminação de ambiente (anti-pânico). A iluminação de circulação é obrigatória nos locais onde possam permanecer mais de 50 pessoas e também nos corredores e caminhos de evacuação. Nos corredores e caminhos de evacuação a distância entre aparelhos consecutivos não deve ser superior a 15 m. Devem ser utilizados aparelhos de iluminação fixos e, em regra instalados fora do alcance do público, não devendo provocar encandeamento directamente ou através da luz reflectida. 2.3.3.1 – Iluminação de segurança com fonte central As fontes que alimentam a iluminação de segurança devem ser dimensionadas para alimentar todos os equipamentos de iluminação de segurança no caso mais desfavorável 18 CONDIÇÕES TÉCNICAS susceptível de acontecer na instalação, durante o tempo necessário à saída ou evacuação do público com o mínimo de 1 hora. Durante a falha de iluminação normal, as fontes de segurança devem alimentar os equipamentos de iluminação de segurança, sistemas de alarme e de alerta, instalações de detecção automática de incêndios, circuitos eléctricos utilizados nas instalações fixa de extinção de incêndio, telecomunicações e as sinalizações relativas à segurança, entre outros especificados na secção 801.2.1.5.3.2.1.2 das RTIEBT. 2.3.3.2 – Tipos de iluminação de segurança Na secção 801.2.1.5.3.4 das RTIEBT encontra-se a iluminação de segurança classificada nos quatro tipos seguintes. A Iluminação de segurança do tipo A deve ser alimentada por uma fonte central, sendo que a potencia absorvida pelas lâmpadas deve ser totalmente fornecida pela fonte. A do tipo B pode ser alimentada por uma fonte central, ou constituída por blocos autónomos, sendo que a potencia absorvida pelas lâmpadas deve em estado de vigilância ser fornecido a partir da iluminação normal. A do tipo C pode ser alimentada por uma fonte central ou constituída também por blocos autónomos e no estado de vigilância as lâmpadas ligadas a uma fonte central podem ser alimentadas pela iluminação segurança ou iluminação normal. Por ultimo a do tipo D que pode ser constituída por lanternas portáteis, alimentadas por pilhas ou por baterias, colocadas à disposição do pessoal responsável pela segurança do estabelecimento. O tipo de iluminação de segurança a considerar está indicado nas regras específicas relativas a cada tipo de estabelecimento recebendo público. O tipo de iluminação de segurança seleccionado em função da ocupação do edifício deve ser considerado como exigência mínima, podendo ser utilizado o nível superior caso seja essa a opção. 2.3.4 – Edifícios do tipo hospitalar A iluminação de segurança de edifícios do tipo hospitalar está descrita na secção 801.2.4.1.1 das RTIEBT. Neste tipo de edifícios deve existir iluminação de segurança nos dormitórios, enfermarias, dependências análogas e ainda em locais franqueados ao público, em circulações de acesso aos locais indicados nas alíneas anteriores, caminhos de evacuação para o exterior e ainda dependências onde existam infra-estruturas técnicas imprescindíveis ao funcionamento do estabelecimento do tipo hospital. 19 CAPÍTULO 2 Em função da categoria do edifício, são utilizados os tipos de iluminação de segurança presentes na figura 1. Figura 1 - Tipos de Iluminação Segurança (RTIEBT) 2.3.5 – Iluminação de Vigília A iluminação de vigília referente aos edifícios do tipo hospitalar está presente na secção 801.2.4.1.1.4 das RTIEBT. Os dormitórios, enfermarias, corredores de internamento e as dependências análogas devem ser dotados de iluminação de vigília, que deve permanecer acesa toda a noite se os espaços estiverem ocupados. A iluminação de vigília nos quartos e enfermarias devem ter comando local. A iluminação de vigília pode ser dispensada sempre que a iluminação de segurança esteja ligada permanentemente durante os períodos de tempo em que a iluminação natural seja insuficiente. 2.3.6 – Legislação Aplicável aos Lares Para dimensionamento da iluminação é necessário ter em atenção o despacho normativo 12/98 [18] que define as imposições relativamente à iluminação aplicável aos lares. Todas estas condições estão descritas no ponto 3.2, as quais serão sucintamente descritas de seguida. A iluminação deve ser difusa e conduzir a um nível luminoso compreendido entre 150 lx e 250 lx em todas as áreas, excepto naquelas em que se desenvolvam actividades específicas que exijam níveis de iluminação compatíveis com as mesmas. Nos quartos, salas de estar, circulações e instalações sanitárias deve ser previsto um nível de iluminação de 100 lx a 150 lx, no mínimo. Nas áreas de trabalho, nomeadamente direcção, administrativos, salas de trabalho, salas de actividades, cozinha, lavandaria e outras, deve ser previsto um nível luminoso de 300 lx, no mínimo. 20 CONDIÇÕES TÉCNICAS Os níveis luminosos indicados podem ser obtidos à custa de uma iluminação geral ou à custa de uma iluminação geral conjugada com uma iluminação localizada sobre os ”planos de trabalho” tendo neste caso em atenção que a iluminação geral não deve ter um nível inferior a um terço de iluminação sobre os «planos de trabalho». O tipo de iluminação preferencial para os lares de idosos é obtido com lâmpadas de incandescência. No entanto, e porque o rendimento destas lâmpadas é baixo, pode encarar-se a hipótese de iluminação fluorescente, desde que seja considerada a correcção do efeito estroboscópio e sejam utilizadas lâmpadas com uma temperatura de cor da ordem de 93% das características apresentadas pelas lâmpadas incandescentes. Se se optar por iluminação fluorescente deve haver o cuidado de compensar o factor de potência da mesma, a fim de não sobrecarregar os circuitos de iluminação. As lâmpadas a utilizar deverão ter uma temperatura de cor da ordem dos 2650 K e um índice de restituição de cores da ordem dos 93%. Os comandos da instalação de iluminação devem permitir, sempre que possível, mais de um nível luminoso e deverão ser montados à altura dos puxadores das portas. Nos quartos, junto às camas, deve ainda prever-se uma iluminação local, fixa na parede e com comando independente. Deve ser prevista uma iluminação de vigília que permita a circulação nocturna sem utilização da iluminação normal. Nos quartos esta iluminação será obtida através de armaduras de luz rasante e montadas perto do pavimento. Deve ser prevista uma iluminação de emergência que permita a circulação em casos de falha da iluminação normal. 2.4 TOMADAS E EQUIPAMENTOS A presente secção é respeitante a tomadas e equipamentos. Aqui abordam-se as canalizações eléctricas, a selecção de aparelhagem eléctrica e ligações eléctricas. Também foram analisadas as normas aplicáveis a casas de banhos para a colocação de equipamentos e tomadas bem como as correntes máximas admissíveis. No final da secção é feita uma reflexão acerca das regras específicas a aplicar num lar de idosos. De referir que embora as canalizações eléctricas, ligações eléctricas e as correntes máximas admissíveis sejam aplicadas a praticamente todas as especialidades de um projecto, decidiu-se analisa-las nesta secção. A razão desta opção prendeu-se com o facto de as tomadas e equipamentos serem mais exigentes em termos de potência. 21 CAPÍTULO 2 2.4.1 - Canalizações Eléctricas Os tipos de canalizações eléctricas e os seus modos de colocação obedecem a determinados critérios de segurança das pessoas e bens, procurando garantir por um lado, a prevenção dos riscos eléctricos associados às correntes e por outro, a prevenção dos riscos de incêndio associado ao excessivo aquecimento dos condutores. Outro ponto importante é a prevenção do risco de deterioração associado a solicitações mecânicas excessivas. Para um modo correcto de selecção da colocação devem ser analisados vários factores, tais como: natureza dos locais, natureza das paredes e outros elementos de construção, solicitações electromecânicas presumíveis em caso de curto-circuito e a protecção contra influências externas. Para a escolha da secção dos condutores deve atender-se à temperatura admissível nos condutores e à queda de tensão admissível. As condições regulamentares gerais estão definidas na secção 521 das RTIEBT. De salientar a existência de três condutores num circuito: fase, neutro e terra e também que o condutor neutro não deve ser comum a diversos circuitos. 2.4.1.1 - Modos de Colocação As canalizações devem ser colocadas de modo a facilitar a sua manobra, inspecção, manutenção e o acesso às suas ligações. O modo de instalação deve ser seleccionado a partir do quadro 52H das RTIEBT. No presente projecto seleccionou-se o método de referência B, condutores isolados em condutas circulares embebidas nos elementos de construção (Alvenaria), como é possível observar na figura 2. Figura 2 - Exemplo de Modo de Instalação (RTIEBT) 22 CONDIÇÕES TÉCNICAS 2.4.1.2 – Condutores e Cabos Os condutores isolados e cabos são referidos por designações simbólicas constantes de normas nacionais e internacionais, HD 361 S3. O sistema de designação é um conjunto alfanumérico de caracteres traduzindo as características relativas à normalização, tensão, isolamento, revestimento metálico, bainha, forma, natureza, flexibilidade e composição. No anexo IIB das RTIEBT é possível verificar os símbolos utilizados nas designações de condutores e cabos referentes à norma HD 361 S3, relativamente aos condutores e cabos não harmonizados é necessário analisar o Anexo III das RTIEBT correspondente à norma NP 665. Z1 é o símbolo correspondente ao material das bainhas, tendo uma composição termoplástica à base de poliolefina. O isolamento deste tipo de cabo é de polietileno reticulado, tendo como principal vantagem uma melhor estabilidade térmica e também melhores características mecânicas. No que concerne ao comportamento ao fogo optou-se por um material isento de halogéneos (ZH) que em contacto directo com o fogo liberta fumos pouco opacos, gases de baixa toxicidade e não corrosivos. Os cabos seleccionados possuem uma outra característica no contacto directo com o fogo que é o facto de serem retardantes ao fogo (Frt), limitando assim a possibilidade de actuarem como elemento propagador. 2.4.1.3 – Condutas As condutas são invólucros fechados, destinados à instalação ou à substituição de condutores isolados e cabos por enfiamento nas instalações eléctricas. O sistema de designação é dado pela EN50086-3, sendo este constituído por conjunto alfanumérico que fornece características relativamente ao material, flexibilidade, forma e ainda resistência à compressão, choque e temperaturas mínimas e máximas de utilização. A nomenclatura dos tubos está presente na tabela 6 23 CAPÍTULO 2 Tabela 6- Nomenclatura dos Tubos 1ª letra Códigos EN 50068-3 I- Isolante M - metálico C – Compósito 2ª e 3ª letras 4.ª letra R- Rígido C - Abobadado T -transversalmente elástico S - Flexível A - Anelado L - Liso Na tabela 7 está presente a classificação dos tubos referente à resistência de compressão, resistência ao choque e ainda às temperaturas de utilização. Tabela 7- Classificação dos Tubos Códigos EN 50068-3 1.ºDígito 2.ºDígito 3.ºDígito 4.ºDígito Resistência compressão Resistência ao choque Temperatura mínima utilização Temperatura máxima utilização Muito fraca 125 N Muito fraca 0.5 J 5º C 60 Fraca 320 N Fraca 1 J -5 90 Média 750 N Média 2 J -15 105 Forte 1250 N Forte 6 J -25 120 Muito Forte N Muito Forte 20 J -45 150 É necessário referir que em regra um tubo deve apenas conter condutores de um mesmo circuito. 2.4.2 – Aparelhagem eléctrica A selecção da aparelhagem, materiais e equipamentos eléctricos deve ter em atenção a aptidão para a função a exercer e também o seu desempenho. Os materiais e equipamentos eléctricos devem estar em conformidade com as normas europeias, documentos de harmonização e também com as normas portuguesas. As instalações eléctricas devem ser executadas com aparelhagem eléctrica devidamente dimensionada de acordo com as características adequadas às funções a desempenhar. A selecção de aparelhagem e equipamentos deve estar de acordo com a secção 536.1 das RTIEBT. 24 CONDIÇÕES TÉCNICAS As tomadas devem ser instaladas para que não se separem dos seus suportes e não tornem acessíveis os bornes ou cabos de ligação. As tomadas instaladas nos elementos de construção verticais dos diferentes locais deverão ser fixadas a esses elementos de construção, para que o eixo dos seus alvéolos se encontre a uma distância nunca inferior a 50 mm, medida em relação ao pavimento acabado. As de corrente estipulada superior a 32A devem ter uma distância de 120mm. As tomadas instaladas no pavimento deverão ter como códigos mínimos IP24 e IK07 em cumprimento do ponto 555.7. Nas zonas onde o público tenha acesso, as tomadas a utilizar, quando forem de corrente estipulada não superior a 16A, devem ser do tipo “tomadas com obturadores”. Quando forem de corrente estipulada superior a 16A, devem ser dotadas de tampa e limitadas às estritamente necessárias às utilizações previstas em cumprimento do ponto 801.2.1.6. Nas zonas onde o público tenha acesso, os circuitos de alimentação das tomadas devem ser distintos dos destinados a outros fins, protegidos por dispositivos diferenciais de alta sensibilidade e conservados desligados quando desnecessários. Deverá ser indicado no respectivo quadro eléctrico (no disjuntor em questão), que os circuitos de tomadas das zonas de público devem estar normalmente desligados. A instalação de tomadas de usos geral terá como função alimentar os diversos equipamentos existentes. 