Logística Globalizada
1
Objetivo da Disciplina

Familiarizar os participantes com o
comportamento do comércio internacional com o
objetivo de proporcionar uma visão das estruturas
e seu relacionamento como viabilizadores das
atividades correlatas a exportação e importação.
2
Módulo 1
Relações Externas
 Tratamentos Preferenciais, Integração Econômica.
3
Tratamentos Preferenciais
Acordos Internacionais de
Comércio




Objetivam ampliar acesso de produtos via preferência
tarifária.
Convenções bi ou multilaterais orientam relações
comerciais.
Prioriza-se o intercâmbio entre convencionais.
Restringe-se o acesso de outros países.
4
Tratamentos Preferenciais
Etapas da Negociação




Representantes dos Ministérios das Relações Exteriores se
reúnem para discutir a possibilidade e conveniência de
estabelecer um acordo internacional de comércio.
Posteriormente, delegações discutem os termos das normas
comerciais e das concessões tarifárias.
Governantes aprovam e promulgam os textos normativos.
Alterações são objeto de protocolos adicionais ou
modificativos.
5
Tratamentos Preferenciais
Preferência Tarifaria

Objetiva o acesso privilegiado a um certo mercado através
da redução dos impostos de importação.
 Costuma-se conceder-se um percentual de redução da
alíquota vigente para terceiros países não membros do
acordo.
Condições básicas
 Contar com a preferência outorgada e atender exigências
do acordo.
6
Tratamentos Preferenciais
Exigências quanto a origem






Objetiva assegurar o benefício unicamente às partes
contratantes.
Produtos do reino animal, vegetal, mineral cultivados,
colhidos ou extraídos; pescados em território do
exportador.
Bens produzidos com matéria prima / componentes
locais.
Bens produzidos com matéria prima estrangeira com salto
tarifário.
Requisitos específicos de origem.
Certificados de Origem.
7
Tratamentos Preferenciais
Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias


Objetiva classificar produtos para atender interesses aduaneiros e
estatísticos.
Trata-se de um sistema de seis dígitos com expansão para até mais
quatro.
Seção V = Produtos Minerais
Capítulo 25 = Sal, Enxofre, Terras, Pedras...
Posição 2515 = Mármores...
Sub Posição 1.o nível = 2515.1 Mármores e Travertinos
Sub Posição 2.o nível = 2515.11 ... Em bruto ou desbastados
8
Integração Econômica


Conjunto de medidas de caráter econômico.
Objetiva aproximar ou unir as economias de países.
Etapas de Integração
 Zona de Preferência Tarifária.
 Adoção de tarifas inferiores para os países membros.
 Zona de Livre Comércio.
 Eliminação das barreiras tarifárias e não tarifária.
 União Aduaneira.
 Aplicação de Tarifa Externa Comum.
9
Etapas da Integração Econômica
Mercado Comum
 Livre circulação de bens, serviços e dos fatores de produção
 Estabelece-se uma coordenação de políticas macroeconômicas nas áreas
cambial, monetária e fiscal.
 União Econômica e Monetária
 Adoção de moeda única.
 Política econômica conduzida por Banco Central Comunitário.
 Ex.: União Européia – Euro – Banco Central Europeu – (FRA).
10
Barreiras Tarifárias




Influencia preços de mercado
sem limitar quantidades
transacionadas.
Objetiva proteger o produto
nacional da concorrência
predatória.
Novas fontes de receita
(perdendo gradualmente a
importância).
Equilíbrio do balanço de
pagamentos.



Proteção às indústrias nacionais.
Tarifas específicas, (características
físicas, quantidade/peso).
Ad Valorem – percentual sobre o valor
da mercadoria.
11
Barreiras Não Tarifárias







Descriminam o produto estrangeiro sem se referir ao pagamento de tributos.
Proibição de Importações.
Licenças de Importação – automático não automático.
Cotas.
Controles de Preço.
Exigências de embalagem / etiquetagem.
Normas sanitárias.
12
Barreiras Não Tarifarias










Barreiras técnicas.
Direitos anti-dumping.
Regras de origem.
Barreiras logísticas.
Questionamentos de segurança.
Prevenção a atos terroristas.
Pode ser unilateral: US Customs & Border Protection.
Bilateral: Container Security Initiative.
Multilaterais discutidas no âmbito da ONU.
ISPS-International Ship and Port Facility Security, que disciplina o controle
de segurança em embarcações, portos e operadores.
13
Módulo 2
Integração Econômica
 Gatt – OMC – Nafta – Aladi – Mercosul.
14
GATT
General Agreement on Tariff & Trade
Bretton Woods 1944.






