XIV Encontro Anual da ABEM
Belo Horizonte, 25 a 28 de outubro de 2005
Educação musical em ONGs: o processo pedagógico-musical visto como
fato social total
Magali Oliveira Kleber
Universidade Estadual de Londrina – Uel/
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
[email protected]
Resumo. Esta pesquisa aborda as práticas musicais em Organizações Não Governamentais (ONGS),
instituições emergentes dos movimentos sociais e tomadas como lócus de produção de novas formas de
conhecimento A pesquisa no campo empírico, foi realizada de 2003 a 2004, em duas ONGS brasileiras:
Associação Meninos do Morumbi (cidade de São Paulo) e o Projeto Villa-Lobinhos (cidade do Rio de
Janeiro), vinculado à ONG VivaRio e busca compreender como se configuram esses espaços de
educação musical, focalizando dois aspectos: 1) como as ONGs estudadas se constituíram como espaços
legitimados para o ensino e aprendizagem musicais e 2) como é desenvolvido o processo pedagógicomusical. Ambas ONGs têm como eixo comum o objetivo de congregar, através da música, jovens
adolescentes, atingidos pela desigualdade social. Assim, importa compreender o que, de que forma,
porque, com quem os jovens aprendem música e como tudo isso está incidindo no processo de
transformação sociocultural desses grupos e da própria sociedade. A metodologia qualitativa baseia-se em
duas abordagens: o estudo de caso múltiplo e a etnometodologia.
INTRODUÇÃO
Esta comunicação de pesquisa aborda as práticas musicais desenvolvidas
em projetos de base comunitária, institucionalizados como Organizações Não Governamentais –
ONGs1 emergentes dos movimentos sociais brasileiros. São contextos onde se oferece uma
educação musical de natureza informal para crianças e jovens adolescentes que, por sua
condição social e econômica, estariam excluídos do acesso ao ensino formal de música. A
dignidade humana e o exercício da cidadania plena são pontos enfatizados nas propostas da
maioria das ONGs brasileiras e a cultura é considerada um importante meio de reconstrução da
identidade sociocultural. As ONGs, cuja gênese vincula-se aos processos desencadeados pela
sociedade civil, orbitam na dinâmica denominada Terceiro Setor e ocupam um espaço
importante nas iniciativas que tratam de questões relacionadas à exclusão e desigualdade sociais
1
Segundo Rivera: “El concepto de ONG fué utilizado por vez primera en el año de 1950, en la
Organización de las Naciones Unidas, para referirse a organizaciones internacionales, de carácter
permanente y constituídas por particulares (de diferentes países) con objetivos no lucrativos. Una de las
características centrales de estas organizaciones fué su autonomía e independencia respecto de los
gobiernos de los países, su constitución no fué consecuencia de tratados intergubernamentales, sino más
bien producto de la labor de intermediación y cooperación internacional. Cfr. ONU. Carta de las
Naciones Unidas para la Cooperación y el Desarrollo, 1950. ONU, Nueva York, 1978…E, ainda,
segundo Asong “la denominación ONG alude a una especial forma de organización de personas y medios
dedicados a impulsar acciones coadyuvantes del desarrollo humano que, a estas alturas, exhibe un
reconocimiento en varias legislaciones nacionales e incluso una determinada forma de participación en el
sistema de Naciones Unidas y otros sistemas internacionales regionales (OEA, UNESCO, ECOSOC,
Banco Mundial, etc.).” (ASONG, 1999, p.7).
2
e os desdobramentos dessas iniciativas estão incidindo em campos emergentes de trabalho, na
educação, na cultura, enfim, nas diversas esferas e dimensões da sociedade. Trata-se de um
espaço que carece de um acompanhamento no sentido prático e conceitual, dado ao seu caráter
ainda ambíguo no que concerne à sua identidade ideológica. A música está entre as atividades
de maior apelo para a realização de projetos sociais em ONGs, principalmente com jovens
adolescentes.