2.4.3 – Ligações eléctricas Todas as ligações eléctricas devem garantir a continuidade eléctrica e também possuir resistência mecânica adequada. Devem também ser adequadas tanto às correntes admissíveis como às secções dos condutores. A eficiência das ligações eléctricas está directamente relacionada com o risco de incêndio de origem eléctrica nas instalações. As ligações são efectuadas com dispositivos de ligação ou aos terminais da aparelhagem de acordo com a secção 526 das RTIEBT. Sempre que seja viável, as ligações eléctricas devem ficar em locais acessíveis, para uma possível análise, verificação ou manutenção. Para a selecção correcta dos elementos de ligação é necessário ter em conta o número de condutores a ligar, a secção dos condutores e ainda o material das almas condutoras e do seu isolamento. 25 CAPÍTULO 2 2.4.4 – Casas de banho e chuveiros As casas de banho e chuveiros são locais com condições especialmente severas em termos de riscos eléctricos. Esta severidade provém, por um lado pela presença e manuseamento de água em ambiente de elevado nível de humidade, o que conduz à redução significativa da resistência eléctrica do corpo humano e por, outro face ao vestuário e às condições de utilização do espaço, pelo risco acrescido de contacto com o potencial de terra. A limitação de riscos eléctricos é efectuada logo no momento da concepção da estrutura e sistema de protecção da instalação e da selecção de equipamentos, desenvolvidas a partir da definição de volumes convencionais. Todas as regras para instalações nas casas de banho estão presentes na secção 7 das RTIEBT, regras para instalações e locais especiais. Na figura 3 e 4 é possível visualizar exemplos de dimensões de volumes em casas de banho, Estas figuras foram retiradas da figura 701A das RTIEBT [4]. Figura 3 – Chuveiro com Bacia de Recepção Figura 4 - Casas de Banho com Cabinas de Chuveiro e Vestiários Individuais 26 CONDIÇÕES TÉCNICAS 2.4.4.1 – Ligação Equipotencial suplementar nas casas da Banho Todas as casas de banho devem possuir uma ligação equipotencial, sendo que esta ligação à terra de protecção deve ser executada desde um ponto disponível dos condutores de protecção já existentes no interior da casa de banho. As ligações devem ser acessíveis embora não necessitem de ser visíveis em todo o seu percurso. Deve ser utilizado o condutor verde-amarelo, sendo que a secção depende do tipo de instalação. Se existir protecção mecânica, utiliza-se 2,5mm2, se a fixação ocorrer directamente nas paredes utiliza-se o condutor verde-amarelo de 4 mm2. 2.4.5 – Correntes máximas admissíveis As correntes máximas admissíveis nos condutores e cabos dependem de factores de correcção com a temperatura e do agrupamento dos condutores e cabos. Toda a regulamentação sobre correntes máximas admissíveis está presente na secção 523 das RTIEBT. Na determinação das correntes admissíveis, e por conseguinte na secção dos cabos e condutores é necessário avaliar as seguintes condições: protecção contra choques eléctricos, protecção contra efeitos térmicos, protecção contra sobreintensidades, quedas de tensão e ainda temperaturas limites, isto para cabos até 1KV. No anexo IV das RTIEBT pode-se visualizar todas as tabelas e quadros respeitantes às correntes admissíveis, factores de correcção com a temperatura, agrupamento de condutores e cabos e ainda factores de correcção com a resistividade térmica do solo. 2.4.6 - Legislação aplicável aos Lares Segundo o Despacho Normativo n.º 12/98 [5] estabelecem-se as condições a que devem obedecer a instalação e o funcionamento dos lares para idosos. O ponto 3.3 deste despacho refere-se às tomadas e alimentação de equipamentos e salienta que as tomadas para usos gerais devem ser do tipo schuko 2p+T -250V-16A. No que diz respeito à quantidade de tomadas a instalar, o despacho estabelece nos quartos, uma tomada por cama e outra para limpeza. 27 CAPÍTULO 2 Nos espaços de circulação, não estabelece um número mínimo, ficando ao critério do projectista estabelecer as necessárias para a ligação de aparelhos de limpeza. Nas salas de estar e de actividades, bem como nos gabinetes deve ser prevista uma tomada por cada 4m2. Na cozinha e na lavandaria, a localização das tomadas deve ter em conta os pontos de água, altura das bancas, armários e localização das máquinas. Para alimentação dos equipamentos fixos de potência elevada deverão ser consideradas caixas terminais estanques com placa de bornes, a partir das quais se fará a ligação. Os circuitos para ligação destas máquinas devem ser independentes a partir do respectivo quadro de alimentação. 2.5 SINALIZAÇÃO Em edifícios públicos é normal a colocação de sistemas de sinalização. Estes sistemas servem para alertar em caso de emergência. O seu funcionamento passa pelo toque num botão especificamente colocado para o efeito, em diversas dependências do edifício. Este gesto simples acciona um alarme acústico e ao simultaneamente um display, geralmente colocado nas áreas de vigia. Assim, de uma forma simples e eficaz é garantida a assistência rápida a qualquer utente que necessite de ajuda. Durante este sub-capítulo pode-se verificar a legislação existente relativamente a este tipo de sistema para o edifício em estudo. 2.5.1 – Sinalização Específica do Lar Segundo o ponto 5 da secção três do despacho normativo 12/98 respeitante à sinalização deve ser previsto um sistema de sinalização acústica e luminosa que permita o rápido pedido por parte dos utilizadores. Segundo o mesmo despacho devem ser instalados botões de chamada em todas as dependências ocupadas por idosos, tais como: quartos (um por cama), nas salas e nas instalações sanitárias. Os quadros de alvo projectados devem ser instalados no gabinete de saúde, podendo ser repetidos no gabinete do vigilante, na secretaria, sala do pessoal ou ainda nas circulações. Deve ser prevista também a instalação de porteiro eléctrico e simples campainha de chamada na entrada principal e na entrada do pessoal de serviço. 28 CONDIÇÕES TÉCNICAS 2.6 REDE DE TERRAS De acordo com a secção 54 das RTIEBT, o valor da resistência de terra deve estar de acordo com as condições de protecção e de serviço da instalação Eléctrica. O valor da resistência da ligação deve permanecer dessa forma ao longo do tempo, isto é, não se deve alterar significativamente com as condições externas. As correntes de defeito à terra e as correntes de fuga devem poder circular, sem perigo, nomeadamente no que respeita a solicitações térmicas, termomecânicas e electromecânicas. Podem ser utilizados como eléctrodos de terra vários elementos metálicos descritos no ponto 542.2.1 dos quais se salientam aqui as seguintes: varetas, tubos, chapas, fitas, cabos nus e anéis de fita ou cabo nus colocados nas fundações do edifício. Na escolha do tipo de eléctrodo a utilizar deve ter-se em conta o local onde vai ser instalado. Devem ser instalados em terra vegetal e húmida e fora das zonas de passagem. O anexo IV das RTIEBT descreve detalhadamente as características dos solos e a respectiva influência nos eléctrodos de terra. 2.6.1 – Esquema TT em corrente alternada O esquema TT é um dos esquemas de ligações à terra previstos nas RTIEBT. O esquema TT tem um ponto da alimentação directamente ligado à terra, sendo as massas da instalação eléctrica ligadas a eléctrodos de terra electricamente distintos do eléctrodo de terra da alimentação. Na figura 5 é possível visualizar o esquema de ligação TT. Figura 5 – Esquema TT (RTIEBT) 29 CAPÍTULO 2 Segundo a secção 413.1.4 das RTIEBT, todas as massas dos equipamentos eléctricos protegidos por um mesmo dispositivo de protecção devem ser interligados por meio de condutores de protecção e ligadas ao mesmo eléctrodo de terra. Deve também verificar-se a condição seguinte: [5] Em que RA é a soma das resistências do eléctrodo de terra e dos condutores de protecção das massas em ohms e IA é a corrente que garante o funcionamento automático do dispositivo de protecção em amperes, sendo que quando o dispositivo for diferencial, IA é a corrente diferencial-residual estipulada IΔ. Se por sua vez o dispositivo for de protecção de sobreintensidades IA é a corrente que garante o funcionamento automático num tempo não superior a 5 s, quando o dispositivo tiver uma característica de tempo inverso ou garante o funcionamento instantâneo, quando o dispositivo tiver uma característica de funcionamento instantâneo. 30 CAPÍTULO III – CASO DE ESTUDO 3.1 Classificação dos Locais 3.2 Quadros Eléctricos 3.3 Iluminação 3.4 Tomadas e Equipamentos 3.5 Sinalização 3.6 Rede de Terras CAPÍTULO 3 32 CASO DE ESTUDO 3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS Na elaboração de um projecto é necessário que as peças desenhadas contenham a classificação quanto às influências externas. Optou-se, neste caso, por numerar cada dependência associando-se cada número à tabela com as classificações dos factores de influências externas. Também é importante criar uma memória descritiva que contenha informação relativa ao tipo de instalação a executar. 3.1.1 – Classificação dos Locais da Instalação No presente projecto avaliámos cada espaço, tanto interior como exterior, e procedemos à sua classificação atendendo ao tipo de influências externas a que está sujeito, bem como ao tipo de material que é necessário instalar. Na tabela 8 está presente a classificação dos locais em função dos factores de influência externa. A primeira coluna corresponde ao local, cada número está associado a uma divisão sendo que a respectiva associação espaço/divisão está presente nas peças desenhadas que se encontram em anexo. Nas restantes colunas está o código correspondente às influências externas. De seguida definiu-se as principais escolhas relativamente às zonas menos comuns e que exigem um cuidado maior na classificação. Embora a maior parte dos espaços esteja classificado como AE1, no que diz respeito à presença de corpos estranhos, todos estes locais foram projectados com um IP mínimo de 20, pois segundo a secção 412.2.1 das RTIEBT, as partes activas devem ser colocadas dentro de invólucros que tenham pelo menos um IP2X. Todos os espaços exteriores foram classificados com AD3 no que diz respeito à presença de água, pois estão sujeitos à chuva. Relativamente à presença de corpos sólidos o espaço foi classificado com AE3. Sendo assim o IP mínimo a seleccionar é de 43. Nos espaços 4, 5 e 6, seleccionou-se o código AD2 para a característica dos equipamentos em função da presença de água, o que obriga a seleccionar um IP mínimo de X1. É de salientar que a classificação deste espaço é apenas referente ao volume 3, o único onde vai ser instalado equipamento. 33 CAPÍTULO 3 Tabela 8 - Classificação dos Locais do Lar de Idosos Factores de Influência Externa Espaços 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 Temp Ambiente (AA) Condições climáticas (AB) Altitude (AC) Presença de Água (AD) Presença Corpos Sólidos (AE) Presença Subst Corrosivas (AF) Acções Mecanicas (AG) Vibrações (AH) Presença de Fauna (AL) Competências das Pessoas (BA) Resistência Corpo Humano (BB) Contacto pessoas potencial Terra (BC) Natureza prod. tratados/ armaz. (BE) IP IK AA8 AA8 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA8 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AA4 AB8 AB8 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB8 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AB4 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AC1 AD3 AD3 AD1 AD2 AD2 AD2 AD2 AD1 AD1 AD1 AD3 AD1 AD1 AD1 AD1 AD1 AD1 AD1 AD1 AD1 AD2 AD2 AD1 AD1 AD1 AD1 AD1 AD1 AD1 AD1 AD2 AD2 AD2 AD1 AD2 AD1 AD2 AD2 AD2 AD1 AD2 AD2 AD2 AE3 AE3 AE1 AE1 AE1 AE1 AE3 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE4 AE1 AE3 AE1 AE3 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AE1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF1 AF2 AF1 AF1 AF1 AF1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG3 AG3 AG3 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AG1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH2 AH2 AH2 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AH1 AL2 AL2 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL2 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 AL1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BA1 BB1 BB1 BB1 BB2 BB2 BB2 BB2 BB1 BB1 BB1 BB1 BB1 BB1 BB1 BB1 BB1 BB1 BB1 BB1 BB1 BB2 BB2 BB1 BB1 BB1 BB1 BB1 BB1 BB1 BB1 BB2 BB2 BB2 BB1 BB2 BB1 BB2 BB2 BB2 BB1 BB2 BB2 BB2 BC1 BC1 BC1 BC3 BC3 BC3 BC3 BC1 BC1 BC1 BC1 BC1 BC1 BC1 BC1 BC1 BC1 BC1 BC1 BC1 BC3 BC3 BC1 BC1 BC1 BC1 BC1 BC1 BC1 BC1 BC3 BC3 BC3 BC1 BC3 BC1 BC3 BC3 BC3 BC1 BC3 BC3 BC3 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 BE1 IP43 IP43 IP20 IP21 IP21 IP21 IP41 IP20 IP20 IP20 IP43 IP20 IP20 IP20 IP20 IP20 IP20 IP20 IP20 IP20 IP21 IP21 IP20 IP20 IP20 IP20 IP20 IP20 IP20 IP20 IP21 IP21 IP21 IP20 IP41 IP20 IP41 IP21 IP21 IP20 IP21 IP21 IP21 IK04 Ik04 Ik04 IK04 IK04 Ik04 Ik04 Ik04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK09 IK09 IK09 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 IK04 No espaço referente à copa, com o número sete, classificou-se com AD2 no que concerne à presença de água e com AE3 relativamente à presença de corpos sólidos o que implica um IP mínimo de IP41. 