54º Congresso Brasileiro de Genética
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Resumos do 54º Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2008
Bahia Othon Palace Hotel • Salvador • BA • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
Capacidade de combinação em
pimentão para resistência a oídio
[Leveillula taurica (Lév.) Arn.]
Marchesan, CB1; Melo, AMT2; Paterniani, MEZ3
IAC – Centro de Horticultura, Campinas-SP
IAC – Centro de Horticultura, Campinas-SP
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IAC - Centro de Grãos e Fibras, Campinas-SP
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Palavras-chave: Capsicum annuum L., Oidiopsis taurica (Lév) Arn., melhoramento genético, hortaliças, híbridos
Com o aumento do cultivo de pimentão em ambiente protegido, patógenos que antes não tinham importância passaram a
causar sérios prejuízos aos produtores pelo fato do cultivo protegido oferecer as condições ótimas para o desenvolvimento
desses organismos, a exemplo da Leveillula taurica (Lev.) Arn., fungo causador do oídio. Em sua forma anamórfica
esse fungo é conhecido por Oidiopsis taurica e é nessa fase que se torna patogênico. Com o aparecimento do oídio nas
plantações de pimentão em casa de vegetação, os agricultores passaram a usar fungicidas sistêmicos e específicos, porém,
os resultados nem sempre são satisfatórios. Além disso, o uso indiscriminado pode induzir e promover o surgimento
de raças resistentes do patógeno ao fungicida. Levando-se em conta que o cultivo protegido de pimentão no Brasil
é importante e crescente, a incorporação de genes que conferem resistência ao oídio é de grande importância para a
manutenção desse sistema de cultivo. O objetivo desse trabalho, realizado em 2007, em Campinas-SP, foi avaliar o grau
de severidade da doença dos híbridos triplos de pimentão e alguns aspectos agronômicos por meio da capacidade geral
e específica de combinação dos genitores. Os híbridos foram obtidos por meio de cruzamentos entre cinco híbridos
comerciais suscetíveis (Margarita, P-36R, Platero, Quantum-R e Rubia-R), utilizados como genitores femininos, e
duas fontes de resistência (pimentão HV-12 e pimenta #124), usadas como genitores masculinos. Para a avaliação da
severidade da doença utilizou-se escala de notas de 1 a 5, variando de plantas resistentes a altamente suscetíveis. Para a
caracterização agronômica dos frutos, avaliaram-se peso médio do fruto, comprimento médio do fruto, largura média
do fruto, relação entre comprimento e largura do fruto e espessura da polpa. Para as análises estatístico-genéticas,
adotou-se o método dois, modelo I de Griffing, adaptado para dialelo parcial. O delineamento experimental foi o
de blocos ao acaso, com 17 tratamentos, incluindo 10 híbridos experimentais e 7 genitores, 8 repetições e 4 plantas
por parcela. Os resultados mostraram que os efeitos aditivos foram superiores aos efeitos não-aditivos para todos os
componentes agronômicos avaliados. O quadrado médio significativo da capacidade específica de combinação para a
severidade da doença indicou a importância de genes com efeito de dominância e epistasia. Os híbridos triplos obtidos
do cruzamento com ‘Quantum-R’ e ‘Rubia-R’ apresentaram capacidade geral de combinação negativa e mostraram-se
os mais tolerantes ao oídio. O pimentão ‘HV-12’ foi considerado a melhor fonte de resistência ao patógeno.
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Leveillula taurica (Lév.) Arn.