OBJETIVOS
O objetivo central dessa pesquisa é compreender como se configura a
prática musical no âmbito dos projetos sociais selecionados. Os objetivos específicos são:
1)como esses espaços foram se constituindo e se instituindo como espaços legitimados para se
trabalhar com práticas musicais, inclusive com o ensino e aprendizagem musical e 2) como é o
processo pedagógico-musical que se instaura nesses espaços..
FUNDAMENTAÇAO TEÓRICA
As práticas musicais em ONGs são aqui entendidas como fenômenos
sociais a partir do conceito cunhado por Mauss (2003) como “fato social total” em que não há
rupturas nem antagonismos entre o social e individual, que propicia e, muitas vezes, impõe
novas redes e práticas sociais. Não obstante, esse conceito tenha sido construído a partir de um
estudo sobre “sociedades arcaicas”, pode ser tomado como atual para análise da complexidade
das diferentes dimensões sociedade contemporânea, interligadas e interagindo simultaneamente
nos seus diversos planos, quais seja, religioso, jurídico, morais, econômico, estéticos e
morfológicos, manifestados nas representações sociais (Mauss, 2003, p.187). Esta perspectiva
vem corroborar com a argumentação de Kraemer (2000) para quem a pedagogia da música,
juntamente com a aquisição do conhecimento devem conduzir as ações de compreender e
interpretar, descrever e esclarecer, conscientizar e transformar.
Desta forma, as ONGs, produto dos movimentos sociais, são tomadas
como lócus de performance e produção do conhecimento musical a partir do conceito de
“práxis cognitiva” (Eyermann; Jamison, 1998, p. 24). Esta abordagem cognitiva foca a
atenção sobre a construção de idéias provenientes dos movimentos socais e no papel
dos movimentos intelectuais na articulação da identidade coletiva, como produtores de
conhecimento e como forças sociais abrindo espaços para a produção de novas formas
de conhecimento. Como práxis cognitiva a música e outras formas de atividade cultural
2
3
contribui para as idéias que os movimentos sociais oferecem e criam uma oposição na
ordem já estabelecida na sociedade.
O conceito acerca do “fazer musical” está amparado na asserção de John
Blaking: “o fazer musical e o senso de musicalidade das pessoas são resultado da interação
interpessoal ... [de] sons ordenados, simbolicamente, instituições sociais e uma seleção de
capacidades cognitivas e sensório-motoras disponíveis do corpo humano” (Blacking 1992, p.
305). A partir desses pressupostos a música é entendida como uma prática
social e
culturalmente constituída (Shepherd e Wicke, 1999) e que, assim sendo, seu caráter não pode
ser visto fora da noção de sociedade como algo à parte das formas simbólicas e culturais
manifestadas pelas pessoas.
METODOLOGIA
A
metodologia qualitativa na modalidade estudo de caso múltiplo foi
adotada nessa pesquisa considerando que o seu campo o campo empírico localiza-se em dois
cenários distintos, tratando-se de dois projetos sociais desenvolvidos por ONGS: Associação
Meninos do Morumbi, São Paulo, capital e o Projeto Villa-Lobinhos, Rio de Janeiro, vinculado
à ONG VivaRio. Esses espaços foram se constituindo e se instituindo como espaços legitimados
para se trabalhar com práticas musicais, inclusive com o ensino e aprendizagem de música. São
dois cenários diferenciados de ensino e aprendizagem musical que têm como eixo comum o
objetivo de congregar jovens adolescentes, atingidos pela desigualdade social, em situação de
exclusão ou restrição ao acesso de bens materiais e simbólicos, essenciais à construção de uma
existência digna e ao exercício da cidadania plena. Trata-se de duas ONGs reconhecidas pelo
trabalho que realizam na área de educação musical informal tendo um significativo destaque na
mídia e no próprio segmento do Terceiro Setor. A Etnometodologia2 foi utilizada enquanto
suporte conceitual para instrumentalizar o olhar para as práticas musicais enquanto um
fenômeno social onde as atividades e circunstâncias práticas e o raciocínio sociológico prático
são considerados temas de estudo empírico. Importa aqui atentar para como se constrói o
conhecimento na dinâmica cotidiana dos atores sociais (Coulon, 1995, p. 16).