34 CASO DE ESTUDO Nos espaços referentes aos três elevadores existentes classificaram-se com AG3, no que se refere aos impactos a que podem ficar submetidos, por isso e de acordo com potenciais impactos seleccionou-se um IK09. No espaço destinado ao lixo, número 39, na classificação referente à presença de substâncias corrosivas ou poluentes, classificou-se com a classe Atmosférica, sendo que o código correspondente é AF2. Como é possível existir humidade, dependendo do lixo existente ou na limpeza do espaço, classificou-se quanto à presença de água com AD2 implicando assim um IP mínimo de IP21. É necessário referir que o IP presente na tabela corresponde ao mínimo obrigatório para o local. Na selecção dos equipamentos e uma vez que também depende da marca do equipamento que se pretende instalar pode optar-se por um IP superior. As peças desenhadas relativas à classificação dos locais encontram-se presentes nos anexos A, B, e C correspondendo ao piso 0, piso -1 e piso 1. 3.1.2 - Memória Descritiva A Memória Descritiva deste capítulo consubstanciou-se numa introdução ao projecto, dado que é essencial explicar a constituição do edifício, classificação mediante lotação e especificar os tipos de instalações a executar. 3.1.2.1 – Constituição das Instalações As instalações eléctricas que são objecto deste estudo, destinadas a um edifício para um lar de Idosos e centro de dia inserem-se num edifício constituído por três pisos (piso -1, piso 0 e piso 1) de acordo com o especificado nas peças desenhadas. Este edifício constituído por três pisos está capacitado para receber vinte e dois utentes não acamados. De acordo com a secção 801.2.0.1, classifica-se quanto, à lotação, como de categoria cinco. 3.1.2.2 – Classificação dos Locais da Instalação Quanto à utilização, este edifício classifica-se como Lar de Idosos e Centro de Dia. Os locais das instalações são classificados de acordo com a secção 32 das RTIEBT. 35 CAPÍTULO 3 Os índices de protecção mínimos dos equipamentos eléctricos devem estar de acordo com as normas NP EN60529 e EN50102. Na tabela 8 está presente a classificação de todos os espaços que constituem o edifício quanto às influências externas. 3.1.2.3 – Tipos de Instalações A instalação compreendeu os seguintes tipos de instalações, - Abastecimento de energia eléctrica - Terras de Protecção - Sistema de protecção de pessoas - Quadros eléctricos - Instalação de tomadas e força motriz - Instalação de Iluminação . Iluminação normal . Iluminação de Segurança (ambiente e de circulação) 3.2 QUADROS ELÉCTRICOS Nas peças desenhadas de cada quadro eléctrico (anexo G) são especificados os elementos fundamentais que justificam a sua concepção, sendo que nos anexos D, E, e F é possível observar as alimentações aos respectivos quadros eléctricos. A protecção contra contactos indirectos foi prevista pela adopção de aparelhos de média sensibilidade (300mA) e de alta sensibilidade (30mA) para as zonas de permanência de utentes do lar. O edifício vai ser alimentado em baixa tensão a partir da rede pública, logo o posto de transformação do distribuidor está suficientemente afastado do edifício, sendo assim estipulou-se um poder de corte mínimo, adoptado para os aparelhos a instalar nos quadros que será 3KA. Os barramentos são constituídos por barras de cobre electrolítico, pintadas nas cores convencionais e adequadas a uma intensidade de corrente não inferior a 1,5 vezes o calibre do interruptor de entrada. As barras serão dimensionadas para uma densidade de corrente não superior a 2A/mm2. Os barramentos usados encontram-se descritos nas peças desenhadas. 36 CASO DE ESTUDO 3.2.1 – Dimensionamento dos Quadros Eléctricos 3.2.1.1 – Quadros eléctricos dos quartos Todos os quadros eléctricos dos quartos são iguais, tendo um interruptor diferencial com corrente nominal de 25 A com IΔn 30 mA. A corrente nominal deste interruptor diferencial é a mínima disponível no mercado para a sensibilidade pretendida. De qualquer forma, as equações descritas no ponto 2.3 estão verificadas pois a corrente nominal do dispositivo é superior à soma das correntes de serviço de todos os circuitos e ainda a corrente máxima que se pode obter em função da sensibilidade do dispositivo também é muito superior à projectada para este edifício. O circuito de iluminação de emergência está ligado junto ao disjuntor que protege o circuito de iluminação com o objectivo de, em caso de falha no quadro do quarto, a iluminação de emergência entrar em funcionamento. 3.2.1.2 – Quadro Piso -1 O quadro do piso -1 alimenta todos os circuitos existentes neste piso incluindo as alimentações aos onze quartos. O dimensionamento das alimentações aos quadros eléctricos dos quartos encontram-se descritos na tabela 9. Estes quadros são monofásicos, tendo sido escolhida a secção de 4 mm2, uma vez que é a mínima aceitável para quadros parciais segundo as RTIEBT. Os restantes circuitos foram divididos, os circuitos de tomadas são protegidos por um interruptor diferencial com corrente nominal de 40 A. Os circuitos de iluminação foram divididos em dois, protegidos com um interruptor diferencial com corrente nominal de 25A. As condições para escolha dos dispositivos diferenciais estão verificadas pois a corrente nominal do dispositivo é superior à soma das correntes de serviço de todos os circuitos e ainda a corrente máxima que se pode obter em função da sensibilidade do dispositivo também é muito superior à projectada para este edifício. Foi projectado um interruptor de corte com uma corrente nominal de 63A. A intensidade nominal deste dispositivo é superior à soma das correntes de serviço de todos os dispositivos. A Tabela 9 contém todas as alimentações a quadros parciais, neste caso a todos os quartos do piso-1. 37 CAPÍTULO 3 Tabela 9 - Dimensionamento das Alimentações aos quartos Origem QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 Circ. S (KVA IB (A) Disj (A) ref.ª/Met 21 1,07 4,65 16 53/C 22 1,07 4,65 16 53/C 23 1,07 4,65 16 53/C 24 1,07 4,65 16 53/C 25 1,07 4,65 16 53/C 26 0,73 3,17 16 53/C 27 0,73 3,17 16 53/C 28 0,73 3,17 16 53/C 29 0,73 3,17 16 53/C 30 0,73 3,17 16 53/C 31 0,73 3,17 16 53/C Cabo XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 F.C. IZ (A) 1 45 1 45 1 45 1 45 1 45 1 45 1 45 1 45 1 45 1 45 1 45 1,45IZ (A) I2 (A) 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 L (m) 20,4 19,5 12,8 5,1 4,2 60,2 58,7 51,2 49,7 38,4 36,8 u (%) 0,40 0,38 0,25 0,10 0,08 0,79 0,77 0,68 0,66 0,51 0,49 3.2.1.3 – Quadro Geral O quadro geral foi projectado para a entrada principal do edifício. Este quadro eléctrico recebe alimentação do edifício. A partir deste quadro são alimentados os quadros dos quartos existentes neste piso, quadros de piso (QP-1 e QP1) e ainda a alimentação aos elevadores, como é possível visualizar na Tabela 10. Os elevadores utilizados no projecto são da marca Schindler [7]. Os equipamentos do vídeo porteiro, controlador do sistema de iluminação de emergência e alimentação do sistema de chamada de enfermeira também são alimentados a partir deste quadro. Tabela 10 – Dimensionamento das Alimentações a Quadros Parciais Origem QG QG QG QG QG QG QG QG QG QG QG Circ. S (KVA IB (A) Disj (A) ref.ª/Met 43 8,24 35,70 40 53/C 44 8,00 34,68 40 53/C 45 8,00 34,68 40 53/C 46 60,54 87,49 100 53/C 47 17,11 24,72 40 53/C 48 0,73 3,17 16 53/C 49 0,73 3,17 16 53/C 50 0,73 3,17 16 53/C 51 0,73 3,17 16 53/C 52 0,73 3,17 16 53/C 53 0,73 3,17 16 53/C Cabo XZ1(zh)(frt)‐U5G10 XZ1(zh)(frt)‐U5G10 XZ1(zh)(frt)‐U5G10 XZ1(zh)(frt)‐U5G25 XZ1(zh)(frt)‐U5G10 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 XZ1(zh)(frt)‐U3G4 F.C. IZ (A) 1 71 1 71 1 71 1 119 1 71 1 45 1 45 1 45 1 45 1 45 1 45 1,45 IZ (A) I2 (A) 102,95 58 102,95 58 102,95 58 172,55 145 102,95 58 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 65,25 23,2 L (m) 11,1 10,3 30,7 17,5 13,2 61,7 60,0 52,7 51,2 39,9 38,6 u (%) 0,33 0,30 0,88 0,51 0,27 0,81 0,79 0,70 0,68 0,53 0,51 3.2.1.4 – Quadro Cozinha O quadro da cozinha alimenta todos os circuitos existentes na cozinha, despensa do dia, área destinada ao lixo, despensa de limpeza e ainda a copa. Embora a copa esteja num piso 38 CASO DE ESTUDO diferente decidiu-se alimentar os circuitos a partir do quadro da cozinha pois a copa é uma zona com características idênticas à cozinha e por isso faz sentido controlar os dispositivos de protecção através do mesmo local. Neste quadro eléctrico foram previstos interruptores diferenciais de média sensibilidade (300mA). Um interruptor diferencial com corrente nominal de 25A para os circuitos de iluminação. Para os circuitos de tomadas foram previstos 3 interruptores diferenciais, um faz o circuito do forno enquanto os outros dois fazem os restantes circuitos. Em todos os interruptores diferenciais as correntes nominais são superiores à soma das correntes de serviços dos circuitos aos quais estão associados. Foi previsto à cabeça do quadro eléctrico, um interruptor com intensidade nominal de 125A, sendo que esta intensidade é superior à soma das correntes de serviço de todos os circuitos existentes neste quadro eléctrico. 3.2.1.5 – Quadro Piso 1 Este quadro eléctrico alimenta todos os circuitos existentes neste piso, quadro da cozinha e da central térmica. Neste quadro eléctrico foi prevista a instalação de interruptores diferencias de média e alta sensibilidade. Um interruptor diferencial com corrente nominal de 25A e com sensibilidade de 30mA para os circuitos das casas de banho e balneários. Usaram-se ainda dois interruptores diferenciais de 300mA, um para os circuitos de tomadas com corrente nominal de 40A e outro com corrente nominal de 25A para os restantes circuitos de iluminação. O dimensionamento para a alimentação ao quadro parcial da cozinha encontra-se na tabela 11. Tabela 11 - Dimensionamento da alimentação ao quadro da cozinha Origem Circ. S (KVA IB (A) Disj (A) ref.ª/Met QP1 22 45,86 66,28 100 53/C Cabo XZ1(zh)(frt)‐R5G25 F.C. IZ (A) 1 119 1,45 IZ (A) I2 (A) 172,55 145 L (m) 45,1 u (%) 0,99 3.2.1.6 - Portinhola A potência total a contratar ao distribuidor está presente na tabela 12. O coeficiente de utilização escolhido foi de 1. Relativamente ao coeficiente de simultaneidade foi escolhido 0,6 39 CAPÍTULO 3 pois existem mais de 10 circuitos. No que diz respeito ao coeficiente de elevação de cargas escolheu-se de 1,2 pois é um número adequado para um edifício destas características. Tabela 12 – Cálculo da potência a contratar Pa (KVA) 104,70 Pi (KVA) 123,60 Cos 0,85 Ku 1 Ks 0,6 Ke 1,2 O método de instalação neste caso será o 61D pois a tubagem é enterrada no solo. Segundo as RTIEBT neste método de instalação os valores indicados no quadro 52-C30 das RTIEBT devem ser multiplicados por 0,8. Os fusíveis a utilizar serão os APC-gG com uma intensidade nominal de 160A. Na tabela 13 pode-se observar o dimensionamento da alimentação ao quadro geral. Tabela 13 – Dimensionamento da Alimentação ao Quadro Geral Pa (KVA) 104,26 IB (A) 150,66 ref.ª/Met 61/D Cabo XZ1 (zh)(frt)R4*70 IZ(A) 203,2 1,45 IZ 294,64 In Fus. 160 I2 (A) 256 L (m) 23,22 U % 0,41 3.2.2 – Memória Descritiva A memória descritiva desta secção permite ao instalador seguir as regras técnicas e algumas recomendações do projectista referente aos quadros eléctricos. Integra ainda, informação sobre o equipamento de medida a instalar pelo distribuidor de energia. Relativamente aos quadros eléctricos, a memória descritiva contém informação relativa à marca do material a instalar e respectivo material de protecção. Também são dadas instruções acerca construção dos quadros eléctricos e sobre a sua correcta fabricação. Estas informações obrigam o instalador a garantir ao cliente o mínimo de qualidade e simultaneamente a certificá-lo do seguimento das regras e normas em vigor. Isto é determinante, sobretudo porque os quadros eléctricos são, sem dúvida, uma das partes mais importantes da instalação. 3.2.2.1 - Alimentação de energia Trata-se de um edifício onde se admite uma potência instalada de 104,26KVA O abastecimento normal de energia eléctrica será em baixa tensão (C.A.) à tensão de 230/400 V, 40 CASO DE ESTUDO frequência 50 Hz, a partir da rede pública BT do distribuidor local por intermédio de ramal subterrâneo. Para estabelecimento do ramal será instalado um tubo Pet 4 ou equivalente normalizado do quadro geral das instalações (quadro geral lar), até à guia do passeio, a uma profundidade de 1m. 3.2.2.2 – Contador de energia O contador de energia será instalado em espaço próprio, de acordo com o sugerido pelos serviços da EDP, o contador será instalado, tanto quanto possível, de modos a que o visor não fique a menos de um metro nem a mais de 1,70 metros do pavimento. 