Intercâmbio internacional pelo livre comércio.
Não discriminação – Transparência.
Tarifas em bases estáveis.
Concorrência leal.
Proibida restrição qualitativa.
Salvaguardas.
15
OMC
Organização Mundial do Comércio







Nível elevado de vida dos povos.
Pleno emprego.
Expansão do comércio e produção.
Proteção ao meio ambiente.
Melhor uso dos recursos.
Acordos.
Decisões por consenso.
16
NAFTA
North American Free Trade Agreement





Estados Partes: Canadá – EUA – México.
Liberação total de todos os direitos alfandegários em 2008.
Início como zona de preferência.
Tarifas zero transformarão o bloco em zona de livre comércio.
Representa um terço da economia mundial.
17
ALADI
Associação Latino-americana de Integração



Promove e regulamenta o comércio regional.
Cooperação econômica para ampliação de mercados.
Estabelecimento do Mercado Comum Latino-americano.
Estruturação



Conselho de Ministros de Relações Exteriores – órgão supremo.
Conferência de Avaliação e Convergência – impulsiona as ações.
Comitê de Representantes – adota medidas necessárias.
18
MERCOSUL
Mercado Comum do Sul
26.03.1991- Tratado de Assunção.
 Processo de Integração econômica com objetivo de conformação de mercado
comum.
 Agregados.
 Acordos de Complementação Econômica.
 Regra Geral de Origem.
 Regras Específicas.
 Documentação das transações.
19
MERCOSUL
NCM Nomenclatura Comum do Mercosul



Elaborada pelos Estados Parte baseia-se no Sistema Harmonizado.
É base para a Tarifa Externa Comum.
Sistema de oito dígitos.
Seção VI = Produtos das indústrias químicas
Capítulo
28 = Produtos Químicos Inorgânicos.
Posição
2836 = Carbonatos.
Sub Posição
2836.99 = Outros.
Item
2836.99.1 = Carbonatos.
Sub item
2836.99.11 = de magnésio.
20
MERCOSUL
TEC Tarifa Externa Comum




Em Janeiro de 1995 estabeleceu-se a União Aduaneira,
implicando a adução de uma tarifa Externa Comum.
Correlaciona os itens da NCM com os direitos de importação.
Assegura tratamento preferencial para os produtos Mercosul.
No Brasil a Camex publica as disposições da TEC.
21
Módulo 6
Comércio Exterior
 Estrutura – Agentes Intervenientes.
22
Comércio Exterior Brasileiro





Ministério do Desenvolvimento Industria e Comércio, MDIC.
Ministério da Fazenda, MF.
Ministério das Relações Exteriores, MRE.
Ministério da Agricultura, MAPA.
Ministério do Planejamento, MP.
23
Comércio Exterior Brasileiro
MDIC
MF
MF
DECEX
Licenciamentos
Administração
Receita Federal
Fiscalização
Aduanas
Banco Central
Câmbio
SISCOMEX
24
Comércio Exterior Brasileiro
SECEX – Secretaria de Comércio Exterior

Políticas Programas Estatísticas
DECEX – Departamento de Operações de Comércio Exterior




Análise e regulamentação de aspectos comerciais
Administra o SISCOMEX.
Autoriza importações e exportações.
Executa programas de governo.
25
Comércio Exterior Brasileiro
SISCOMEX Sistema de Comércio Exterior










Registro de importadores e exportadores
Licença de importação
Declaração de importação
Despacho aduaneiro Importação
Registro da DI
Seleção parametrizada de canais
Distribuição da declaração
Conferência aduaneira
Desembaraço aduaneiro
Comprovante de entrega da mercadoria
26
Comércio Exterior Brasileiro
Regimes Aduaneiros Especiais





Zona Alfandegada Primária
Zona Alfandegada Secundária
Trânsito Aduaneiro
Entreposto Aduaneiro
Exportação Temporária
27
Comércio Exterior Brasileiro
Regimes Aduaneiros Especiais




Drawback - suspensão – isenção – restituição
Loja Franca
Zona Franca
Recof – Regime de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado
28
Comércio Exterior Brasileiro
BACEN – Banco Central do Brasil






Fiscaliza o sistema financeiro.
Executa as políticas, programas e estatísticas.
Controla a entrada e saída de divisas.
Administra as reservas cambiais.
Autoriza instituições financeiras a operar em
câmbio.
Relaciona-se com instituições financeiras
estrangeiras.
29
Comércio Exterior Brasileiro
CNSP Conselho Nacional de Seguros Privados