2
Harold Garfinkel (Studies in Ethnometodology, 1984) cunhou o termo etnometodologia para identificar
a abordagem que trata de como os indivíduos se comunicam enquanto interagem, ocupando-se da maneira
como os atores descrevem, criticam e idealizam situações específicas e dão sentido ao mundo social. A
realidade, assim vista, não é estável e sim criada por situações específicas envolvendo comunicação
interpessoal. A linguagem tem lugar privilegiado na investigação daquilo que é dito e do não dito na
comunicação. Na linha do interacionismo simbólico inaugurado por Mead, também para a
etnometodologia o foco da análise é a atividade humana por meio da qual os agentes elaboram linhas de
conduta em situações concretas. Entretanto, se para Mead tanto os processos interativos que produzem e
reproduzem as estruturas sociais como as estruturas em si são igualmente importantes no estudo da
realidade social, para os interacionistas contemporâneos a própria realidade social é a interpretação
contextual e indicial de signos e símbolos entre determinados agentes.
3
4
A Etnometodologia dá voz aos atores sociais para que estes relatem como é
o processo de elaboração de seus pensamentos, busca de soluções, ou seja, como constroem o
conhecimento prático. As ONGs são instituições que tem em sua gênese a flexibilidade
burocrática, o que lhe deu características para absorver uma práxis que não cabia nas
instituições formais. Assim os atores sociais dessa pesquisa tiveram voz na coleta de dados a
partir de uma relação construída com a pesquisadora, viabilizada por conversas, bate-papos,
participação observante, observação participante, entrevistas abertas. Assim, a coleta exigiu um
tempo necessário para que essas relações se estabelecem, dando-se ênfase a uma abordagem
microssociológica.
A inserção nos dois cenários da pesquisa foi iniciada mediante visitas,
observação direta e registros em áudio e vídeo. Trata-se de duas ONGs: Associação Meninos do
Morumbi, localizada na cidade de São Paulo e outra Projeto Villa Lobinhos, vinculado à ONG
Viva Rio, localizada na cidade do Rio de Janeiro. Em um primeiro momento, em 2002 e 2003,
foram realizados, em ambos os Projetos, contatos propiciaram entrevistas com os coordenadores
dos Projetos, professores, funcionários jovens adolescentes freqüentadores dos mesmos e pais
que estavam presentes no momento das visitas realizadas. O principal objetivo desses primeiros
contatos foi o de conhecer a macro estrutura das ONGs que possibilitasse uma descrição
elaborada a partir das minhas impressões e, ainda, saber se os coordenadores dos respectivos
projetos aceitariam a presença de uma pesquisadora, para realizar um trabalho acadêmicoinstitucional. As minhas primeiras inserções no campo me possibilitaram um exercício de
natureza prática e conceitual que me apontaram caminhos a serem trilhados e providências a
serem tomadas na etapa da coleta de dados
Nessa etapa priorizei construir uma relação de confiança com os sujeitos da
pesquisa e me tornar familiar no contexto. A cada dia, uma maior aproximação com o contexto
foi dando-me mais liberdade para abordar as pessoas quer fosse com a câmera ou gravador
colhendo depoimentos e entrevistas, quer fosse mediante uma conversa informal no pátio. Esse
procedimento me permitiu uma maior clareza para fazer o recorte do foco na coleta de dados.
DESCREVENDO AS ONGS
A Associação Meninos do Morumbi, localizada no bairro Morumbi, é
formada por mais de 3500 crianças e adolescentes moradores da cidade de São Paulo, além dos
quase 80 funcionários. A maioria é moradora dos bairros mais próximos como Campo Limpo,
Paraisópolis, Morumbi, Vila Sônia, Jardim Jaqueline, Real Parque, Caxingui, e Municipios de
Taboão da Serra e Embu. Flávio Pimenta criou o grupo em 1996, quando aglutinou alguns
jovens carentes que ficavam circulando pelo bairro com o objetivo de desenvolver uma prática
musical como uma forma de criar alternativas às drogas e à delinqüência juvenil que, segundo
ele, permeava o cotidiano daqueles jovens.