3.2.2.3 – Quadros Eléctricos Os quadros eléctricos são do tipo armário para fixação à parede, em montagem encastrada, num nicho previsto para o efeito. Possuirão características não inferiores às apresentadas pelos quadros Hager. Todos os quadros parciais serão do tipo «classe II de isolamento». No interior de cada quadro deverá ficar instalado o respectivo esquema eléctrico, devidamente acondicionado e em lugar acessível apenas ao pessoal de manutenção e terão uma reserva de pelo menos 25% do material aplicado. A fabricação dos quadros eléctricos não deverá ser iniciada antes da fiscalização ter aprovado os desenhos de projecto, bem como os seus componentes, pelo que o adjudicatário deverá fornecer todos os elementos que a fiscalização entender como necessários para a sua apreciação. Os chassis dos quadros eléctricos serão em chapa de aço electrozincada, quinada e soldada, de espessura apropriada mas não inferior a 1,5mm ou em material isolante construídos segundo as normas DIN VDE0659 e DIN VDE0660 Parte 500 e grau de protecção IP54 tendo porta com junta estanque. Os painéis frontais serão amovíveis, fixados por parafusos cadmiados à respectiva estrutura, com rasgos para o acesso ao comando dos aparelhos. As barras serão devidamente dimensionadas, localizadas e fixadas de modo a conseguir-se boas condições de segurança e de funcionamento, resistências elevadas aos esforços electrodinâmicos em caso de curto circuitos, aquecimento moderado quando percorridas pelas 41 CAPÍTULO 3 respectivas intensidades de corrente nominais e bom isolamento eléctrico entre barras sob tensão e entre estas e a massa. A secção mínima dos condutores a utilizar na electrificação dos quadros deverá ser de 4 mm2 nos circuitos de iluminação e de 6mm2 nos circuitos de tomadas e força motriz. Todos os circuitos de saída serão devidamente identificados junto do respectivo órgão de comando, por uma etiqueta em trafolite, com letras brancas em fundo preto, não se admitindo a fita gravada. Em todos os quadros a partir dos quais se comandem directamente circuitos de iluminação, serão instalados interruptores em série, com o respectivo dispositivo de protecção para comando do circuito. Estes interruptores devem ser agrupados no quadro e devem estar bem referenciados. Os interruptores terão o número de pólos indicados nas peças desenhadas, podendo cortar com segurança até 1,5 vezes a sua corrente nominal, sendo do tipo modular da Hager. Os manípulos de comando terão indicação bem visível das posições ligado e desligado. Os interruptores diferenciais terão as sensibilidades indicadas nas peças desenhadas sendo também do tipo modular da Hager. Os disjuntores serão monofásicos ou trifásicos, com os calibres indicados nas peças desenhadas, sendo do tipo modular da Hager, curva C. Os sinalizadores a montar nos quadros terão as cores regulamentares, néon, para 400V, tendo vidro para protecção da lâmpada. Serão protegidos por fusíveis do tipo cartucho instalados em base corta-circuitos basculantes. 3.2.3 – Mapa de Quantidades O mapa de quantidades referente aos quadros eléctricos encontra-se presente na Tabela 14. Este mapa integra todas os comprimentos em metros de alimentadores e tubos desde a entrada do edifício até aos quadros. No mesmo, podemos visualizar o número de quadros eléctricos necessários sendo que o respectivo material está presente nas peças desenhadas em anexo. 42 CASO DE ESTUDO Tabela 14 – Mapa de Quantidades Quadros Eléctricos Artº Nº 1 Un Quant. m m m m 661 66 63 25 XZ1 (zh)(frt) 3G4 XZ1 (zh)(frt) R5G10 XZ1 (zh)(frt) R5G25 XZ1 (zh)(frt) R4*70 m m m m 661 66 63 25 2 Bastidor para alojamento da Equipa de medida do distribuidor + Ti’s un 1 3 Quadros Eléctricos un un un un un 1 1 1 1 17 1 1.1 1.1.1 1.2 3.1 Designação QUADROS ELÉCTRICOS Alimentação aos Quadros Eléctricos Fornecimento e montagem de: Tubos Tubo VD 25 Tubo VD 40 Tubo VD 63 Tubo Pet 4 Cabos Fornecimento e montagem de: Quadro Geral do Lar QP-1 QP1 QCozinha QQuarto 3.3 ILUMINAÇÃO No presente caso de estudo optou-se por escolher uma iluminação simples em termos estéticos e simultaneamente o mais eficaz possível. Seleccionaram-se diferentes tipos de luminárias em função do local e das tarefas a desempenhar. A iluminação escolhida para cada local foi projectada de acordo com a classificação obtida previamente aquando da análise da classificação dos locais. Privilegiou-se o uso de marcas nacionais porque são marcas que evidenciam uma boa relação qualidade/preço. A escolha do tipo de luminárias deve ter em conta a eficiência energética. Neste caso de estudo optou-se, maioritariamente, por luminárias com balastro electrónico uma vez que se revelam mais eficientes do que as luminárias com balastro convencional. 43 CAPÍTULO 3 No que concerne à iluminação de emergência, preferiu-se um sistema centralizado de gestão, embora esse não fosse obrigatório em termos legais, devido à classificação do edifício. Embora este sistema apresente um custo inicial superior revela diversas vantagens tais como na facilidade de controlo e manutenção, sendo por isso, uma solução cada vez mais utilizada em edifícios públicos. 3.3.1 – Conceitos Básicos Luminotecnia Para projectar uma instalação de iluminação interior é necessário estabelecer previamente o tipo de tarefa visual, isto é, a actividade desenvolvida. Através de tabelas recomendadas pela comissão internacional de iluminação, verificam-se quais os valores recomendados de iluminancia média para cada tipo de actividade desenvolvida. Um sistema de iluminação bem projectado deve ter em atenção os seguintes pontos: eliminação de situações de encadeamento e redução da perturbação de baixa frequência, adequada composição da luz, equilíbrio da distribuição da luminancia e deve estar projectado de forma a facilitar a manutenção e aprovisionamento. 3.3.1.1 – Fluxo Luminoso φ O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa, isto é, toda a radiação emitida por uma fonte de luz e percebida pelo olho humano. A unidade do fluxo luminoso é o Lúmen (lm) 3.3.1.2 – Intensidade Luminosa I É a Intensidade luminosa de uma luminária que emite numa determinada direcção, sendo que é o fluxo luminoso por unidade de ângulo da direcção considerada. A unidade da intensidade luminosa é candela (cd). 3.3.1.3 – Iluminância lx Intensidade de Iluminação, observada sobre uma superfície é o quociente do fluxo luminoso que chega a essa superfície, pela área da mesma. A unidade da iluminancia é o lux (lx) que é igual ao lúmen por metro quadrado. 44 CASO DE ESTUDO 3.3.1.4 – Factores de reflexão Os factores de reflexão são associados a tectos, paredes, chão e ao plano de uso, e cor de cada uma das estruturas. Caso estes não sejam conhecidos é possível usar como referência os valores na tabela 15 [2]. Para a mesma cor, o factor de reflexão dos tectos é sempre superior ao das paredes, devido ao facto de nas paredes existirem portas, janelas e mobiliário tendo todos estes objectos um factor de reflexão relativamente baixos. Tabela 15 – Coeficientes de reflexão - Exemplos Envolventes / Locais Coeficientes de reflexão Cor Tectos 0,8 a 0,9 Branca Paredes 0,4 a 0,6 Clara Chão 0,2 a 0,4 Escura Área de trabalho 0,9 Branca 3.3.1.5 – Factores de Manutenção O factor de manutenção tem em conta a diminuição do rendimento das armaduras e lâmpadas ao longo do tempo. A tabela seguinte indica o valor normalmente usado em função das actividades definidas para cada local. Tabela 16 – Factores de Manutenção - Exemplos Categoria Factor manutenção Factor Depreciação Normal 0,8 1,25 Baixo 0,7 1,43 Muito baixo 0,6 1,67 3.3.2- Dialux No presente projecto para cálculo luminotécnico foi usado o software dialux. O dialux é um software livre, de fabricante neutro permitindo assim usar luminárias de vários fabricantes. 45 CAPÍTULO 3 Este software permite importar e exportar ficheiros do autocad, possibilitando assim construir modelos a três dimensões sobre o ficheiro autocad, criando assim modelos de cálculos, visualizações, planeamento e documentação muito próximos da realidade. 3.3.3– Projecto Na presente secção abordam-se as diversas dependências existentes no edifício, sendo que é possível observar o resultado obtido para o estudo de iluminação através do software dialux. Também é possível visualizar a distribuição escolhida das luminárias e também os valores obtidos, bem como os coeficientes utilizados. As peças desenhadas referentes aos circuitos de iluminação normal estão presentes nos anexos H, I, e J correspondendo aos três pisos do edifício. 3.3.3.1 – Quartos Duplos Para os quartos foram projectadas três armaduras colocadas no tecto com lâmpadas de 54W. As armaduras foram projectadas para o fundo do quarto pois como se trata de um lar, há grande probabilidade de os idosos passarem grande parte do tempo na cama e sendo assim as luminárias não incidem directamente sobre os idosos deitados na cama. Foi ainda projectado um aplique de parede por cama, de 35W com um suporte que permite variar o ângulo de inclinação e também a luminária obrigatória para iluminação de vigília, sendo esta de 25W. Para comando de iluminação foi previsto um interruptor para cada aplique de parede e ainda um comutador de lustre, sendo utilizada uma linha para as 3 armaduras no tecto e a outra linha para a luminária de vigília. A planta da figura 6 representa a distribuição da iluminação sendo que as linhas representam as iluminâncias em lux nas áreas da divisão. Na imagem a 3 dimensões é possível verificar a distribuição da luz das luminárias. O factor de manutenção usado para calculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,15 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 13,34 W/m2. 46 CASO DE ESTUDO Figura 6 – Distribuição da Iluminação Quarto Duplo 3.3.3.2 – WC Nas casas de banho dos quartos foi instalado um projector com uma lâmpada de 26W no tecto, na zona do espelho foi colocada uma armadura com lâmpada de 13W. A distribuição da iluminação está presente na figura 7 O comando de iluminação utilizado foi o comutador de lustre, sendo uma linha para o projector e a outra linha utilizada para a armadura do espelho. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 8,62 W/m2. Figura 7 – Distribuição da Iluminação WC Quartos 47 CAPÍTULO 3 3.3.3.3 – Corredor de acesso aos quartos duplos Piso -1 Para esta zona foram previstos 31 projectores com lâmpada de 18W. Como se pode verificar na figura 8, obteve-se uma distribuição bastante uniforme. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,49 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 9,58 W/m2. Figura 8 – Distribuição Iluminação Corredor Quartos Duplos Piso -1 3.3.3.4 – Sala Estar Há duas salas de estar no piso -1. Como são idênticas foi apenas executado o estudo para uma delas e a solução encontrada foi aplicada nas duas salas. Esta divisão pode ter diferentes actividades, sendo assim optou-se pela instalação de 6 projectores com duas lâmpadas de 26W. O nível de iluminação obtido foi relativamente elevado, logo, e em função das actividades decidiu-se instalar como comando de iluminação um comutador de lustre, assim dividiu-se em duas linhas os seis projectores, ficando cada linha com 3 projectores. É possível observar a distribuição da iluminação da sala de estar na figura 9 O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,35 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. De salientar que o factor de reflexão é baixo devido a uma das paredes ser em vidro. A potência específica obtida foi de 10,91 W/m2. 48 CASO DE ESTUDO Figura 9 – Distribuição Iluminação Sala Estar 3.3.3.5 – Escadas Para todos os conjuntos de escadas presentes no edifício adoptou-se a mesma solução, cujo resultado é visível na figura 10. Foi prevista a instalação de um aplique de parede por cada vão de escadas e patamar, sendo que, optou-se por uma luminária com duas lâmpadas de 18W. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8, 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 9,72 W/m2. Figura 10 – Distribuição Iluminação Caixa de Escadas 49 CAPÍTULO 3 3.3.3.6 – Arrumos Estas divisões não são críticas em termos de projecto pois são zonas que raramente estão ocupadas. O piso -1 contém cinco zonas de arrumos, sendo que na figura 11 apenas 4 estão representados pois existem dois espaços semelhantes e estão representados na figura 11.C. Foi adoptada a solução de projectores para cada arrumo sendo que em função do tamanho adoptaram-se projectores com duas lâmpadas de 18W e projectores com uma lâmpada de 26W, sendo que nas peças desenhadas é possível verificar as respectivas escolhas. O comando de iluminação utilizado para cada arrumo é o interruptor O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica varia entre 8,86 W/ m2 e os 12,38W /m2. Figura 11 – Distribuição Iluminação Arrumos Piso -1 3.3.3.7 – Sala Reuniões Nesta divisão optou-se por projectar duas armaduras com lâmpadas de 54W, para incidir sobre o plano de trabalho das mesas de reuniões. Esta armadura é suspensa e corresponde ao 50 CASO DE ESTUDO modelo ATLANTIS\S da Exporlux. Esta luminária possui IP20. Para o resto da sala decidiu-se por um sistema de iluminação indirecto, usando o modelo EXO da marca exporlux. Este modelo tem uma lâmpada de 26W e têm IP20. Como comando de iluminação projectou-se um comutador de lustre permitindo assim utilizar uma linha para as armaduras e a outra linha para a iluminação indirecta. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0.9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 10,37 W/m2. A distribuição da iluminação está presente na figura 12. Figura 12 – Distribuição Iluminação Sala Reuniões 3.3.3.8 – Gabinete Administrativo Neste gabinete, admitindo que muito provavelmente vai ter mais que uma secretária, optou-se por uma solução com duas armaduras suspensas com lâmpada de 54W, modelo ATLANTIS\S da Exporlux com IP20. O objectivo deste sistema de iluminação é incidir directamente sobre as secretárias. Como sistema de iluminação indirecta decidiu-se utilizar o modelo EXO da marca exporlux com lâmpada de 26W e IP20. No canto da sala colocou-se um projector com lâmpada de 26W, modelo TITANIO da exporlux com IP20. Para comando da iluminação projectou-se dois comutadores de lustre, permitindo assim separar as quatro luminárias. Optou-se por esta solução pois em determinados momentos do dia e uma vez que uma das paredes é vidro não será necessário o sistema de luz indirecta e o projector ao fundo da sala, e por outro lado as duas secretárias podem não ser usadas ao mesmo tempo. 