Aumentando a Eficiência do Uso
Final de Energia no Brasil:
Os desafios e as perspectivas dos
próximos 20 anos
Gilberto De Martino Jannuzzi
UNICAMP
Tópicos
Introdução
O papel da eficicência energética
O mercado de energia
As iniciativas
Usos Finais
O potencial de eficiência
Reformas Setoriais
Estratégias para o futuro
Estratégias para Políticas
Públicas- Objetivos
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Objetivo geral: investimentos em EE
devem auxiliar o desenvolvimento
sócio-econômico e ambiental do país
aumentar a confiabilidade do sistema
elétrico
reduzir necessidade de investimentos em
nova capacidade para G,T&D
reduzir impactos ambientais (locais e
globais) da expansão da produção
garantir a universalização do serviço e
minimizar custos ao consumidor
Introdução
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Os ensinamentos da recente crise
Evidências do potencial de controle
da demanda de energia
Aumento de informação & alteração
de hábitos de comportamento e
compra de equipamentos
Evidências sobre a importância do
planejamento de mercado de
energia elétrica (?)
O mercado de eletricidade
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Até 70s: Consolidação do mercado
70-90: crise financeira e energética
programas de substituição de petróleo por
eletricidade
criação do PROCEL e CONPET
1990: projeto de Lei: índices mínimos e
remuneração de investimentos em
conservação.
Reformas estruturais: privatização,
mercado competitivo de eletricidade
Resultados gerais do PROCEL
Introdução
1986-93 1986-97
Investimentos aprovados (R$ milhões)
24,0
235,5
GWh/ano economizados
930
4.885
Potencial
MW evitados
149
1.522
Reformas
setoriais
Capacidade instalada equiv. MW
220
1.113
Investimento evitado (R$ bilhões)
O,44
2,27
Usos
finais
Estratégias
Melhoria de eficiência:
geladeiras
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Programas: iluminação
Introdução
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
PROCEL
(%)
Vendas
1998 (106)
Estoque em
1998 (106)
SAP (Prog.
PROCEL)
0.2
0.3
85
4,500
115
100
SAP
1.0
3.0
150
4,500
1,755
10
LCFs
8.0
18.0
45
2,500
1,395
35
F. circulares
2.9
6.6
60
1,500
222
25
T8 lamp.
2.8
7.8
10
3,000
207
10
Reatores
eletronicos
4.0
11.4
28
3,000
596
10
Refletores
especulares
0.4
1.3
52
3,000
140
10
TOTAL
19.3
48.4
—
—
6,145
—
Product
Usos
finais
Uso médio
(h/ano)
Total
conservado
1998
(GWh/ano)
Média
economias
(watts)
Estimativas do Potencial de
EE: Brasil Plano 2015
Introdução
500
450
Usos
finais
400
IV
Potencial de Eletricidade
Conservada
350
I
300
Potencial
250
Reformas
setoriais
150
Estratégias
1990=100
200
Potencial de Eletricidade
Conservada
100
50
1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015
Fonte: Eletrobrás (1994)
Melhorias no uso final
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Usos finais: exemplo
Introdução
400
Other
Clothes Washer
Freezer
Potencial
kWh per Month per Household
Usos
finais
TV
300
Lighting
Shower
Refrigerator
200
1 Minimum Wage
Unit = US$54 (1986)
100
Reformas
setoriais
0
<2
2-5
5-10
Minimum Wage Units
Estratégias
10-20
>20
Estimativa: potencial setor
residencial (2020)
Introdução
Usos
finais
Energia Conservada por Uso Final do Setor Residencial Brasileiro em 2020 (GWh) - Cenário Técnico
Aquecim ento de Água
33%
Ilum inação
36%
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Condicionam ento de ar
4%
Fonte: COPPE (1999)
Refrigeração
27%
As reformas do setor
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
1998: Declínio de atividades do
PROCEL
A partir de 1998: Resoluções da
ANEEL obrigando investimentosdas
empresas de eletricidade:
Eficiência no Uso Final
Eficiência na Oferta
Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento
Lógica inicial dos reguladores
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Abandono de ações Diretas do S.
Público: Programas implementados
por agentes do setor público
ELETROBRÁS/PROCEL
Substituição por Ações Indiretas:
Programas implementados por
companhias de eletricidade através de
regulação compulsória e pelo mercado
Potencial de Eficiência Energética
+
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
+Estratégias
Principal agente: setor público.
Ações: Transformação de mercado,
Normas técnicas, P&D de interesse
público
Recursos
Públicos
Investimentos do consumidor
Mercado Privado, ESCOs, ONGs,
empresas de equipamentos.
