Divulgação
Vida
[email protected]
O ESTADO DO MARANHAO · SÃO LUÍS, 10 de junho de 2014 - terça-feira
Divulgação
“Mulheres
inteligentes me
deixam maluquinho.
Aquele ar de
sabe-tudo, com
a resposta sempre
na ponta da língua,
os assuntos
sempre maneiros”
Não vem
Jennifer Lopez cancelou sua
participação na abertura da Copa do
Mundo, que será realizada na Arena
Corinthians, em São Paulo, na 5ª-feira.
A informação foi repassada pela Fifa
no fim de semana. J.Lo cantaria We
Are One com Claudia Leitte e Pitbull e
alegou problema de produção.
Marlon Teixeira, modelo, à Vogue
Metade dos homens com mais de
40 anos sofrem de disfunção erétil
Médicos afirmam que é preciso desmistificar o problema e, principalmente, saber que para todos os casos há tratamento; doença
pode ser provocada por causas psicológicas e orgânicas, relacionadas a distúrbios neurológicos, vasculares e endócrinos
Divulgação
Maria Fernanda Ziegler
iG São Paulo
S
ÃO PAULO - Cláudio
(que pediu para alterar o
seu nome), hoje com 42
anos, sofre de disfunção erétil
desde os 22. Descobriu o problema na noite de núpcias. "Foi
frustrante. Porque casamos virgens e passamos a lua de mel
nessa tensão. Às vezes eu conseguia, em outras não", contou.
Com o tempo, ele e a mulher
se acostumaram com a incerteza sobre como seria a noite. O
nascimento do casal de filhos e
as novas preocupações fizeram
com que o assunto fosse deixado de lado.
Nos últimos anos, no entanto,
a questão voltou à tona. A dificuldade de ereção piorou e, após a
insistência da mulher, Cláudio recorreu ao médico. Começou a tomar remédio. "Melhorou. Mas é
difícil assumir que você depende
de uma pílula para ser 'homem
de verdade'", afirmou.
A história de Cláudio parece
incomum, mas não é. Quase metade dos homens com mais de
40 anos no Brasil sofrem de dis-
função erétil. Os últimos dados
da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), de 2010, mostram
que 25 milhões de brasileiros têm
algum grau do problema, sendo
11,3 milhões afetados com os níveis moderado e completo de
disfunção erétil.
A estimativa é de que a disfunção erétil afete 48,8% dos homens no país. Antônio de Moraes Júnior, chefe do departamento de andrologia da SBU,
afirma que, apesar de o problema atingir principalmente homens acima de 40 anos, há ocorrências em jovens também. Nesses, é mais comum o grau leve.
Após os 40, a incidência maior é
a dos graus moderado e completo.“É um problema no mundo
inteiro, estima-se que serão 325
milhões de homens com disfunção erétil em 2025. Porém é importante desmistificar o assunto
e mostrar que há solução para
qualquer um dos casos”, disse.
Levando em conta que a disfunção erétil atinge muitas pessoas, tem tratamento e ainda há
muita desinformação sobre o
assunto, a SBU criou a campanha De Volta ao Controle, com
informações sobre a disfunção
Disfunção erétil também atinge jovens, ainda que em grau leve
erétil e tratamentos.
Tratamento - Moraes Júnior explicou que a doença pode ser
provocada tanto por causas psicológicas, motivo mais comum
entre os jovens, quanto orgânicas, relacionadas a problemas
neurológicos, vasculares e endócrinos, mais comum em pessoas
com mais de 40 anos. “A disfun-
ção erétil pode ser um marcador
de doenças vasculares. A pessoa
precisa verificar se tem diabetes,
pressão alta, cardiopatia”, disse.
O médico afirma que fatores como tabagismo, obesidade, sedentarismo e alcoolismo também podem influenciar
Por 10 anos João, 70 anos, teve problemas de ereção. A disfunção erétil veio como conse-
quência de complicações no
tratamento de câncer de próstata, realizado em 2011. “Isso
me deixou muito deprimido.
Hoje a minha vida está muito
melhor”, afirmou.
A cobrança por virilidade faz
com que mesmo após o problema ter sido resolvido com o implante de uma prótese peniana,
em 2011, ele ainda fique constrangido em falar sobre os problemas do passado. Ele também
pediu para o nome ser alterado
na reportagem.
João desconversou sobre a
vergonha que sentia a cada insucesso na cama. Para retomar a vida sexual, passou pelas três linhas de tratamento. Primeiro
tentou os medicamentos orais,
que não surtiram efeito. Depois,
as injeções no pênis minutos antes do sexo, que não tiveram resultado. Há três anos ele colocou
uma prótese peniana. “Se não
disser nada, a pessoa nem sabe
que tem uma prótese”, contou.
João conseguiu uma liminar
da Justiça para que o plano de
saúde pagasse a prótese inflável,
que custa cerca de R$ 50 mil. A
prótese conta com dois dutos,
uma bomba e um reservatório.
O sistema é ativado em um dispositivo na bolsa escrotal. Ao ser
acionado, os dutos são preenchidos por um líquido e ocorre a
ereção muito semelhante à natural. Terminada a relação sexual, o dispositivo é acionado e os
dutos são esvaziados. O pênis
deixa de ficar ereto.
Existe também a prótese maleável, bem mais barata (entre R$
2 mil e R$ 5 mil). Essa é composta por dois dutos metálicos revestidos por silicone implantados
no pênis. Na hora do coito, o homem posiciona o pênis para cima, simulando uma ereção, depois é só posicionar para baixo.
“Um dos objetivos da campanha é sensibilizar o SUS para a
necessidade de oferecer não só a
prótese maleável, como também
a inflável, que proporciona uma
ereção natural com nível de satisfação do paciente de 98%”, informou Moraes Júnior.
João afirmou que sua vida
mudou para melhor. Em um relacionamento há sete anos, ele
relatou que agora viaja, é mais
sociável, muito menos retraído
e com auto-estima . Para ele, a
depressão e a falta de ereção são
coisas do passado.
Download

Metade dos homens com mais de 40 anos sofrem de