PORQUE DEVEMOS ESCUTAR
* (Fátima Mônaco).
Terapeuta Sistêmica (família, casal e individual) - ARTEF – 193
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Por mais que queiramos aquietar nossas mentes estamos sempre tagarelando, mesmo em
silêncio. Está cada vez mais difícil utilizar-se da “escuta verdadeira” para se ter uma boa
compreensão e comunicação com nossos semelhantes.
Obviamente que só amamos e conhecemos verdadeiramente a quem ouvimos e para colocar
em prática “a arte de ouvir” é preciso muita dedicação, interesse e disponibilidade.
Como então devemos escutar aqueles que estão mais próximos de nós, como os nossos filhos e
amigos mais próximos, marido e mulher e até aqueles que ainda não conhecemos? Logicamente
que não existem fórmulas preparadas para este fim, mas devemos levar em conta que ouvir é se
colocar em silêncio com outra(s) pessoa(s), sem julgamentos e sem conselhos. Simplesmente
ouvir com paciência, numa escuta ativa, receptiva, sensível e aberta. Permanecer tranqüilo,
concentrado no que se escuta, nas experiências do outro, estando totalmente presente com o
outro.
Acredito que o fator tempo seja inimigo de uma boa escuta, daí a necessidade da
disponibilidade para que a escuta seja feita com a atenção necessária.
Muitas das vezes nossos filhos querem um pouco de atenção (escuta) e estamos distraídos o
bastante para não levarmos a sério “aquele sonho que ele teve” ou “seus anseios diários” e não
conseguimos estar atentos às suas necessidades, suas alegrias, tristezas e dúvidas. Seremos pais
se nos esforçamos para sermos casal e ou cuidadores responsáveis e somente através do nosso
testemunho é que eles entenderão que além de provedores e cumpridores de nossos deveres
também transmitimos o amor. Na realidade sabemos que não são poucos os casais e famílias
carentes de uma escuta e necessitando de uma atenção e diálogo.
Para ouvir nossos filhos vale à pena prestar atenção em nossa escuta com os nossos
companheiros porque tudo é um reflexo de como estamos na vida e fazer da escuta um estilo
de vida, um hábito e até uma necessidade vital.
Para ouvir precisamos nos conhecer, termos paz interior, tranqüilidade, disponibilidade e o mais
importante: querer ouvir; ter o desejo de escutar, acolhendo o que é dito e o não dito, pois,
desta forma penetramos no íntimo dos nossos filhos e das pessoas que ouvimos. Só assim
participamos de suas vidas de uma forma criativa e poderosa.
Quando ouvimos criativamente não ficamos simplesmente em posição de escuta, mas
refletimos com o outro, ampliamos o entendimento, pedimos detalhes do que ouvimos, sempre
com o objetivo de ajudá-lo. Deste modo estamos conhecendo o outro e podemos cuidar dele.
Um requisito indispensável para uma boa escuta é o senso de reverência e de respeito para não
se repetir a outros aquilo que foi escutado. De outro modo como teremos confiança uns nos
outros?
Por fim, “como disse Dom Cipriano em seu artigo “Aprender a escutar” (Revista Jesus vive e é o
Senhor Ano XXIX, no 340“ A escuta nunca é superficial,artificial ou estática. Ela é quente, tem
calor humano, é interessada, é participante. Procura conhecer para cuidar do outro. “É amor em
ação”.
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Terapeuta Sistêmica (família, casal e individual) - ARTEF – 193
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