Qualidade do Concreto Dosado em Central por Kleber Rodrigues Jr Quando falamos de Qualidade do Concreto abrimos um leque enorme de possibilidades, pois Qualidade por si só é resultado do trabalho realizado em todos os processos na elaboração de um produto, que ao final é percebido pelo cliente como um Produto de Qualidade. Ter Qualidade em somente parte do processo produtivo não nos dá garantias de ter um Produto de Qualidade. Não pretendo aqui entrar em detalhes técnicos, pois meus amigos engenheiros são muitos melhores que eu neste aspecto, mas quero registrar e contribuir com minha experiência e vivência neste assunto. Neste artigo quanto utilizo o termo Qualidade o faço em letra maiúscula, pelo respeito que devemos ter com este assunto, pois a Qualidade do Concreto garante nossa segurança em praticamente todos os locais que frequentamos, afinal o Concreto é o material construtivo mais consumido no mundo. Muitas vezes no Brasil encontramos empresas que parecem estar mais preocupadas com a emissão da NF‐e do que com a qualidade dos produtos e serviços prestados, o que em parte é justificável quando ficamos sabendo que as empresas brasileiras gastam em média 2.600 horas por ano para pagar impostos, enquanto o segundo colocado necessita “apenas” 1.025 horas. Dentre várias possibilidades, podemos representar o Processo de Qualidade do Concreto conforme as fases abaixo: Ensaio dos materiais recebidos Controle de Materiais Criação dos traços Controle de umidade Produção
Pesagem dos materiais Controle de slump após pesagem Controle de slump na entrega Entrega e Descarga Gestão do Corpo de Prova Um problema em qualquer das fases acima (e vários deles não costumam ficar sob a responsabilidade direta da área de Qualidade) pode acarretar em produtos de baixa Qualidade e possíveis custos na recuperação de obras, além de afetar a credibilidade da Concreteira. Como reduzir os riscos e melhorar a Qualidade do Concreto? A melhor maneira de reduzirmos os riscos é gerenciarmos os processos produtivos através de indicadores que possam demonstrar rapidamente as variações em cada Fase de Produção. Tão necessário quanto identificarmos rapidamente os problemas é a velocidade com que reagimos e corrigimos a situação. O tempo utilizado para identificar e corrigir problemas é diretamente proporcional ao aumento do custo de solucioná‐lo e aqui estamos falando de três tipos de custos:  Custo por reparar peças concretadas  Custo por desperdício de material com dosagens acima do necessário  Custo institucional para a imagem da empresa (este é o mais difícil de mensurar, porém pode comprometer o crescimento da empresa a partir do momento que os clientes deixam de acreditar na Qualidade de seus produtos e serviços) A capacitação dos colaboradores e sua educação para a Qualidade tem papel fundamental na redução dos riscos ligados a procedimentos (os que não dependem por exemplo, da Qualidade dos materiais utilizados no Concreto). Alie a isto uma remuneração variável baseada em indicadores e você certamente terá uma empresa reconhecida pela Qualidade do serviço prestado a seus clientes. Mas quais indicadores devemos medir? Como colocado anteriormente, boa parte do processo de elaboração do baseado em Concreto está procedimentos e muitos deles dependem diretamente de mão‐de‐obra qualificada para sua execução. Alguns indicadores para avaliarmos os processos produtivos e que também podem ser realizados para remuneração variável:  Intervalo mínimo (dias) entre os ensaios dos MCCs (garantir a continuidade da Qualidade dos materiais utilizados no Concreto)  Controle de umidade  Pesagem do Caminhão na Central  Intervalo permitido (em %) acima ou abaixo do traço teórico  Consumo médio de MCCs (avalia possíveis consumos/desperdícios acima da média)  Tempo de batimento do Concreto (entre a pesagem na Centra e a descarga na Obra)  Moldagens por m3  Índice de Corpos de Prova com Moldagem inadequada  Desvio Padrão por Central/Balanceiro/Motorista/Bombista Uma vantagem da lista acima é poder mesclar indicadores individuais com indicadores de desempenho geral da empresa, onde cada colaborador passa a se interessar pela Qualidade realizada por seu colega de trabalho, pois esta é a única maneira de que todos sejam beneficiados por indicadores coletivos. Ao mesmo tempo os indicadores individuais permitem