4
5
Atualmente a agenda dos Meninos do Morumbi é extensa e as
apresentações se mesclam atividades em que o grupo toca, dança e canta arranjos de diversos
gêneros da música afro-brasileira como o jongo, maracatu, funk, samba, maxixe, aguerê, entre
outros, que são executados pela Banda Show e formam o eixo das atividades de ensino e
aprendizagem musical. São várias as atividades que complementam o trabalho artístico em
constante desenvolvimento, com uma equipe é formada por psicólogos, pedagogos, professores
de música, informática, dança, teatro, canto, futebol, jiu-jitsu, além de monitores que dão
assistência às aulas e infra-estrutura básica para as apresentações e atividades dos integrantes.
A Ong VivaRio é sediada na cidade do Rio de Janeiro, com muitas
ramificações em diversas atividades, entre elas, o Projeto Villa Lobinhos, coordenado pelo
músico Turíbio Santos. A VivaRio é uma ONG que, segundo texto disponibilizado no site:
“mobiliza indivíduos, associações e empresas para, juntos, construírem uma sociedade mais
justa e democrática...nos últimos sete anos vem transformando necessidades sociais em
oportunidades
de
ação,
promovendo
uma
cultura
de
solidariedade
e
de
paz”
(www.vivario.org.br capturado em 06/03/2003). Hoje está presente em cerca de 350 favelas e
comunidades pobres da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, investindo na educação, no
desenvolvimento e na superação da violência.
O Villa-Lobinhos, uma das ações desenvolvidas no âmbito da ONG
VivaRio, é um projeto que promove a educação musical para jovens instrumentistas de famílias
de baixa renda entre 12 e 20 anos de idade. São adolescentes de comunidades carentes e que,
segundo a coordenação, estão expostos a condições precárias de existência material. Iniciou-se
em janeiro de 2000, quando foi realizado no Museu Villa-Lobos o “Primeiro Encontro de
Jovens Instrumentistas” que reuniu cerca de 100 crianças e adolescentes, de 8 a 18 anos de
idade. Dos participantes foram selecionados 25 alunos que, de acordo com a coordenação, além
de uma pré-disposição para a música possuem a vontade de se aprimorar no seu instrumento.
Na sede do projeto, instalada na Gávea, bairro de classe média alta carioca,
os alunos participam das aulas de percepção musical, prática instrumental, prática de conjunto e
informática, entre outras atividades. Como bolsistas, recebem, ainda, vale-transporte e uma
ajuda de custo para gastos pessoais.
Foram considerados atores sociais em ambas ONGs, os participantes nas
suas diferentes modalidades: alunos aprendizes, alunos monitores, professores, coordenadores,
funcionários, artistas convidados. O ambiente de observação ampliou-se do espaço das ONGs
para as comunidades dos alunos, salas de concertos, momentos de apresentações musicais,
momentos de lazer, convivência domestica. Os depoimentos foram registrados em MD e
transcritos. As atividades musicais que considerei importante foram registradas em MDV o que
permitiu retomar o meu olhar - também considerado como um recorte da totalidade daquele
momento. Foram coletados foram 30 depoimentos com os participantes da Associação Meninos
5
6
do Morumbi e 35 depoimentos com os participantes do Projeto Villa Lobinhos. As gravações
em MDV somaram 40 horas de registros nas diferentes situações do cotidiano dos atores sociais,
quer sejam performances musicais, bate-papos, aulas individuais e/ou coletivas. O período de
observação e coleta abrangeu o tempo transcorrido entre 2003 e 2004. A análise de todo o
material coletado encontra-se em fase de categorização e análise.
