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BOLETIM SEMANAL Nº 304 | 20.02.2013
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O modelo fácil da Hering ficou difícil
A indústria têxtil catarinense Hering é a empresa mais copiada do
Brasil. Fundada por imigrantes alemães em 1880, a companhia
passou mais de um século dedicada a fabricar calças e camisetas
básicas e vendê-las para milhares de pequenos lojistas em todo o
país. Até que, em 1996, quando estava à beira da falência, começou
a abrir lojas próprias. E não parou mais. Dezesseis anos depois, a
empresa é um sucesso indiscutível. Nos últimos cinco anos, suas
ações valorizaram 991%. No mesmo período, as vendas quadruplicaram e fecharam 2012 em estimado R$ 1,8 bilhão.
Essa transição da quase falência ao crescimento exponencial
deixou outros empresários brasileiros mortos de inveja e com uma
possível solução à mão para seus negócios. Dezenas de fabricantes
dos mais diversos setores lançaram redes de lojas próprias e
passaram a investir pesado em marketing e em inovação. Mas
justamente quando é tão copiado, o modelo começou a ratear.
O último clone da Hering a se manifestar foi a Malwee, cuja sede
fica em Jaraguá do Sul, também em Santa Catarina. Em 2012, a
empresa faturou estimado R$ 1,2 bilhão. Nenhuma outra fabricante
de roupas chega a tantos pontos de venda no país: são 25.000
lojinhas em 5.000 cidades. A Hering, que ainda vende metade da
produção em lojas multimarcas, tem 17.000.
Felizmente para empresas como a Malwee, a história da Hering
também aponta as maiores armadilhas a evitar. Grupos industriais
que partem para o varejo são obrigados a fazê-lo com cautela,
justamente para não irritar os comerciantes. A Hering levou dez anos
até acertar o modelo. Abre lojas em cidades grandes e médias. Nas
pequenas, em que as redes de rua são importantes, nem pensar.
O que faz tanta gente arriscar para seguir os passos da Hering é a
constatação de um fenômeno social. Com mais dinheiro no bolso, o
consumidor brasileiro já não se contenta em comprar produtos
básicos nas lojinhas de bairro. Uma fatia crescente da população
passou a frequentar shoppings e a comprar produtos de marca.
A participação das lojas de bairro nas vendas de roupas caiu de
44% para 37% desde 2007. Como era de esperar, as empresas que
vendiam por
esse canal
tiveram de
encon trar uma
solução, investir
em mar cas e
redes próprias.
Ne ss e ce nário, a Hering
lev ou ext rem a
vantagem pelo
pioneirismo. Por
ter entrado nos
shoppings e nos
melh ores pontos comer ciais
uma década antes dos concorrentes, aproveitou o melhor dos
mundos, custos baixos, concorrência inexistente e consumidores
ávidos por novidades. Embora continue a servir de inspiração para
diversas empresas, a Hering está às voltas com os primeiros sinais de
esgotamento de seu modelo. No dia 9 de janeiro, a empresa comunicou ao mercado que suas vendas no terceiro trimestre de 2012
ficaram abaixo do previsto. Embora a receita tivesse crescido quase
11% na comparação com o mesmo período do ano anterior, as
vendas nas lojas abertas há pelo menos 12 meses recuaram 0,2%. É
pouco. Mas é o primeiro passo em falso de uma empresa acostumada
a dar boas notícias aos acionistas.
A margem operacional, que fechou em 29,1% em 2011, caiu para
26,6% nos primeiros nove meses de 2012, o último dado disponível.
Analistas e consultores ouvidos por Exame são unânimes em afirmar
que, embora ainda viva um ótimo momento, por ironia, a Hering terá
de encontrar um novo modelo.
Fonte: Portal Exame.com
AGRESTETEX 2013 em Caruaru
Blog do Procon ajuda a decifrar
símbolos têxteis das etiquetas
A FCEM promove a AGRESTETEX 2013 - Mostra de
Máquinas, Serviços e Tecnologia para a Indústria Têxtil, de 5 a 8
de março de 2013, e promete apresentar o que há de melhor e
mais moderno para a indústria têxtil reunindo, em um só lugar,
informação e tecnologia que atendem às necessidades e expectativas do setor.
O evento, que acontece em parceria com a Associação
Comercial e Industrial de Caruaru - ACIC Caruaru - visa promover
o aprimoramento dos profissionais, reunindo em um só lugar
informação e tecnologia que atenderá as necessidades e expectativas do setor, para atender seu público alvo como empresários,
profissionais, técnicos, representantes e estudantes do segmento
têxtil.
O Café Tecnológico, da empresa Audaces, será um dos
diferenciais do evento. Na ocasião, a empresa apresenta os
softwares Audaces Vestuário e Audaces Idea, além do digitalizador de moldes Audaces Digiflash XT e palestras e demonstrações
de produtos para a área têxtil.
Informações: www.agrestetex.com.br .
Fonte: Audaces
O blog do Procon publicou material para ajudar a decifrar
os símbolos têxteis das etiquetas. A primeira coisa que
muitas pessoas fazem quando compram uma roupa nova é
cortar as etiquetas, especialmente porque os símbolos
contidos nelas são poucos conhecidos. Mas fazendo isso,
elas estão deixando de aprender a forma correta de lavar,
passar e secar as roupas.
As orientações são úteis para a durabilidade das peças. A
etiqueta que acompanha o produto têxtil deve ser afixada de
maneira a não se desprender e deve trazer uma indicação do
tamanho da peça, nome do fabricante ou importador, CNPJ,
país de origem, composição e cuidados necessários para a
conservação. Confira o post no blog do Procon com o
significado de cada uma das figuras, além de dicas para
c o n s e r v a ç ã o
d a s
r o u p a s :
http://educaproconsp.blogspot.com.br/search?q=s%C3%A
Dmbolos+t%C3%AAxteis.
Fonte: http://saopaulo.sp.gov.br
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