Teoria Geral da Administração
IDECC- INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO- PROFESSOR JOSE CORREIA
1
CULTURA ORGANIZACIONAL
Crenças, costumes, sistemas de valores, normas de comportamento e
formas de fazer negócios, que são peculiares a cada empresa, que
definem um padrão geral para as atividades, decisões e ações da
empresa e descrevem os padrões explícitos e implícitos de
comportamento e as emoções que caracterizam a vida na organização.
CULTURA ORGANIZACIONAL
Conjunto de crenças e atitudes da organização em relação a:
importância das pessoas; disponibilidade dos administradores;
aceitação do não conformismo; clareza dos padrões; empenho em
relação ao treinamento e desenvolvimento das pessoas; intimidade;
valores éticos e morais; competição interna; orientação para o
mercado ou a produção; comunicação interna; capacidade de ação e
de adaptação às mudanças externas.
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2
CULTURA ORGANIZACIONAL
Um padrão de suposições e valores básicos, inventados, descobertos,
ou desenvolvidos por determinado grupo, à medida que ele aprende a
lidar com seus problemas de adaptação externa e integração interna,
que funcionaram suficientemente bem para serem considerados
válidos e, portanto, para serem ensinados aos novos membros como o
modo correto de perceber, pensar e sentir em relação a esses
problemas.
NÍVEIS EM QUE ATUAM AS CULTURAS
•Primeiro nível: artefatos visíveis: comporta-mentos e criações.
•Segundo nível: valores visíveis e conscientes.
•Terceiro nível: Premissas básicas.
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3
COMO É USADA A CULTURA
Os administradores usam a cultura, explicitamente, por meio de
credos, políticas e normas, ou, implicitamente, por meio de práticas e
decisões, para ajudar a definir:
•a forma como o negócio é executado;
•a natureza de conduta com os seus públicos: clientes, órgãos
governamentais, comunidades, meios de comunicação, acionistas,
consultores, prestadores de serviços;
•que tipos de pessoas devem ser admitidas na organização e como
elas devem ser desenvolvidas;
•os critérios que determinam o que é desempenho bem-sucedido e
quem deve ser promovido;
•os tipos de comportamento que são desencorajados e que conduzem
à censura, ao rebaixamento, ou à demissão;
•os tipos apropriados de relações interpessoais, isto é, cooperação ou
competição, individualismo ou colegiados, que estabelecem o “clima”
do local de trabalho e o estilo de administração.
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4
Existem ramos de negócios que têm cultura característica. Se uma
empresa tem uma cultura muito diferente da que é característica do
ramo em que atua, poderá ter dificuldades para operar de forma
adequada.
Existem também subculturas dentro de uma organização: atitudes e
pontos de vista diferentes nos escritórios e na área de produção, de
cientistas e de vendedores, dos gerentes e dos sindicalistas e das
chefias de linha e das assessorias.
Unidades de negócios, operando em locais diferentes, ou em ramos de
negócios diferentes, podem desenvolver subculturas diferentes.
Se desenvolve uma cultura que confronta a cultura estabelecida na
empresa, ela se torna uma contracultura.
Contraculturas podem ser muito nocivas, mas, em alguns casos,
apesar da sua aparência adversária, podem ter vantagens, como
válvulas de escape para dissidentes e como testes para novas idéias.
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5
Algumas organizações não têm uma cultura explícita, mas terão
sempre uma cultura, que poderá ser implícita.
A cultura pode ser explicitada por meio de declarações de princípios,
credos, ou, simplesmente, por meio das políticas e normas da
organização.
Quando se explicita a cultura, temos uma cultura oficial, que são os
valores e ideais estabelecidos pela alta administração, os quais podem
coincidir ou não com o que é praticado.
Quando a cultura real não coincide com a oficial, o que vale é a real. A
melhor maneira de identificar a cultura real é observar as
preocupações, as decisões e as prioridades da alta administração: as
recompensas, as promoções, punições, demissões e as razões que
ocasionaram essas decisões.
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MUDANÇA DE CULTURA
Uma das maiores dificuldades que uma organização pode encontrar é
mudar sua cultura.
Deve-se lembrar que as decisões sobre as pessoas que foram
admitidas se basearam, implícita ou explicitamente, na cultura
existente e que as pessoas que permaneceram na organização foram
as que já possuíam ou que se adaptaram ou aceitaram os valores e
princípios em vigor.
Assim, mudar a cultura significará mudar a forma de pensar e agir das
pessoas e, em alguns casos, trocar essas pessoas.
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7
A compreensão dos seguintes fatos pode facilitar a mudança:
•As culturas devem ser mudadas pelo motivo certo.
•A cultura da empresa não é monolítica.
•A cultura de uma organização reflete sua liderança.
•O trabalho de mudança de uma cultura organizacional não pode ser
delegado.
•A mudança de cultura requer envolvimento total.
•Mudança de cultura é um processo de longo prazo.
CLIMA ORGANIZACIONAL
O clima organizacional reflete o grau de satisfação do pessoal com o
ambiente interno da empresa.
Está vinculado à motivação, à lealdade e à identificação com a
empresa, à colaboração entre as pessoas, ao interesse no trabalho, à
facilidade das comunicações internas, aos relacionamentos entre as
pessoas, aos sentimentos e emoções, à integração da equipe e a
outras variáveis intervenientes definidas por Likert.