identificar os colaboradores que devem ser premiados e/ou promovidos e os que devem ser capacitados e/ou demitidos. Prêmios, promoções ou remuneração variável estimulam a melhoria e manutenção da Qualidade. Mas a grande vantagem de utilizarmos remuneração variável baseada em metas é que obrigatoriamente teremos que definir e medir as metas a serem atingidas, o que nos leva a planejar melhor o negócio Concreto. Sei que você já sabe, mas não custa repetir: Não podemos melhorar o que não é medido! E como garantir que os traços sejam pesados de acordo com o que foi desenvolvidos em Laboratório ? De nada adianta os Engenheiros trabalharem na escolha dos materiais com melhor custo/benefício para cada Central se no momento de pesar os MCCs não existir um processo mínimo que garanta que estão sendo utilizados os materiais corretos e na quantidade correta. E aqui entram em ação os processos de integração entre sistemas, que são essenciais para garantir que o foi definido pelo Engenheiro em Laboratório seja carregado no caminhão de maneira automática e sem interferência manual, de preferência utilizando sistemas de automação da pesagem e de leitura de umidade integrados. Como transformar o tempo em seu aliado O processo de criação de traços e sua utilização nas Centrais pode ser realizado através de Planilhas Excel e funciona bem para uma pequena quantidade de Centrais com um pequeno volume. O grande problema em não utilizar softwares para gerenciar todas as fases do Processo de elaboração e entrega do Concreto está no desperdício de tempo e nos riscos envolvidos:  Tempo administrando várias Planilhas (incluindo planilhas com histórico de ensaios de MCCs e de rompimentos de Corpo de Prova)  Tempo (dias) para identificar problemas com materiais e/ou traços  Risco provocado pela demora em identificar problemas com materiais e/ou traços  Tempo (dias) para revisar tabelas de traços e disponibilizar nas Centrais (em alguns casos tendo que digitar em sistemas de automação não integrados com sistemas de Despacho, aumentando os riscos de erros)  Risco provocado pela demora em atualizar as Centrais com novas tabelas Nos casos acima podemos dizer que os riscos também podem ser considerados como custos, pois se identificarmos que estamos com um Desvio Padrão acima da meta estabelecida estaremos desperdiçando material, entregando ao cliente um Concreto com uma especificação acima do que ele comprou. Eu sei que você já sabe, mas não custa repetir: MCCs representam aproximadamente 60% dos custos de uma operação de Concreto. Veja abaixo como quantificar o ganho ao reduzir o tempo de análise dos resultados da Central. Imagine que exista um problema na Central (Desvio Padrão alto, problemas com medição de umidade, pesagem acima dos parâmetros de tolerância, ...) e que este problema tenha um custo médio estimado em R$2,00m3 e o tempo gasto para identificação do problema é de 15 dias para uma produção diária de 3.000m3 (o problema pode estar acontecendo ao mesmo tempo em mais de uma Central). Com estas informações em mãos conseguimos chegar a seguinte conclusão: Item
Valor
Produção diária (uma ou mais Centrais)
Tempo para identificar o problema
Custo do problema
Ganho em 15 dias
1.000 m3
15 dias
R$2,00m3
R$30.000
O valor é incrivelmente alto para um custo de somente R$2,00m3, porém a demora em identificar o problema pode torná‐lo insuportável e muitas vezes este número não aparece nas análises de resultado da empresa. Até agora falamos somente da demora em identificar o problema, mas este valor poderá ser acrescido de até 50% dependendo da demora em solucionar o problema (realizar os ajustes, disponibilizar a informação nas Centrais e comunicar o balanceiro para trabalhe com os novos valores). É neste momento que um software integrado desde o Laboratório até a pesagem ajuda a reduzir os riscos do negócio, além de promover uma maior qualidade de produtos e serviços. Outro fator que ainda não citamos é o risco existente quando o problema está em consumos abaixo do previsto, existindo o risco de recuperação de Obra (quanto antes identificar e corrigir um problema, menor será o custo de reparação, inclusive com a renovação do Seguro). Veja mais em: http://www.commandalkon.com//port/betontec.asp http://www.commandalkon.com//port/dosagemconcreto.asp 
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