Fixa diretrizes e normas da política de seguros privados.
Regula e fiscaliza as atividades de quem atua em seguros.
Prescreve os critérios de constituição de sociedades seguradoras
SUSEP Superintendência de Seguros Privados



Executa a política traçada pelo CNSP.
Protege a captação de poupança popular.
Fiscaliza a solvência e Liquidez das instituições que operam em
seguros.
30
Modal Aéreo
Características



Menor risco.
Maior rapidez.
Modal apropriado para
mercadorias de elevado valor
agregado.
Operações de Movimentação




DTA – Porta à Aeroporto.
ATA – Aeroporto à Aeroporto.
ATD – Aeroporto à Porta.
DTD – Porta à Porta.
31
Modal Aquaviário
Características dos Embarques



Custos menores de frete.
Apropriado para cargas de grande volume e peso.
Permite a consolidação da carga.
32
Modal Aquaviário - Containers
Movimentação de Containers




Porta à Porta
Porto à Porto
Casa à Porto
Porto à Casa
33
Documentos de Transporte
Conhecimento de Transporte de Carga



AWB AIR WAY BILL - Aéreo
B/L BILL OF LADING – Marítimo
TBL TRUCK BILL OF LADING – Rodoviário
Prova de Entrega

P O D – PROOF OF DELIVERY Todos os Modais
34
Câmbio
Modalidades de Pagamento





Cheques e Cheques de Viagem.
Ordem de Pagamento SWIFT (Society for Worldwide Interbank Financial
Telecommunication).
Vale Postal Internacional.
Remessa Antecipada.
Remessa sem saque.
35
Câmbio
Modalidades de Pagamento


Cobrança a vista e a prazo
Crédito Documentário







Abertura
Utilização
Prazos
Liquidação de saldo
Discrepâncias
Irrevogabilidade
Roteiro
36
Importação
Processo, Roteiro, Intervenientes.






Negociação – Imp. Exp.
Estimativa de Custo – Imp.
Fase documental da venda – Exp.
Licenciamento se houver – Secex.
Liberação para Embarque – Imp.
Garantias creditícias – Banco.






Apanha – Agente Embarcador.
Reserva de espaço – Agente
Embarcador.
Embarque internacional – Agente
Embarcador.
Averbações de seguro – IMP –
Corretora – Seguradora.
Atracação de Carga – Infraero.
Despacho Aduaneiro – Receita
Federal.
37
Importação
Processos, Roteiros, Intervenientes.






Averbações de seguro – IMP – Corretora –
Seguradora.
Gestão de risco – Imp. – Gestora.
Recepção dos Materiais – Imp.
Custeio – Imp.
Câmbio – BACEN – Bancos.
Recebimento das divisas – Exportador.
Custeio






Frete Interno.
Frete Internacional.
Seguro.
Imposto de Importação.
Imposto Sobre Produtos
Industrializados.
Imposto Sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços.
38
Importação
Custeio






Programa de Integração Social.
Contribuição para Fins Sociais.
Taxas locais de desconsolidação documental.
Armazenagem – Capatazias.
Transporte doméstico.
Gestão de risco.
39
Exportação
Processos, Roteiro, Intervenientes










Identificação de mercados potenciais: Exportador.
Promoção e viagens internacionais: Exportador.
Negociação Imp..Exp.
Emissão do pedido de compra: Imp.
Fase documental da venda: Exp.
Licenciamento se houver: Secex
Liberação para embarque: Imp.
Reserva de espaço – Agente Embarcador.
Garantias Creditícias: Banco.
Averbações / Certificados de Seguro: Seguradora.
40
Exportação
Processos Roteiro e Intervenientes
Preços







Gestão de risco – Exp – Gestora.
Despacho Aduaneiro – Receita Federal.
Embarque Internacional – Agente
embarcador.
Fechamento de Câmbio – Banco.
Prova de Entrega – Agente
embarcador.
Liquidação do Câmbio: Banco, BACEN.





Ponto de partida: preço do
mercado local.
Exclusão dos impostos.
Exclusão dos custos de
embalagem para mercado local.
Inclusão dos custos de
embalagem para exportação.
Reavaliação das margens.
Adição dos dispêndios para
exportação observando o
Incoterm da transação.
41
Documentos do Comércio Exterior
Faturas Proforma e Comercial
Lista de Embalagem


Espelha a transação em todos os
seus detalhes de origem, destino,
volumetria, condições do negócio e
valores.