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8
COMUNICAÇÃO
O tempo todo, nas empresas, em nosso tempo livre, na escola, em
família, temos que conviver e lidar com outras pessoas. Nossas ações
com os outros são, quase sempre, atos comunicativos, sejam verbais
ou não. A comunicação, intercâmbio de informação e transmissão de
significado, é a própria essência de um sistema social ou uma
organização.
A comunicação é uma mensagem que envolve a transmissão de
conteúdos emocionais ou intelectuais, e, na maioria dos casos, ambos
estão presentes. A comunicação envolve um fluxo de mão dupla, com
um emissor e um receptor, em que o que recebe a informação
responde a ela de alguma forma, de imediato ou após certo tempo.
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9
O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
RUÍDO
E MIS S OR
PENS AMENTO
ORIGINAL
CODIFICAÇÃO
EM
PAL AVRAS
TRANS RECEPMIS S ÃO MENS AGEM ÇÃO
CODIFICADA
EM
PALAVRAS
REC E PTOR
DECODIFIPENS ACAÇÃO
MENTO
DAS
COMPREENPALAVRAS
DIDO
RETROINFORMAÇ ÃO
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10
Conselhos de Jack Welch:
•é preciso investir na comunicação. Tempo e dinheiro investidos na
comunicação são os melhores investimentos a curto e longo prazo no
desempenho empresarial;
•a comunicação é o caminho direto para a inovação;
•a comunicação clara cria expectativas claras.
comunicação é refletida na clareza das expectativas;
A
clareza
da
•a comunicação torna a vida mais simples;
•é preciso ser frontal; diga-lhes a verdade, em primeiro lugar porque
é a opção mais acertada e, em segundo, porque eles acabarão por
descobrir de qualquer forma. A comunicação honesta é sempre a
melhor atitude para o longo prazo, apesar de tentações ilusórias de
curto prazo.
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OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA EMPRESA
•O contato direto;
•Os documentos escritos;
•Os meios eletrônicos.
O CONTATO DIRETO
O contato direto, apesar do imenso desenvolvimento das
telecomunicações, continua sendo insubstituível como instrumento de
comunicação.
Existem sinais e indícios, voluntários ou involuntários, que somente
são proporcionados pelo contato direto: um gesto, um olhar, um
franzir da testa, um sorriso, a postura ou o modo de trajar.
Em suma: a linguagem corporal proporciona informações que os
outros meios não têm condições de fazer. A entonação também pode
mudar completamente o sentido da mensagem.
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BUROCRACIA
Apesar da afirmação de Weber que o respeito da tradição burocrática
prussiana impõe a idéia da superioridade absoluta do modelo
hierárquico regulamentar e burocrático em termos de eficácia, a
análise dos fatos demonstra que quanto mais prevalece esse modelo,
menos eficaz é a organização.
A burocracia, no sentido compreendido pelo grande público (o clima
de rotina, de rigidez, de sujeição e de irresponsabilidade que
caracteriza as organizações das quais se queixam as pessoas), não é
de forma alguma uma prefiguração do futuro, mas constitui um
legado paralisante em que prevalece uma concepção estreita e
limitada da cooperação entre as pessoas.
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BUROCRACIA PATOLÓGICA
A burocracia pode
características:
se
tornar
patológica,
pelas
suas
próprias
A formalização excessiva pode estimular a obediência cega às regras,
em detrimento dos objetivos e interesses da organização, que precisa
de agilidade e flexibilidade.
O excesso de zelo burocrático causa processos longos e inúteis,
prejudicando a eficiência.
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A impessoalidade, presente nas burocracias, leva ao tratamento
inadequado dos clientes, causando serviços deficientes aos que
constituem a razão de ser da organização.
A obediência cega às ordens superiores pode dificultar a implantação
de mudanças quando elas se tornam indispensáveis, especialmente
nos ambientes em rápida mutação. Para detalhes sobre o
relacionamento dos funcionários com clientes em um sistema
burocratizado.
SINTOMAS DA PATOLOGIA
Os sintomas mais visíveis da patologia burocrática são:
•grande centralização de autoridade na direção superior;
•existência de controles excessivos, cujo custo é superior ao risco
envolvido;
•valorização excessiva dos controles prévios, em vez dos executados
a posteriori;
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•Dificuldades de relacionamento da organização com seu público
externo (usuários, clientes, consumidores, fornecedores etc.), que é
tratado sem a prioridade e a importância devidas;
•o culto do processo, pelo qual a forma se torna mais importante do
que os resultados.
Quando ocorre a burocratização, a organização carece de eficiência e
de eficácia, os resultados tornam-se medíocres ou negativos. A
burocracia, além disso, é contagiosa.
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O BUROCRATA SEGUNDO SAINT-EXUPÉRY
Velho burocrata, meu companheiro aqui presente, ninguém nunca fez
com que te evadisses; e não és responsável por isto. Construíste a tua
paz tapando com cimento, como fazem os térmitas, todas as saídas
de luz.
Ficaste enroscado em tua segurança burguesa, em tuas rotinas: nos
ritos sufocantes da tua vida provinciana; ergueste essa humilde
proteção contra os ventos, as marés e as estrelas. Não queres te
inquietar com os grandes problemas e fizeste um imenso esforço para
esquecer a tua condição de homem. Não és o habitante de um planeta
errante e não lanças perguntas sem resposta: És um pequeno
burguês de Toulouse.
