A Restauração de Israel
(Esdras, Neemias e Ester)
Estudo 03
A presença profética
Esdras 5.1-17
Texto áureo (Ed 5.2):
“Então se levantaram
Zorobabel, filho de Sealtiel, e
Jesuá, filho de Jozadaque, e
começaram a edificar a casa de
Deus que está em Jerusalém, e
com eles estavam os
profetas de Deus que os
ajudavam.”
O povo havia chegado para
construir o templo.
A ordem de Ciro fora expressa
neste sentido.
Ele bem que tentou, mas a
oposição dos samaritanos e
depois a ordem real, tirou-lhes
o alento.
Durante 16 anos a obra vai
ficar suspensa.
Até que surge a palavra
profética.
“Ora, os profetas Ageu e
Zacarias,filho de Ido,
profetizaram aos judeus que
estavam em Judá e em
Jerusalém; em nome do
Deus de Israel lhes
profetizaram.”
(Ed 5.1)
A liderança de Israel vai então
se encher de brios e iniciar
novamente a construção.
É sempre assim: toda liderança
por melhor que seja precisa da
palavra profética.
Zorobabel e Jesuá precisaram
de Ageu e Zacarias.
Davi precisou de Natã.
Ezequias precisou de Isaías.
Josias de Hilquias.
Nos dias de hoje nossos líderes
precisam da palavra profética.
“Então se levantaram
Zorobabel, filho de Sealtiel,
e Jesuá, filho de
Jozadaque, e começaram a
edificar a casa de Deus que
está em Jerusalém, e com
eles estavam os
profetas de Deus que os
ajudavam.”
(Ed 5.2)
Toda liderança tem que estar
atenta à oposição.
Às vezes a oposição é positiva
no sentido que nos auxilia a
fazer o melhor.
Muitas vezes, no entanto, ela é
negativa, pois, sendo contrária
aos planos em vista, vai
prejudicar o seu andamento.
Era isto que acontecia em
Israel. A oposição dos
samaritanos não queria a
conclusão da obra.
“Naquele tempo vieram ter
com eles Tatenai, o
governador da província a
oeste do rio, e SetarBozenai, e os seus
companheiros, e assim lhes
perguntaram: Quem vos deu
ordem para edificar esta
casa, e completar este
muro.”
(Ed 5.3)
Assumir responsabilidade eis um
desafio da liderança.
Os adversários foram espertos.
Sabendo os nomes poderiam
identificá-los e acusá-los.
Uma das maiores exigências da
obra do Senhor é termos
pessoas responsáveis pelo
trabalho que está sendo feito.
Todos nós somos responsáveis
de alguma forma pelo trabalho
da igreja a que servimos: Será
que estamos assumindo isto?
“Ainda lhes perguntaram:
Quais são os nomes dos
homens que constroem este
edifício”
(Ed 5.4)
Desta feita, a obra não foi
cessada. Parece que passados
os anos, os judeus cresceram e
impunham mais respeito.
Ou então os adversários
estavam vendo que aquele povo
não estava mais preocupado em
ocupar terras que não eram
suas.
O fato é que preferiram ir
pelos trâmites legais:
- encaminharam nova carta
ao rei, agora Dario.
“Os olhos do seu Deus,
porém, estavam sobre os
anciãos dos judeus, de modo
que eles não os impediram,
até que o negócio se
comunicasse a Dario, e
então chegasse resposta por
carta sobre isso”
(Ed 5.5)
Como obra de Deus temos que
estar sempre preparados para a
oposição.
O inimigo está sempre pronto a
obstar aquilo que lhe atrapalha
a sanha maligna.
Ele se vale de muitos recursos.
Às vezes até legais, embora
letais para o Evangelho.
Desta feita eles vão apelar
para a autoridade superior,
a autoridade real. A lei muitas
vezes pode se voltar contra a
Igreja de Cristo.
“A cópia da carta que
Tatenai, o governador da
província a oeste do rio, e
Setar-Bozenai, e os seus
companheiros, os
governadores, que estavam
deste lado do rio, enviaram
ao rei Dario; enviaram-lhe
um relatório, no qual estava
escrito:
(Ed 5.6,7a)
Não podemos deixar de
reconhecer a fidelidade dos
governadores ao rei da Pérsia.
Embora contrários a Israel eles
estavam procedendo fielmente
para com o seu supremo
dirigente.
Vejam que quando o povo de
Deus trabalha bem, até o
inimigo reconhece isto.
Embora pagãos, eles estão
reconhecendo que a casa em
construção é a “casa do grande
Deus”.
“Ao rei Dario, toda a paz.
Saiba o rei que nós fomos à
província de Judá, à casa
do grande Deus, a qual se
edifica com grandes pedras,
e já a madeira está sendo
posta nas paredes, e esta
obra vai-se fazendo com
diligência, e se adianta em
suas mãos”
(Ed 5.7b,8)
A história nos conta do respeito
que os medo-persas tinham por
suas leis. O episódio bíblico de
Daniel 6.15 nos comprova isto.
A ação dos adversários do povo
de Deus, segue então a
estrutura legal daquele povo.
Não há ruptura da lei. Eles
estão simplesmente levantando
dados para um inquérito que
será instaurado.
O inimigo trabalha assim.
Muitas vezes em silêncio para
nos surpreender.
“Então perguntamos àqueles
anciãos, falando-lhes assim:
Quem vos deu ordem para
edificar esta casa, e
completar este muro?”
(Ed 5.9)
O libelo contra o povo do
Senhor vai sendo montado de
acordo com a lei.
Quem são os responsáveis por
isso? Se isso é um desrespeito
ao rei e ao reino, quem são os
responsáveis?
