Colégio Estadual Sol de Maio
Ensino Fundamental, Médio e Profissional.
Rua: Pedro Francisco Keru, 120 – Três Lagoas.
Cep: 85862-575 Tel: (45) 3577-2484
Foz do Iguaçu - Pr
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Foz do Iguaçu
2011
Colégio Estadual Sol de Maio
Ensino Fundamental, Médio e Profissional
Rua: Pedro Francisco Keru, 120 – Três Lagoas
Cep: 85862-575 Tel: (45) 3577-2484
Foz do Iguaçu - Pr
Projeto Político Pedagógico
Projeto apresentado como requisito
à administração política, econômica
e pedagógica, do Colégio Estadual
Sol de Maio, durante um período de
01 ano, após aprovação, sob a
orientação e coordenação da Equipe
Pedagógica da SEED/NRE de Foz do
Iguaçu
e
a
do
Colégio.
“A educação do homem começa
no momento do seu nascimento;
antes de falar, antes de entender, já
se instrui.”
(Jean Jaques Rousseau)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 7
2 IDENTIFICAÇÃO E HISTÓRICO DO COLÉGIO ............................................ 8
3 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL .......................................................................... 9
4 PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR ....................................................... 14
5 DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO .................................................. 16
6 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR TEMPO E ESPAÇO ....................................... 17
6.1 RECURSOS FÍSICOS ................................................................................ 18
6.2 RECURSOS HUMANOS ............................................................................ 22
6.3 BIBLIOTECA .............................................................................................. 22
6.4 LABORATÓRIO ......................................................................................... 23
6.5 VIDEOTECA (MULTIMÍDIA) ....................................................................... 24
6.6 CALENDÁRIO ESCOLAR .......................................................................... 24
7 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR .................................................................. 25
8
CULTURA
AFRO
BRASILEIRA
E
INDÍGENA
(EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR) ...................................................................................... 26
9 INCLUSÃO EDUCACIONAL ........................................................................ 29
9.1 DIVERSIDADE SEXUAL ............................................................................ 30
10 HORA ATIVIDADE ..................................................................................... 31
11 FILOSOFIA E OS PRINCÍPIOS DIDÁTICOS – PEDAGÓGICOS DA
INSTITUIÇÃO .................................................................................................. 31
11.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ............................................................... 34
11.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM ...................................................................... 36
11.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ............................................................... 42
11.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ...................................................... 53
11.5 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA ................................................................ 53
11.6 CONCEPÇÃO DE MUNDO ...................................................................... 54
11.7 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ............................................................... 54
11.7.1 Recuperação paralela ........................................................................... 58
11.8 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO .............................................................. 58
11.9 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA ............................................................ 63
11.10 CONCEPÇÃO DE CULTURA ................................................................. 64
12 ENSINO – APRENDIZAGEM ..................................................................... 67
13 DIREITOS HUMANOS ................................................................................ 68
14 PLANEJAMENTO DE AÇÕES DA ESCOLA ............................................. 69
14.1 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO ................................................ 69
14.2 GESTÃO DEMOCRÁTICA E PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO: ALGUNS
APONTAMENTOS PARA A ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA EM SUA FUNÇÃO SOCIAL. ..... 70
15 INSTÂNCIAS COLEGIADAS ..................................................................... 71
15.1 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.................................................................. 71
15.1.1 COMPOSIÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 2010 ...................... 73
15.2 APMF – (ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRE E FUNCIONÁRIOS) .......................... 73
15.3 GRÊMIO ESTUDANTIL ............................................................................ 74
15.4 CONSELHO ESCOLAR ........................................................................... 75
16 DIREÇÃO ESCOLAR ................................................................................. 75
17 SECRETARIA ESCOLAR .......................................................................... 76
18 EQUIPE PEDAGÓGICA ............................................................................. 76
19 PROJETOS................................................................................................. 78
19.1 PROJETOS INTERDISCIPLINARES - RELAÇÃO COM A AGENDA 21 .............80
19.2 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM: ............................................................... 87
19.3 EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO ...................................................................... 88
20 PROGRAMAS ............................................................................................ 90
20.1 CELEM – CENTRO DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA ................. 90
20.2 MAIS EDUCAÇÃO ................................................................................... 92
20.2.1 FANFARRA ........................................................................................... 92
20.2.2 TEATRO................................................................................................ 93
20.2.3 NATAÇÃO ............................................................................................. 93
20.2.4 MATEMÁTICA ....................................................................................... 94
20.2.5 XADREZ................................................................................................ 95
20.3 PEP - PRONTIDAO ESCOLAR PREVENTIVA ......................................... 95
21 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ................................ 97
21.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................ 97
21.2 EDUCAÇÃO FISCAL ................................................................................ 98
21.3 ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NA ESCOLA ..................................... 98
21.4 PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS .................................... 99
22 COMUNIDADE ESCOLAR “FORMAÇÃO CONTINUADA” ..................... 99
23 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO .............................................................. 101
24 AVALIAÇÃO INTERNA E EXTERNA DO TRABALHO NA ESCOLA ..... 101
25 AVALIAÇÃO DO PPP .............................................................................. 102
26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 106
APRESENTAÇÃO
O Projeto elaborado tem como objetivo registrar o plano de ação, no âmbito
político, econômico e didático, por um período de um ano. Registramos toda a
fundamentação teórica que alicerça a nossa Filosofia de Trabalho, que se
centra nos conceitos e concepções de uma Linha Pedagógica Progressista,
segundo Vygotsky (2003), Freire (2005) e outros, contextualizando ao mundo
globalizado e neoliberal.
Portanto, apresentamos e registramos o referencial e o diagnóstico que de
certa forma caracteriza e determina a formação da personalidade das pessoas
da nossa comunidade, e também as ações pedagógicas já tomadas e que
tomaremos para contribuir para a formação do caráter do nosso aluno,
visando-o como um homem sujeito, cidadão ético e moral. Para isso, a nossa
pesquisa aborda o contexto histórico universal e local; a história da escola e do
bairro; o diagnóstico da escola, enquanto estrutura física, relacionamento entre
todas as pessoas que estão inseridas no ambiente escolar; processo ensinoaprendizagem; evasão e indisciplina. Todos os dados foram coletados através
de questionários dirigidos, gráficos e registros das ações propostas para a
continuidade, visando um trabalho educativo de qualidade.
7
1 INTRODUÇÃO
O Projeto Político Pedagógico é um documento que tem o objetivo de
registrar o funcionamento e as ações administrativas e pedagógicas do
Colégio Estadual Sol de Maio, alicerçado em documentos legais como a
Constituição Federal, LDB 9394/96, Estatuto da Criança e do Adolescente,
Regimento escolar, Pareceres, Resoluções e outros. O mesmo foi elaborado a
partir do enfoque da História do Bairro, do Colégio; dos Projetos a serem
desenvolvidos; Atividades Culturais; Desportivas e de Ações Sociais; Eventos,
Regimento Interno do Colégio; Proposta Curricular Fundamental e do Ensino
Médio; critérios para concretização da Recuperação Paralela, Avaliação
Semestral, Matriz Curricular; Linha Filosófica e Pedagógica e Metodologia
Geral, adotada por todos os docentes e complementada com metodologia
pessoal de cada docente.
Logo, para as tomadas de decisões que se referem à reestruturação do
regimento da Instituição de Ensino, pesquisou-se todos os documentos que
dão respaldo legal para se trabalhar com a formação do caráter e
conhecimentos sistematizados do aluno, como também a concepção de
família, concepção de docente e demais funcionários da escola. É também,
enfocado o Marco Situacional do colégio, a partir da caracterização do bairro e
da comunidade escolar, tanto família, quanto aluno desta Instituição,
registrando-se então o diagnóstico da mesma, conceitos e as operações e
soluções, a fim de erradicar as ações negativas, reaproveitar e reestruturar
àquelas que são positivas.
Este Estabelecimento de Ensino fomenta no seu conjunto, na sua matriz
curricular, uma ampla diversificação dos tipos de estudos disponíveis,
estimulando alternativas que a partir de uma base comum a ser
complementada com uma parte diversificada, exigida pelas características
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da comunidade,
oferecendo opções de acordo com as características dos alunos e as
demandas do meio social, do mercado de trabalho, dos estudos mais abstratos
e conceituais , aos programas que alternam a formação escolar e experiência
profissional; das matrizes curriculares mais humanísticas aos mais científicos,
8
aos artísticos, sem negligenciar as oportunidades determinadas na oferta de
alternativas. Sendo assim, como divisão referencial, temos três momentos ou
atos: Situacional, Conceitual e Operacional, que são argumentados, cada qual,
no desenvolvimento do Projeto.
2 IDENTIFICAÇÃO E HISTÓRICO DO COLÉGIO
O Colégio Estadual Sol de Maio Ensino Fundamental, Médio e
Profissional, está localizado na Rua Pedro Francisco Keru, 120 – Bairro Três
Lagoas,
Foz
do
Iguaçu,
Telefone
(45)
3577-2484,
e-mail
[email protected], CEP: 85862-575 sendo mantido pelo governo do
Estado do Paraná. A escolha do nome desta Escola deu-se via votação por
lideranças da comunidade, e representantes do Núcleo Regional de Ensino de
Foz do Iguaçu. O escolhido fora Sol de Maio, em homenagem ao loteamento
na qual esta inserida.
Aos vinte e três dias do mês de janeiro de dois mil e dois, foi criado e
autorizado pela Resolução nº 185/02 o funcionamento do mesmo ofertando
duas modalidades de ensino: o Fundamental e Médio.
Aos vinte e seis dias do mês de julho de 2010 foi criado e autorizado
pela resolução nº 3203/2010, mais uma modalidade de ensino e está sendo
ofertado o curso profissional de Técnico em Logística, Integrado e
Subsequente e Técnico em Comércio Exterior Integrado e subsequente.
O Colégio foi construído em 2001 com uma área de 2076,93 m2 com
capacidade para receber 1700 alunos.
Inaugurado no dia quinze de março de 2002, tem atualmente 1400
alunos distribuídos nos três turnos de funcionamento, matutino Ensino
fundamental, médio e profissional, vespertino- Ensino fundamental, noturno –
Ensino fundamental, médio, profissional e Celem, formando um total de 47
turmas distribuídas nos três turnos.
Atualmente o corpo docente do Colégio é formado por 67 professores
especialistas, sendo três pedagogos. O setor administrativo é composto por
21 funcionários distribuídos entre Agentes Educacionais I e II.
9
O diretor dessa unidade de ensino é o professor Nivaldo Vanderlei
Balla, tendo como diretoras auxiliares as professoras Eliani Pastorini Alves e
Rosa Maria Ferreira.
3 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A educação é dever da família e do Estado. Inspirada nos princípios da
liberdade nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação. De acordo com as Leis Federais e Estaduais que regimentam
as práticas educativas podemos citar que a Lei de Diretrizes e Bases nº
9394/96, sancionada pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, que
interagida com a Constituição Federal de 1988 e Estatuto da Criança e do
Adolescente, por si só, regulamenta todos os setores, incorporados numa série
de inovações pedagógicas.
A formação básica comum é constitucionalmente definida pelos
conteúdos mínimos, cabendo aos subsistemas sua complementação para
imprimir aos currículos uma característica regional. Logo, a proposição do
currículo mínimo básico pressupõe o reconhecimento da necessidade de
conteúdos corretos, desenvolvidos por pessoas qualificadas ajustadas à
realidade, admitindo-se, no entanto, o pluralismo de ideias e de concepções
pedagógicas.
O funcionamento da nossa Escola está regimentado, segundo LDB
9394/96, que descreve nos artigos, parágrafos, incisos e alíneas, que:

A educação abrange os processos formativos que desenvolvem na
vida familiar.

