Universidade Aberta do Brasil
Universidade de Brasília
Instituto de Artes - Departamento de Música
Licenciatura em Música à Distância
Estágio Supervisionado em Música 4
Cante & Encante
Coral Casa da Bênção
Osana Santana Prado Fonseca
Coral Definição: O canto coral, pelo fato de ser uma atividade artística
coletiva, se torna um corpo social em que a educação musical é
possibilitada por essa ação em grupo. Nos ensaios, a integração não
somente faz parte da rotina do canto como pode vir a ser um importante
meio de educação musical.
Objetivos Geral:
• Desenvolver formação em canto e a organização de um coral na
igreja.
Objetivos específicos:
• a) Desenvolver estudos sobre canto e formar coros específicos com
ensaios regulares;
• b) Promover atividades de formação musical na igreja.
• c) Ensinar a educação musical na igreja.
Conhecendo a sua Voz - Para cantar precisamos de AR. A quantidade necessária varia
de pessoa para pessoa, pelo tamanho físico e da vontade de cada um, e de canção
para canção. A vontade é a maneira como você quer cantar, se está mais para Elis
Regina, precisa de mais ar e emoção, se mais para João Gilberto, menos ar e emoção
mais contida, se nenhum dos dois, procure o meio termo. Se quer cantar “gritado” e
rouco como alguns roqueiros, é melhor redobrar o cuidado, pois a longo prazo isso
pode criar calos vocais difíceis de tratar. É uma escolha sua, faça o possível para
respirar bem e apoiar a voz com o diafragma, forçando a garganta o menos possível.
Também precisamos do uso do diafragma, que, ao inspirarmos, deve abaixar-se
expandindo o abdômen, e ao começarmos a cantar, ele vai subindo, empurrando a
base do pulmão e ajudando o ar a sair e vibrar nas cordas vocais; você também ajuda
retraindo o abdômen devagar até o ar acabar. É necessário também abrir a boca,
deixar o ar ressoar dentro dela, nas fossas nasais e demais cavidades e, para isso,
você precisa concentrar-se, não afobar-se e jogar o ar fora de uma só vez. É bom
exercitar-se frente ao espelho, gravar-se e ouvir-se para você mesmo(a) corrigir-se e
escolher como quer cantar.
Vamos então descobrir a sua tessitura vocal e procurar o seu
registro médio:
• Os exercícios respiratórios são para fortalecer a musculatura, mas
você também pode fazê-lo cantando, desde que o faça com
consciência e constância, pois como qualquer músculo, o diafragma e
as pregas vocais ficam sem força pelo uso inadequado.
• Você vai precisar de um piano, teclado ou violão; localize a princípio a
nota mais grave de sua voz, sem forçar, cante e a procure no
instrumento. Siga as instruções abaixo.
CLASSIFICAÇÃO VOCAL
No piano ou teclado, procure o primeiro MI, o mais grave. No
violão, a 6ª corda, a primeira de cima para baixo. Essa é a
primeira nota da voz masculina denominada BAIXO, a mais grave.
Partindo dela, suba duas oitavas até o 3º MI. Em seguida, procure
o 1º SOL mais grave nos três instrumentos, e conte duas oitavas
até o 3º SOL. Essa é a extensão vocal para a voz média
masculina, o BARÍTONO.
Procure no teclado ou piano o 2º DÓ e vá com ele até o quarto
DÓ. No violão, é o 1º dó, melhor o da corda LA, 3ª casa e vá
seguindo até o 3º dó, subindo duas oitavas. Teremos nessa
extensão a voz mais aguda masculina, o TENOR.
Para o violão, pode-se usar as mesmas medidas para as vozes
femininas:
a
do
BAIXO
para
a
CONTRALTO,
a
do BARÍTONO para a MEIO SOPRANO e a do TENOR para
a SOPRANO. O Violão é um instrumento mais limitado, no piano
fica mais fácil, conta-se a CONTRALTO partindo do 2º até o 4º MI,
a MEIO SOPRANO do 2º ao 4º SOL e a SOPRANO do 3º ao 5º
DÓ.
Lembre-se: muito cuidado ao explorar sua voz, esse instrumento
delicado.
A classificação vocal serve para se atuar em grupos vocais e para o canto
lírico. Para o canto popular não importa muito se você é soprano ou tenor, o
importante é você conhecer sua extensão vocal e trabalhar para fortalecer o
registro médio, que é aquela região onde sua voz soa mais brilhante, mais
firme e bonita. Você pode fazer isso tocando e repetindo nota por nota, de
meio em meio tom, usando as vogais. Pode também usar a escala maior no
sentido ascendente e descendente. É simples: partindo da sua nota mais
grave, não importa se é um dó, um sol ou mi, partindo dessa nota vá subindo
dos graves para os agudos em intervalos de TOM, TOM, SEMITOM, TOM,
TOM, TOM, SEMITOM. Volte dos agudos para os graves com os intervalos no
sentido contrário. Passe para a segunda nota e vá subindo novamente
Existem muitos modos musicais para exercitar a voz e muitos exercícios para
o diafragma e respiração, o importante é exercitar. A “malhação vocal”
fortalece a musculatura da laringe e sua voz sai mais fácil, mais segura e
bonita.