Ninguém te sacudiu pelos ombros quando ainda era tempo. Agora, a
argila de que és feito já secou e endureceu e nada mais poderá
despertar em ti o músico adormecido, o poeta, ou o astrônomo que
talvez te habitassem anteriormente.
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DESBUROCRATIZAÇÃO
Desburocratização significa:
•reduzir custos com procedimentos, papéis e atividades inúteis;
•reduzir controles cujo custo seja superior ao custo do que é
controlado;
•melhorar o atendimento aos usuários ou consumidores;
•proporcionar aos funcionários a oportunidade de desenvolverem sua
iniciativa e criatividade;
•agilizar o processo administrativo, pela descentralização de
autoridade.
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DIFICULDADE DE MUDANÇAS
Um sistema burocrático é incapaz de se corrigir em função dos seus
erros e suas disfunções tornam-se um dos elementos essenciais ao
seu equilíbrio.
O primeiro problema que se impõe nesta perspectiva é o da rigidez.
Um sistema de organização cuja principal característica é a rigidez
não pode se adaptar facilmente à mudança e tenderá a resistir a toda
transformação. No entanto, as mudanças são permanentes nas
organizações modernas.
As transformações necessárias podem ser graduais e quase
constantes se os agentes da organização que estão conscientes das
suas necessidades têm possibilidade de introduzir as inovações
necessárias ou de obter facilmente das autoridades competentes que
elas o façam. Mas as organizações burocráticas não deixam tais
iniciativas aos escalões inferiores e se arranjam no sentido de
distanciar os centros de decisão dos difíceis contatos com os
problemas concretos.
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QUALIDADE
Qualidade compreende todas as propriedades ou características de um
produto ou serviço relacionadas à sua capacidade de satisfazer às
necessidades explícitas ou implícitas dos que o utilizam, isto é, dos
clientes, sem prejudicar os que são afetados pelo uso do produto ou
serviço.
No caso de um produto, inclui a aparência estética, a durabilidade, a
segurança, a confiabilidade, a precisão, o desempenho, o custo da sua
operação, a facilidade, as características e as informações adequadas
para instalação, uso e manutenção, a cortesia e a presteza no
atendimento ao cliente; a assistência técnica e a garantia prestadas
pelo fabricante, a uniformidade e padronização dos produtos
colocados à venda, e tudo mais que não só o usuário, mas todos os
que são afetados pelo produto possam considerar importante para
eles ou para a sociedade.
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MELHOR QUALIDADE COM CUSTOS MENORES
C US TO S ME NO R E S :
ME L HO R
QUA L ID A DE
ME NOS R E TR AB AL HO,
ME NOS DE VOL UÇ ÕE S ,
ME NOS T R ANS P OR TE S ,
ME NOS E R R OS , E T C .
A MP L IA Ç Ã O D E
ME R C A DO S C O M
ME L HO R
QUA L IDA DE E
P R E Ç O S ME NO R E S
MA NUT E NÇ Ã O
DO S
NE G Ó C IO S
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MA IOR
P R O DUT IVIDA DE
A MP L IA Ç Ã O
DO ME R C A DO
DE T R A B A L HO
21
PROBLEMAS DA BAIXA QUALIDADE
Perda de vendas: em virtude de melhor qualidade dos produtos dos
competidores.
Custos de baixa qualidade: queixas de consumidores, ações legais
por falta de qualidade, retrabalho de produtos defeituosos, produtos
sucateados etc.
Ameaças à sociedade: Os produtos da sociedade industrial têm o
potencial de aumentar a vida humana; aliviam as pessoas de
situações
desconfortáveis;
proporcionam
oportunidades
para
educação, lazer etc. A continuidade desses benefícios, porém,
depende da continuidade do funcionamento adequado dos produtos,
isto é, da sua qualidade; não só na produção, mas desde o
planejamento do produto. Exemplifica com os efeitos da talidomida, o
acidente do reator em Three Mile Island, o escapamento de gás em
Bhopal e outros.
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PASSOS PARA OBTER QUALIDADE
•Identificar o público alvo e suas necessidades;
•Desenvolver produtos que respondam a essas necessidades;
•Desenvolver processos capazes de produzir esses produtos com a
qualidade requerida.
PRINCÍPIOS DE DEMING
1.Estabeleça constância de propósitos para a melhora do produto e do
serviço.
2.Adote a nova filosofia. Estamos em nova era econômica. Não
podemos tolerar erros que afetem a qualidade do produto ou serviço.
3.Não dependa só da inspeção para atingir a qualidade. Elimine a
necessidade de inspeção em massa, introduzindo a qualidade no
produto desde seu primeiro estágio.
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PRINCÍPIOS DE DEMING
4.Não aprove orçamentos com base exclusivamente no preço mais
baixo. Procure minimizar o custo total. Desenvolva um único
fornecedor para cada item, em um relacionamento de longo prazo
fundamentado na lealdade e confiança.
5.Melhore o sistema de produção e prestação de serviços, de modo a
melhorar a qualidade e a produtividade e reduzir de forma sistemática
os custos.
6.Institua treinamento no local de trabalho.
7.Institua liderança. A função da administração não é supervisionar e,
sim, liderar.