RESULTADOS PARCIAIS
A análise e interpretação que ancoram esse estudo pressupõem uma
compreensão das práticas musicais enquanto articulações socioculturais cuja forma e conteúdo
simbólicos que se refletem no fluxo e refluxo das representações socioculturais dos atores
sociais em questão.
As ONGs vêm se apresentando como uma significativa alternativa para
trabalhos sócio-educacionais, em plena expansão quantitativa, dado às características que lhes
permitem uma grande mobilidade de diferentes ordens mas lhes asseguram base institucional.A
prática musical se apresenta como significativo vetor para se propor projetos sociais,
caracterizando-se como um campo que carece de mapeamento e aprofundamento conceitual por
parte dos educadores musicais.
Os dados coletados deram pistas de como re-elaborar questões que me
conduziram a um aprofundamento sobre o entendimento da natureza das ONGs estudadas e,
conseqüentemente, das interações que ali acontecem. A análise iniciada já aponta para
categorias a serem depuradas, como: a performance conduzindo os processos de ensino e
aprendizagem musical individual e coletiva; importância do coletivo; os cuidados sociais
permeando os processos de aprendizagem musical; o estigma da cor da pele, do lugar onde
moram, da origem pobre, colados nas identidades dos alunos; oportunidades de escolhas; formas
disciplinares explícitas e tácitas estabelecidas na dinâmica das relações sociais e refletidas nos
processos didático-pedagógico e artístico; o repertório predominante nas práticas pedagógicas e
nas apresentações, considerando sua relação com padrões socioculturais e com as práticas
musicais presentes no cotidiano dos alunos. A utilização da oralidade e do processo de imitação
como recurso didático-pedagógico, contrapondo-se ao valor da leitura musical como algo que
confere o status de “ser músico”, emergem como pontos importantes nas narrativas dos alunos e
professores relacionados com o processo pedagógico-musical e com a construção de suas
identidades musicais.
Outro ponto a ser considerado é a dinâmica na estrutura da comunicação
entre as ONGs e os projetos sociais invocando a figura da rede, cujo desenho tende a ocupar
lugar preponderante no imaginário da sociedade pós-industrial. Este conceito será analisado
como um componente importante na dinâmica de um relacionamento horizontal enfatizando sua
6
7
natureza democrática e determinante na estruturação das ONGs, enquanto categoria
institucional, de caráter fortemente interdisciplinar, ancorados nas perspectivas filiadas às várias
correntes do chamado pensamento sistêmico e às teorias da complexidade. Assim, a presente
pesquisa busca contribuir para a reflexão e a prática sobre papel da música no processo
politizado dos movimentos e projetos sociais em ONGs, imersos na busca de uma verdadeira
transformação social, aonde a desigualdade venha a ser , de fato, minimizada em favor uma
sociedade mais humana.
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
ABRAMOVAY, Miriam (et al.) Gangues, galeras, chegados e rappers: juventude,
violência e cidadania nas cidades da periferia de Brasília.Rio de Janeiro: Garamond,
1999.
ALBERTI, Verena. Ouvir contar: textos em História Oral. Rio de Janeiro: Editora
FGV. 2004.
ARROYO, Margarete.Representações sociais sobre práticas de ensino e aprendizagem
musical: um estudo etnográfico entre congadeiros, professores e estudantes. Tese
(doutorado). Porto Alegre: Programa de Pós-Graduação em Música, UFRGS, 1999.
ASONG, Sergio Alarcón G. Perspectivas de las Organizaciones No Gubernamentales.
II ENCUENTRO DE LA RED LATINOAMERICANA Y DEL CARIBE DE LA
SOCIEDAD INTERNACIONAL DE INVESTIGACIÓN DEL TERCER SECTOR
(ISTAR) "Hacia un desarrollo con ciudadanía". Santiago do Chile, 23-24 de setembro
de 1999. 32p. www.rits.org.br capturado em 29ag 2003
BASTIAN, Hans Günther. A pesquisa (empírica) na educação musical à luz do
pragmatismo. Trad. Jusamara Souza. In: Em Pauta Revista do Programa de PósGraduação em Música da Universidade Federal do Rio Grande do Sul v.11, n.16/17 –
abril/novembro 2000, p.76-109.
