Análise Comparativa entre Produtos com
demanda de Alta e Baixa Elasticidade
1. Conceitos
de
Elasticidade
de
Demanda
A elasticidade de demanda busca estudar a existência ou não da variação da
demanda (ou oferta) de um determinado produto, quando o mesmo é submetido
a uma determinada variabilidade no preço ou na renda. O preço e a renda são os
fatores determinantes que geram a mudança na demanda ou na oferta
possibilitando a análise da elasticidade.
Segundo Mochón (2007) a elasticidade será a medida que gerará a percepção
do crescimento ou decrescimento da demanda ou da oferta de produtos ou de
serviços, quando os mesmos são submetidos aos seus fatores determinantes ao
mercado.
Um produto possui uma Alta Elasticidade quando há um elevado grau de
resposta da quantidade demandada, quando há uma variação de preços. Quando
relação da variação da demanda em relação ao preço é baixa, há portanto uma
Baixa Elasticidade em relação ao produto.
Podemos mostrar graficamente os dois modelos de elasticidade de demanda
nas figuras 1 e 2.
Preço
Preço
5
5
3
3
10
50
Figura
1:
Demanda
Elástica
Fernando
Saba
Arbache
Quantidade
Quantidade
Figura
2:
Demanda
Inelástica
1
A Figura 1 demonstra uma demanda elástica, pois com a redução do preço do
produto, há um aumento na demanda, ao contrário do que ocorre na figura 2,
onde a redução da demanda não significou um aumento ou redução da demanda.
1.1.
Fatores
condicionantes
da
elasticidade
preço
da
demanda
Os fatores que afetam a elasticidade-preço são:
i.
Bens de Luxo
ii.
Bens necessário
iii.
Bens com substitutos próximos
iv.
Parcela da renda gasta com um bem
v.
Período do bem considerado
Suponha que um produto seja submetido a um aumento de preço, por
exemplo. Para verificar a sua elasticidade, analisa-se inicialmente se após esta
mudança em seu preço, houve queda na demanda. Se houve então o produto é
um candidato a alta elasticidade de demanda, porém se não ocorreu variação,
provavelmente o produto é de baixa elasticidade.
1.2.
Variáveis
de
decisão
1. Ciclo de vida;
2. Risco de obsolescência (tem eu se ponderar o que é obsoleto ou perecível);
3. Custo do produto
4. Custo de oportunidade
2. Produtos
com
demanda
inelástica
Categorias de produtos que podem ser classificados para produtos com
demanda de baixa elasticidade:
 Commodities (definir o que é commodities e considerar quais são os
commodities que tendem a inelasticidade);
 Vício (definir o que são produtos de grife)
Fernando
Saba
Arbache
2
 Grife (definir grife e diferenciar de marca – confirmar que as marcas com
demanda inelástica passam a ser grife)
2.1.
Avaliação
das
variáveis
de
decisão
em
relação
a
produtos
de
baixa
elasticidade
1. Ciclo de vida: em geral podemos ponderar que os produtos de baixa
elasticidade tendem a ter que ciclos de vidas muito longos, pois os
mesmos tendem ter pouca evolução em sua tipologia, porém tem que se
considerar que algumas commodities, principalmente as com baixa
elasticidade possuem alta perecidade, o mesmo tem que ser relevado para
considerarmos os atributos logísticos;
2. Risco de obsolescência: os produtos tendem a ocorrer cada vez menos
com produtos de baixa elasticidade, pois os mesmos possuem um longo
ciclo de vida, portanto há uma tendência dos mesmos tornarem-se mais
obsoletos. Tem que se relevar a perecividade;
3. Custo do produto: é necessária a verificação do custo do produto corelacionando com suas categorias, pois assim podemos trabalhar com os
valores altos e baixos relativos, desta forma podem considerar os produtos
caros e baratos, porém temos que considerar a relatividade do valor
investido. Se considerarmos os commodities bens de consumos, os
mesmos são considerados de baixo custo, portanto, porém ao analisarmos
os produtos de grife, os mesmos possuem preços extremamente elevados;
4. Custo de oportunidade1: quanto mais o valor do produto aumenta, e
quanto mais o giro do produto é lento, maior a possibilidade do mesmo
1
O
custo
de
oportunidade
é
relativo
ao
valor
imobilizado
que
se
faz
ao
produto.
Ao
se
fazer
um
investimento
em
um
determinado
produto
ou
serviço,
é
necessário
imobilizar
capital
para
realizar
tal
ação.
O
quanto
mais
este
capital
fica
imobilizado,
menos
podemos
utilizá‐lo
para
implementar
outros
projetos.
Esta
incapacidade
de
flexibilizar
este
capital
para
outros
fins,
tende
a
gerar
uma
perda
da
oportunidade:
“se
usarmos
um
cientista,
como,
por
exemplo,
Einstein,
para
cortar
grama,
este
tempo
que
o
mesmo
deixou
de
pesquisar,
poderá
custar
ao
mundo
um
valor
extremamente
grande.
Por
outro
lado,
se
usarmos
um
jardineiro,
e
se
o
mesmo
for
para
um
laboratório,
nada
ocorrerá,
pois
o
mesmo
não
produzirá
absolutamente
nada,
portanto
seu
custo
de
oportunidade
de
estar
no
laboratório,
em
detrimento
ao
trabalho
no
jardim,
é
infinitamente
inferior
ao
tempo
gasto
do
pelo
Einstein
em
cortar
a
grama.
Fernando
Saba
Arbache
3
ter alto custo de oportunidade. Se considerarmos as commodities de bens
de consumo, seus valores são extremamente baixos em relação a aos bens
de serviços com demanda elástica, portanto, mesmo se o giro for lento, o
capital imobilizado será baixo, portanto, o “Custo de Oportunidade”
também será baixo. No entanto, se analisarmos os produtos como Grife,
seu preço é extremamente mais alto que os mesmos produtos da mesma
categoria, portanto o custo de oportunidade é extremamente alto, e
principalmente se o giro for lento;
Fernando
Saba
Arbache
4
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