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PRINCÍPIOS DE DEMING
8.Elimine o medo, de modo que todos trabalhem eficazmente para a
empresa.
9. Elimine as barreiras entre as unidades organizacionais. As pessoas
engajadas em pesquisas, projetos, vendas e produção devem
trabalhar em equipe, de modo a preverem problemas de produção e
de utilização do produto ou serviço.
10.Elimine slogans, exortações e metas que exijam nível zero de
falhas.
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PRINCÍPIOS DE DEMING
11.Elimine quotas na linha de produção. Substitua-as pela liderança.
Elimine o processo de administração por cifras, por metas numéricas.
Substitua-os pela administração por processos por meio do exemplo
de líderes.
12.Remova as barreiras que privam os operários, as pessoas da
administração e as da engenharia do seu direito de se orgulharem do
seu desempenho.
13.Institua forte programa de educação e auto-aprimoramento.
14.Engaje todos da empresa no processo de realizar a transformação.
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QUALIDADE TOTAL
Qualidade total não é um produto perfeito, sem defeito algum.
Qualidade total é um sistema de administração visando a obter
qualidade em todas as áreas de atuação.
A qualidade começa com o projeto, incluindo todas as especificações
do produto ou serviço, passando por todas as etapas de produção ou
operação, e abrange o atendimento ao cliente e a assistência técnica.
Sendo o foco o cliente, a organização deve estar voltada ao mercado,
e a qualidade do produto é um dos objetivos a ser atingido.
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QUALIDADE TOTAL
Um sistema de qualidade total é uma estrutura de trabalho, operando
em toda a empresa e documentada em procedimentos efetivos,
integrados de forma técnica e gerencial para orientar as ações
coordenadas da força de trabalho, das máquinas e das informações da
empresa nas formas melhores e mais práticas, com a finalidade de
assegurar satisfação ao cliente em relação à qualidade e custos
compatíveis com essa qualidade.
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OBJETIVOS DA QUALIDADE TOTAL
1.
2.
3.
4.
Melhoria na qualidade do produto.
Melhoria no projeto do produto.
Melhoria no processo de fabricação.
Melhoria na moral dos empregados e na consciência para a
importância da qualidade.
5. Melhoria na assistência técnica prestada aos consumidores.
6. Melhoria na aceitação pelo mercado.
7. Redução nos custos operacionais.
8. Redução nas perdas resultantes ao longo do processo de
fabricação.
9. Redução nos custos dos serviços prestados no campo aos
consumidores.
10.Redução nas reclamações.
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29
PRINCÍPIOS DA QUALIDADE TOTAL
1. O cliente como prioridade absoluta.
2. Priorizar a qualidade: entre os fatores de atendimento ao cliente
deve ser priorizada a qualidade dos produtos.
3. Ampliação do conceito de qualidade: envolvendo todas as
pessoas na sua obtenção e a preocupação com qualidade em todas
as fases do processo produtivo e prevendo também a satisfação
dos acionistas, colaboradores, comunidade e fornecedores, além,
obviamente, dos clientes.
4. Todas as pessoas são responsáveis pela qualidade.
5. Melhoria contínua e sem fim: a qualidade total é um processo
dinâmico, que se aperfeiçoa permanentemente.
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Aplicação de técnicas estatísticas.
Educação e capacitação das pessoas.
Mudança radical de mentalidade: deve ser enfatizada a adoção de
novos hábitos e atitudes de todas as pessoas na direção do
atendimento do cliente, à busca da qualidade, do pensamento no
conjunto (empresa) e não em desejos individuais.
Liderança: O melhor meio de comunicação é o exemplo: o dirigente
deve adotar uma postura de liderança forte para conduzir as
pessoas na direção a ser seguida em busca da qualidade e alcance
das metas e objetivos da empresa.
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CÍRCULO DE CONTROLE DE QUALIDADE
Um Círculo de Controle da Qualidade  CCQ é formado por um grupo
de empregados, geralmente de um mesmo nível ou pertencentes a
uma mesma área de trabalho, que identificam problemas ou assuntos
relacionados com sua atividade.
A composição desses grupos é totalmente voluntária, de iniciativa dos
próprios empregados, e deve ser prestigiada e apoiada pelo gerente
ou supervisor imediato. O CCQ não tem poder decisório.
Meramente, identifica problemas, estuda-os e sugere soluções. A
decisão final cabe sempre ao gerente ou supervisor imediato.
Este aspecto é fundamental, pois o movimento de CCQ não quebra a
cadeia hierárquica da organização, não coloca em risco a função
gerencial, mas funciona como auxiliar do gerente. Estamos nos
referindo à última afirmação imediatamente anterior.
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CARACTERÍSTICAS DO CCQ
1. Um grupo pequeno lotado na mesma área de trabalho, ou no
mesmo órgão.
2. A participação dos membros é voluntária.
3. As reuniões são, em princípio, realizadas durante o expediente. (No
Japão é comum o CCQ se reunir aos sábados de manhã).
4. Deve haver um treinamento prévio para os participantes.
5. O CCQ não tem poder decisório, sugere alternativas a um
executivo, que pode aceitar ou não as sugestões.
6. É indispensável apoio da administração superior para o seu
funcionamento.