BERGER, Peter L., LUCKMANN, Thomas. A Construção Social da Realidade.
Tradução de Floriano de Souza Fernandes. Petrópolis: Vozes, 1985.
BERGER, Peter. Perspectivas sociológicas: uma visão humanística. 23ª. ed. Tradução
de Donaldson M. Garshagen. Petrópolis: Vozes, 1986.
BLACKING, John. The biology of music-making. In: MYERS, Helen (ed.)
Ethnomusicology: an introduction. New York: Macmillan Press, 1992. p.301-314.
BOGDAN, R. E BIKLEN, S. K. Qualitative research for education: an introduction to
theory and methods. Boston: Allyn and Bacon, Inc., 1982.
COSTA, Marisa Vorraber. A pesquisa-ação na sala de aula e o processo de significação.
In: SILVA, Luis Heron (Org.). A escola cidadã no contexto da globalização. Petrópolis:
Vozes, 1998, p. 236-256.
DAYRELL, Juarez. O rap e o funk na socialização da juventude. Educação e Pesquisa,
São Paulo, v.28, n.1, p.117-136, jan/jun 2002.
7
8
DIMENSTEIN, Gilberto. Como a criança ensinou à imprensa o caminho terceiro
caminho. In: Desenvolvimento Nacional Sustentado. Rio de Janeiro: Paz e Terra , 1997,
p. 164-73.
DEL BEN, Luciana. A delimitação da educação musical como área de conhecimento:
contribuições de uma investigação junto a três professoras de música do Ensino
Fundamental. In: Em Pauta Revista do Programa de Pós-Graduação em Música da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul v.12 n.18/19 abril/novembro 2001 p.6593.
DRUCKER, Peter. Terceiro Setor: exercícios de avaliação para empresas. Trad. Cyntia
Azevedo. São Paulo: Futura, 2001.
EYERMAN, Ron, JAMISON, Andrew. Music and Social Movements: mobilizing
traditions in twentieth century. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.
FIALHO, Vânia. Hip Hop Sul: um espaço televisivo de formação e atyação musical.
Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em
Música, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.
GARFINKEL, H. Studies in Ethonomethodology. Cambridge: Polity Press, 1984.
GIDDENS, Anthony, TURNER, Jonathan (Org.). Teoria Social Hoje. Trad. Gilson
César Cardoso de Souza. São Paulo: Editora UNESP, 1999
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução de Jacira Lopes
Louro. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
HAVEN, Paul ten. Understanding qualitative research and Ethonomethodology.
London: Sage Publication, 2004.
HERITAGE, John C. Etnometodologia. In: GIDDENS, Anthony, TURNER, Jonathan
(Org.). Teoria Social Hoje. Trad. Gilson César Cardoso de Souza. São Paulo: Editora
UNESP, 1999, p 321-392.
IOSCHPE, Evelyn (Org.). 3º. Setor: desenvolvimento Nacional Sustentado. Rio de
Janeiro: Paz e Terra , 1997.
KISIL, Marcos. Organização social e desenvolvimento sustentável: projetos de base
comunitária. In: Desenvolvimento Nacional Sustentado. Rio de Janeiro: Paz e Terra ,
1997, p. 131-55.
KLEBER, Magali O. O Terceiro Setor e Projetos Sociais em Música. In: Revista
Eletrônica do Terceiro Setor. www.rets.rits.org.br/pontodevista , capturado em
09/05/2003.
KRAEMER, Rudolf-Dieter. Dimensões e funções do conhecimento pedagógicomusical. Trad. Jusamara Souza. Em Pauta Revista do Programa de Pós-Graduação em
Música da Universidade Federal do Rio Grande do Sul v.11, n.16/17 – abril/novembro
2000, p. 50-75.
KORSYN, Kevin. Decentring Music. New York: Oxford University Press, 2003.