51 CAPÍTULO 3 O factor de manutenção usado para calculo foi de 0.9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,43 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 9,36 W/m2. A distribuição da iluminação do gabinete administrativo está presente na figura 13. Figura 13 – Distribuição Iluminação Gabinete Administrativo 3.3.3.9 – Gabinete Director Decidiu-se usar neste gabinete o mesmo tipo de solução dos outros gabinetes do lar. Uma luminária suspensa com lâmpada de 54W a incidir sobre a mesa de trabalho do director com IP20. E para a iluminação indirecta o modelo EXO da marca exporlux com lâmpada de 26W e IP20. O controlo de iluminação vai ser executado com recurso a um comutador de lustre. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,4 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 6W/m2. A distribuição da iluminação deste gabinete está presente na figura 14 Figura 14 – Distribuição Iluminação Gabinete Director 52 CASO DE ESTUDO 3.3.3.10 – Gabinete Médico Nesta divisão optou-se por projectar uma armadura com lâmpada de 54W, para incidir sobre o plano de trabalho do responsável de saúde. Esta armadura é o modelo ATLANTIS\S da Exporlux. Esta luminária possui IP20. Para o resto da sala decidiu-se por um sistema de iluminação indirecto, usando para isso o modelo EXO da marca exporlux. Este modelo tem uma lâmpada de 26W e têm IP20. Na zona da casa de banho decidiu-se instalar dois projectores. Um com lâmpada de 18W e outro com lâmpada de 26W. Os projectores são o modelo TITANIO da marca exporlux. Decidiu-se colocar vidro ao nível do aro fazendo assim com que os projectores tenham IP53. Ambos os projectores têm balastro electrónico. Para comandar a iluminação vai usar-se um comutador de lustre e dois interruptores como se pode comprovar nas peças desenhadas. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,44 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 5,43 W/m2. A distribuição da iluminação do gabinete médico está presente na figura 15. F Figura 15 – Distribuição Iluminação Gabinete Médico 3.3.3.11 – Copa Nesta divisão decidiu-se utilizar duas armaduras com duas lâmpadas de 58W. As armaduras são o modelo MHPP da marca EEE. Estas armaduras são estanques, possuindo IP65 e têm balastro electrónico. Para comandar a iluminação projectou-se um interruptor estanque, sendo assim toda a iluminação desta sala funciona apenas com um único comando. 53 CAPÍTULO 3 O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 10,76 W/m2. Na figura 16 é possível visualizar a distribuição da iluminação da copa. Figura 16 – Distribuição Iluminação Copa 3.3.3.12 – Sala de Refeições Nesta sala e como em algumas tabelas aconselham para salas de refeições iluminancias mínima na ordem dos 200 luxs, decidiu-se projectar doze projectores com duas lâmpadas de 26W. Os projectores são o modelo TITANIO da marca exporlux e tem IP20, possuindo balastro electrónico. Para comandar a iluminação foi projectado um comutador de lustre, usando seis projectores em cada linha. A associação de cada linha aos projectores está presente nas peças desenhadas. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,21 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. O índice de reflexão das paredes é muito baixo devido a três das quatro paredes serem em vidro. A potência específica obtida foi de 6,63 W/m2. A distribuição da iluminação da sala de refeições está presente na figura 17. 54 CASO DE ESTUDO Figura 17 – Distribuição Iluminação Sala de Refeições 3.3.3.13 – Corredor Principal Nesta divisão decidiu-se utilizar projectores do modelo TITANIO da marca exporlux. Estes projectores possuem IP20 e têm balastro electrónico. Utilizaram-se 55 projectores com lâmpada de 18W e dois projectores com duas lâmpadas de 26W a colocar por cima do balcão destinado à recepção, permitindo assim maior conforto de trabalho às recepcionistas. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,38 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 6,61 W/m2. A distribuição da iluminação do corredor principal está presente na figura 18. Figura 18 – Distribuição Iluminação Corredor Principal Piso 0 55 CAPÍTULO 3 3.3.3.14 – Arquivo Nesta sala, a solução adoptada passou por um projector com duas lâmpadas de 26W, modelo TITANIO da marca exporlux. Este projector tem IP20 e possui balastro electrónico. Para controlar a iluminação foi projectado um interruptor. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 9,76 W/m2. A distribuição de iluminação do arquivo está presente na figura 19. Figura 19 – Distribuição Iluminação Arquivo 3.3.3.15 – Arrumo Nesta sala foram projectados dois projectores com lâmpada de 26W, modelo TITANIO da marca exporlux. Estes projectores têm IP20 e possuem balastro electrónico. Para comandar a iluminação foi usado um interruptor. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 4,17 W/m2. A distribuição de iluminação do arrumo está presente na figura 20. 56 CASO DE ESTUDO Figura 20 – Distribuição Iluminação Arrumo 3.3.3.16 – WC’s Para as casas de banho deste piso a solução foi idêntica. Para as casas de banho da figura a e b foram utilizados seis projectores com lâmpada de 26W. Para a casa de banho de deficientes figura c, projectou-se um projector com lâmpada de 26W. Todos os projectores correspondem ao modelo TITANIO com vidro da marca exporlux, tendo IP20 e balastro electrónico. Para controlo da iluminação vão ser usados detectores de presença, permitindo assim evitar gastos de energia quando as casas de banho não estão ocupadas. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida varia entre 5,50 e 12,71 W/m2. A distribuição de iluminação dos WC´s está presente na figura 21. Figura 21 – Distribuição Iluminação WC’s 57 CAPÍTULO 3 3.3.3.17 – Sala de Actividades Para esta sala foram projectados nove projectores com duas lâmpadas de 26W, modelo TITANIO da exporlux. Estes projectores têm IP20 e possuem balastros electrónicos. Para comandar a iluminação foi escolhido um comutador de lustro. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 8 W/m2. Na figura 22 é possível visualizar a distribuição da iluminação. Figura 22 – Distribuição Iluminação Salas de Actividades 3.3.3.18 – Cozinha Na cozinha foram instaladas quatro armaduras com duas lâmpadas de 58W e duas armaduras com duas lâmpadas de 36W. Decidiu-se usar o modelo HRCP da marca EEE. Estas armaduras têm um IP65 e possuem balastro electrónico. Como comando de iluminação foi projectado um comutador de lustre, ficando distribuídas da seguinte forma, uma linha faz as quatro armaduras enquanto a outra linha faz as duas armaduras restantes. O factor de manutenção utilizado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 9,09 W/m2. A distribuição da iluminação da cozinha está presente na figura 23. 58 CASO DE ESTUDO Figura 23 – Distribuição Iluminação Cozinha 3.3.19 – Lavandaria Nesta divisão foram utilizados três tipos de armaduras diferentes. Na secção da roupa limpa foi colocada uma armadura com uma lâmpada de 58W da marca EEE, modelo MHPP. No restante espaço da divisão foram colocadas quatro armaduras, duas com lâmpadas de 36 watts e as restantes com lâmpadas de 58W. Todas as armaduras colocadas nesta divisão têm IP 65 e possuem balastro electrónico. Como comando de iluminação foram projectados dois interruptores, um para a zona de roupa limpa, o segundo interruptor faz as restantes armaduras. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 10,01 W/m2. A distribuição da iluminação da lavandaria está presente na figura 24. Figura 24 – Distribuição Iluminação Lavandaria 59 CAPÍTULO 3 3.3.3.20 – Sala Pessoal Nesta sala foram previstos oito projectores com lâmpada de 26W, modelo TITANIO da marca exporlux. Decidiu-se não utilizar vidro no projector, sendo assim o projector tem um IP 20. Este tipo de projector possui balastro electrónico. Foi projectado um comutador de lustre, dividindo-se em metade os projectores por cada linha. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 6,30 W/m2. A distribuição da iluminação da sala do pessoal está presente na figura 25. Figura 25 – Distribuição Iluminação Sala Pessoal 3.3.3.21 – Lixo Na zona do lixo foram previstas duas armaduras com uma lâmpada de 36W, modelo MHPP, da marca EEE. As armaduras possuem IP65 e têm balastro electrónico. Para comando de iluminação foi usado um interruptor. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8, 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 6,37 W/m2. A distribuição da iluminação da dependência do lixo está presente na figura 26. 60 CASO DE ESTUDO Figura 26 – Distribuição Iluminação Lixo 3.3.3.22 – Central Térmica Na zona da central térmica foram previstas duas armaduras com uma lâmpada de 36W, modelo MHPP, da marca EEE. As armaduras possuem IP65 e têm balastro electrónico. Para comando de iluminação foi usado um interruptor. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 5;14 W/m2. A distribuição da iluminação da divisão da central térmica está presente na figura 27. Figura 27 – Distribuição Iluminação Central Térmica 61 CAPÍTULO 3 3.3.3.23 – Armazém No armazém foram usadas 6 armaduras de 36W, modelo MHPP da marca EEE. As armaduras utilizadas neste espaço possuem IP65 e têm balastro electrónico. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 6,20 W/m2. A distribuição de iluminação do armazém está presente na figura 28. Figura 28 – Distribuição de Iluminação Armazém 3.3.3.24 – Balneário Na zona destinada aos lavatórios e sanitas foram projectados projectores com lâmpada de 26W e 18W respectivamente. Os projectores são o modelo TITANIO da marca exporlux. Com vista a satisfazer os requisitos em função da classificação do local, os projectores foram projectados para serem equipados com vidro ao nível do aro perfazendo assim um IP53. Na zona de banho foi projectada uma armadura com duas lâmpadas de 58W, modelo MHPP da marca EEE, sendo esta uma armadura equipada com balastro electrónico, possuindo IP65. Como controlo de iluminação na zona dos lavatórios e sanitas foi projectado um detector de presença, enquanto na zona de banho foi projectado um interruptor estanque. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. De salientar que o factor de reflexão é baixo devido a uma das paredes ser em vidro. A potência específica obtida foi de 11,84 W/m2. Na figura 29 é possível observar a distribuição da iluminação do balneário. 62 CASO DE ESTUDO Figura 29 – Distribuição de Iluminação Balneário 3.3.3.25 – Corredor Pessoal Piso 1 Neste espaço foram projectados trinta e nove projectores com lâmpada de 18W, modelo TITANIO da marca EEE. Estes projectores possuem IP 20 e têm balastro electrónico. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 8,95 W/m2. A distribuição da iluminação do corredor de serviço está presente na figura 30. Figura 30 – Distribuição Iluminação Corredor de Serviço 3.3.3.26 – Despensas As figuras a e b da imagem seguinte representam a despensa do dia e a despensa de limpeza do lar. A estratégia adoptada para estes dois espaços foi idêntica. Foram projectadas 63 CAPÍTULO 3 armaduras com lâmpada de 36W, modelo MHPP da marca EEE. Possuem IP65 e têm balastro electrónico. A iluminação vai ser controlada através de um interruptor para cada uma das divisões. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida na despensa do dia foi de 5,58 W/m2 enquanto na despensa de limpeza teve um resultado de 7,81 W/m2. A distribuição da iluminação das despensas está presente na figura 31. Figura 31 – Distribuição Iluminação Despensas 3.3.3.27 – Morgue Nesta divisão foram projectados quatro projectores com lâmpada de 18W, modelo TITANIO da marca Exporlux. Estes projectores têm IP20 e possuem balastro electrónico. O controlo da iluminação vai ser efectuado através de um interruptor. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica obtida foi de 5,90 W/m2. A distribuição da iluminação da morgue está presente na figura 32. 64 CASO DE ESTUDO Figura 32 – Distribuição Iluminação Morgue 3.3.3.28 – Arrumo Piso 1 Foi adoptada a solução de um projector para esta divisão, com duas lâmpadas de 18W, modelo TITANIO da marca exporlux. O controlo de iluminação vai ser executado com recurso a um interruptor. O factor de manutenção usado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica é de 4,23 W/m2. A distribuição da iluminação do arrumo do piso 1 está presente na figura 33. Figura 33 – Distribuição Iluminação Arrumo Piso 1 65 CAPÍTULO 3 3.3.3.29 – WC Piso 1 Na zona destinada ao lavatório foi planeado um projector com lâmpada de 16W, enquanto na zona da sanita foi usado um projector com lâmpada de 26W. Ambos os projectores correspondem ao modelo TITANIO da marca exporlux. Foram usados vidro ao nível do aro do projector fazendo assim um IP53, possuindo os dois projectores balastros electrónicos. O controlo da iluminação foi previsto recorrendo ao uso de um detector de presença. O factor de manutenção utilizado para cálculo foi de 0,9 e os coeficientes de reflexão foram de 0,8; 0,5 e 0,2 para tecto, paredes e solo respectivamente. A potência específica é de 15,45 W/m2. A distribuição da iluminação do wc de serviço do piso 1 está presente na figura 34. Figura 34 – Distribuição Iluminação WC Serviço Piso 1 3.3.4 – Protecções e Canalizações Na tabela 17 estão apresentados todos os circuitos de iluminação normal previstos para o lar. Os circuitos vão ser protegidos por disjuntores de 10A sendo que o cabo utilizado é um cabo com três condutores de secção de 1,5mm2. Todos os circuitos estão de acordo com as normas quanto à corrente máxima admissível e quanto à queda de tensão. Os tubos utilizados para todos os circuitos interiores têm diâmetro de 20mm. 66 CASO DE ESTUDO Tabela 17 – Dimensionamento Canalizações Iluminação Origem QEQ QEQ QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QPC QPC QPC QPC Circ. S(KVA) IB(A) 1 0,30 1,31 3 0,05 0,20 1 0,04 0,18 2 0,86 3,72 3 0,34 1,47 4 0,36 1,57 5 0,04 0,18 6 0,22 0,95 7 0,15 0,64 8 0,15 0,64 9 0,42 1,84 10 0,40 1,75 11 0,44 1,93 14 0,03 0,13 15 0,09 0,40 1 0,49 2,15 2 0,18 0,80 3 0,18 0,80 4 0,03 0,13 5 0,04 0,18 6 0,09 0,40 7 0,03 0,13 8 0,05 0,23 11 0,60 2,59 12 0,55 2,39 13 0,55 2,39 14 0,73 3,19 15 0,38 1,66 16 0,34 1,47 17 0,32 1,38 18 0,38 1,66 19 0,38 1,64 20 0,17 0,74 21 0,21 0,92 22 0,21 0,92 23 0,23 0,98 24 0,42 1,84 25 0,42 1,84 26 0,49 2,13 1 0,08 0,37 2 0,36 1,55 3 0,42 1,84 4 0,44 1,93 5 0,51 2,22 6 0,24 1,06 7 0,04 0,18 17 0,24 1,04 18 0,24 1,04 19 0,05 0,23 1 0,08 0,37 2 0,66 2,88 3 0,17 0,74 4 0,27 1,19 Disj(A) ref.