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OBJETIVOS DO CCQ
•Melhorar
•Melhorar
•Melhorar
•Melhorar
•Melhorar
•Melhorar
a qualidade dos produtos e serviços.
os índices de produtividade.
as condições de trabalho.
a segurança física e humana.
o fluxo de comunicações na empresa.
o relacionamento entre gerentes e subordinados.
OBJETIVOS DO CCQ
•Melhorar a imagem da empresa.
•Proporcionar o surgimento de novos líderes.
•Reduzir e otimizar custos.
•Racionalizar métodos, processos e rotinas.
•Combater o desperdício.
•Maximizar o aproveitamento dos recursos existentes.
•Criar condições a fim de que os empregados tenham ambiente para
expor suas idéias sugestões e contribuições.
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CERTIFICADOS ISO 9000
São certificados, fornecidos no Brasil pelo Inmetro, como órgão
certificador oficial, credenciado pela ISO., que atesta que um produto
possui consistentemente padrões de qualidade reconhecidos como
excelentes em termos internacionais.
Esse certificado é muito útil, especialmente para empresas
exportadoras, em que os clientes não estão próximos dos produtores e
é difícil e caro o processo de avaliação e devolução dos produtos.
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NORMAS ISO 9000
•ISO 8402 - Gestão da Qualidade e Garantia da Qualidade –
Terminologia;
•ISO 9000 - Normas sobre Gestão e Garantia da Qualidade: Diretriz
para Seleção e Uso;
•ISO 9001 - Sistemas de Qualidade: Modelo para Garantia da
Qualidade em Projeto/Desenvolvimento, Fabricação, Montagem e
Assistência Técnica;
•ISO 9002 - Sistemas da Qualidade: Modelo para Garantia da
Qualidade em Fabricação e Montagem;
•ISO 9003 - Sistemas da Qualidade: Modelo para Garantia da
Qualidade em Teste e Inspeção Finais.
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REENGENHARIA
Reengenharia é repensar a empresa a partir do zero: se
tivéssemos que criar a empresa hoje, faríamos as perguntas: Como
definiríamos seu objetivo? Como seria estruturada? Quais seriam seus
processos? Quem contrataríamos? Em suma: o que deveria ser feito
para a empresa ter êxito?
É o repensar fundamental e a reestruturação radical dos processos
empresariais que visam a alcançar drásticas melhorias em indicadores
críticos de desempenho, como custos, qualidade, atendimento e
velocidade.
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37
Fundamental significa que se deve questionar tudo o que é feito,
começando pela pergunta: Por que fazemos isto? O que deveríamos
fazer no lugar disto?
Radical significa que não se pretende só melhorar o que está sendo
feito, mas, possivelmente, passar a fazer outra coisa, ou em outro
local, ou com outras pessoas.
Drástica significa que não se desejam melhoras contínuas e
progressivas, mas saltos quânticos de resultados.
Processo significa que a ênfase da análise deve ser o processo e não
as estruturas, as tarefas, os serviços ou as pessoas.
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38
POR QUE A REENGENHARIA É NECESSÁRIA
A concorrência e a necessidade de qualidade: a reengenharia é
freqüentemente necessária por causa do aumento da concorrência
que obriga a produzir com qualidade cada vez maior e a custos cada
vez menores.
O poder do cliente: o aumento da competição amplia o poder do
cliente.
A velocidade das mudanças: as mudanças freqüentes no ambiente
externo obrigam a reestruturações e à preocupação de baixar custos.
A necessidade de redução de custos: uma das formas mais
inteligentes de diminuir custos é cortar atividades que não agregam
valor ao produto ou serviço vendido.
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ERA DO CONHECIMENTO
No século XXI, em que a velocidade das mudanças aumentam, o
conhecimento torna-se a principal vantagem competitiva da
organização.
Saber como administrar o conhecimento é crítico para o êxito e
mesmo para a sobrevivência do negócio.
A maior parte do conhecimento das organizações está na mente das
pessoas que as compõem. Por isso, as pessoas com maior qualificação
são mais valorizadas.
O que uma organização e seus empregados sabem está no cerne da
sua forma de atuação.
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CAPITAL INTELECTUAL
O capital intelectual é a soma do conhecimento de todos em uma
empresa, o que lhe proporciona vantagem competitiva.
O capital intelectual constitui a matéria intelectual – conhecimento,
informação, propriedade intelectual, experiência – que pode ser
utilizada para gerar riqueza.
O conhecimento e a informação – não apenas o conhecimento
científico, mas a notícia, a opinião, a diversão, a comunicação e o
serviço – tornaram-se as matérias-primas básicas e os produtos mais
importantes da economia.
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ATIVO INTANGÍVEL
Ativo que não tem substância física, mas proporciona benefícios
econômicos, como: competência dos gerentes, sua experiência e
conhecimento da empresa, sistemas administrativos, patentes,
softwares desenvolvidos pela empresa, relações com os clientes atuais
e potenciais e o conhecimento das suas preferências, relações com
fornecedores atuais e potenciais e conhecimento dos seus pontos
fortes e fracos, marcas registradas, imagem da empresa no público e
na mídia, pesquisas em desenvolvimento, manuais etc.
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ADMINISTRAÇÃO DO CONHECIMENTO
O ímpeto da administração do conhecimento se deve a:
O aumento da importância do conhecimento como vantagem
competitiva das organizações. Em um mundo quase sem fronteiras,
em que os recursos naturais e a mão-de-obra não qualificada podem
ser obtidos no mercado, o conhecimento passou a fazer a diferença
para os países e as organizações.