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem
na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas
instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à
prática social.
10
E para as aulas ministradas o ensino será ministrado com base nos
seguintes princípios:
I. Igualdade de condições para o acesso e permanência no colégio;
II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV. Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V. Valorização do profissional da educação escolar;
VI. Garantia de padrão de qualidade;
VII.
Valorização da experiência extraescolar.
VIII.
Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
sociais.
Dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado
mediante a garantia de:
I. Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que ele
não teve acesso na idade própria;
II. Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino
médio;
III. Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
criação artística, segundo a capacidade de cada um ;
IV. Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do
educando;
V. Padrões mínimos de qualidade de ensino definido como a variedade
e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao
desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.
O estabelecimento de ensino respeita as normas comuns e as do seu
sistema de ensino, terão a incumbência de:
I. Elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II. Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III. Assegurar
o
cumprimento
dos
dias
letivos
e
horas-aula
estabelecidas;
IV. Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V. Prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
11
VI. Articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de
integração da sociedade com a escola;
VII.
Informar aos pais e responsáveis sobre a freqüência e o
rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua
proposta pedagógica;
Os docentes incumbir-se-ão de:

Participar
da
elaboração
de
proposta
pedagógica
do
estabelecimento de ensino;

Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta
pedagógica do estabelecimento de ensino;

Zelar pela aprendizagem dos alunos;

Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento;

Ministrar os dias letivos e hora-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação

Colaborar com as atividades de articulação do colégio com as
famílias;

Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática
do ensino público na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;

Participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes.
A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando,
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania
e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
A Escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de
transferências entre estabelecimentos situados no país e no exterior, tendo
como base as normas curriculares gerais;

O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais.

A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será
organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
12