ª/Met Cabo 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G1,5 F.C. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 IZ(A) 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 1,45IZ(A) 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 34,8 I2(A) 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 14,5 L(m) 7,0 4,7 38,5 16,4 20,7 22,0 17,9 30,5 15,4 14,1 71,2 50,8 53,9 4,2 13,9 42,9 47,0 44,7 39,3 46,1 19,7 16,2 15,4 19,8 34,0 37,3 57,8 54,4 39,3 38,1 31,3 12,3 14,6 20,7 21,4 55,3 60,3 56,8 37,2 62,3 56,2 47,9 49,2 40,1 36,1 6,4 32,4 28,9 44,6 23,3 17,1 19,9 13,5 u(%) 0,10 0,01 0,08 0,68 0,34 0,38 0,04 0,32 0,11 0,10 1,45 0,99 1,16 0,01 0,06 1,02 0,42 0,40 0,06 0,09 0,09 0,02 0,04 0,57 0,90 0,99 2,05 1,00 0,64 0,58 0,58 0,22 0,12 0,21 0,22 0,60 1,23 1,16 0,88 0,25 0,97 0,98 1,05 0,99 0,43 0,01 0,37 0,33 0,11 0,10 0,55 0,16 0,18 67 CAPÍTULO 3 3.3.5 – Iluminação de Segurança A iluminação de emergência e sinalização de saídas serão garantidas por um sistema constituído por blocos autónomos e sistema de controlo centralizado. Neste projecto foram previstas para iluminação anti-pânico, blocos autónomos não permanentes. Estes blocos tem como objectivo reduzir o risco de pânico e permitir que as pessoas se dirijam em segurança para os caminhos de evacuação. Os blocos não permanentes utilizam um sistema em que as lâmpadas apenas funcionam quando a rede falha. Foram projectados para as divisões que geralmente estão com presença assídua de pessoas e nos corredores para ajudar a encontrar os locais de saída. Para iluminação de circulação foram usados blocos autónomos permanentes. Estes blocos têm como objectivo permitir a evacuação das pessoas em segurança. Os blocos permanentes estão sempre em funcionamento, isto é, com ou sem energia da rede eléctrica. Foram projectados blocos autónomos para as portas de saída, para todas as mudanças de nível do piso e ainda junto de todas as mudanças de direcção. Os blocos autónomos são da marca COOPER, modelo style 22011 [8]. São blocos autónomos constituídos por lâmpadas de 8W, emitindo um fluxo luminoso de 450 lm possuindo IP41. Nos anexos K, L e M é possível visualizar as peças desenhadas correspondentes à iluminação de emergência para os três pisos do edifício. 3.3.5.1 – Controlador O sistema CG Line 400, graças a números de identificação individual por luminária e sistema de auto-endereçamento, permite controlar todo o sistema de iluminação de emergência. Este sistema permite fazer um teste automático à capacidade da bateria e à funcionalidade da luminária, sendo que todas as funções das luminárias são monitorizadas e controladas através do microprocessador. Os resultados do teste são exibidos no visor do controlador em texto simples com detalhes da identificação da luminária, endereço, nome e tipo de falha. Esta informação é armazenada num livro de registos durante dois anos. Para o técnico responsável pela manutenção, isto significa um controlo permanente do sistema de iluminação de emergência com baixo custo. Na figura 35 é possível visualizar o aspecto do controlador projectado para este edifício. 68 CASO DE ESTUDO Figura 35 – Controlador CGLINE 400 3.3.6– Memória Descritiva - Iluminação A memória descritiva desta secção reflectirá sobre a iluminação normal, de segurança e de vigília, as quais foram meticulosamente pensadas no sentido de garantir uma iluminação adequada nas diversas dependências do Lar de Idosos. 3.3.6.1 – Iluminação Normal A iluminação normal será predominantemente fluorescente. Os tipos de armaduras e a sua disposição foram estudados de forma a satisfazer as exigências arquitectónicas e a garantir uma adequada distribuição de iluminação estando assegurada em todas as armaduras a correcção do factor de potência, a minimização do efeito estroboscópio e as condições de segurança adequadas aos locais de instalação. As instalações foram calculadas para que os níveis de iluminação fossem os mais adequados às actividades a desenvolver nos vários locais, resultando as soluções adoptadas de um compromisso entre os resultados teóricos obtidos e as exigências arquitectónicas. Os níveis de iluminação propostos, respondem às recomendações técnicas a observar em espaços com as características de um lar de idosos, nos vários espaços que o constituem. Na saída dos elevadores deverão ser garantidos 50 lux, bem como de 200 lux, junto do respectivo quadro eléctrico, uma vez que se prevê que os elevadores a instalar serão do tipo eléctrico sem casa de máquinas. 69 CAPÍTULO 3 O tipo de armaduras a utilizar, em cada espaço vai indicado nas peças desenhadas e condições técnicas especiais. As armaduras deverão obedecer à directiva comunitária CEE 77-576 e deverão possuir certificado de acordo com as normas aplicáveis, em particular as NFC 71800 e NFC71801. 3.3.6.2 – Iluminação de Segurança Como se trata de um edifício classificado quanto à sua lotação como 5.ª categoria, pode-se aplicar a iluminação de segurança do tipo D, para uma ocupação por compartimento e global inferior a 50 pessoas. A iluminação ambiente e de circulação/sinalização de saídas será garantida pela adopção de armaduras do tipo autónomo, conforme se especifica nas peças desenhadas. O sistema previsto contempla a instalação de circuitos próprios para alimentação de armaduras destinadas a iluminação ambiente, a funcionarem em regime de não mantidas com autonomia, mínima de 1 hora. Do mesmo modo serão criados circuitos independentes para alimentação das armaduras para iluminação de circulação/sinalização de saídas, a funcionar em regime de mantidas, incluído pictograma, também com autonomia de 1 hora. 3.3.6.3 – Iluminação de Vigília nos Quartos Todos os quartos de dormir serão dotados de luminárias, equipadas com lâmpadas de 15W, que garantirão a iluminação de vigilância nos quartos. 3.3.7 – Mapa de Quantidades O mapa de quantidades apresentado na Tabela 18 discrimina todo o material necessário para o sistema de iluminação normal e de segurança do presente caso de estudo. As luminárias estão referenciadas através da letra F, sendo que é possível fazer a respectiva analogia com a marca nas peças desenhadas que se encontram em anexo. No respeitante ao material de manobra optou-se pela marca Legrand pois é uma marca prestigiada no mercado e simultaneamente evidencia uma boa relação qualidade/preço. Relativamente ao restante material não é necessário identificar a marca. A única obrigatoriedade prende-se com a certificação de acordo com as normas vigentes. 70 CASO DE ESTUDO Tabela 18 - Mapa de Quantidades Iluminação Artº Nº 3.3.7 Designação INSTALAÇÃO DE ILUMINAÇÃO NORMAL Fornecimento e montagem de: 1.1 Tubos 1.1.1 Montagem embebida - VDØ20 1.2 1.2.1 Un Quant. m 2722 m m 61 2661 un. un. 32 131 Cabos - Enfiados em tubos - XZ1(frd)(zh)-U2G1,5 - XZ1(frd)(zh)-U3G1,5 1.3 Caixas 1.3.1 Em montagem embebida - caixa de derivação com bucins e placa de bornes - caixa de aparelhagem funda 1.4 Luminárias de acordo com C.T.: 1.4.1 Luminárias un. un. un. un. un. un. un. un. un. un. un. un. un. un. un. un. un. un. un. 39 22 17 17 46 15 19 213 62 14 32 6 4 4 13 1 5 5 6 1.4.2 F1 F2 F3 F4 F5 F5.1 F5.2 F5.3 F5.4 F5.5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 F12 F13 F14 Fornecimento e montagem de aparelhagem de Manobra Interruptor Mosaic refª 77010 LEGRAND Interruptor Estanque REFª 69611 LEGRAND Comutador de Escada refª 77011 LEGRAND Inversor refª 77021 LEGRAND Comutador de Lustre REFª 77001 LEGRAND Comutador de Lustre Estanque refª 69625 LEGRAND un un un un un un 58 3 34 5 27 4 71 CAPÍTULO 3 1.4.3 2 Detector de Movimento de 180º REFª 78456 LEGRAND Tubos 1.1.1 Montagem embebida - VDØ20 1.2.1 15 m 1935 m m 1081 855 INSTALAÇÃO DE ILUMINAÇÃO SEGURANÇA Fornecimento e montagem de: 1.1 1.2 un. Cabos - Enfiados em tubos 1.3 - XZ1(frd)(zh)-U3G1,5 - JY(ST)Y 4*2*0.8mm Luminárias de acordo com C.T.: 1.3.1 Luminárias un. un. 65 54 1.4 E1 E2 Equipamento de acordo com C.T.: 1.4.1 Controlador CG 400 CG Line un. 1 3.4 TOMADAS E EQUIPAMENTOS Na elaboração de um projecto devemos atender às imposições legislativas mas também ao senso comum do projectista. Sabendo que quanto mais prática e eficaz for a colocação dos equipamentos e tomadas mais vantajoso será para o utente. Para projectar este tipo de circuitos nos mais variados espaços é necessário ter em atenção a ocupação em função dos mesmos. Importa ainda prever possíveis alterações no futuro. Para o efeito, a colocação das tomadas deve ter em linha de conta possíveis futuras modificações pois a implementação de uma tomada na fase de concepção do edifício não tem um custo significativo enquanto a sua colocação posterior implica uma série de gastos desnecessários. As peças desenhadas correspondentes ao projecto de Tomadas e equipamentos estão presentes nos anexos N, O e P, correspondendo cada anexo a um piso do edifício. 3.4.1 - Cálculos das Potências a Alimentar Neste projecto seleccionaram-se cabos XZ1 (frt,zh) [9], pois são bastante indicados para locais públicos tais como hospitais ou hotéis. De salientar que a designação Z1 embora não 72 CASO DE ESTUDO apareça nos anexos atrás referidos das RTIEBT, foi adoptada na última revisão da norma NP665 em 2006, secção 3.1.2 do manual cabos eléctricos de baixa tensão. Os equipamentos de utilização com características e riscos idênticos foram agrupados em circuitos comuns. Para os cálculos das potências foram utilizados os seguintes critérios: - Características de funcionamento dos equipamentos, dos quais se salientam as potências e o regime de funcionamento; - Para todos os circuitos em que foi impossível a determinação com rigor dos receptores a instalar ou das suas características, utilizou-se uma previsão de potência. Neste caso optou-se por uma potência média de tomada de 100W/230V; - Adoptou-se um factor de potência médio das instalações de 0,85; - O coeficiente de simultaneidade escolhido foi de 0,7; - Dadas as características das instalações consideraram-se alimentadores que permitirão aumentos de potência no futuro sem necessidade de alteração da respectiva cablagem ou alterações no equipamento do quadro eléctrico. 3.4.2 – Solução adoptada em função do espaço/cálculo da potência Para os cálculos das potências e correntes máximas admissíveis adoptaram-se as seguintes expressões: [6] [7] [8] [9] [10] [11] [12] 73 CAPÍTULO 3 Sendo: P = Potência (W) U = Tensão nominal entre fases (trifásico) ou fase-neutro (monofásico) Cosφ = Factor de Potência IB = Corrente de Serviço (A) K = Constante igual a 1 para circuitos monofásicos e 1,73 (√3) para circuitos trifásicos In = Corrente Estipulada do aparelho Iz = Corrente máxima admissível I2 = Corrente convencional de funcionamento do aparelho S = Potência (KVA) L = Comprimento Simples do Circuito em Metros ρ= Resistividade do condutor (para almas de cobre ρ = 0,0225 Ohm * mm2/m; para almas de alumínio ρ = 0,036 Ohm * mm2 /m) s = Secção do condutor em mm2 [13] K2 = 1,45 para disjuntores modulares segundo EN60898 3.4.2.1 – Quarto Simples Na figura 36 é possível observar um segmento da peça desenhada referente ao quarto simples. Figura 36 – Peça Desenhada Tomadas – Quarto Simples 74 CASO DE ESTUDO Em todos os quartos simples existentes no lar adoptou-se a mesma estratégia, seguindo a legislação descrita anteriormente. Optou-se ainda por instalar uma tomada para televisão. Na casa de banho optou-se por instalar uma tomada com IP44, cumprindo todos os requisitos regulamentares, descritos anteriormente. De seguida, na Tabela 19, apresenta-se o dimensionamento da canalização do circuito de tomadas para os quartos. Tabela 19 - Dimensionamento Canalização Tomadas Quarto Simples Origem Circ. S(KVA) IB(A) QEQ 4 0,47 2,04 Disj(A) ref.ª/Met Cabo 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 F.C. 1 IZ(A) 33 1,45IZ(A) 47,85 I2(A) 23,2 L(m) 11,1 u(%) 0,15 3.2.2.2 – Quarto Duplo A figura 37 corresponde a um segmento da peça desenhada do anexo O, correspondendo à distribuição de tomadas no quarto duplo. Figura 37 – Peça Desenhada Tomadas – Quarto Duplo Para os quartos duplos, e uma vez que as áreas dos quartos são maiores, optou-se por acrescentar duas tomadas ao que é exigido pelo regulamento. Uma tomada para televisão e outra de reserva para ligar algum eventual equipamento. Na casa de banho existe uma tomada IP44 cumprindo todos os requisitos legais. De seguida, na Tabela 20, apresentam-se os valores para a potência e dimensionamento necessário para este circuito. 