Este é o peso da liderança. Ela
tem que se expor, se tornar
vulnerável à crítica ou a
acusação.
Ela precisa estar bem
estruturada para enfrentar tais
situações.
“Além disso lhes
perguntamos pelos seus
nomes, para tos
declararmos, isto é, para te
escrevermos os nomes dos
homens que entre eles são
os chefes.”
(Ed 5.10)
A resposta do povo de Deus é
muita sábia.
Primeiro, a responsabilidade é
de todos. Não é de Zorobabel
ou de Jesuá apenas. Todo o
povo de Deus estava engajado
na obra.
A referência que fazem ao
passado era no sentido de impor
ao inimigo a lembrança do poder
que o reino de Salomão tivera à
sua época.
A igreja tem que se fazer
respeitada face ao mundo.
“E esta é a resposta que
nos deram: Nós somos
servos do Deus do céu e da
terra, e reedificamos a
casa que há muitos anos foi
edificada, a qual um grande
rei de Israel edificou e
acabou”
(Ed 5.11)
O povo de Deus tem que fazer
a sua mea-culpa. Ele tem que
reconhecer onde errou e falhou.
Foi isto que Israel fez. Não foi
o poder caldeu que venceu
Israel, mas foi o seu pecado
que permitiu que tudo aquilo
acontecesse.
Muitas vezes não queremos
reconhecer onde temos falhado
e com isto o caminho da
retomada fica difícil.
Primeiro temos que confessar
nossas falhas, pedir o perdão
de Deus, para depois tentar o
recomeço.
“Mas depois que nossos pais
provocaram à ira o Deus do
céu, ele os entregou na mão
de Nabucodonozor, o
caldeu, rei de Babilônia, o
qual destruiu esta casa, e
transportou o povo para a
Babilônia”
(Ed 5.12)
A resposta do povo de Deus é a
confirmação de algo muito
precioso para eles.
A palavra profética se
cumprira. Aquilo que Jeremias
profetizara e que Isaías
idealizara, tinha se realizado
com Ciro.
Embora quase 20 anos se
tivessem passado, o povo se
reportava ao rei que, como “o
meu pastor” do Senhor Deus
tinha cumprido a sua vontade.
Isto era necessário, pois talvez
não houvesse lembrança deles
para esta ordem.
“Porém, no primeiro ano de
Ciro, rei de Babilônia, o rei
Ciro baixou decreto para
que esta casa de Deus fosse
reedificada”
(Ed 5.13)
O relatório é completo.
Não há meias-verdades. Foi
exatamente isto que tinha
acontecido e o novo rei da
Pérsia tinha que tomar
conhecimento disto. Afinal
aquilo era lei dos medo-persas,
aquela que “não volta atrás”.
Sesbazar, um nome que
sobressai na narrativa: um
“príncipe de Judá”, homem de
confiança do rei Ciro e do povo
de Israel.
Como temos líderes falhando
neste aspecto da correção de
atos e palavras…
“E até os utensílios de ouro
e de prata da casa de
Deus, que Nabucodonozor
tinha tomado do templo que
estava em Jerusalém e
levado para o templo de
Babilônia, o rei Ciro os tirou
do templo de Babilônia, e
eles foram entregues a um
homem cujo nome era
Sesbazar, a quem ele tinha
constituído governador”
(Ed 5.14)
Interessante que esta carta foi
escrita pelos adversários de
Israel.
No entanto, não mentiram nem
omitiram nada pelo que se lê.
Narraram simplesmente a
verdade do ocorrido.
Eles poderiam mudar o conteúdo
da carta, para prejudicar o
povo de Deus, mas não o
fizeram. Por que?...
Muitas vezes Deus trabalha o
coração do ímpio em prol
daquilo que ele tem de plano
para a vida do crente e da
igreja.
“… e disse-lhe: Toma estes
utensílios, vai, e leva-os
para o templo que está em
Jerusalém, e reedifique-se
a casa de Deus no seu
lugar”
(Ed 5.15)
Zorobabel e Jesuá
representavam o poder
teocrático, o sacerdócio de
Israel.
Sesbazar representava o poder
político, os príncipes das casas
paternas de Israel.
Em termos administrativos,
Zorobabel e Jesuá eram o
poder deliberativo, aquele que
decide “o que fazer”, enquanto
Sesbazar era o poder
operacional, aquele que decide
“o como fazer”.
“Então veio o dito
Sesbazar, e lançou os
fundamentos da casa de
Deus, que está em
Jerusalém; de então para
cá ela vem sendo edificada,
não estando ainda
concluída.”
(Ed 5.16)
Zorobabel e Jesuá
representavam o poder
teocrático, o sacerdócio de
Israel.
Sesbazar representava o poder
político, os príncipes das casas
paternas de Israel.
Em termos administrativos,
Zorobabel e Jesuá eram o
poder deliberativo, aquele que
decide “o que fazer”, enquanto
Sesbazar era o poder
operacional, aquele que decide
“o como fazer”.
“Agora, pois, se parece bem
ao rei, busque-se nos
arquivos reais, ali em
Babilônia, para ver se é
verdade haver um decreto
do rei Ciro para se
reedificar esta casa de
Deus em Jerusalém, e sobre
isto nos faça o rei saber a
sua vontade.”
(Ed 5.17)
Conclusões
O texto nos faz pensar:
Texto para meditar:
1. Temos assumido nossas
responsabilidades?
“Nós somos servos do
Deus do céu e da terra”.
2.Não temos nada a ocultar
em nossa história?
Será que somos
mesmo???
3. Como estamos nos
desincumbindo de nossas
tarefas?
4. Temos nos articulado contra
as ciladas do inimigo?
5. Nos dias de hoje quem é o
nosso inimigo?
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