VISÃO ECONÔMICA, SOCIAL E AMBIENTAL Luiz Paulo Bignetti [email protected] Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti Desenvolvimento sustentável: um oximoro? Economia Sociedade Ambiente Prof. Luiz Paulo Bignetti O movimento de racionalização 1ª. Fase (até a segunda WW): a gestão científica 2ª. Fase (anos 40 – 80): a gestão moderna 3ª. Fase (a partir dos anos 80): a gestão global. Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti As transformações sociais 1. A hegemonia do econômico 2. O culto à empresa 3. A irrelevância do ambiente 4. A influência crescente do pensamento empresarial sobre as pessoas Adaptado de J-F Chanlat, 2000 Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti Questões fundamentais para a gestão 1. 2. 3. 4. 5. A questão da produção e da eficácia A questão da dominação e do sofrimento A questão do sentido e das significações A questão da solidariedade A questão dos valores Adaptado de J-F Chanlat, 2000 Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti A lógica da antropologia restrita A lógica técnica O mundo é um conjunto de processos objetiváveis que se procura conhecer e controlar O ser humano é entendido como um objeto econômico e um indivíduo sem afeto. Adaptado de J-F Chanlat, 2000 Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti A lógica emancipatória Visa a colocar fim aos sofrimentos inúteis provocados por determinadas práticas sociais. Procura revelar como os modelos de conduta e as significações estão enraizadas nas estruturas de dominação. Adaptado de J-F Chanlat, 2000 Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti A gestão no Século XXI - O retorno do ator e do sujeito O retorno da afetividade O retorno da experiência vivida O retorno do simbólico O retorno da história O retorno da ética O retorno do respeito ao ambiente e da justiça social. Adaptado de J-F Chanlat, 2000 Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti Excelência e qualidade total - O poder se exerce de forma unilateral - Relação de subordinação e desprezo que se quer fazer cúmplice e entusiasta - Os gestores se conferem a transcendência e a imortalidade através da identificação com a organização - O ser humano é tratado como custo - Entretanto, o homem não é feito para ser “recurso” de seu semelhante. Adaptado de Omar Aktouf, 1996 Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti A neurose obsessivocompulsiva - Auto-suficiência - Obsessão pela ordem e pelo tempo - Fixação em números e controles - Dominação - Autoritarismo - Possessividade compulsiva ... que provocam sofrimento e destruição Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti 87% dos empregados de base de setores da indústria dos Estados Unidos lidam com maior grau de complexidade na ida de casa para o trabalho do que propriamente fazendo o seu trabalho. Isto significa não apenas ser alienado, mas fingir ignorar que se é alienado! Adaptado de Omar Aktouf, 1996 Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti As bases do humanismo - O ser humano como um ser destinado a buscar aquilo que o libera, emancipa - Um ser genérico, criador da sociedade e de si próprio. - O homem não é um meio para alcançar um fim, mas ele carrega sua própria finalidade. - O homem é um ser de comunidade, de relações com seus semelhantes Adaptado de J-F Chanlat, 2000 Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti O grau de civilização que uma sociedade atinge é medido pela forma pela qual tal sociedade trata os mais fracos. Adaptado de J-F Chanlat, 2000 Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti A questão fundamental: Há incompatibilidade entre o lucrativo e o social? Prof. Luiz Paulo Bignetti Por incrível que pareça, inovar não é mais suficiente... Prof. Luiz Paulo Bignetti Deve-se inovar para que a inovação contribua para o desenvolvimento econômico, social e ambiental. Prof. Luiz Paulo Bignetti O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às próprias necessidades. O crescimento econômico sem a melhoria da qualidade de vida das pessoas e das sociedades não pode ser considerado como desenvolvimento. Comissão Brundtland da ONU, Março de 1987 (“Nosso futuro comum”) Prof. Luiz Paulo Bignetti Voltando às três dimensões: econômica, social e ambiental Prof. Luiz Paulo Bignetti Desenvolvimento sustentável: um oximoro? Economia Sociedade Ambiente Prof. Luiz Paulo Bignetti O tripé da sustentabilidade A Triple bottom line: People, Planet, Profit John Elkington, 1998: Cannibals with Forks: the Triple Bottom Line Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti Prof. Luiz Paulo Bignetti O jogo não é de soma zero!!! “Para que a sociedade ganhe, a empresa tem de perder”? Prof. Luiz Paulo Bignetti A inovação social como forma de se buscarem alternativas viáveis para o futuro da Humanidade. Prof. Luiz Paulo Bignetti O conceito de inovação social Conhecimento aplicado a necessidades sociais através da participação e da cooperação de todos os atores envolvidos e que gera soluções novas e duradouras para grupos sociais, para comunidades ou para a sociedade em geral. A gestão da inovação social se diferencia da gestão da inovação tecnológica. Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti Diferenças entre inovação tecnológica e inovação social A questão do valor apropriação X geração A estratégia vantagem competitiva X cooperação O locus da inovação empresa X comunidade O processo de inovação stage gate X construção social A difusão do conhecimento proteção X replicação Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti Os três eixos da inovação social Indivíduo : empreendedorismo social Território: prefeituras, governos Empresa Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti O espectro das organizações COM FINS LUCRATIVOS TRADICIONAL SEM FINS LUCRATIVOS TRADICIONAL Adaptado de Alter, 2006 Prof. Luiz Paulo Bignetti O espectro das organizações SEM FINS LUCRATIVOS TRADICIONAL CORPORAÇÃO COM FINS QUE PRATICA LUCRATIVOS RESPONSABIL. TRADICIONAL SOCIAL Prof. Luiz Paulo Bignetti O espectro das organizações SEM FINS LUCRATIVOS TRADICIONAL CORPORAÇÃO COM FINS NEGÓCIO QUE PRATICA LUCRATIVOS SOCIALMENTE v RESPONSÁVEL RESPONSABIL. TRADICIONAL SOCIAL Prof. Luiz Paulo Bignetti O espectro das organizações SEM FINS LUCRATIVOS TRADICIONAL SEM FINS LUCRATIVOS COM RECEITA CORPORAÇÃO COM FINS NEGÓCIO QUE PRATICA LUCRATIVOS SOCIALMENTE v RESPONSÁVEL RESPONSABIL. TRADICIONAL SOCIAL Prof. Luiz Paulo Bignetti O espectro das organizações SEM FINS LUCRATIVOS TRADICIONAL SEM FINS LUCRATIVOS COM RECEITA EMPRESA SOCIAL CORPORAÇÃO COM FINS NEGÓCIO QUE PRATICA LUCRATIVOS SOCIALMENTE v RESPONSÁVEL RESPONSABIL. TRADICIONAL SOCIAL Prof. Luiz Paulo Bignetti O espectro das organizações ESPECTRO HÍBRIDO SEM FINS LUCRATIVOS TRADICIONAL SEM FINS LUCRATIVOS COM RECEITA EMPRESA SOCIAL CORPORAÇÃO COM FINS NEGÓCIO QUE PRATICA LUCRATIVOS SOCIALMENTE v RESPONSÁVEL RESPONSABIL. TRADICIONAL SOCIAL Prof. Luiz Paulo Bignetti O espectro das organizações ESPECTRO HÍBRIDO SEM FINS LUCRATIVOS TRADICIONAL SEM FINS LUCRATIVOS COM RECEITA EMPRESA SOCIAL CORPORAÇÃO COM FINS NEGÓCIO QUE PRATICA LUCRATIVOS SOCIALMENTE v RESPONSÁVEL RESPONSABIL. TRADICIONAL SOCIAL • Motivada pelo lucro • Accountability dos acionistas • Lucro redistribuído entre acionistas ou donos. Prof. Luiz Paulo Bignetti O espectro das organizações ESPECTRO HÍBRIDO SEM FINS LUCRATIVOS TRADICIONAL SEM FINS LUCRATIVOS COM RECEITA EMPRESA SOCIAL CORPORAÇÃO COM FINS NEGÓCIO QUE PRATICA LUCRATIVOS SOCIALMENTE v RESPONSÁVEL RESPONSABIL. TRADICIONAL SOCIAL Motivada pela Missão • • Motivada pelo lucro Accountability dos stakeholders • • Accountability dos acionistas Receita reinvestida em programas • • Lucro redistribuído entre acionistas sociais ou em custos operacionais. ou donos. Prof. Luiz Paulo Bignetti Os estágios da sustentabilidade 1. 2. 3. 4. 5. Pré-complacência Complacência Além da complacência Estratégia integrada Propósito e paixão (Bob Willard, The Next Sustainability Wave, 2005) Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti Pré-complacência A empresa não tem outra preocupação que não seja o lucro. Procura aparar as arestas e busca formas de contornar a lei, se beneficiando dos investimentos economizados nas ações de sustentabilidade. Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti Complacência A empresa procura seguir as leis trabalhistas, sociais, ambientais, de segurança, etc. Faz o feijão-com-arroz. Não busca inovar nem desenvolver alternativas mais sustentáveis. Considera as ações sociais como custo. Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti Além da complacência A empresa passa da defesa para o ataque. Começa a perceber que pode economizar com operações ecoeficientes, com processos mais limpos e com melhor gestão de resíduos.Entretanto, as iniciativas de sustentabilidade ainda são marginalizadas. Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti Estratégia integrada A empresa se transforma, reconfigurando-se como uma empresa compromissada com a sustentabilidade. Captura valor de iniciativas de sustentabilidade que beneficiam todos os stakeholders. Em vez de custos e riscos, enxerga investimentos e oportunidades. Fabrica produtos mais limpos, aplica estratégias eco-eficientes e obtém vantagens competitivas através de iniciativas sustentáveis. Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti Objetivo e paixão Impulsionada por um compromisso apaixonado de promover o bem-estar da empresa, da sociedade e do ambiente, a companhia procura desenvolver um mundo melhor - pois entende ser esta a melhor coisa a fazer. Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti “O humanismo é um modo de esperar, de querer que os homens sejam fraternos e que as civilizações, cada uma por sua própria conta, e todas no conjunto, nos salvem. É aceitar, é desejar que as portas do presente se abram largamente sobre o futuro, além das falências, dos declínios, das catástrofes que predizem estranhos profetas...” (Braudel, 1969, p. 314 apud J-F Chanlat, 2000) Prof. Luiz Prof. LuizPaulo PauloBignetti Bignetti