A classificação em qualquer série, exceto a primeira do ensino
fundamental, pode ser feita:
a) Por promoção, para aluno que cursaram, com aproveitamento, a
série ou fase anterior, na própria escola;
b) Por transferência, para candidatos procedentes de outras
escolas;
c) Independentemente
avaliação
feita
de
pela
escolarização
escola,
que
anterior,
define
o
mediante
grau
de
desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua
inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação
do respectivo sistema de ensino;
A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados
ao longo do período sobre as eventuais provas finais;
Possibilidades de aceleração de estudos para alunos com atraso
escolar;
Possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação
do aprendizado;
Aproveitamento de estudos concluídos com êxito.
Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos
ao período letivo para os casos de baixo rendimento escolar, a serem
estipulados
pela instituição de ensino em seu regimento; ou seja, a
recuperação de estudos será paralela, obedecendo ao critério de cada
avaliação proporcionada ao aluno, e se este não atingir o quesito proposto, o
professor num prazo de 15 dias, retomará o conteúdo e oportunizará o aluno a
fazer outra avaliação de recuperação, e, caso este não atinja acima da média
padrão, considerar a avaliação de maior valor.
O controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no
seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigido a
frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para
aprovação; Cabe a instituição de ensino expedir históricos escolares,
declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de
cursos, com as especificações cabíveis.
13
Será objetivo permanente das autoridades, responsáveis alcançarem
relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e
as condições materiais do estabelecimento.
Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições
disponíveis e das características regionais e locais, estabelecerem parâmetro
para atendimento do disposto neste artigo (pág. 38 da LDB).
A Escola oferecerá um Ensino Fundamental, gratuito, inclusive para os
que a ele não tiveram acesso na idade própria; uma progressiva extensão da
obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; um atendimento educacional
que visa à criação artística segundo a capacidade de cada um e também
oferecerá o Ensino noturno regular adequado às condições do educando.
A Escola desenvolverá a aprendizagem do educando assegurando-lhe a
formação comum e indispensável para o exercício da cidadania visando incitálo a ir em busca de estudos superiores. Para isso, a Escola, segundo
autonomia que lhe é concedida via Leis e SEED, classificará e reclassificará os
alunos em qualquer série, quando se fizer necessário de acordo com a
Constituição que a regimenta, a LDB, ou seja, a lei de Diretrizes e Bases,
conforme capítulo III da Educação, da Cultura e do Desporto, Seção I, da
Educação, em que priorizamos:
Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
arte e o saber.
Outro documento que regimenta o Projeto Político Pedagógico é o
Estatuto da Criança e do Adolescente, em específico Direito à Educação, à
Cultura, ao Esporte e ao Lazer, no capítulo IV do documento em questão,
descreve que:
A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo pra o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
 Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
 Direito de ser respeitado;
 Direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores;
IV. Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
14
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do
processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas
educacionais.
Os dirigentes de estabelecimento de ensino fundamental comunicarão
ao Conselho Tutelar os casos de:
I. Maus-tratos envolvendo seus alunos;
II. Reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os
recursos escolares;
III. Elevados níveis de repetência.
No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos
e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente,
garantindo-se a estes a liberdade de criação e o acesso às fontes de cultura.
Perante todas as leis, e em observância as mesmas, elaborou-se o
projeto Político Pedagógico com o intuito de auxiliar na formação de um
homem idôneo, ou seja, com caráter, ética, moral, enfim, um cidadão.
Ressalvamos que todas as leis descritas asseguram o direito do aluno
em estar num ambiente escolar que lhe propicie ensino gratuito de qualidade a
fim de que o mesmo esteja hábil e competente para manusear o conhecimento
sistematizado e científico, contextualizado e interagindo a sua prática
cotidiana.
4 PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR
O Colégio Estadual Sol de Maio, sito à Rua Pedro Francisco Keru, 120,
no loteamento Sol de Maio, na Região da Grande Três Lagoas, tem como
objetivo atender alunos de 5º a 8º série do ensino fundamental nos períodos
matutino, vespertino e noturno bem como o ensino médio Educação Geral e
Educação Técnica Profissional Integrada nos períodos matutino e noturno,
Educação Técnica Profissional Subsequente no período noturno, dando
preferência ao atendimento de alunos que residam nas suas imediações.
Uma Escola de médio porte, que abrigará aproximadamente 1700
alunos, está sob a direção do Diretor geral Nivaldo Vanderlei Balla, e das
diretoras-auxiliares Eliani Pastorini Alves e Rosa Maria. A Escola tem suas
15
atividades voltadas para com o compromisso de formar cidadãos íntegros,
éticos, aptos a se relacionarem com o próximo respeitosamente, com os
padrões estabelecidos pelo mercado de trabalho e sistema, com o contexto do
dia a dia e, acima de tudo, hábil e competente para exercer o seu papel
humano com responsabilidade, satisfação pessoal e econômica, interagindo
todas as ações com o conhecimento sistematizado que lhe é ensinado e
orientado ao longo de sua carreira escolar, no segmento Fundamental.
O Projeto Político Pedagógico está vinculado à luta pela construção de
um homem novo e uma nova sociedade, a partir de reflexões feitas sobre a
política, a economia, a sociedade, tudo, interagido às ações pedagógicas,
proporcionando um idealismo, um trabalho benéfico, uma esperança nas
possibilidades
de
mudanças
e
valorização
do
conhecimento
e
da
potencialidade, para desenvolver e solucionar as problemáticas do dia a dia,
visando o processo de transformação; o resgate da autoestima; da cultura
vinculada à identidade social, que represente com seus valores, crenças e
ideal, diante à sociedade que estamos inseridos.
Com relação à concepção de mundo e consequentemente de homem,
enquanto Conceitual e Situacional, registramos que na década de 80 e
princípio dos anos 90 predominou a visão de que estávamos no mundo de
corporações globais onde ultrapassavam as fronteiras nacionais, em que
alguns intelectuais denominam de aldeia global de estados interdependentes,
entrelaçados por corporações internacionais e um conceito de um mundo
bipolar e/ou tri polar, com uma economia mundial mais diversificada e baseada
no
emergente
milagre
econômico
asiático
e,
que,
portanto,
na
contemporaneidade, a globalização é entendida como uma palavra chave na
progressiva hegemonia do imperialismo norte-americano (detém 70% da
concentração do poder econômico). A jornada escolar no ensino fundamental
incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo
progressivamente ampliado o período de permanência na escola.
Por outro lado, também o neoliberalismo que visa o ajuste e
transformações estruturais de uma maneira mais específica à aplicação de
uma política social, conceitualmente articulada com as ações técnicas,
programáticas e casuísticas, para enfrentar a deteriorização social, a fim de
conseguir uma melhor utilização dos recursos de bens.
16
Portanto, um diagnóstico com tal realidade interfere no planejamento
econômico das famílias de nossos alunos e, concomitantemente na
disponibilidade de tempo para eles se dedicarem aos estudos. Tais políticas
provocaram a recessão no mercado de trabalho, os achatamentos dos salários
e os aumentos de preços nas mercadorias ou produtos básicos para
sobrevivência, fazendo assim, com que o nosso menor, adolescente e adulto,
tenha que trabalhar para ajudar com as despesas da família, sentindo-se
assim cansados e com poucas possibilidades para manter-se concentrado, no
instante da aquisição do conhecimento sistematizado e científico.
Entende-se que fatores externos interferem no perfil da comunidade e
consequentemente na aprendizagem e na permanência dos educandos na
escola. Estas interferências externas, devem ser tratadas arduamente não só
com programas sociais que hoje existem, mas com uma política educacional
de berço, desde as series inicias programas definidos e acima de tudo com
responsabilidade governamental.
5 DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO
O Colégio Estadual Sol de Maio Ensino Fundamental, Médio e
Profissional nasceu da luta da comunidade para poder atender os jovens que
estudavam em outra escola no mesmo bairro, em turno intermediário. A
comunidade que hoje participa do Colégio Sol de Maio é como a maioria das
outras também posicionadas nas periferias dos centros de médio porte,
apresentando na sua maioria pessoas criativas de bom gosto e guerreiras, no
seu lado cultural. No social e financeiro, por ser um município de fronteira, a
empregabilidade esta direcionado ao ramo turístico e hoteleiro e também em
sua maioria vivem do trabalho informal. Uma das características marcantes
desta comunidade é a rotatividade da população, fazendo com que sua
permanência não perdure. Hoje esta entidade oferece curso profissionalizante
nas áreas de Comercio Exterior e Logística, pois a região apresenta outras
peculiaridades, que propiciam estes cursos. Quando se fala em necessidade
real, falamos na falta de apoio psicológico aos alunos para avaliação da
desestrutura familiar para avaliar os impactos gerados na sua construção
social influenciando diretamente na aprendizagem. Para muitos o difícil acesso
17
para a escola, os pais que por força do trabalho não podem estar em suas
casas para encaminhá-los à escola, facilitando para que ele faça outras
atividades que não é a da escola. Alunos desinteressados. Dificuldade para
visitas técnicas, pois eles têm que escolher entre o trabalho e a sua instrução.
Quando falamos em profissionais das áreas técnicas, muitas são as
dificuldades, já quem poucos são os técnicos que gostam do magistério. A
falta de profissionais concursados e lotados na escola. Professores
contratados (PSS) que atuam em várias escolas, não conseguem conhecer a
comunidade porque ele é rotativo.
As famílias atendidas possuem poder
aquisitivo baixo para a sua manutenção, com vinte e cinco por cento
necessitando da bolsa família do governo federal. A escola, como instituição
cultural, deve transmitir a seus alunos o conhecimento acumulado pela
humanidade. Os conteúdos devem ser também um meio para levar o aluno a
desenvolver habilidades que, harmonicamente conduzidas, — tornar-se-ão
competências necessárias para uma vida de qualidade com cidadania. A
missão dessa instituição educacional é formar os adolescentes para o amor ao
conhecimento. A escola se obriga fazer com que os seus alunos sejam felizes,
para isso, é necessário que o conhecimento seja transmitido de uma forma
prazerosa, interagindo com a própria comunidade. ―Oferecer ensino de
excelência à comunidade e propiciar condições para uma aprendizagem
significativa, atualizada e eficaz, que prepare alunos competentes, éticos e
com argumentação sólida‖.
6 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR TEMPO E ESPAÇO
O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e
gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão,
mediante; em específicos o segundo segmento, (séries finais) com duração de
quatro anos.
O ensino Médio, com duração mínima de três anos, na modalidade em
blocos semestrais.
O ensino profissional na sua forma integrada com duração de quatro
anos, cursos por séries anuais.
18
O ensino profissional na sua forma subseqüente com duração de um
ano e um ano e meio conforme o curso de preferência do aluno.
A carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por
um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar.
Também dará
atendimento ao educando do Ensino Fundamental quando este precisar de
material didático escolar, até, porque a Secretaria de Estado da Educação
proporciona estas possibilidades, para que o aluno possa adquirir um dos
instrumentos,
que
faz
parte
do
processo
ensino-aprendizagem
e,
concomitantemente, contribuir para com a qualidade da aprendizagem do
nosso aluno. O colégio Estadual Sol de Maio pela quantidade de matriculas até
o momento (1500) alunos, tem o Porte VII, divido em uma jornada escolar de
período matutino, vespertino e noturno. Seguindo calendário escolar de 200
dias letivos e 833 horas.
6.1
RECURSOS FÍSICOS
O Colégio Estadual Sol de Maio– Ensino Fundamental, Médio e
Profissional compreende uma área total de 6.870.33 sendo estes divididos em:
2.600.68 de área construída e 4.269.65 de área livre. Dentro da área
19
construída contamos com16 salas de aula, sendo as mesmas pelos educando
da rede estadual de ensino.
Sendo dividida em 16 salas de aula, 01 sala de multiuso, 01 biblioteca,
01 secretaria, 01 sala de direção, 01 sala de pedagogos, 01 professores, 01
laboratório de informática, 01 laboratório ciências, 01 refeitório, 01 quadra
coberta, 01 almoxarifado, 09 banheiros, 03 banheiros adaptados para
portadores de necessidades especiais, 01 radio escola, 01 Videoteca, 01
Cozinha, 01 despensa, 01 Cantina, Corredores.
Contamos também com os
seguintes materiais pedagógicos e tecnológicos:
* Mapas de Geografia:
* Mapas de História;
* Mapas de ciências;
* Livros didáticos;
* Revistas
* Jornais;
* Materiais para o laboratório de química como: compostos químicos,
microscópio eletrônico, beker’s, tubos de ensaios balança, laminas, fogareiro e
outros;
* Fitas cassetes, CD e DVD;
* Kit para Ed. Física (bolas, jogos de xadrez, domino, botão, redes,
raquetes, para ping – pong, colchonetes, bambolês, cordas, dardo, peso; jogos
pedagógicos.
* Kit para limpeza;
* Bandeira e escudo do colégio, bandeira do Brasil, Paraná, foz do Iguaçu;
* Kit para conservação e manutenção do prédio como: tintas, lixas, pincel,
rolo para pintar, chave de fenda, pregos, martelo, enxadas, picaretas, rastelo;
* Materiais como uso diário como: caneta, lápis, sulfites, pincéis piloto,
canetinhas, lápis de cor, tesouras, colas, fitas adesivas, cartolinas, papel
pardo, papel continuo, tinta para computador, maquina de fotocopias, giz,
apagadores, papel higiênico, copo descartáveis, sabonetes, toalhas, cesto
para lixo, jornais, revistas;
* Fantoches;
* Vasos;
* Flores;
20
* Retro projetor;
* TV;
* Vídeo – DVD ; (pen drive)
* Aparelho de som com cd;
* Cortinas;
* Ventiladores;
* Aparelhos condicionadores de ar;
* Mesa de ping-pong;
* Mesas e bancos para lanches;
* Palco;
* Geladeira;
* Fogão e forno industrial;
* Batedeira e processador industrial;
* Panelas;
* Talheres;
* Copos /xícaras;
* Cilindro para massas;
* Lixeiras;
* Estantes de aço;
* Armários de aço;
* Estantes de madeira;
* Arquivos de aço;
* Cantoneiras;
* Bebedouros;
* Mesa de pebolim;
* Computadores;
* Mesa de som, caixas de som externa e internas, amplificador,
microfones;
* Móveis como: mesas, cadeiras, escrivaninhas, racks, carteiras, quadro
negro;
* Horticultura;
* Lupa;
* Microscópio Binocular;
* Esqueleto Humano;
21
* Epíscopio;
* Suportes universais;
* Armários de madeira;
* Estante de madeira;
* Algodão;
* Balança;
* Dinamômetro;
* Vidro relógio;
* Cartolinas;
* Corantes;
* Diversos vasilhames de vidro;
* Estiletes;
* Termômetro;
* Tubos de Ensaio;
* Fogareiro;
* Gás;
* Pendulo;
* Laminas;
* Lâmpadas;
* Lápis de cor;
* Lupas;
* Luvas;
* Microscópios;
* Pinças;
* Reagentes químicos e outros;
* Soluções reagentes;
* Tintas;
* Suportes;
* Pipetas graduadas;
* Copos de Becker;
* Cilindros graduados;
* Bico de bunsem;
* Aparelho para eletrize;
* Anel de gravezante;
22
* Filtro de papel;
* Tripé;
* Catálogo contendo 50 espécies;
6.2
RECURSOS HUMANOS
O quadro de funcionários, Agente Administrativo I num total de onze,
estão distribuídos nos períodos matutino, vespertino e noturno, dos quais oito
fazem a manutenção das salas e pátio além de cuidar da disciplina dos alunos
e a segurança na entra dos seus respectivos turnos bem como a saída.
Serão
realizadas
periodicamente
reuniões
de
orientação,
onde
participam todo o colegiado, com trocas de ideias para solucionar os
problemas encontrados.
As merendeiras num total de três são responsáveis pelo preparo e
distribuição das refeições com muito zelo e dedicação, sempre com a
preocupação constante sobre a higiene, além do tratamento carinhoso com as
crianças e demais funcionários da escola.
Também com este grupo será feito um trabalho de orientação e
aperfeiçoamento constante.
Em relação à cantina da escola, a organização dos produtos e a higiene
atende as exigências sugeridas pela secretaria da saúde.
Os produtos e alimentos que serão vendidos na cantina, serão da
preferência dos estudantes.
Quanto ao quadro de funcionários de forma geral, prevê-se treinamento
constante, para que cada vez mais, possamos desempenhar nossas funções
de forma coletiva, um trabalho com qualidade, e que cada um tenha orgulho do
trabalho realizado, sentindo-se como membro importante e efetivo da equipe
escolar.
6.3
BIBLIOTECA
O profissional de biblioteconomia desempenha um papel relevante, por
organizar os livros, dispondo-os por assuntos, da montagem de fichário de
23
assinantes e do arquivo das obras, e também por ter uma função pedagógica
que inclui:

Orientação dos alunos na escolha das leituras;

Orientação sobre a procura de livros na biblioteca;

Orientação quanto à metodologia de pesquisa bibliográfica;

Campanhas de incentivo à utilização da biblioteca, a fim de criar o
hábito da leitura e da pesquisa;

Organizar murais pedagógicos nas datas significativas;

Promover eventos, como: o autor do mês, a hora do conto, etc.;

O bibliotecário é, também, um profissional que, quando competente
e devidamente estimulado pela direção, contribui para o êxito das
atividades escolares.
A biblioteca terá regulamento próprio, onde estarão explicitados sua
organização, funcionamento e atribuições do responsável e elaborado sob
orientação da Equipe Pedagógica, com a aprovação da Direção e do Conselho
Escolar.
6.4
LABORATÓRIO
Lugar específico para que os professores da área das ciências, biologia,
física e química possam conferir na prática o que se estudou na teoria, como
também desenvolver pesquisas científicas.
Quanto ao encaminhamento metodológicos serão priorizadas ações
como:

Utilização de alimentos, peles, saliva, para observações e
anotações referentes às células;

Possível construção de um herbário;

Observação de fungos e bactérias através do microscópio;

Verificar a qualidade da água;

Pilhas, fio de cobre;