A preocupação com estruturas organizacionais simples, que levou à
aplicação do downsizing em muitas organizações.
A facilidade de ordenar, armazenar, recuperar e disseminar
informações proporcionadas pelas redes de computadores e pelos
softwares de gerenciamento dessas redes, com custos relativamente
baixos.
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DADOS
Dados são registros sobre fatos, passíveis de serem ordenados,
analisados e estudados para se alcançar conclusões.
Os dados não estão necessariamente ordenados e estruturados para
serem analisados, mas devem ser passíveis disso. Os dados podem
ser trabalhados para se transformarem em informações.
INFORMAÇÕES
Informações são dados que foram organizados e ordenados de forma
coerente e significativa para fins de compreensão e análise, ou seja,
informação é um conjunto de dados, ordenados e estruturados que
possuem relevância e finalidade.
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CONHECIMENTO
Conhecimento é uma mistura fluida de experiência estruturada,
valores, informações contextuais e discernimento técnico que
proporciona uma referência para avaliar e incorporar novas
experiências e informações.
Ele se origina e é aplicado nas mentes das pessoas que possuem
conhecimento. Nas organizações, torna-se embutido não só em
documentos ou em depositários, mas também nas rotinas, processos,
normas e práticas organizacionais.
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CONHECIMENTO
O conhecimento desenvolve-se pela experiência, que inclui o que
absorvemos por meio de cursos, livros e orientadores, bem como pelo
aprendizado informal. A experiência refere-se ao que fizemos e o que
nos aconteceu no passado.
Ao contrário de dados e informações, o conhecimento contém
julgamento. Não só pode julgar novas situações e informações à luz
do que é conhecido, mas julga-se e refina-se a si mesmo em resposta
a novas situações e informações.
O conhecimento pode ser comparado a um organismo vivo, crescendo
e mudando à medida que interage com o ambiente.
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PROCESSOS DE GESTÃO DO CONHECIMENTO
Geração: envolve duas tarefas: identificar o conteúdo desejado e fazer
as pessoas contribuírem com idéias. Tanto barreiras tecnológicas
como culturais e psicológicas têm que ser vencidas. Algumas pessoas
têm dificuldade em submeter seu material de forma eletrônica e
outras tendem a guardar as idéias para si.
Organização: uma vez que a informação foi coletada, deve ser
organizada e ordenada para ser representada e recuperada
eletronicamente com rapidez e facilidade.
Desenvolvimento: é a seleção e o refinamento do material para
aumentar seu valor para os usuários. Material em excesso polui a
informação e o conhecimento, dificultando sua recuperação e seu uso
e podendo rebaixá-lo ao nível de dados. É preciso decidir os
conhecimentos que devemos armazenar na rede. Prefiro para, como
está na tradução citada.
Distribuição: refere-se à forma como as pessoas acessam o material.
Existem duas maneiras objetivas: tornando o material fácil de ser
encontrado e encorajando seu uso.
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47
IMPORTÂNCIA DA ÉTICA
Nenhuma sociedade pode sobreviver e progredir sem um conjunto de
princípios e normas que defina o tipo de comportamento socialmente
aceito como ético.
Desde tempos pré-históricos, as sociedades tinham padrões de
comportamento socialmente aceitos como válidos e bons. Moisés
precisou do decálogo para liderar o povo que o seguia.
O homem primitivo sempre viveu com normas consuetudinárias que
regulamentavam as relações entre os indivíduos e a comunidade e,
ainda que de forma embrionária, já tinham um caráter moral.
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48
A ÉTICA NAS EMPRESAS
Por que a empresa deve ser ética? O que ganha com isso?
Primeiro, há que se lembrar que os valores materiais não são os
únicos a serem considerados para as empresas. Existem outros
valores, como prestígio, respeito do público, dos empregados, dos
fornecedores e dos consumidores, confiança nos produtos e nas
decisões da empresa, entre outros. Todos esses valores no longo
prazo contribuem para os resultados financeiros.
Segundo, a empresa ética atrai e retém empregados, clientes e
fornecedores éticos e responsáveis. Não se pode esperar lealdade de
empregados, clientes e fornecedores antiéticos. Trata-se de uma “rua
de duas mãos”. Se a empresa agir de forma antiética, não reterá
empregados éticos e, de antiéticos, pode-se esperar tudo, até roubo,
boicote e chantagem.
Terceiro, há que se considerar não o sistema empresa, mas o sistema
sociedade, pois uma empresa não terá como prosperar solidamente
em uma sociedade antiética e rota, e a contribuição que a empresa dá
para a formação da sociedade na qual opera reflete-se, de alguma
forma, no longo prazo, na própria empresa.
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O QUE É UMA EMPRESA ÉTICA?
Em um extremo, situa-se a posição de Milton Friedman: há uma, e
apenas uma, responsabilidade social das empresas: usar seus
recursos e sua energia em atividades destinadas a aumentar seus
lucros, contanto que obedeçam às regras do jogo e participem de uma
competição aberta e livre, sem enganos e fraudes.
No outro extremo, estão os autores que argumentam que sobre toda
propriedade pesa uma hipoteca social, que não é suficiente cumprir
todas as “regras do jogo” impostas pela legislação e pelos princípios
éticos universais e que cabe aos mais afortunados ajudar os mais
pobres.