Concessionárias de Energia
Ações de interesse próprio da empresa:
- redução de custo
- aumento de competitividade
- DSM, tarifas
Recursos
“regulados”
e recursos
privados
Modificação da Regulação e
criação do CT-ENERG
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Criado pela lei 9.991/00 e
Regulamentado pelo decreto 3.867
(Julho/2001)
Fonte de recursos para P&D e
Eficiência Energética no Uso Final
(Interesse Público),25% do
faturamento líquido das empresas do
setor elétrico
Comitê Gestor - MME, ANEEL, MCT,
FINEP, CNPq, Comunidade Acadêmica,
Setor Produtivo
Investimentos “regulados” em
EE - oferta
Introdução
Distribuição dos investimentos das distribuidoras em eficiência energética pelo lado da oferta
110%
Usos
finais
100%
Treinamento
90%
80%
Outros
70%
Potencial
Próprias Instalações
60%
50%
Melhoria do Fator de
Carga
40%
Reformas
setoriais
30%
Redução de Perdas
20%
10%
0%
1998
Estratégias
1999
Investimentos “regulados” –
uso final (1998-2000)
Introdução
Distribuição dos investimentos das distribuidoras em eficiência energética pelo lado da demanda
110%
Outros
100%
Usos
finais
Potencial
90%
70%
Prédios
Públicos
60%
Residencial
80%
50%
Marketing
40%
30%
Reformas
setoriais
Estratégias
Industrial
20%
10%
0%
1998
1999
2000
Iluminação
Pública
Investimentos “regulados” em
Eficiência Energética
Introdução
R$ 196 milhões
R$ 222 milhões
100%
Usos
finais
R$ 154 milhões
80%
60%
68%
60%
oferta
uso-final
Potencial
Reformas
setoriais
82%
40%
40%
20%
32%
0%
1998
Estratégias
1999
2000
Existem várias maneiras de se
implementar Eficiência Energética
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
EE no uso final depende:
Qualidade da tecnologia (equipamentos,
edifícios, processos)
Qualidade da energia
Qualidade do consumidor
Medidas regulatórias e legislativas
Ações de mercado: preços de energia,
tarifas especiais
Incentivos financeiros
Informação
O papel de normas e padrões
técnicos
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Em 127V
Refrigerador Pmédia=170W (Eletros, 1998)
Uso Diário = 9 horas (médio)
Consumo Diário por aparelho = 1,53kWh
Em 120V
Consumo 2,8% superior
Consumo Diário = 1,58kWh
Em 115V
Consumo 6,16% superior
Consumo Diário = 1,62kWh
O que já temos: necessário
mas NÃO suficiente
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Temos assegurado Recursos públicos
estáveis e recursos “regulados” para
promoção de eficiência energética nos
usos finais.
Iniciamos Regulação e legislação para
avançar o padrão tecnológico de
equipamentos e qualidade de energia
O que falta
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Planejamento Energético
(Planejamento Integrado de Recursos)
Avaliaçao do potencial de eficiência
energética e custos (dados de mercado)
Política Pública para Eficiência Energética:
coordenação entre agentes (MME, MCT,
ANEEL, Empresas e consumidores)
AVALIAÇÃO e MONITORAMENTO DOS
INVESTIMENTOS das concessionárias
(o mesmo vale para o CTENERG)
Para os próximos 20 anos
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Temos uma boa base para
explorar
Recursos estáveis (Lei 9991)
Sociedade sensibilizada
Lei de Eficiência Energética
É necessário: Política Pública para
Eficiência Energética
Maiores Informações
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
CTENERG:
www.mct.gov.br
www.cgee.org.br
www.fem.unicamp.br/~jannuzzi
FIM
Financiamento do PROCEL:
1994-98 uso da RGR
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Ano
1994
1995
1996
1997
1998
TOTAL
No. projetos
4
13
21
45
89
172
R$ mil
6.791
21.374
42.150
79.603
141.867
291.785
A Exploração do Potencial
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Limite
considerado
satisfatório/econ
o-micamente
viável para a
sociedade
Objetivo de políticas
públicas: maximizar
ações com uso mínimo
de recursos $
sociedade
Ações que
requerem
financiamento
público “Falhas
de Mercado”
Políticas públicas
podem estimular
maiores
investimentos
privados em EE
(Remoção de
barreiras de mercado)
concessionárias
Investimentos com
recursos regulados
(públicos)
Ações
determinadas
pelo mercado
competitivo e
financiados
pelas próprias
companhias
Investimentos do PROCEL
Introdução
160
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
U
S 140
$ 120
m
i
l
h
õ
e
s
100
Aprovado
Gasto
80
60
40
20
0
Estratégias
86-93
1994
1995
1996
1997
1998
Situação na Grande São Paulo
Introdução
Usos
finais
Potencial
Reformas
setoriais
Estratégias
Área em 115V:
 3.412.000 refrigeradores (83,63% da
grande SP) (fonte: CSPE, 2000)
Consumo anual = 2017,52GWh
Se todos consumidores estivessem em
127V = 1905,43GWh
Portanto, nessa região, há um
desperdício anual de 112,09GWh
(consumo anual de 40 mil
residências).
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