LUCAS, Maria Elizabeth. Pontos para uma escritura etnográfica. Texto produzido para
Seminário de Dissertação/CPG Música/UFRGS, Porto Alegre, 1998.
LÜDKE, M., ANDRÉ, M.E.D. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São
Paulo: EPU, 1986.
8
9
MAUSS, Marcel. Sociologia e Antropologia.Trad. Paulo Neves. São Paulo: Cosac & Naify,
2003.
MERRIAM, Sharan B. Qualitative Research and Case Study applications in Education.
San Francisco: Jossey-Bass Publisher, 1998
MÜLLER, Vania. A música é, bem dizê. Ávida da gente: um estudo com crianças e
adolescentes em situação de rua na Escola Municipal de Porto Alegre – EPA.
Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em
Música, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2000.
MONTAÑO, Carlos. Terceiro Setor e a questão social:crítica ao padrão emergente de
intervenção social. São Paulo: Cortez, 2002
NETTL, Bruno. O Estudo Comparativo da Mudança Musical: estudo de caso de quatro
culturas.
ENCONTRO
DA
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA
DE
ETNOMUSICOLOGIA, 1., 2002, Recife. Mimeo.
NOVAES, Regina. Introdução. In: NOVAES, Regina, PORTO, Marta, HENRIQUES,
Ricardo. Juventude, cultura e cidadania. Rio de Janeiro: Comunicações do ISER. Ano
21 – Edição especial – 2002, p. 11-21.
PRASS, Luciana. Saberes musicais em uma bateria de escola de samba: uma
etnografia entre os Bambas da Orgia. Dissertação (Mestrado). Programa de PósGraduação em Música – Mestrado e Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 1998.
OUTHWAITE, William, BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento social do
século XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1996.
ROCHE, Chris. Avaliação do Impacto dos trabalhos de ONGS: aprendendo a valorizar
mudanças. Trad.: Tisel Tradução e Interpretação Simultânea Escrita. 2. ed. São Paulo:
Cortez:ABONG; Oxford, Inglaterra: OXFAM, 2002.
SANCHES, Liliana Rivera. Del discurso de la participación a la realidad. ¿Qué
significa participar? ONGs trabajando con gobiernos locales en México.
II
ENCUENTRO DE LA RED LATINOAMERICANA Y DEL CARIBE DE LA
SOCIEDAD INTERNACIONAL DE INVESTIGACIÓN DEL TERCER SECTOR
(ISTAR) "Hacia un desarrollo con ciudadanía". Santiago do Chile, 23-24 de setembro
de 1999. 32p. www.rits.org.br 29ag 2003
SOUZA, Jusamara. Contribuições teóricas e metodológicas da Sociologia para a
pesquisa em Educação Musical. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL, 5., 1996, Londrina. Anais... Londrina:
ABEM, 1996. p.1-39.
SOUZA, Jusamara. Currículo de Música e Cultura Brasileira: mas que concepções de
Cultura Brasileira. Revista da Fundarte, Montenegro, v.1, n.1, p 22-25, 2001a.
_____. (Coord.) Educação musical: um campo dividido, multiplicado, modificado. In:
ENCONTRO ANNUAL DA ASSOCIAÇÀO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÀO
EM MÚSICA, 13, 2001, Belo Horizonte. Anais... Belo horizonte: 2001b
SHEPHERD, John, WIECKE Peter. Music and Cultural Theory. Malden: Polity Press,
1997.
STAKE, Robert E. The art of Case Study Research. California: SAGE Publications,
Inc., 1995.
9
10
STEIN, Marilia Albornoz. Oficinas de Música: uma etnografia dos processos de ensino
e aprendizagem musical em bairros populares de Porto Alegre. Dissertação (Mestrado).
Programa de Pós-Graduação em Música – Mestrado e Doutorado. Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1998.
YIN, Robert K. Case estudy Research: Desing and Methods. California: SAGE
Publications, Inc., 1994.
10
Download

Educação musical em ONGs: o processo pedagógico