75 CAPÍTULO 3 Tabela 20 - Dimensionamento Canalização Tomadas Quarto Duplo Origem Circ. S(KVA) IB(A) QEQ 4 0,71 3,09 Disj(A) ref.ª/Met Cabo 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 F.C. 1 IZ(A) 33 1,45IZ(A) 47,85 I2(A) 23,2 L(m) 14,8 u(%) 0,30 3.2.2.3 – Cozinha As cozinhas são locais especiais, com condições muito específicas no que se refere a riscos eléctricos e à utilização de equipamentos. É muito frequente a instalação de inúmeros electrodomésticos dos mais variados tipos, e de difícil previsão no momento da concepção da instalação eléctrica, sendo também normal alterações após o início da utilização do espaço. É necessária, portanto uma solução flexível no dimensionamento destas instalações. Na figura 38 é possível visualizar um segmento da peça desenhada do Anexo P referente ao que foi projectado para a cozinha. Figura 38 – Peça Desenhada Tomadas e Equipamentos – Cozinha Neste espaço foram criados circuitos independentes para os principais equipamentos a instalar. As tomadas de uso geral foram agrupadas no mesmo circuito. Para calcular a potência nos circuitos independentes, escolheram-se equipamentos industriais com as características adequadas a uma cozinha de um lar. Na tabela seguinte é possível visualizar todos os dados necessários dos equipamentos para efectuar os respectivos cálculos. 76 CASO DE ESTUDO De qualquer forma é importante salientar que a escolha deste tipo de equipamentos não é da responsabilidade do projectista. Ao projectista apenas tem de ser dado os elementos essenciais para efectuar um correcto dimensionamento. Tabela 21 – Equipamentos Cozinha Descrição Tomadas Uso geral Máquina LavarCopos [10] Máquina Lavar Loiça [10] Máquina Insectos [10] Tomadas Despensa Dia Panela Sopa [10] Varinha [10] Arca Congeladora [10] Fritadeira [10] Hotte [11] Forno [12] Descascador Batatas [10] Microondas [10] Tomadas Uso Geral Marca/Modelo DIHR / Derby Zodiaco /GS50 700MO-Butterfly Cosmos TS6000 Robot Coupe Junex 320 CHV/TC Elettrobar MKC /900 Zanussi/FCF101ENS TR - 2/220 HM-1001 - Circuito 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Potência (Kw) 0,50 2,10 3,50 0,03 0,30 0,48 0,75 0,19 9,00 0,30 17,30 0,37 1,55 0,60 Tensão (V) 230 230 400 230 230 230 230 230 400 230 400 230 230 230 Na Tabela 22 é possível visualizar o dimensionamento de todos os circuitos de tomadas e equipamentos existentes no quadro eléctrico da cozinha. Tabela 22 – Dimensionamento Canalizações Tomadas e Equipamentos - Cozinha Origem QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC QEC Circ. S(KVA) IB(A) Disj(A) Ref.ª/Met Cabo 5 0,59 2,56 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 6 2,47 10,74 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 7 4,12 5,95 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U5G2,5 8 0,04 0,15 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 9 0,35 1,53 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 10 0,56 2,46 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 11 0,89 3,85 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 12 0,22 0,97 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 13 20,35 29,41 32 53/C XZ1(zh)(frt) ‐ U5G4 14 0,35 1,53 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 15 10,59 15,30 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U5G2,5 16 0,43 1,88 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 17 1,82 7,93 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 18 0,71 3,07 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 19 0,47 2,05 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 20 0,71 3,07 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 F.C. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 IZ(A) 33 33 30 33 33 33 33 33 40 33 30 33 33 33 33 33 1,45IZ(A) 47,85 47,85 43,5 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 58 47,85 43,5 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 I2(A) 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 46,4 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 L(m) 12,2 11,8 11,2 1,4 16,8 14,0 11,8 7,5 6,51 5,0 5,64 2,9 9,3 6,4 15,5 12,9 u(%) 0,21 0,84 0,22 0,00 0,17 0,23 0,30 0,05 0,40 0,05 0,29 0,04 0,49 0,13 0,21 0,26 77 CAPÍTULO 3 3.2.2.4 – Zonas Comuns As tomadas de todas as zonas comuns foram projectadas de acordo com o prescrito na legislação, sendo que em determinados espaços foram acrescentadas tomadas devido a possíveis necessidades do espaço. Nos espaços administrativos e no balcão de recepção foram projectadas tomadas no piso. Estas vão ficar inseridas em caixas de Pavimento. As tomadas instaladas no pavimento devem ter como código mínimo IP24 e IK07. Na tabela 23 apresentam-se os cálculos para Potência e dimensionamento do circuito. Tabela 23 – Dimensionamento Canalizações Zonas Comuns Origem QP‐1 QP‐1 QP‐1 QP‐1 QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QE QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 QP1 Circ. S(KVA) IB(A) Disj(A) Ref.ª/Met Cabo 16 0,82 3,58 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 17 0,94 4,09 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 18 0,94 4,09 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 19 0,82 3,58 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 9 0,02 0,09 10 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 30 0,94 4,09 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 31 0,82 3,58 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 32 0,71 3,07 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 33 0,94 4,09 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 34 0,59 2,56 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 35 0,47 2,05 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 36 0,59 2,56 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 37 0,47 2,05 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 38 0,82 3,58 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 39 0,71 3,07 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 40 0,94 4,09 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 41 0,24 1,04 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 42 0,59 2,57 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 10 0,82 3,58 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 11 2,35 10,23 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 12 2,71 11,76 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 13 2,71 11,76 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 14 0,71 3,07 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 15 0,94 4,09 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 16 0,82 3,58 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 20 0,24 1,02 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 21 0,58 2,53 16 53/C XZ1(zh)(frt)‐U3G2,5 F.C. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 IZ(A) 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 1,45IZ(A) 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 47,85 I2(A) 23,2 23,2 23,2 23,2 14,5 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 23,2 L(m) 12,0 24,9 55,9 19,8 1,0 14,8 14,3 38,5 26,3 31,0 47,9 5,5 19,5 18,7 19,7 61,2 2,4 1,0 58,0 47,2 41,8 41,0 47,5 54,1 38,9 27,2 53,9 O circuito 11 com origem no quadro eléctrico QP1, referente ao ferro de engomar foi dimensionado de acordo com um equipamento da marca Philips [13]. Os circuitos 12 e 13 com origem no quadro eléctrico QP1, foram dimensionados com base no equipamento CARISMA AWOE da Whirpool [14]. 78 u(%) 0,29 0,68 1,52 0,47 0,00 0,40 0,34 0,79 0,72 0,53 0,65 0,09 0,27 0,45 0,40 1,67 0,02 0,02 1,38 3,21 3,27 3,21 0,97 1,47 0,93 0,18 0,91 CASO DE ESTUDO O circuito 21, referente ao aquecimento e com origem no Quadro QP1, foi projectado usando um equipamento da marca SOLVIS [15]. 3.4.3 – Memória Descritiva - Cadernos e Encargos A memória descritiva contém algumas informações úteis para o instalador como por exemplo as regras a aplicar para a boa concepção da instalação. Também é fornecida informação extra sobre as características dos materiais a utilizar e, em alguns casos, especifica os materiais de interligação dos respectivos equipamentos. As marcas dos materiais, também estão presentes na memória descritiva, servem de referência ao mínimo de qualidade a aplicar. 3.4.3.1 – Tubagem Todas as tubagens deverão entrar nas caixas mesmo que não seja electricamente necessário. Não será permitido o emprego de tubos VD com diâmetro inferior a 20mm e de tubos ERFE com diâmetro inferior a 20 mm. As ligações entre os tubos VD serão efectuadas por uniões de material idêntico ao do tubo, sendo soldadas com cola apropriada. O raio de curvatura das tubagens não será inferior a seis vezes o seu diâmetro exterior. Serão deixadas guias de enfiamento em toda a tubagem instalada até ao enfiamento final dos respectivos condutores. Em casos de corte ou ligação de tubos será interdita a permanência de rebarbas que possam vir a romper o isolamento dos condutores. Os tubos a utilizar serão da marca Legrand ou equivalente. Todos os atravessamentos de pavimentos ou de paredes corta-fogo por alimentadores ou tubos serão devidamente selados por meio de aplicação de massa corta-fogo. 3.4.3.2 – Caixas As caixas de derivação livres de halogéneos a utilizar para tubagens de plásticos serão moldadas de uma só peça. Serão quadradas ou rectangulares e terão as dimensões mínimas interiores 80*80*40 mm, conforme o número de entradas a estabelecer. As caixas serão do tipo reforçado e terão paredes de espessura não inferiores a 3mm e serão providas de boquilhas do 79 CAPÍTULO 3 mesmo material. As caixas levarão tampas de plástico de 2mm de espessura, fixadas por intermédio de parafusos de latão. Para a aparelhagem de manobra embebida usar-se-ão caixas de 70mm de diâmetro e terão a profundidade de 40 ou 80 mm conforme se trate de caixas de terminal ou de passagem. As caixas de pavimento serão para seis equipamentos, assegurando IP24 e IK07 e serão equipadas com as necessárias caixas de adaptação, bem como os necessários espelhos, em função dos equipamentos instalados. As caixas de pavimento serão da marca OBBO BETTERMAN ou equivalente. Salienta-se que as caixas de aparelhagem ou saída de cabos para instalação embebida em paredes ou lajes de betão deverão ser instaladas antes da betonagem, não sendo permitida a posterior abertura de ranhuras ou roços para o efeito. 3.4.3.3 – Tomadas As tomadas de corrente serão montadas a 0,3m do pavimento, quando não especificado nas peças desenhadas, ou indicação em contrário por parte da fiscalização da obra. As tomadas de corrente para encastrar, serão providas de terminal de terra, fornecidas com a respectiva ficha do tipo shucko e alvéolos protegidos e terão a intensidade nominal de 16A. Serão da marca Legrand série Mosaic, ou equivalente. Sempre que se tiver de agrupar várias tomadas, deverão ser instalados espelhos apropriados: duplos, triplos ou quádruplos, de acordo com os casos. As tomadas a instalar nas casas de banho serão da mesma série da restante aparelhagem possuindo um quadro (ref. 78880) para fazer IP44 ou equivalente. Todas as tomadas presentes nas peças desenhadas com tampa, serão de encastrar da série PLEXO TM ou equivalente, possuindo IP55. 3.4.4 - Mapa de Quantidades O mapa de quantidades das tomadas e equipamentos está presente na Tabela 24. Esta tabela revela todo o material necessário para a correcta concepção da instalação desta especialidade. As quantidades indicadas foram medidas pelas peças desenhadas (em anexo), mas é possível no decurso da obra e em função da escolha dos trajectos para tubos e cabos que as quantidades sejam insuficientes, nesse caso, é necessário por parte do instalador a justificação dos novos trajectos para que sejam aprovadas as novas quantidades. 80 CASO DE ESTUDO Tabela 24 – Mapa de Quantidades Tomadas e Equipamentos Artº Nº 1 Un Quant. Montagem embebida - ICTL-3421 Ø20 - IRL-3321 Ø20 - ICTL-3421 Ø25 Cabos m. m. m. 1613 16,74 28 m. m. m. 1629,7 20 8 1.3 - Enfiados em tubos - XZ1 (frt)(zh) – U3G2,5 - XZ1 (frt)(zh) – U5G2,5 - XZ1 (frt)(zh) – U5G4 Caixas 1.3.1 Em montagem embebida un. un. un. 37 140 87 un. 4 un. un. un. un. 169 17 38 1 un. 11 1.1 1.1.1 1.2 1.2.1 Designação INSTALAÇÃO DE TOMADAS DE USO GERAIS Fornecimento e montagem de: Tubos - Caixa de derivação com bucins e placa de bornes - Caixa de aparelhagem funda - Caixa de aparelhagem simples 1.3.2 1.4 1.4.1 Caixa pavimento 6 módulos Aparelhagem de acordo com Peças Desenhadas Em montagem embebida, na cor de acordo com local de instalação - Tomada tipo schuko, 250V/16 A, com alvéolos protegidos - Tomada tipo schuko, 250V/16 A, com alvéolos protegidos IP44 - Tomada tipo schuko, 250V/16 A, com alvéolos protegidos IP55 - Tomada trifásica 3P+N+T 1.4.2 Em montagem em caixa de pavimento, incluindo respectivos acessórios de fixação: - Tomada tipo schuko, 250V/16 A com alvéolos protegidos 3.5 SINALIZAÇÃO Esta secção divide-se em dois sistemas a instalar: o sistema de sinalização e chamada e vídeo-porteiro. O primeiro vai ser instalado em todas as dependências a que a legislação obriga enquanto a segunda vai ser instalado na entrada principal e na entrada de serviço. 