Misturas de produtos que formam outro composto.
Os materiais de laboratório serão etiquetados de acordo com a
nomenclatura popular, científica, e validade quando se trata de produtos
perecíveis.
24
Portanto, a sua existência é para que os professores tenham mais
disponibilidade e facilidade para desenvolver as atividades no laboratório, já
que os equipamentos serão organizados e preparados para uso, quando
necessário.
6.5
VIDEOTECA (MULTIMÍDIA)
O objetivo da existência da mesma é para que o professor tenha acesso
a mais um recurso para preparar as suas aulas diversificadas.
Deverá haver uma videotecário (a) responsável pela organização e
manutenção do espaço, como também pela divulgação dos filmes e do roteiro
TV escola, ou seja, propaganda do material de Videoteca, gravações dos
programas de TV Escola, Globo Repórter no Cronograma, TV Paulo Freire e
TV Pen Drive de acordo com a necessidade de cada professor. Torna-se
também de responsabilidade da Videoteca de fornecer a fita, TV, CD,DVD,
vídeo, quando solicitado pelo professor; para isso ela registra saída e entrada
do material, observando os estados de conservação do mesmo, como também
a devolução de tudo que fora enviado para sala de aula,
Ressalva-se que antes de etiquetar as fitas, ela assiste aos filmes com o
objetivo de observar a qualidade do material, do enredo da informação, a fim
de se ter condições de elaborar um registro que aborda a temática de cada
filme.
Logo, a sua existência contribui para a elaboração de uma aula que visa
o conhecimento sistematizado e, concomitante a ela uma aula de lazer.
6.6
CALENDÁRIO ESCOLAR
O calendário escolar segue as orientações do Núcleo Regional de
Educação em consonância com a LDB art. 24 onde a carga mínima é de
oitocentas horas distribuídas, no mínimo em duzentos dias letivos de trabalho
escolar. O tempo gasto com exames finais não será incluída na carga horária,
o Calendário Escolar ainda prevê:

Início/fim do ano escolar;

Reuniões pedagógicas;
25

Conselho de classe;

Atividades culturais e esportivas;

Férias escolares, feriados;

Promoções e atividades extraclasses;

