Seminário de Inicia ção Científica da UNIFAL-MG – Edi ção 2012
Construção e avaliação de um material didático sobre o conceito de
solução adaptado para alunos com deficiência visual.
Cínthia das Dores Aguiar *1(IC), Keila Bossolani Kiill 1(PQ), Márcia Regina Cordeiro1(PQ).
*[email protected]
GELPROCE, Instituto de ciências Exatas.
Palavras-chave: material didático adaptado.
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Introdução
Diversos recursos são utilizados pelo professor
em sala de aula com o intuito de oferecer aos
alunos
instrumentos
que
favoreçam
a
aprendizagem.
No caso de alunos com
Necessidade Educacionais Especiais (NEE’s),
faz-se necessário atentar ao fato que estes
materiais devem ser adaptados as necessidades
dos mesmos. O recurso mais utilizado em sala de
aula é o livro didático, que dentre outros
instrumentos é composto por imagens que podem
contribuir para a compreensão conceitual como, por
exemplo, do conceito de solução, estas podem
auxiliar o aluno a entender os fenômenos químicos
na perspectiva de arranjo e movimento de
moléculas e íons1. Assim, este trabalho teve como
objetivo construir e avaliar um material didático
para a representação do conceito de solução
adaptado para alunos com NEE’s no caso alunos
com deficiência visual inseridos na rede comum de
ensino, visto que o conceito permite uma
compreensão sobre as transformações químicas,
eletroquímica e equilíbrio químico que são
fundamentais dentro do estudo da ciência Química 2.
sugeriram modificações quanto ao espaçamento
das moléculas e íons representados, em seguida foi
feita a reelaboração do material. Já os professores
de educação inclusiva analisaram o modelo
buscando compreender a percepção que os alunos
podem ter sobre as adaptações e como estas
podem favorecer a identificação dos íons e
moléculas de forma que os mesmos possam
diferenciá-las pelas texturas e cores. Verificou-se
através dos questionários dos professores e alunos,
que a legenda descritiva em Braille das adaptações
facilita a identificação das representações e
manipulação do material, permitindo aos alunos
com deficiência visual autonomia no processo de
aprendizagem, podendo utilizar o material sem a
ajuda de terceiros.
Metodologia
O trabalho foi realizado nas seguintes etapas: (a)
desenvolvimento de um material concreto em
madeira MDF, representando o processo de
dissolução do composto iônico cloreto de sódio em
água; (b) adaptação do material com texturas e
cores de alto contraste para alunos com baixa visão
ou cegueira; (c) elaboração de uma legenda em
Braille para identificação das representações
contidas no material didático; (d) desenvolvimento
dos questionários de avaliação para professores de
química e educação inclusiva (e) readaptação do
material com as sugestões contidas questionários
de avaliação (f) avaliação do material com alunos
sem e com deficiência.
Resultados e discussão
Esta pesquisa fundamentou-se em uma análise
qualitativa em que os dados foram coletados sobre
a forma de palavras em questionários de avaliação,
que buscaram dados quanto à adequabilidade do
material produzido para o ensino do conceito de
solução (figura 1). Os professores de química
Figuras 1: Modelo de representação do conceito de
solução adaptado aos alunos com deficiência visual.
Conclusões
Com a análise dos dados coletados nos
questionários de pesquisa pode-se verificar que o
material produzido pode ser um instrumento a ser
utilizado no ensino do conceito de solução,
permitindo os alunos construir modelos coerentes
com a literatura cientifica.
Agradecimentos
FAPEMIG e Unifal-MG.
Referências bibliográficas
Talanquer,V. Construyendo puentes conceptuales entre lãs varias escalas
y dimensiones de los modelos químicos. Educació Química EduQ, n. 5, p.
11-18, 2003.
3
CARMO, M.P.; MARCONDES, M.E.R. Abordando soluções em sala de
aula – uma experiência de ensino a partir das ideias dos alunos. In:
Química Nova na Escola, n. 28, p. 37-41,2008.
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