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CONFLITOS DE VALORES
Em geral, não é muito difícil saber o que é certo e o que é errado.
O problema é mais sério quando ocorrem conflitos de valores: quando
se tem que optar entre duas alternativas que parecem ambas
antiéticas.
Quando isso ocorre, devemos nos perguntar: quais das
responsabilidades e valores que estão em conflito estão mais
profundamente enraizados na minha vida e nas das pessoas e
comunidades que eu prezo?
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O CUSTO DA LEGALIDADE
Muitas organizações dizem que gostariam de ser éticas, mas não
conseguem sê-lo sem pôr em risco sua sobrevivência.
Temos que admitir que é preciso fazer algo para lhes dar condições de
operarem de forma ética sem esse risco. Provavelmente, elas não têm
condições de cumprir a legislação e, por isso, não se consideram
éticas. O problema pode estar no custo da legalidade.
No Brasil, o custo da legalidade está muito acima da renda da
população, e aí reside o problema. O custo da lei deve ser
proporcional à situação econômica de cada país. Impostos exagerados
criam empresas antiéticas, pela impossibilidade que algumas têm de
cumprir as regras.
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REDES DE ORGANIZAÇÕES
As empresas unem-se cada vez mais em redes de suprimento,
denominadas cadeias de valor. Ninguém pensa mais em integração
vertical. Cada empresa faz aquilo que é capaz de produzir com
vantagem competitiva e compra de outra os insumos necessários.
A grande vantagem da formação de redes é a flexibilidade que
proporciona, permitindo que empresas pequenas, com investimentos
modestos, obtenham vantagens competitivas em relação a grandes
organizações.
REDES DE ORGANIZAÇÕES
As redes podem ser formadas por meio de associações, parcerias,
alianças estratégicas, terceirizações, contratos de médio e longo
prazos com fornecedores e distribuidores etc. Essas redes substituem
os grandes conglomerados e as integrações verticais que visavam à
autonomia das organizações.
As redes tendem a tornar as organizações mais econômicas, mais
flexíveis e, portanto, mais competitivas, mas também mais
vulneráveis em alguns casos. As mesmas organizações participam de
diversas redes, formando um tecido empresarial complexo. Essas
redes permitem a obtenção de grande eficiência por empresas de
porte menor.
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EQUIPES MULTIDISCIPLINARES
As organizações atuais valorizam o trabalho em equipe sobre o
individualismo. As equipes serão cada vez mais multidisciplinares.
O aumento do conhecimento obriga a especializações maiores. Por
outro lado, a complexidade dos problemas e das oportunidades
aumenta e abrange, cada vez mais, aspectos e especialidades
diferentes.
Em conseqüência, somente equipes multidisciplinares têm condições
de atuar com eficiência e eficácia na solução de situações complexas:
a realidade é multidisciplinar.
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PARCERIAS E ALIANÇAS ESTRATÉGICAS
As organizações bem-sucedidas vão procurar formar redes
estratégicas de alianças, em vez de buscar a auto-suficiência. A
competição global requer recursos gigantescos mesmo para as
grandes empresas, obrigando-as à formação de parcerias e alianças.
A formação de equipes englobando empregados de diversas
empresas, membros de uma aliança, deve ser comum. Essas alianças
podem incluir: os que desenvolvem os produtos, fornecedores,
fabricantes, distribuidores etc.
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TERCEIRIZAÇÃO
As organizações concentram-se prioritariamente nas atividades
estratégicas, nas atividades fins e nas que dão à organização suas
vantagens competitivas, terceirizando as demais.
As organizações não poderão terceirizar as atividades nucleares, core
competencies, que lhes dão as vantagens competitivas sobre os
concorrentes. No entanto, as demais atividades tendem a ser cada
vez mais terceirizadas.
Uma das decisões estratégicas de qualquer organização será
identificar
as
atividades
que
lhe
proporcionam
vantagens
competitivas, que não devem ser atribuídas a terceiros.
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ADMINISTRAÇÃO DO CONHECIMENTO
A informação e o conhecimento assumem grande importância e
podem chegar a ser mais importantes que os recursos financeiros. A
capacidade para aprender é a habilidade de uma organização para
gerar e generalizar idéias com impacto.
A idéia é que as empresas saibam aprender com todas as experiências
a que tiverem acesso, tornando-se o que se chama organização que
aprende.
As organizações de sucesso estão administrando o conhecimento 
adquirido pelas suas operações, desenvolvimento de produtos e
serviços, pesquisas, atendimento ao cliente, marketing etc.  de tal
forma que as pessoas que precisam desse conhecimento para seu
trabalho têm condições de recuperá-lo com facilidade.
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RECURSOS HUMANOS
Os recursos humanos estão se tornando o recurso fundamental, em
torno do qual se organizam os demais. O conhecimento das
organizações está principalmente na mente das pessoas que as
constituem. Em função disso, as pessoas que têm mais conhecimento
tendem a ser valorizadas.
O avanço da tecnologia permitiu uma diminuição no número de níveis
hierárquicos e de chefias e as estruturas organizacionais tendem a ser
menores.
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Aumenta o número de empregados temporários e de tempo parcial
em relação ao total de empregados. Tende a haver aumento na
rotatividade do pessoal.