Total de dias letivos.
O colégio dentro de sua distribuição de turno e turma atenderá:
matutino, vespertino e noturno.
Matutino: Ensino Fundamental, Médio Educação Geral e Educação
Técnica Integrada.
Vespertino: Ensino Fundamental.
Noturno: Ensino Fundamental, Médio, Educação Técnica Integrada e
subsequente.
Preencher o relatório destinado à escola, informando a motivação dos
alunos nas salas de apoio e atividades realizadas pelo professor para subsidiar
o NRE na elaboração do relatório a ser enviado ao DEF, até o último dia útil de
cada semestre.
Acompanhar o desenvolvimento das atividades realizadas na sala de
apoio.
Manter contato frequente com o professor apoio, a fim de discutir e
acompanhar os avanços do aluno.
7 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
A organização curricular para os cursos de Ensino Fundamental
Médio e Profissionalizante está estruturada em séries anuais e por blocos e
os conteúdos são distribuídos por disciplinas. Os currículos a que se refere o
caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da
matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e
política, especialmente do Brasil.
O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos
diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento
cultural dos alunos.
A disciplina de Educação física, obrigatória da Educação Básica, no
Sistema Estadual de Ensino, é componente curricular da Base Nacional
26
Comum, em todas as séries, em todos os turnos de atuação. (Artigo I da
Instrução nº 03/04).
O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das
diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente
das matrizes indígena, africana e européia.
No ensino profissional os cursos Técnicos em Logística, Transporte e
Distribuição e Técnico em Comércio Exterior na sua forma integrada e
subsequente possuem sua organização curricular contendo as informações
relativas á estrutura do curso.
Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as
seguintes diretrizes:
I. A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e
deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem
democrática;
II. Consideração das condições da escolaridade dos alunos em cada
estabelecimento;
III. Orientação para o trabalho;
IV. Promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas
não formais.
8 CULTURA AFRO BRASILEIRA E INDÍGENA (Equipe Multidisciplinar)
Combater o racismo, o preconceito e outras posturas xenofóbicas são
responsabilidade da sociedade como um todo e não deve ser compreendida
em quanto tarefa exclusiva da escola. Trabalhar pelo fim da desigualdade
racial e social, as quais permeiam todos os setores da sociedade, permitindo o
nascer de uma realidade social humanizada, compete a todos inclusive a
escola.
Por ela passaram os equívocos sobre as civilizações africanas o silêncio
a respeito das produções e elaborações teóricas filosóficas e científicas,
artísticas, políticas realizadas pelo povo negro. A complexidade existente na
formatação da identidade negra no Brasil não pode desconsiderar o processo
de desvalorização da cultura de matriz africana, da imposição dos padrões
estéticos europeus, da ideologia do branqueamento ditando as normas de
superioridade do branco sobre o negro.
27
A reversão desse processo está vinculada ao reconhecimento da
diversidade, a valorização das pessoas negras e sua visão de mundo, a
crença na importância de uma educação que não negue sua participação
histórica para o renascer de uma outra sociedade.
Baseado na lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003, que torna
obrigatório nos estabelecimentos de ensino Fundamental e Médio, o ensino
sobre história e cultura Afro-brasileira, o currículo deve abranger os conteúdos
como um todo, em especial nas áreas de educação artística, literatura e
história brasileira. E a lei 11.645/2008 que altera a anterior.
Sabendo que o dia 20 de novembro como ―Dia Nacional da Consciência
Negra‖, buscando valorizar a história e cultura do povo negro.
―Os professores estudaram visando a compreensão de que devemos
ampliar o foco dos currículos para a diversidade cultural, racial, social e
econômica brasileira‖.
Baseado nas Diretrizes Curriculares e na Lei, os professores abordarão:
- ações que propiciem o contato com a cultura africana e afro
descendentes e indígenas;
- debates sobre criança e o jovem negro, sua família em diferentes
contextos – objetivando a diversidade étnico-brasileira;
- pesquisas sobre alimentação, música, religião, racismo, preconceito,
políticas, etc.
A preocupação com a transformação social, isso é fundamental durante
as aulas. Visto que o objetivo de contribuir com a transformação da realidade,
sempre levando em conta os limites da escola.
Fornecendo instrumentos aos educandos para que o mesmo possa
refletir sobre a realidade, compreendê-la, interpretá-la e perceber as
contribuições e mecanismos de que possa interferir.
Portanto fazer com que o educando, através de atividades desenvolva
raciocínio, argumentos e linguagem, espírito de indignação face aos problemas
sociais e dilemas humanos, reflexão sobre as diversas formas de preconceitos,
buscando entender os motivos de seus surgimentos, fazendo intervenções em
ocasiões que possa se apresentar. As políticas educacionais atuais para
realidade indígena partem dos fundamentos legais e conceituais presentes na
constituição de 1988 que colocou sobre novas bases os direitos indígenas. É
28
direitos constitucionais dos povos indígenas o reconhecimento e garantia de
seus territórios, de suas formas de organização social e de sua produção sócio
cultural, o ensino ministrado nas línguas indígenas e o reconhecimento dos
processos próprios de aprendizagem.
Dentro deste contexto temos então a interculturalidade que significa
abranger a diversidade cultural do processo de ensino e aprendizagem da
cultura indígena. Isto significa dizer que a escola deve dar um tratamento aos
valores, saberes e conhecimentos tradicionais, às práticas sociais de cada
cultura indígena e garantir assim o acesso de conhecimentos e tecnologias da
sociedade nacional relevantes para o processo de interação e participação
cidadã na sociedade nacional.
Com isso, as atividades curriculares indígenas devem ser significativas
e contextualizadas às experiências dos educandos de suas comunidades. A
nova escola indígena propõe ser espaço intercultural, onde se debatem e se
constroem conhecimentos e estratégias sociais sobre a situação de contato
interétnico. Podem ser conceituadas ainda nesta concepção as Escolas de
Fronteira, ou seja, espaços públicos em que situações de ensino e
aprendizagem estão relacionadas às políticas identitárias e culturais de cada
povo indígena.
Deste modo ações de práticas pedagógicas que têm como objetivo o
fortalecimento das identidades étnicas por meio da valorização e recuperação
da memória indígena, com relação aos processos históricos vividos, às lutas
empreendidas pela garantia do território e pela resistência às situações de
dominação.
Também
é
importante
desenvolver
processos
de
revitalização
linguística, criando itens lexicais que de em conta de novas realidades,
pesquisando com seus alunos junto às pessoas mais velhas seus
conhecimentos sobre sua língua materna, exercitando assim uma política
linguística que fortaleça o uso e a interpretação da língua materna indígena.
Outra característica dentro da cultura indígena se relaciona aos hábitos
alimentares dos mesmos, oportunizando dessa forma com que todos os alunos
sendo indígenas ou não, fossem incentivados a consumir alimentos próprios
da cultura indígena, além de pesquisarem seus hábitos alimentares, a forma
29
como produzem esse alimento e todo ritual religioso de agradecimento de seus
alimentos.
Ainda dentro dessa interculturalidade está presente a ação dos
professores junto com os professores indígenas de expressarem suas
perspectivas e anseios em relação ao ensino fundamental e médio em suas
escolas que atenda às demandas de formação profissional com foco na
sustentabilidade ambiental e cultural em seus territórios.
Abrem-se assim perspectivas de novas conexões entre saberes
diferentes, formuladas a partir deste contexto de diversidade sociocultural, e de
um diálogo intercultural. Esta organização pedagógica curricular vai se
delineando e também se tornara um importante exercício de autonomia das
escolas em conduzir seus processos educativos.
9 INCLUSÃO EDUCACIONAL
A inclusão deve ser estudada, analisada, conhecida e praticada por
todos, de modo que antes de qualquer iniciativa, haja compromisso dos
profissionais e da comunidade de uma maneira geral, pois precisa-se oferecer
oportunidades de capacitação para todos, condições para as escolas, como
recursos material de apoio para alunos e professores.
Segundo a Constituição Federal no seu artigo 208 e a LDB 9394/96, no
art. 4º, III, ―o atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino‖, deve ser feita de
modo
que nenhuma
das pessoas envolvidas sinta-se excluídas ou
discriminadas, e mesmo que haja um comprometimento pelos profissionais da
educação em cumprir as leis e artigos estabelecidos pela LDB, ECA, Parecer
17/2001 CNE, deliberações etc., no que se refere a alunos portadores de
necessidades especiais, como também a todos os alunos que apresentam
dificuldades em seu processo de ensino-aprendizagem, sejam elas detectadas
ou não (no início do ano letivo). Esses profissionais devem se embasar
teoricamente em autores que discutem sobre essas dificuldades sejam elas de
caráter: psicológico, fisiológicos, afetivos ou emocionais. Pois há dentre as
crianças vistas como ―normais‖ e que apresentam grandes dificuldades em sua
aprendizagem, pois possui algum distúrbio de comportamento e que irá segui-
30
lo pela vida a fora se não for trabalhado adequadamente, pois a criança
também possui distúrbios na escrita e no raciocínio lógico como: disgrafia,
dislexia, disortográfica, erros de formulação e sintaxe e discalculia.
Cabe ao professor, após a observação dessas dificuldades, mudar sua
didática em Sala de aula, fazendo com que haja interação desses alunos em
grupos, jamais os excluindo de suas aulas, pois cada criança possui seu
próprio ritmo de aprendizagem e que segundo Vygotsky (1998) é na interação
de sujeitos que aprendizagem ocorre. Pois todos têm direito a educação de
qualidade na escola de seu bairro e, é partindo desse pressuposto que esta
escola faz e fará um trabalho de inclusão que garanta aos alunos portadores
de qualquer deficiência (seja ela qual for) a permanência na escola e o
aprendizado que ele necessita.
Segundo o Parecer 17/01, ―a inclusão escolar constitui uma proposta
que representa valores simbólicos importantes, condizentes com a igualdade
de direitos e de oportunidades escolares para todos; só que não é o que vem
acontecendo, encontra-se ainda séries resistências.
E isso exige ações práticas e viáveis, pois é no convívio escolar que se
permite a efetivação das relações de respeito, identidade e dignidade. Por
isso, incentiva-se regras de convivência social, justa, respeitosa e solidária
para que o ensino-aprendizagem aconteça de maneira prazerosa.
Para tanto, trabalhamos culturas inclusivas, onde o ambiente torna-se
acolhedor; desenvolveremos atividades, projetos visando à integração fazendo
com que se o aluno ―especial‖ sinta parte da escola; lutaremos para que
tenhamos cursos de formação continuada onde todos os professores possam
esclarecer dúvidas referente às dificuldades existentes.
Nesta escola todos os profissionais da educação devem conhecer todas
as leis, pareceres, enfim todos os documentos que falam sobre a inclusão,
para que juntos insiramos nossos alunos no seio da sociedade e que nela
possam se sobressaírem .
9.1
DIVERSIDADE SEXUAL
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – Pluralidade
Cultural e Orientação Sexual: p. 144, a discussão sobre as relações de gênero
31
tem como objetivo combater relações autoritárias, questionar a rigidez dos
padrões de conduta estabelecidos para homens e mulheres e apontar para
sua transformação – na Família, na Escola e na Sociedade.
Na Arte, a flexibilização dos padrões visa permitir a expressão de
potencialidades existentes em cada ser humano que é dificultado pelos
estereótipos de gênero, por exemplo, a repressão das expressões de
sensibilidade, intuição e meiguice nos meninos ou de objetividade e
agressividade nas meninas.
Portanto, as diferenças não devem ficar aprisionadas em padrões pré
estabelecidos, mas podem e devem ser vividas a partir da singularidade de
cada um, apontando a equidade entre os sexos. Pretende-se desenvolver essa
análise crítica sobre as Relações de Gênero através da Música, da Dança e do
Teatro (Programa Viva Escola) e também mediante a textura, as Relações
Étnico-Raciais, ao conhecimento da História e Cultura Afro-brasileira e
africana, a pintura, a gravura, a colagem, a fotografia e a escultura.
10 HORA ATIVIDADE
Em relação à hora atividade e segundo os critérios contidos na Res.
14/06 ela será obrigatoriamente por turno e no estabelecimento e por sugestão
do NRE deverá ser por disciplina.
No entanto, percebemos que é impossível fazer por disciplina devido a
particularidades da escola e do professor, visto que não se consegue fechar
horário de aula.
Dessa forma optamos em fazer a hora atividade conforme a
necessidade da escola. Esta escola reservará 50% da hora atividade para o
professor fazer seus trabalhos pedagógicos e 50% para reuniões e
convocações feitas pela escola realizando na escola.
11 FILOSOFIA E OS PRINCÍPIOS DIDÁTICOS – PEDAGÓGICOS
DA INSTITUIÇÃO
Para se formar o cidadão com êxito, optamos por uma Escola
democrática, alicerçada nos Princípios e Fins da Educação Nacional, LDB
32
9394/96, que regimenta que ―A educação, dever da família e do Estado
inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana,
tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho‖ e, que, ―O ensino
será ministrado com base nos princípios de igualdade de condições para o