81 CAPÍTULO 3 3.5.1 – Sistema de Chamada Será instalado um sistema de chamada de emergência que consistirá no accionamento do alarme acústico. Este alarme estará disponível a partir da cabeceira de todas as camas dos quartos, casas de banho dos quartos e salas de estar e de actividades. O mesmo sistema será instalado nas casas de banho de deficientes e divisões destinadas a banho assistido. O sistema é constituído por botões de pressão com cordão, por botões de pressão normais, sirenes, e ainda por display. Foram previstas duas sirenes no piso -1 e 0. No que diz respeito aos displays foram previstos: um na zona de circulação do piso -1, um no gabinete médico e outro junto à entrada principal na zona da recepção. A informação contida no display do piso -1 apenas é referente a esse piso, enquanto os displays do piso 0 contêm a informação deste piso e ainda repetem a informação do piso -1. O accionamento do sistema é efectuado através do botão de pressão com cordão que permite accionar o display e a sirene existentes. O sistema apenas será desactivado no interior do compartimento onde foi activada a chamada usando-se para isso o botão de pressão normal presente em cada local. A colocação de duas sirenes por piso deve-se ao facto de a arquitectura do edifício criar de forma natural duas áreas distintas. Assim aquando da programação do sistema o instalador deve configurar o sistema de modo a que os botões existentes em cada ala do edifício permitam accionar apenas a sirene mais próxima, exceptuando a sirene colocada na recepção uma vez que esta deve tocar no accionamento de qualquer botão existente no edifício. Nas casas de banho de deficientes foi projectada a colocação de um cordão a um metro do pavimento e ligado ao botão de pressão com cordão em todo o perímetro da casa de banho. Assim em caso de queda é possível ao utente accionar, em qualquer parte da casa de banho, o sistema de chamada. É possível visualizar toda a rede de cabos e sua distribuição no anexo Q. O projecto referente a este sistema está presente nas peças desenhadas dos anexos R e S referentes ao piso-1 e 0 respectivamente. 3.5.1.2 – Sistema Tebis da Hager O sistema Tebis permite construir um sistema de sinalização de uma forma simples e eficaz. 82 CASO DE ESTUDO O sistema Tebis utiliza um barramento baseado em abordagem de controlo, que oferece benefícios diversos: aumento da flexibilidade, funcionalidade, impermeabilização futura e segurança. O sistema Tebis difere de uma instalação convencional instalação já que existem dois circuitos distintos; um para energia e um para controle. Todos controles para essas cargas são conectados ao circuito bus, que funciona com 30V corrente contínua. 3.5.2 – Sistema Porteiro No presente projecto e segundo as regras respeitantes a lares de idosos, foi projectado um sistema de vídeo-porteiro. Foi prevista a colocação de um monitor de visualização na zona da recepção uma vez que esta área é aquela que assegura a permanência de funcionários por mais tempo, e também porque será nesta zona que estará o respectivo vigilante. Foram projectadas duas botoneiras de chamada: uma no piso 0, entrada principal do edifício e outra no piso 1, na entrada de serviço para os funcionários do lar, sendo que as portas das duas entradas possuem um trinco eléctrico. As peças desenhadas correspondentes ao projecto do vídeo porteiro encontram-se presentes nos anexos T e U. 3.5.3 – Memória Descritiva - Sistema de chamada de Emergência O sistema de chamada de emergência será o modelo Tebis TX da Hager [16]. Será da responsabilidade do instalador a colocação em funcionamento do respectivo sistema. As sirenes previstas neste projecto serão sirenes de baixo nível acústico, isto é, com nível de som regulável, sendo estas da marca Legrand, ref. 415 43 ou de uma marca não inferior em termos de características e qualidade. 3.5.4 - Mapa de quantidades Na Tabela 25 está presente o mapa de quantidades relativas ao sistema de sinalização e chamada e vídeo-porteiro. Neste mapa pode-se observar todo o material imprescindível à concepção do sistema incluindo o equipamento para concepção de display. As metragens de 83 CAPÍTULO 3 tubos e cabos eléctricos são apresentadas em função dos circuitos nas peças desenhadas em anexo. Tabela 25 – Mapa de Quantidades Sinalização e Chamada Artº Nº 1 1.1 1.1.1 Designação 1.2.1 1.3.1 1.4 m 915 m 915 un un 84 29 Cabos - Enfiados em tubos Y(ST)Y 2*2*0.8mm 1.3 Quant. Montagem embebida - VDØ20 1.2 Un SISTEMA DE CHAMADA Fornecimento e montagem de: Tubos Caixas Em montagem embebida Caixa Funda Caixa 80*80*40 Fornecimento e montagem do Seguinte Equipamento 1.4.1 Botão de pressão com Cordão de Chamada un 51 1.4.2 Botão de pressão para Resete un 29 1.4.3 Cordão no WC dos deficientes mt 30.3 1.4.4 Sirene Acústica Baixo Nível e Regulável un 4 1.4.5 Tebis TX302 Hager un 29 1.4.6 Display de Visualização de 4 mod de 4 Entradas + 4 saídas LED c\ TG308 un 1 1.4.7 Display de Visualização de 8 mod de 4 Entradas + 4 saídas LED C\ TG308 un 2 mt 96 mt mt 15 81 2 2.1 2.1.1 SISTEMA DE VIDEO PORTEIRO Fornecimento e montagem de: Tubos Montagem embebida - VDØ20 2.2 2.2.1 Cabos - Enfiados em tubos - XZ1(frd)(zh)-U3G2,5 - Cabo vídeo VCM\4 84 CASO DE ESTUDO 2.3 2.3.1 2.4 2.4.1 Caixas Em montagem embebida Caixa Funda Caixa 80*80*40 un un 3 3 un 1 Fornecimento e montagem do Seguinte Equipamento Vídeo –porteiro ELVOX [17] 3.6 REDE DE TERRAS A rede de Terras assume uma grande importância nas instalações eléctricas, pois um sistema de terras eficaz aumenta a fiabilidade dos equipamentos e permite a protecção de pessoas no que diz respeito às correntes de fuga. Neste contexto é necessário projectar redes de terra de qualidade e que dêem garantias de durabilidade a médio longo prazo. Utilizando a expressão 3 chega-se à conclusão que num edifício comum a resistência de terra necessária seria de: Mas uma vez que o presente estudo é um lar de idosos, é necessário analisar o despacho normativo 12/98, aplicável a lares de idosos. Neste caso analisando o ponto 4 da ficha 12 verificamos que o valor de resistência de terra máximo aplicável é de 10Ω, obrigando também a utilizar o sistema de ligação TT. Para construir o sistema de terras decidiu-se usar o eléctrodo de terra em forma de anel. A figura 39 exemplifica a forma de construir um eléctrodo em anel. Figura 39 – Exemplo de uma ligação às fundações do edifício 85 CAPÍTULO 3 Para construir o anel de terras foi utilizada fita de aço galvanizado de 30*3,5mm de secção ao nível das fundações, piso -1, também numa parte do piso 0 uma vez que uma parte do piso 0 não está totalmente assente no piso inferior. Por último, a fita foi utilizada em todo o perímetro do piso 1. Decidiu-se também usar fio de aço de 8 mm para interligar as fitas existentes entre o nível inferior e o nível superior, sendo que o fio de aço segue uma trajectória vertical. Os elementos condutores da construção e as armaduras do betão armado foram ligados ao conjunto do anel de terras em alguns pontos. A ligação da fita de terra ao ferro do betão nas fundações contribui para uma melhoria significativa da resistência de terra e realiza uma boa equipotencialidade entre a estrutura e o pavimento do edifício. Na Figura 40 é possível observar um segmento da estrutura do piso -1. Como é possível visualizar a fita de terra percorre o perímetro do edifício. As setas representam a subida do fio de aço na vertical. As peças desenhadas completas referentes à rede de terras estão presentes nos anexos V, W e X, correspondendo cada anexo a um piso do edifício. Figura 40 – Segmento Peça Desenhada da Malha de Terra 3.6.1 – Memória Descritiva – Terra de Protecção A Terra de Protecção não deverá ter um valor superior a 10 Ω e deverá observar-se na sua execução toda a legislação aplicável. O circuito de terra será garantido a partir do quadro geral, conforme se especifica nas peças desenhadas. 86 CASO DE ESTUDO Será montado um condutor de terra com origem no respectivo quadro geral que percorrerá toda a instalação até aos diversos pontos da mesma. Deverá ter-se em consideração que na ligação entre elementos metálicos diferentes se utilizarão bornes de união bimetálicos. No caso de ser necessário utilizar eléctrodos de terra para garantir o valor de terra de 10Ω, estes deverão ser em vareta de aço revestido a cobre com o comprimento de 2 metros, de diâmetro exterior de 15 mm sendo a espessura do revestimento de cobre de 0,7 mm. Na sua execução é necessário garantir que a parte superior dos eléctrodos deverá ficar instalada 0,8 metros abaixo da superfície do solo O material a utilizar será da marca Obbo Bettermann [18] e serão usados os acessórios adequados ao material a utilizar, conforme se especifica no mapa de quantidades e peças desenhadas. 3.6.2 – Mapa de Quantidades O mapa de quantidades presente na tabela 26 refere-se ao sistema de terras. A tabela inclui todo o material necessário para a correcta execução deste sistema. Tabela 26 – Mapa de Quantidades Rede Terras Artº Nº 1 1.1 1.1.1 1.2 1.2.1 Designação Rede Terras Fornecimento e montagem de: Un Quant. Fita de aço galvanizado 30*3,5mm mt 496 Fio de Ferro galvanizado de 8 mm mt 301 Caixas de Medição de Terra com ligador amovível un 1 VV 35 mm2 mt 32 Condutores e Cabos Embebidos nas fundações ou pilares, com todos os acessórios de espaçamento, derivação e união conforme caderno de encargos Execução Terra Ligação à terra de protecção 87 CAPÍTULO 3 88 4. CONCLUSÕES E TRABALHO FUTURO A realização desta dissertação permitiu perceber que existem diferentes abordagens relativamente à execução de projectos electrotécnicos. A concretização deste projecto revelou-se uma tarefa complexa e difícil uma vez que foi necessário atender a diversos aspectos em simultâneo. Antes de mais foi necessário analisar toda a legislação vigente, seguindo-se da análise específica sobre Lares de Idosos. Também houve a necessidade de aprofundar conhecimentos relativamente aos materiais existentes no mercado com o objectivo de conseguir estabelecer a melhor relação possível entre a qualidade e o preço. Dado que a iluminação representa uma fatia considerável do custo final de uma instalação eléctrica decidiu-se optar, sempre que possível, por marcas portuguesas, até porque estas evidenciam uma boa relação qualidade/preço. Atendendo ao facto de a legislação ser muito rigorosa no que respeita a este tipo de edifícios, a sua análise revelou-se muito produtiva em termos de aprendizagem relativa a vários aspectos como a segurança da instalação eléctrica. A elaboração no Autocad das peças desenhadas e no Dialux da simulação da distribuição de iluminação exigiram um aprofundamento do conhecimento e manuseamento destes programas, no entanto revelaram-se fundamentais para quem pretende concretizar futuros projectos. De facto, aprender a projectar e manter em bom funcionamento instalações eléctricas consubstanciou-se numa mais-valia para entrar neste mercado de trabalho. Os objectivos propostos para a realização deste trabalho foram cumpridos na totalidade. As instalações previstas foram projectadas, os mapas de quantidades elaborados e usou-se o autocad como ferramenta para as peças desenhadas. Como trabalho futuro, é possível desenvolver este trabalho para outro tipo de instalações. A nível de telecomunicações é possível dar seguimento elaborando o projecto de ITED. No que diz respeito à segurança é possível elaborar o projecto contra incêndios ou projecto de intrusão. 89 90 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] “Instalações Eléctricas e Telecomunicações” Livraria Almedina Colecção Construir N.º5 [2] http://www.policabos.pt/fotos/editor2/IP_CLASSES_PROTECCAO.pdf. - Policabos. [Consult.10/11/2009]. [3]http://www.prof2000.pt/users/lpa/%C3%8Dndice%20de%20protec%C3%A7%C3%A3o.pdf. – Programa Prof2000. [Consult.10/11/2009]. [4] “RTIEBT” – Regras técnicas das instalações eléctricas de Baixa Tensão” decreto de Lei n.º226/2005 de 28 de Dezembro, publicado a 11 de Setembro de 2006 [5] Despacho Normativo nº 12/98 de 25 de Fevereiro de 1998 [6] Pinto, Vilela L.M., (Porto, 2003):“ Técnicas e Tecnologias em Instalações Eléctricas” Certiel: 2.ª Edição [7] http://www.schindler.pt/por.5400.pt_l.pdf - Schindler Portugal. [Consult.27/01/10]. [8]http://www.ceag.de/en/Safety_Lighting/Products/Objects/10349189219814745/1/22011_2202 1_en.pdf - CEAG. - [Consult.27-01-2010] [9] www.cabelte.pt – Grupo Cabelte [Consult.3/11/2009]. [10] www.fribarco.com – Fribarco - Equipamentos Hoteleiros [Consult.26/10/2009]. [11] http://www.climaportugal.pt/dnls/hotte_micro.pdf - Clima Portugal -Climatização e Ambiente. [Consult.5/11/2009]. [12] http://www.utilmaquina.com/data/db_pdf/503_pdf - Utilmáquina - Equipamentos Hoteleiros. [Consult.5 /11/2009]. [13] http://www.consumer.philips.com/c/ferros-de-engomar/gc8220_02/prd/pt/ - Philips Sistemas de vapor pressurizado. [Consult.5/11/2009]. [14] http://www.whirlpool.pt/app.cnt/whr/pt_PT/pageid/pgproddtl001/catid/3/subcatid/11/prodid/33092 Equipamentos Cozinha e Lavandaria. [Consult.5/11/2009]. 91 [15] http://www.rulis-electrica.com/fileadmin/user_upload/content/downloads/pdf_pt/P12PT.pdf - Rulis Eléctrica, Lda. - Energia Solar, caldeiras de condensação, gestor energético. [Consult.7/11/2009]. [16] http://download.hager.com/Hager.ie/files_download/hager/Upload_2008/Tebis%20TX.pdf [Consult. 25-01-2010]. [17] http://www.elvox.com/prodotti/catalogo.aspx?fam=18&serie=0&tecno=0&tipo= - Elvox – Videocitofonia, Tvcc, Automazioni, Telefonia. [Consult.26/01/2010] [18] http://www.obo-bettermann.com/downloads/pt/kataloge/tbs_erd_pt.pdf - Obbo Bettermann - Conducting electricity. Routing data. Controlling energy. [Consult.15/12/2009]. 92 ANEXOS Os anexos foram impressos em A3 para melhorar acomodação no trabalho, embora tenham sido desenhados à escala real. 93