A competitividade global exige que todos estejam sempre ocupados
em atividades produtivas, não sendo tolerável acomodações, tempo
ocioso, tempo gasto em atividades inúteis que não produzem valor.
As pessoas menos qualificadas tenderão a ser pouco valorizadas. Por
outro lado, as pessoas muito qualificadas e com capacidade para
trabalhar em equipe tenderão a ser mais valorizadas e somente estas
terão êxito no mercado de trabalho altamente competitivo que se
visualiza para o futuro.
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ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS
As estruturas organizacionais tenderão a ser menores e com menos
estanqueidade entre as unidades, pois, assim, requerem menos
esforços de coordenação e de controle da própria organização,
permitindo maior proporção de atividades que agreguem valor ao
produto ou serviço. O downsizing, a pirâmide achatada, as alianças e
a terceirização são fenômenos que se consolidam.
As organizações terão que ser flexíveis e adaptáveis como um
organismo. A velocidade das mudanças e sua imprevisibilidade
obrigam a adaptações e alterações permanentes, conforme as
exigências do ambiente e dos consumidores. Outra tendência é a
diminuição dos “feudos” nas organizações. Deve haver um livre fluxo
de comunicações entre as várias unidades da organização.
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VELOCIDADE DAS MUDANÇAS
A velocidade dos negócios assume importância cada vez maior.
A capacidade para mudar é uma das características importantes da
organização de sucesso do futuro. Essa capacidade depende da sua
agilidade, flexibilidade e velocidade.
As fábricas também têm que se ajustar a essas velocidades. É difícil
justificar as “fábricas exclusivas” de uma única linha de produto
quando este está sujeito a alta volatilidade. Como a demanda pelos
produtos e serviços flutua, as fábricas devem ser capazes de mudar a
produção ou fechar as portas. Cada vez mais esse dilema está
forçando as empresas a criar fábricas flexíveis.
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USO DAS TELECOMUNICAÇÕES
A transmissão de
exponencialmente.
informações
à
distância
tende
a
aumentar
O home banking substituirá boa parte dos serviços das agências. O
comércio eletrônico, o trabalho em casa, as organizações virtuais e
outras formas de atividades profissionais só aumentarão no futuro
próximo. Algumas empresas já estão interligadas com seus
fornecedores pelo Electronic Data Interchange (EDI).
Boa parte das transações comerciais será feita, cada vez mais, por
meio do uso de telecomunicações. O manufacturing resources
planning é usado nas modernas empresas industriais. A Oracle ou a
SAP, que possuem softwares integrados para todas as áreas das
empresas, estão presentes na maior parte das empresas modernas.
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PRIORIDADE DO CLIENTE
O aumento da competição trouxe para o primeiro plano a importância
e a prioridade a ser dada ao cliente. As atividades que adicionam valor
para o consumidor ficam cada vez mais importantes, obrigando uma
análise permanente do que está sendo feito e por quê.
Deve-se, portanto, colocar o poder decisório o mais próximo possível
do cliente.
Todos na empresa devem estar preocupados com a criação de valor
para o cliente. É fácil concluir que os clientes precisam ser ouvidos.
Não basta produzir e comercializar o que o cliente deseja. É preciso
servi-lo bem.
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CULTURA ORGANIZACIONAL
Para que a organização funcione como equipe unida, é indispensável
forte comprometimento com a cultura e os valores da organização.
Não significa que a cultura tenha que ser rígida e uniforme ao longo
da estrutura.
Pode e deve haver culturas diversas na mesma organização, desde
que suas premissas e valores básicos sejam respeitados em todas.
IDECC- INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO- PROFESSOR JOSE CORREIA
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FORMAÇÃO DE LÍDERES
Uma organização bem-sucedida deve ser capaz de formar líderes em
todos os níveis. Formação de líderes requer apoio e encorajamento e
não punições pelos erros involuntários.
É parte da responsabilidade da administração superior da organização
a criação de um clima que propicie a formação de lideranças. Isso se
faz pelo exemplo, pela orientação e pela delegação de
responsabilidades pelas decisões, pela criação de um clima de
confiança recíproca.
Cada administrador deve-se tornar líder, orientador e educador do seu
grupo em vez de chefe autoritário.
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A PRIORIDADE DA QUALIDADE
O aumento da competição e os recursos tecnológicos disponíveis
tornam a qualidade prioridade central de qualquer processo produtivo.
O diferencial de qualidade que uma empresa é capaz de proporcionar
nos seus produtos e serviços vai definir o seu êxito.
A quantidade deverá ser conseqüência da qualidade.
DESREGULAMENTAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO
A tendência pela desregulamentação e privatização parece não ter
fim. Telecomunicações, serviços públicos, companhias aéreas, serviços
financeiros e assistência médica são apenas alguns dos
tradicionalmente regulamentados que estão passando por uma
mudança traumática.
Na maioria desses setores, as fusões e aquisições são típicas.
IDECC- INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO- PROFESSOR JOSE CORREIA
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FIM DA INTERMEDIAÇÃO
Em quase todos os setores, a distância entre o produtor e o usuário
final está diminuindo.
As várias etapas da distribuição  atacadistas, intermediários,
varejistas  estão sendo reduzidas a uma única etapa. Novos canais
estão surgindo. A Internet atinge diretamente o usuário final.
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67
Download

AULA 09