acesso e permanência na escola, liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e
divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de
concepções pedagógicas, respeito à liberdade e apreço à tolerância, garantia
de padrão de qualidade e vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as
práticas sociais ( artigo 3º - I, II, III, IV, X, XI); pois só, assim estamos
solidificados, ao longo do processo, para a construção de uma Instituição
Educacional que ensine, lute e desperte a consciência crítica construtiva no
educando, em parceria com os educadores e, demais pessoas relacionadas
aos mais variados segmentos da sociedade, com uma visão democrática e de
igualdade social‖, porque temos a consciência que a Escola é um bem comum
e que os objetivos da comunidade sempre devem suplantar os interesses
pessoais, já que o modelo democrático desenvolvido, nesta, tem o ser humano
como essência e sujeito fundamental na construção do todo e, portanto, deve
ser ouvido, compreendido e considerado.
Ao elaborar o Projeto Político Pedagógico enquanto esfera de cidade e
bairro registrou-se que a ação e a prática pedagógica caracteriza todos os
elementos e sujeitos inseridos no espaço Escola, no âmbito situacional, em
que toda realidade a ser registrada é alicerçada em respostas adquiridas de
pais, alunos, professores, demais profissionais da Educação, via reuniões,
encontros, palestras e questionários dirigidos.
Com base nos resultados colhidos através de uma pesquisa, onde a
comunidade respondeu a um questionário, obteve-se o perfil de nossa
comunidade escolar.
Constatou-se que a comunidade é composta de famílias que têm
aproximadamente quatro a seis pessoas, onde pai e mãe trabalham fora do
bairro para manter o sustento da mesma. Os filhos estudam em um período e
no outro ajudam nos afazeres de casa.
Podemos observar também que as famílias estão alicerçadas em sua
maioria, na religião católica; em relação à classe social pertencem a baixa,
33
onde todos trabalham para poderem se sobressair de situações em que
possam vir a se encontrar; constatamos também que a comunidade é muito
ativa pois todos participam de palestras, debates, gostam de cinematografia,
teatro, música, etc. mostrando um comportamento muito bom entre crianças,
jovens e adultos, de muito bom respeito e cordialidade. Portanto é um lugar
onde se colherá bons frutos.
Alguns dados que possibilita um maior conhecimento da comunidade
escolar, favorecendo o desenvolvimento da prática pedagógica da escola, para
auxiliar nossos alunos no seu desenvolvimento cultural:
Resultados:
80% dos alunos moram com os pais;
2,5% dos alunos que mora com o pai;
15% dos alunos que mora com a mãe;
62,5% das famílias tem de quatro ou mais pessoas;
55% das famílias são mantidas apenas pelo pai e pela mãe;
70% das famílias ganham até um salário mínimo;
30% das famílias ganham entre dois e três salários mínimos;
2,5% pai não sabe ler e escrever
30% dos pais cursaram o Ensino Fundamental de 1ª à 4ª séries;
27,5% dos pais cursaram o Ensino Fundamental completo;
20% dos pais cursaram o Ensino Médio Completo;
2,1% dos pais cursaram o Ensino Superior;
6% dos estão cursando Ensino Superior;
52% acham difícil a sua vinda ao colégio por motivo de trabalho;
80% dos pais têm casa própria;
95% possuem energia elétrica e água tratada;
65% de esgoto interligado;
20% possuem computador sem acesso a internet;
45% possuem computador com acesso a internet;
25% recebem auxilio do governo (bolsa família);
10% recebem auxilio do governo (leite das crianças).
A escola hoje procura envolver todos os segmentos na construção do
Projeto Político Pedagógico, o qual está em constante aperfeiçoamento para
consolidar a Escola como o lugar central da educação numa visão
34
descentralizada, considerando-se a necessidade do fortalecimento das
relações entre a escola e o sistema de ensino, para a consolidação de uma
escola cidadã.
As ações da escola estão seguindo a formação que é dada aos
trabalhadores que nela atuam. Sua ação pedagógica está girando numa
velocidade onde o tempo não é percebido. A impressão que se tem é que
fugiu-se de tudo que alicerçava a Escola Pública, ―o Aprender‖.Precisamos
parar um pouco e olhar a educação que sustenta o País. A diversidade cultural
brasileira sempre foi um desafio para a formação unificada dos educando e
educadores.
11.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Para justificarmos o contexto do bairro, onde está localizado a escola
resgatamos alguns atos conceituais como a concepção de sociedade, homem,
educação, escola, matriz curricular e construção do conhecimento, ensinoaprendizagem, cultura e tecnologia.
Em relação a concepção de sociedade, que explicitamente envolve os
demais atos conceituais registramos que a era do capitalismo tem contribuído
para uma política social e predominância do Estado Moderno, graças aos
avanços da produção e organização social que acompanham questões
voltadas à proletarização, à concentração da população em centros urbanos, à
ruptura do vínculo com a natureza e com os
meios de subsistência, ao
desaparecimento das formas tradicionais de proteção social, onde tudo,é
consequência no surgimento da insegurança social e da pobreza. Porém este
avanço, também fomenta as lutas pela garantia da satisfação das
necessidades sociais básicas (alimentação, habitação, educação, saúde), em
que tudo se transforma em fato político e em questões que vão desde a
concepção libertária; humanista - religiosa; até à legitimação.
Portanto, em meio a todos os fatos; as políticas sociais visam o
processo de constituição, os fundamentos subjacentes, à orientação do
conteúdo, às implicações na relação entre as forças políticas, as quais
registram
os
processos
democráticos,
enfrentando
restrições,
em
consequência dos obstáculos à constituição de uma real representação política
35
das classes sociais, através de partidos e organizações reivindicativas, as
quais tem um líder que representa os anseios do povo via projetos sociais que,
na maioria, são objetos de confrontos nas disputas eleitorais, entre os
políticos, e isso, por outro lado, tem ajudado a propagar outras formas de luta
popular, com amplos programas sociais que obrigam os governos a procurar
legitimidade para com os mesmos, criando assim uma estrutura de classe
distintas dos países desenvolvidos; pois o desenvolvimento capitalista latino –
americano
tem
gerado
um
proletariado
industrial e
setores
médios
assalariados, vinculados ao setor público, embora o próprio processo tem
originado, também um acentuado empobrecimento urbano, com grandes
contingentes de mão de obra à margem de relações trabalhistas estáveis;
enquanto na zona rural tem se presenciado a sobrevivência das oligarquias
rurais, à realização ou não da reforma agrária e as formas que o trabalho
assalariado rural assume.
Diante dos fatos registrados acima, observamos a chegada de uma
política social neo liberalista, em função dos fatos mostrarem políticas
ortodoxas, na América Latina, que instrumentalizem os postulados da política
econômica, e também os da política social, em que a retração do Estado e a
cessão de espaços ao capital privado ocorre tanto na esfera econômica como
na do bem-estar social, afim de ―gerar confiança‖ nos investidores e reconstruir
a taxa de lucro, fazendo com que o neoliberalismo
políticas
uma
acelerada
redistribuição
promova com suas
regressiva
da
riqueza,
consequenciando, assim, resultados diretos de desemprego, subemprego,
arrocho salarial, medidas fiscais regressivas, enfim, provocando um processo
maciço de empobrecimento e uma crescente polarização da sociedade entre
ricos e pobres e, tudo, graças a implantação da política social neoliberal que
se centra no ―corte‖ com os gastos sociais; privatizações, centralizações de
gastos sociais públicos em programas seletivos contra a pobreza e a
descentralização, já que se transfere parte das responsabilidades sociais do
Estado aos investimentos privados, e a expansão da produção dos serviços
sociais, como âmbito direto de acumulação, ficando na dependência de ações
estatais específicos dirigidos à geração de um mercado estável e garantido, e
à resolução das contradições políticas geradas pela imposição dos postulados
neoliberais;
ressalvando que, no âmbito da América
Latina, inclusive no
36
Brasil, a necessidade de se privatizar as Estatais que não estão vinculadas ao
trabalho produtivo de má qualidade e
gastos sociais excessivos, e sim à
questão da dívida pública, provocada por mudanças nas relações econômicas
nacionais e internacionais; dinâmicas, estas, que contribuem para com a
transferência de recursos
públicos para o capital especulativo, através do
pagamento de juro ―às custas‖ das precárias condições de vida da maioria da
população e a adaptação ao processo seletivo de privatização, em todos os
segmentos da sociedade (saúde, plano de saúde, educação, colégios
particulares, segurança – empresas ―do ramo‖ particular, seguro, previdência
social/aposentadorias, etc.), porém, ―restando‖ ao público com pouco recurso
e/ou limitado, os pobres, os velhos e os extremamente doentes e a sociedade
que queremos.
11.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem está em evolução e nada pode ser tão certo que não possa
estar errado.
Conceito matemático e físico que se mantém imutável durante séculos e
observamos seus processos repetitivos acontecerem.
A segmentação e sistematização do conhecimento humano permitiram
sua disseminação e contribuíram para o avanço das ciências e da tecnologia,
mas, de certa forma, não levaram à melhoria da qualidade de vida da
humanidade. Em contrapartida, surgiu uma nova forma ou ferramenta de
dominação dos povos, tão comum nos tempos medievais que se utilizava da
força e das armas. Essa nova forma de dominação é o conhecimento e o
saber privilegiado. A ciência se posicionou para o interesse econômico, pois
ela se origina no seio do capitalismo, nas grandes corporações e no grande
investimento, mesmo nas nações de correntes ideológicas divergentes do
mundo ocidental.
O conhecimento passou a pertencer a poucos, ficando disperso e
restrito a áreas específicas de interesse muitas vezes imperialistas e
cooperativistas como a eletroeletrônica, a medicina, a indústria petroquímica, a
petroquímica, a aeroespacial, informática e comunicações.
A Educação no seleto grupo de países considerados desenvolvidos, por
outro lado, é dever e interesse de toda a sociedade e do Estado. É encarada
37
como prioridade e recebe investimentos verdadeiros em todos os campos do
saber. Os índices de analfabetismo são praticamente inexistentes, como
demonstra-se nos dados que se seguem e fazem parte do Projeto de Reforma
da Universidade Pública do Ministério da Educação.
No entanto, a todos os impasses, continuamos a construir a História
Social vinculada a maior parceria, cuja Educação Dinâmica do homem, no
âmbito da ordem, da construção, e acima de tudo, do progresso, sendo que, é
neste meio, que nós do Colégio Estadual Sol de Maio, estaremos contribuindo
e orientando o nosso aluno a criar um estereótipo de homem, que mesmo
diante das tantas teorias e práticas econômicas que movem o mundo e
definem a concepção e o dinamismo dos demais segmentos sociais, não
percam de vista os valores morais, éticos para com o semelhante, já que o
nosso ―objetivo maior‖, enquanto concepção de mundo é aproveitarmos ainda
a luz que existe no fim do túnel, e darmos novos rumos à história da
humanidade, visando a intervenção energética nos ―pontos‖ da sociedade que
dão sinalização à organização, no âmbito de se fazer a Reforma Agrária
acontecer; de se eliminar a condição desemprego e sem teto, de se
reconquistar a soberania nacional, via produção de bens de consumo, de se
garantir saúde a educação públicas, de se recuperar o salário digno, de se
garantir o emprego, de se democratizar os meios de comunicação sociais e de
se fazer valer um Estado que esteja a serviço do povo, e não apenas do
capital, mas sim, de proporcionar condições reais para que o ―Ensino de
Qualidade e Excelência‖
esteja ao alcance de todos, enfim de medidas
técnicas e políticas que proporcionam a transformação de uma plataforma anticrise, para que, realmente, no século XXI, não sejamos uma colônia dos
países ricos.
Logo, ao introduzirmos a discussão sobre o Projeto Político Pedagógico,
devemos interrogar à comunidade escolar sobre o tipo de homem que
queremos formar, e para que tipo de sociedade. Visa-se assim, um
compromisso coletivo, e também uma perspectiva transformadora. Para isso,
nos propomos à formação de cidadãos participativos, críticos, criativos e
conscientes das responsabilidades e direitos, a fim de termos uma sociedade
justa, solidária, feliz, anti ascensionista (elas de credo, raça ou qualquer outra
natureza) e que respeite todas as diversidades culturais da nossa comunidade,
38
já que são nossas centrais nos processos de construção e apreensão do
conhecimento, e também interferem nos processos de socialização, de
construção dos valores e das identidades diversas, e na vida profissional de
cada um de nós.
Portanto, a reflexão acerca de que homens queremos formar, e para
que sociedade, conduzem ao implícito da nossa concepção histórica como
possibilidade, já que a nossa História é reconhecer a educação, também como
possibilidade.
No
entanto,
necessitamos
registrar
que
o
homem,
enquanto
humanização resulta-se da passagem à vida, numa sociedade organizada na
base do trabalho, e esta modifica a natureza do homem e marca o início de um
desenvolvimento que está submetido às leis biológicas e sócio-históricas, e
também às lutas pela existência a qual nos detemos no limiar da história
cultural e da atividade racional, que nada mais é, que a luta contra a luta pela
existência.
Em se tratando da ―História Cultural‖ registramos que desde o princípio,
os próprios homens e as suas condições de vida são dinâmicas e evolutivas,
resultando assim, a construção contínua do progresso histórico, ou seja, dos