PROPRIEDADES DO SOM
• O som, é produzido por movimentos de corpos vibratórios, que
transmitem essa vibração para o ar (Ondas sonoras) que chegam
aos nossos ouvidos diferenciando suas propriedades como:
• Intensidade - É a propriedade do som ser fraco ou forte (dinâmica,
volume).
• Altura - É a propriedade do som ser grave, médio ou Agudo.
• Sons Graves (baixos, mais grossos)
• Sons Agudos (altos, mais finos)
Timbre - É a qualidade e característica particular que nos permite
reconhecer sua origem.
Exemplo: Podemos observar um cantor interpretando, cantando bem
suave ou soltando a voz bem forte, isto é
Intensidade. Cantando agudo (fino) como voz de mulher ou baixo
(grosso), isto é Altura. Podemos identificar
de quem é a voz pelas qualidades e características, isto é reconhecer o
seu Timbre.
Constituição da Música
A Música é constituída por três elementos:
Ritmo - Elemento primordial e mais primitivo, é a divisão ordenada do
tempo, a pulsação, a batida da música. Exemplo de instrumentos de
ritmo: Instrumentos de Percussão (bateria, pandeiro, tamborim, etc.)
Melodia - É a sucessão de sons (uníssonos) em seqüência,
repetindo ou variando tempo, altura e intensidade. Exemplo de
instrumentos de melodia: Aqueles que tocam apenas uma nota por
vez, como instrumentos de sopro (Saxofone, flauta, clarinete, oboé,
etc.) e a própria voz humana.
Harmonia - É o conjunto de sons combinados simultaneamente,
formando acordes. A Harmonia é a ciência da combinação dos
sons, um assunto profundo que abordaremos mais adiante.
Exemplo de instrumentos de harmonia: Todos aqueles que podem
soar sons simultâneos (Piano, Violão, Órgãos, Harpa, etc.)
“O educador musical precisa fazer/pensar música e ter
condições de repensá-la com base em situações
experienciadas e internalizadas no cotidiano de sua
prática educativa.” (BELLOCHIO, 2003, p. 20).
“É no estágio que o acadêmico coloca em prática os
saberes
musicais
e
pedagógico-musicais
aprendidos durante a licenciatura, testando,
analisando e comprovando as informações
assimiladas teoricamente.” (FIALHO, 2009, p. 53)
Quais são as competências necessárias para a
formação do professor ?
Ensinar exige...
Paulo Freire faz reflexões sobre a temática no livro
“Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à
prática educativa”.
Cap. 1 – Não há docência sem discência
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Ensinar exige rigorosidade metódica
Ensinar exige pesquisa
Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos
Ensinar exige criticidade
Ensinar exige estética e ética
Ensinar exige corporeificação das palavras pelo exemplo
Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a discriminação
Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática
Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural
Cap. 2 – Ensinar não é transferir conhecimento
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Ensinar exige consciência do inacabado
Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado
Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando
Ensinar exige bom senso
Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos
educadores
Ensinar exige apreensão da realidade
Ensinar exige alegria e esperança
Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível
Ensinar exige curiosidade
Cap. 3 – Ensinar é uma especificidade humana
1. Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade;
2. Ensinar exige comprometimento;
3. Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de
intervenção no mundo;
4. Ensinar exige liberdade a autoridade;
5. Ensinar exige tomada consciente de decisões;
6. Ensinar exige saber escutar;
7. Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica;
8. Ensinar exige disponibilidade para o diálogo;
9. Ensinar exige querer bem aos educandos.
Os desafios são diários e modificam-se de acordo
com cada contexto. Cabe ao educador a
retomada constante de sua prática, um olhar
atento para realidade dos seus alunos.
Vídeo 1: apresenta a música “Ensino Errado” de
Gabriel O Pensador. Fala sobre a relação de um
menino com o sistema de ensino na qual encontrase inserido.
Vídeo 2: apresenta um trecho do filme Mr.
Holland, Adorável professor, exemplifica um
Feedback entre professor e aluno.
Com base nos vídeos apresentado e em suas
experiências, comente sobre o ensino de música e a
relação professor/aluno na contemporaneidade.
CANTE & ENCANTE
COM: OSANA PRADO FONSECA.
Cante & Encante
1) Fale sobre a maior dificuldade encontrada no coral;
2) Comente sobre os principais desafios encontrados
em cantar em grupo;
3) Compartilhe sobre os principais ganhos para sua
formação de coral;
4) Revendo os vídeos quais os pontos positivos que o grupo pode
melhorar? Ele deve parar ou dar continuidade?
Referências bibliográficas
BELLOCHIO, Cláudia Ribeiro. A formação profissional do educador musical:
algumas apostas. Revista da ABEM, Porto Alegre, n. 8, p. 17-24, 2003.
FIALHO, Vania Malagutti. A orientação do estágio na formação do professor de
música. In: MATEIRO, Teresa; SOUZA, Jusamara (Org). Práticas de ensinar
música. Porto Alegre: Ed. Sulina 2009, p. 125-137.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática
educativa. 25ª Edição. São Paulo: Editora Paz e Terra. Coleção Saberes, 1996.
Disponível em:
http://portal.mda.gov.br/portal/saf/arquivos/view/ater/livros/Pedagogia_da_Autono
mia.pdf . Acesso: 20/08/2012.
PENNA, Maura. Desafios para a educação musical: ultrapassar oposições e
promover o diálogo. Revista da ABEM, Porto Alegre, n. 14, p. 35- 43, 2006.
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