Conhecimento de Embarque



Corresponde a um certificado de
propriedade.
Registra a posse provisória de bens
em transporte.
Detalha remetente, destinatário,
volumetria e detalhes do
transporte.
Discrimina as mercadorias
embarcadas e relaciona volumes,
seus conteúdos, medias e peso.
Objetiva facilitar a identificação e
localização de qualquer produto
dentro de um lote.
Nota fiscal de entrada ou saída

Obrigação fiscal tanto na
importação como na exportação
para circulação de mercadorias.
42
Módulo 9
Logística Globalizada
 Aspectos da Produção Mundial
43
O Imperativo da Globalização




Desaparecimento das fronteiras
Aparecimento de empresas com operações interrelacionadas de produção e de vendas localizadas em todo o
mundo.
O surgimento de empresas européias e japonesas
competitivas tem dado à noção de competição global.
A exportação e a importação são parte relativamente
pequena do que constitui os negócios internacionais.
44
O que temos hoje
Mercados Globais

Certos produtos são fabricados para atender o mercado global de consumo,
sem distinção cultural; como calçados, vestuário e equipamentos esportivos.
Competição Global

Os produtores nacionais enfrentam produtores externos que vendem seus
produtos no mercado brasileiro e no mercado internacional.
Tecnologia Global

A tecnologia está cada vez mais barata e acessível a produtores de todo o
mundo. Ela permite fabricar mais unidades, em menos tempo e por menos
custos; colaborando assim, para o acirramento da competitividade global.
45
Globalização e Concorrência

As empresas
domésticas que
nunca venderam
para ao exterior
precisam produzir
dentro dos padrões
internacionais para
vender seus
produtos no
mercado nacional.



Se uma empresa opera unicamente no mercado
doméstico, terá como concorrentes outras empresas
nacionais e muitas outras empresas globais.
Os padrões de produção agora são globais e não mais
locais e já não é possível evitar a pressão
competitiva internacional.
A comunicação televisiva globalizada vem
padronizando os hábitos do consumo da população
mundial.
Os desejos das pessoas em relação às posições
materiais, às maneiras de gastar o tempo de lazer e
às aspirações pelo futuro tornam-se crescentemente
similares.
46
Oportunidades de Negócios

A convergência das
necessidades dos
consumidores em
muitas partes do
mundo traduz-se em
tremendas
oportunidades para
as empresas
dispostas a correr
risco no exterior.




As empresas experientes em comércio
internacional tendem a fabricar no exterior muito
mais que exportar.
Assim, estão mais próximas do consumidor, menos
vulneráveis a ação da concorrência e com maior
domínio do mercado.
Atualmente, a produção no exterior constitui a
maior parte dos negócios internacionais,
superando o comércio internacional.
Alemanha e Estados Unidos são nações que
possuem cobertura global, pois estão presentes no
mundo todo com suas linhas de produtos,
exportando-os ou produzindo-os localmente.
47
Desafios da Globalização






Produzir para um mercado cada vez mais homogêneo.
Produzir por custos cada vez menores.
Vender as linhas de produtos por preços cada vez menores.
Financiar as compras dos clientes através de Carta de Crédito; L/C a prazos
de 180 a 360 dias.
Contar com produtos para pronta entrega.
Trabalhar com produtos customizados.
48
O Novo Diferencial Competitivo
O maior
diferencial
reside:







Em contar com uma logística apurada que permita
receber a matéria-prima no instante que é requerida pela
produção;
Em fabricar por custos cada vez menores.
Em fabricar em tempos cada vez menores.
Em contar com embalagens de baixo custo e elevada
resistência ao manuseio, maltrato e transporte.
Em contar com pessoal altamente capacitado para realizar
os embarques e pouco tempo e por baixo custo.
Na capacidade de preparar a documentação de exportação
livre de qualquer tipo de erro.
Em oferecer produtos com maior valor agregado.
49
Módulo 10
EMPRESAS GLOBAIS
50
Empresas Globais
Logística Global
Características
Características





Tomam decisões com pouca
consideração às fronteiras
internacionais.
Possuem grande capacidade de
mimetismo podendo apresentar
múltiplas identidades e lealdades.
A maior parte das vendas, da sua
composição societária e de seus
ativos está fora de seu país de
origem.
Contam com executivos de uma
ampla faixa de nacionalidades.


Leva o produto onde o cliente se
encontra.
Conta com alternativas eficientes
de materiais, de fornecedores de
serviços logísticos, de localizações
de produção, de armazenagem e
de alianças com clientes.
Está preparada para responder sem
complicações a decisões de grande
magnitude e complexidade
comercial e operacional.
51
Fim
Comércio Internacional e Logística Globalizada
52
Download

Logísitca global