fenômenos externos da cultura material e intelectual até, porque os homens
têm uma atividade criadora, produtiva que, fundamentalmente, é o trabalho,
adaptando-se
realizados
na
assim à natureza e, concomitantemente ao progresso
produção
de
bens
materiais
acompanhados
pelo
desenvolvimento da cultura dos homens. O conhecimento do mundo
circundante, que deles mesmos enriquecem-se e desenvolvem-se na ciência e
na arte ressalvando que, para isso, o pensamento e o saber de uma geração
formam-se a partir da apropriação dos resultados da atividade cognitiva das
gerações precedentes, ou seja, o processo de apropriação da cultura é criada
pelas
gerações
precedentes;
razão
do
porquê
todos
os
homens
contemporâneos possuem as disposições elaboradas no período de formação
do homem, que permitam a realização deste processo desconhecido no
mundo dos animais.
Segundo Marx (1976), a natureza social do homem e do seu
desenvolvimento sócio-histórico, todas as relações humanas com o mundo, a
visão, a audição, o olfato, o gosto, o pensamento, a contemplação, o
39
sentimento, a vontade, a atividade, o amor, enfim, todos os órgãos da
individualidade humana que, na sua forma são imediatamente órgãos sociais,
são no seu comportamento objetivo, à apropriação da realidade humana,
vinculada à diversidade cultural
O desenvolvimento humano, ligado ao desenvolvimento cultural e da
sociedade,
graças
ao
acúmulo
das
experiências
sócio-histórica
da
humanidade, sob forma de fenômeno do mundo exterior objetivo (mundo da
indústria / das ciências / das artes) cuja expressão da verdadeira história da
natureza humana, através dos fenômenos da cultura intelectual, como
aquisição da linguagem no processo de apropriação das operações de
palavras que são fixadas historicamente nas suas significações; na aquisição
da fonética da língua que se efetua no decurso da apropriação das operações
que realizam a constância do sistema fonológico, formando, assim, no homem
as funções de articulação e de audição da palavra, assim como a atividade
cerebral, segundo sistema de sinalização, compreendida psico-fisiológica.
Portanto, todas as características psico-fisiológicas são formadas pela
língua que o homem fala e não inatas, ao ponto do conhecimento das
características de uma língua dada, permitir descrever outras com maior
verossimilhança sem qualquer estudo específico, porque a língua materna de
um dado grupo humano faz parte das línguas de tom.Logo,a principal
característica do processo de apropriação é a de criar no homem aptidões
novas e funções psíquicas novas, pois a assimilação, no homem, é um
processo de reprodução nas propriedades do indivíduo das propriedades e
aptidões historicamente formadas da espécie humana, proporcionando ao
homem construir a sua natureza, já que as partes do cérebro funcionam no
decurso do desenvolvimento individual, constituindo, portanto, o substrato
material das aptidões e funções específicas que se formam no decorrer da
apropriação pelo homem do mundo dos objetos e fenômenos criados pela
humanidade; ações estas que se tornam posse da cultura.
A comunicação, outro fator preponderante no âmbito da cultura como
atividade em comum, ou de forma verbal, ou mental é a condição necessária e
específica do desenvolvimento do homem na sociedade, e também, graças a
ela, as aquisições do desenvolvimento histórico das aptidões humanas, não
são simplesmente dadas aos homens nos fenômenos da cultura material e
40
espiritual que os encarnam, mas são apenas postas e, portanto, para se
apropriar dos resultados e fazer deles aptidões, os órgãos da individualidade
do ser humano devem entrar em relação com os fenômenos do mundo
circundante, através de outros homens, via processo de comunicação, que
leva o ser humano a aprender a atividade adequada, ―que nada mais é‖ que o
processo de educação, que oportuniza o homem a adquirir a mais rica prática,
cuja sócio-histórica acumulada por ela (educação). Também graças a isso,
observamos o crescimento do papel específico da educação, seguido de uma
tarefa complexa, porque o desenvolvimento humano apela, forçosamente, para
uma nova etapa no desenvolvimento da educação, a ponto da sociedade
consagrar
o
aumento
do
tempo
à
educação
das
gerações;
criar
estabelecimento de ensino; instrução de forma especializada; diferenciar o
trabalho do Educador e do Professor, enriquecer programas; e outros,
proporcionando assim uma relação entre o progresso histórico e o progresso
da educação, justificado nas enormes diferenças das condições e modo de
vida; da riqueza da atividade material e mental, do nível de desenvolvimento
das formas e aptidões intelectuais.
A cultura voltada para a divisão social do trabalho visa a transformação
do produto do trabalho num objeto destinado à troca, modificando assim, o
lucro do produtor no produto que ele fabrica e, consequentemente a separação
e a posse das atividades materiais e intelectuais; o prazer e o trabalho; a
produção e o consumo aos homens diferentes, onde podemos observar que a
concentração das riquezas materiais nas mãos de uma classe dominante, é
também acompanhada de uma concentração de cultura intelectual.Portanto,
para que o nosso aluno não conquiste apenas a cultura necessária à produção
de riquezas materiais nos limites das funções que lhe são destinadas, nós
educadores, propomo-nos em desenvolver uma cultura de luta ideológica, para
que esse tenha acesso à cultura intelectual com uma visão progressista,
democrática, a fim de servir ao desenvolvimento da humanidade de se ter um
futuro grandioso e uma próxima etapa da história humana.
Com a perspectiva de construirmos a história humana vindoura, nós nos
alicerçamos na educação porque ela é o processo pelo qual a sociedade forma
seus membros à sua imagem e em função de seus interesses. Portanto,
educação é formação do homem pela sociedade, ou seja, o processo pelo qual
41
a sociedade atua constantemente sobre o desenvolvimento do ser humano no
intuito de integrá-lo, no modo de ser social vigente, e de conduzi-lo a aceitar, e
buscar os fins coletivos. Logo, a educação é um processo. É um fato histórico
em duplo sentido (sentido que representa a própria história individual à fase
vivida pela comunidade em sua contínua evolução ); é um fato existencial; é
um fato social; é um fenômeno cultural, já que é a transmissão integrada da
cultura em todos os seus aspectos, segundo os moldes e pelos meios que a
própria cultura existente, possibilita, e também é o método pedagógico e o
saber, e que a sociedade é capaz de se expressar pela linguagem; é uma
atividade teológica; é um fato de ordem consciente; é um processo
exponencial; é concreta por essência; é contraditória por natureza e, portanto,
o exercício de educar conduz à sua própria modificação ao desenvolvimento
de abertura para o futuro, ao adiantamento do processo como um todo e,
sendo assim, o programa de educação é por natureza inconcusso, porque a
sua própria execução altera a qualidade dos elementos que o compõem (
aluno, professor, métodos, finalidades, etc.) e determina a necessidade de um
segundo programa, mais perfeito, mais adiantado. Portanto, a educação é
história por ser um processo de formação do homem para o novo da cultura,
do trabalho, de sua autoconsciência e pelo processo de sua educação, ser
compreendida como o desenvolvimento de sua educação, ser compreendida
como o desenvolvimento de sua existência.
O caráter social da vida dos seres humanos é um processo, uma
construção, da qual participa cada indivíduo na relação com os outros, e
categorias a que pertencem, e pelos interesses e poderes que nelas circulam.
Portanto, vale referir-se à condição humana, forma concreta de
existência dos seres humanos na cultura e na história. As vivências
particulares cruzam-se na construção coletiva das sociedades e culturas, e
umas e outras ganham sua configuração específica em função das condições
particulares dos seres humanos e dos ambientes – físico -biológico e histórico–
econômico - políticos nos quais estes vivem.
42
11.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A educação vincula-se à dependência do conceito de homem, por ser
necessariamente intencional, já que não se pode formar um homem sem um
prévio conceito ideal de homem. Logo, este modelo, contudo, é um dado de
consciência (consciência que comanda o processo educacional; formas
superiores de consciência), atribuindo à educação uma forma particular de
responsabilidade entre os homens. E, neste âmbito, a educação pertence a
uma cultura em que o conceito é norteado por um dos produtos ideológicos da
cultura, e pertencente ao campo cultural, por ser o processo produtor da
cultura, e por consequência a educação é a cultura simultânea como feita no
educador que a transmite, e como fazendo-se no educando, que a recebe, por
conseguinte, capacitando, afim de se tornar o agente da ampliação dela.
A questão educação, segundo o ponto de vista do indivíduo como
possibilidade
humana
visa
às
probabilidades
de
receber
educação
diferenciada e de recebê-la em determinado grau, segundo a posição no
contexto social, da natureza de seu trabalho e do valor atribuídos a este, pelos
interesses da consciência social dominante. No entanto, para aumentar as
possibilidades individuais de educação, e para que se tornem universais, é
necessário que ela (educação) seja um direito concretamente igual para todos,
adquirindo assim, a sua função social permanentemente, por ser um aspecto
prático, ativo da convivência social; por proporcionar à sociedade, o contínuo
conhecimento e atitudes que permitem a sobrevivência do grupo humano; por
ser um processo histórico de criação do homem para a sociedade e,
simultaneamente, de modificação da sociedade para benefício do homem, já
que ele é por essência um ser inacabado, livre e criador de uma cultura que
produz as inovações técnicas e artísticas, e de ideias originais que são
incorporadas à cultura geral do grupo, e, logo transmitidas a outros indivíduos
que não as descobrem e, consequentemente, o homem, educado pela
sociedade, modifica esta mesma sociedade como resultado da própria
educação que tem recebido dela e, concomitantemente, consistindo no
progresso social e no processo de auto-geração da cultura, observando-se,
assim, a sociedade desempenhando o papel de mediadora entre os homens
no processo de criação e transmissão da cultura, no qual se interpõe a
43
sociedade, que, de uma parte constitui o educador para educar, e de outra,
pressiona o educando para educar-se.
Portanto,
o
educar,
enquanto
forma
e
conteúdo
tem
caráter
eminentemente social, e, enfim, histórico; logo o conteúdo é um instrumento de
realização do homem, dentro do seu ambiente social; a forma é a maneira de
transmitir o conhecimento, e, no entanto, conteúdo e forma da educação
significam mais que a simples coexistência e justaposição dos fatores e, por
isso, representam uma unidade real; uma dependência recíproca de um ao
outro, em que o conteúdo determina a forma da educação na qual é
ministrada, porém, esta por sua vez determina a possibilidade da variação do
conteúdo, aumentando-o em um processo sem fim, a partir de pressupostos
vinculados ao educando; ao educador; aos fins, aos meios e assim,
proporcionando à educação o fenômeno social total, já que ela é parte de um
conjunto de interações e de interconexões recíprocas, não podendo ser
dissociada dele (conjunto) e tratada isoladamente, por ser parte de um todo.
Os seres humanos convivem em sociedade, e a aventura da
convivência desafia-os a enfrentarem e procurarem responder as ações nas
relações com os outros. Neste âmbito é que se insere a questão da Moral e da
Ética.
Moral e ética, tendo como significado o conjunto de princípios ou
padrões de conduta, remetem-nos a ideia de costumes, já que estes são
maneiras de viver inventadas pelos seres humanos, para que os mesmos
possam atender suas necessidades, de acordo com o tempo e lugares, e
também construam respostas diversificadas às necessidades inscritas na
natureza, reformulando constantemente as respostas e inventando novas.
Assim, suas ações são medidas tanto pela percepção do real, como pela
capacidade de formular diferentes respostas a um estímulo, uma necessidade.
Portanto, nos costumes manifesta-se a criação de valores, porque os
diversos grupos e sociedades criam formas peculiares de viver, e elaboram
princípios e regras que regulam seu comportamento; logo há propriedades
atribuídas à realidade pelos seres humanos, a partir das relações que
estabelecem entre si e com a realidade, transformando-a e se transformando
continuamente. Assim, podemos observar que o valorizar significa relacionarse com a natureza, atribuindo-lhe significados que variam de acordo com as
44
necessidades, desejos, condições e circunstâncias onde se vive, e que pela
criação cultural, instala-se a referência não apenas ao que é, mas ao que deve
ser; ao que se deve fazer e traduzir numa série de prescrições que as
sociedades criam para orientar a conduta dos indivíduos.
Ressalvamos que os conceitos de ética e moral incorporam em seu
percurso histórico, significações diferenciadas, inclusive, no âmbito filosófico,
que define moral como o conjunto de princípios, crenças, regras que orientam
o comportamento dos indivíduos nas diversas sociedades; e a ética como a
reflexão crítica sobre a moral. No entanto, ao se estabelecer a distinção,
procuramos apontar de modo preciso a estreita articulação que mantém e que
diz respeito exatamente ao terreno dos presentes na prática e na reflexão
teórica de homens e mulheres nas sociedades.
Os registros da presença da moralidade na cultura norteiam, através
das crenças, princípios, regras, o comportamento humano, onde a moral é o
campo que domina os valores relacionados ao bem e ao mal. Portanto, o
conteúdo dessas noções (bem/mal) ganham concretude no interior de cada
contexto social específico, e variam enormemente de sociedade para
sociedade, de cultura para cultura, onde cada situação concreta intervém
interesses, estabelecem poderes e emergem conflitos e, isso faz com que a
moralidade seja o componente de todas as culturas, e a dimensão presente no
comportamento de cada pessoa em relação com as culturas dos povos entre
si e da estreita relação que ela guarda com a política, entendida como
instância de relações de poder e definição de compromissos.
Ao longo da história, a sociedade constrói e modifica seus sistemas
morais, focalizando a cada momento diferentes questões, e interpretando os
princípios de forma, às vezes, surpreendente para o que se coloca hoje é
frequentemente paradoxal, como se verifica na contemporaneidade. Na Grécia
antiga, as pessoas viviam em conformidade com a natureza; na cultura
judaico-cristã, registramos a crença de que ser bom e alcançar a felicidade
dependem da obediência aos decretos e mandamentos divinos, superiores aos
humanos; na modernidade, o mundo é regido por leis naturais; e na
contemporaneidade, as diferenças aparecem como forças libertadoras da
cultura e busca-se uma reflexão que permita a ampliação de um espaço
público de diálogo e de ação coletiva.
45
A dimensão moral das ações implica em um posicionamento em relação
aos valores e aos deveres, sendo que, para isso, os seres humanos têm
possibilidades de escolha, onde escolher implica comparar, valorizar e
configurar como uma resposta diante das prescrições da sociedade; assim a
responsabilidade é, portanto, o núcleo da ação moral, constituído por vários
elementos que nele se cruzam, onde o primeiro é a liberdade associada à
consciência e à vontade; e a responsabilidade implica o conhecimento das
razões e a consideração daqueles a quem se dirige ou com que se partilha a
resposta.
O ser humano posiciona-se diante de um conjunto de valores que não
são criados por ele isoladamente, mas no contexto das relações com os outros
seres humanos; e dentro do contexto social, dos grupos de que faz parte, o
indivíduo desenvolve suas potencialidades, inclusive sua moralidade; logo
todas as instâncias de vida social têm uma dimensão moral, onde é preciso
possuir critérios, valores e, mais ainda, estabelecer relações e hierarquias
entre esses valores para viver em sociedade.
Diante de tais observações registradas, a ética é a reflexão crítica sobre
a moralidade, porque ao fazer uma reflexão ética, pergunta-se sobre a
consistência e a coerência dos valores que norteiam as ações; busca-se
esclarecer e questionar os princípios que orientam essas ações, para que elas
tenham significado autêntico nas relações. Há uma multiplicidade de doutrinas
morais que, pelo fato de serem históricas, refletem as circunstâncias em que
são criadas ou em que ganham prestígio e, assim, são encontradas doutrinas
morais, cujos princípios procuram fundamentar-se na natureza, na religião, na
ciência e na utilidade prática. Assim, a pergunta crítica colocada pela ética é
de natureza diferente, porque sua intenção é problematizar exatamente os
fundamentos, e ela serve para verificar a coerência entre práticas e princípios,
questionar, reformular ou fundamentar os valores e as normas componentes
de uma moral, sem ser em si mesma normativa. Portanto, entre a moral e a
ética há um constante movimento que vai da ação para a reflexão sobre seu
sentido e seus fundamentos, e da reflexão retorna à ação, revigorada e
transformada. A ética trata de princípios e não de mandamentos. Ela é de
caráter teórico e só tem possibilidades de se realizar exatamente porque se
encontra estreitamente articulada as ações, nos diversos contextos sociais,
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podendo-se assim, afirmar que a prática cotidiana transita continuamente no
terreno da moral, tendo o seu caminho iluminado pelo recurso da ética.
Alicerçado na ética e na moral, o Colégio Estadual Sol de Maio, insere
na sua prática educativa, o papel de socialização, conservação e
transformação da cultura, do conhecimento e dos valores, tendo portanto, em
todas as instâncias da vida social, uma dimensão moral, ou seja a realização
de uma educação moral, na perspectiva do desenvolvimento da capacidade de
autonomia das crianças e jovens com quem trabalhamos, já que a Escola está
cercado de valores que se traduzem em princípios, regras, ordens e
proibições. No entanto, o que queremos, é que os alunos, professores , enfim
toda a comunidade escolar, insira, no seu próprio espaço, a ética, a fim de
refletir sobre os determinados princípios, regras, ordens e proibições, para que
se instalem ações/relações efetivamente democráticas, e toda a comunidade
escolar possa pensar, refletir, construir, ser livre, autônoma e uma constante
problematizadora do viver pessoal e coletivo, fazendo o exercício da cidadania.
A educação norteada à cidadania tem o objetivo de fazer com que a
Escola tenha o papel de erradicar alguns males como: a incivilidade e a
desintegração na sociedade brasileira. No entanto, a cidadania através da
consciência humana, tem o intuito de organizar uma sociedade mais justa e
educada, a fim de que se economize na segurança.
Hoje, observamos que o país nas últimas décadas, conquista avanços,
que, inclusive chamamos de Associativismo, o qual cuida de uma variedade
extraordinária de assuntos. E, perante tal, acreditamos que a moral vem dos
imperativos categóricos, que não se derivam da observação do mundo real; e
Weber (1995) descreve a influência da moral protestante sobre o
desenvolvimento do Capitalismo que se fundamenta no comportamento moral
como facilitador da aquisição de riquezas, porque quando a palavra vale,
quando os valores éticos internalizados fazem com que não seja necessária a
vigia, as ações ficam mais práticas e produtivas, porque ser honesto é uma
ideia esplêndida, produtiva, de grande investimento que aumenta as riquezas e
a qualidade de vida de todos, é se ter um nível de confiança ligado a um
cidadão ao outro e determinar o estilo de operação da sociedade.
Diante das concepções sobre cidadania, a Escola tem o seu papel vital,
quanto ao desenvolvimento da mesma.
47
A escola é uma agência de socialização, intermediando o processo
entre a família e a sociedade. É uma etapa de transição para entrar na
sociedade, já que ela cobre um intervalo de idade decisivo no desenvolvimento
de um ser humano. Ela deve capturar a imaginação das crianças, pois há uma
esperança de que possa socializá-la com valores sadios e coerentes com uma
sociedade harmoniosa até porque a família de certo nível social e educacional
é ferramenta preparatória para a escola e para a socialização quem vem com
ela. É uma pré-educação para a cidadania, e o papel da escola na formação
de valores e na cidadania é vital e/ou fatal para qualquer sociedade.
No entanto, para se fazer uma Escola para a cidadania tem-se que
evidenciar os valores, através da prática no seu funcionamento cotidiano, pois
civismo e comportamento ético são assuntos como um todo dentro da escola,
já que é a escola, em todas as suas atividades, é que recebe a tarefa da
educação para valores, e hoje, há uma experiência em se focalizar mais os
esforços da escola no seu intento de tornar-se uma agência mais competente
de desenvolvimento de valores. A Escola ensina pelo exemplo de escola
digna, íntegra e ética, ou seja, ela deve ser boa, ensinar e educar para valores
que ensinam as implicações éticas e morais, inseridas a cada momento da
história.
A cidadania é uma condição construída historicamente. Ela aponta para
a possibilidade de participação efetiva na produção e usufruto de valores e
bens de um determinado contexto, na configuração que se dá ao contexto, e
para o reconhecimento do direito de falar e ser ouvido pelos outros, ou seja,
elaborar uma política formada pela existência humana, de caráter privado,
tanto quanto, de poder de participação na esfera pública.
Assim, ser cidadão é participar de uma sociedade, tendo direito a ter
direitos, bem como construir novos direitos e rever os já existentes, enquanto
participar é ser parte e fazer, com seu fazer, sua interferência criativa na
construção da sociedade com os indivíduos configurando o seu ser, sua
especificidade, sua marca humana. Admitir e defender direitos humanos
significa reconhecer não apenas esta ou aquela propriedade de alguns
sujeitos, mas que o direito do ser humano é um estatuto que todas as pessoas
têm o dever moral de consciente e voluntariamente conceder-se uma às
outras.
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Diante de tais propostas cidadãs, as políticas educacionais devem ser
diversificadas e concebidas de modo que a educação não seja um fator
suplementar de exclusão social, que os tempos e os campos dela (educação)
sejam repensados ao longo da vida do indivíduo. Portanto, a Declaração
Mundial sobre a Educação para todos destaca em um dos artigos, que toda
pessoa (criança, adolescente ou adulto) deve poder beneficiar-se de uma
formação concebida para responder às suas necessidades educativas que
compreendem os instrumentos de aprendizagem essenciais (leitura, escrita,
cálculos, etc.), como conteúdos educativos (conceitos, atitudes, valores, etc.),
dos quais o ser humano tem necessidade para viver e trabalhar com
dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a qualidade de
sua existência, tomar decisões de forma esclarecida e continuar a aprender.
No Brasil, educação e cidadania está em pauta nas mais diversas
Instituições e Entidades, e em termos legais, ressaltamos que a Lei Federal
LDB Nº 9394, de 10/12/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
conhecida como Lei Darcy Ribeiro estabelece que a educação, dever da
família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tendo como finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho. Assim é papel do Estado democrático facilitar o acesso à educação
e investir na escola, para que esta instrumentalize e prepare crianças e jovens
para as possibilidades de participação política e social.
Ressaltamos que a sociedade brasileira vive um momento de rápidas
transformações econômicas e tecnológicas, e os avanços na cultura e na
educação transcorrem de forma bastante lenta em função de uma economia
dependente
da
construção
de
uma
consciência
em
torno
de
um
desenvolvimento autosustentável, já que a modernização no Brasil acontece
graças à importação de bens tecnológicos e recursos naturais de exportação.
A sociedade brasileira prega uma educação que se posicione na linha de
frente contra as exclusões, contribuindo para a promoção e integração de
todos os brasileiros, voltando-se à construção da cidadania, não como meta a
ser atingida num futuro distante, mas como prática efetiva; portanto, nós
demandamos uma educação de qualidade, que garanta as aprendizagens
essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos,
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capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na
sociedade em que vivemos, e na qual esperamos ver atendido nossas
necessidades individuais sociais, políticas e econômicas.
Queremos ressalvar que cidadania é liberdade em companhia; liberdade
que se experimenta socialmente, empreendendo uma ação, um gesto na
relação com outros em sociedade, com um caráter político, e, para isso, nós
devemos ser capazes de formularmos opções que nos levem em consideração
e
satisfação,
com
a
consciência
da
importância
de
contemplar
simultaneamente necessidades e desejos dos que estão à nossa volta; assim
a liberdade torna-se compartilhada de responsabilidade e co-responsabilidade,
que pressupomos à criação de um espaço de superação do individualismo e
de possibilidade de definição de regras e normas de comportamento com
participação de todos nós, levando-se em conta a felicidade de todos, em que
podemos compreender a estreita relação entre ética e política, e como
cidadãos, façamos escolhas e tomamos partido de opções apresentadas
socialmente e assim nos afirmamos enquanto dignidade humana.
No centro de todas às responsabilidades voltadas à educação junto a
moralidade, ética e cidadania, o currículo deve estar no centro da relação,
porque ele corporifica os nexos entre saber, poder e identidade. A natureza
desse nexo tem sido teorizada de forma diferente nas diversas correntes da
tradição crítica; desde a ênfase no conhecimento verdadeiramente ―útil‖ dos
primeiros socialistas britânicos até a crítica ao cânone europeu, feita pelos
atuais movimentos sociais, passando pela análise do caráter socialmente
construído do currículo feita pela nova Sociologia da Educação ou pela crítica
de Freire (1988) ao caráter bancário da educação, que é sempre a
preocupação com as questões de conhecimento e de currículo que ocupa, de
forma preferencial a imaginação e os esforços das pessoas dedicadas à
teorização e à prática críticas em educação.
Para fundamentarmos o nosso Projeto Político Pedagógico dentro de
uma proposta de Gestão democrática progressista para Escola pública de
qualidade é necessário explicitarmos a linha (concepção) pedagógica,
pressupostos teórico-metodológico e avaliação, que o Colégio Estadual Sol de
Maio busca consolidar, sendo assim, é fundamental compreender a Escola a
partir de sua função social de propiciar ao aluno a compreensão da realidade
50
humana. Realidade esta entendida como produto das relações que o homem
produz a partir da necessidade da produção de sua própria existência.
Esse processo, base de toda organização da matriz curricular, é
demanda de uma permanente reflexão sobre questões essenciais como:
Por que a Escola tem relação social?
O que é especificidade da Escola?
Como o aluno aprende?
Como ocorre o processo ensino-aprendizagem e o processo educativo?
Avaliação para quê?
Estas questões inerentes a educação escolar tem sido objeto de estudo,
pesquisa e aprofundamentos por parte de todos os envolvidos no processo
educativo de nossa Instituição. E nesse processo de reflexão nos remete a
uma direção teórica epistemológica que dá sustentação ao nosso trabalho
pedagógico. Isso implica em assumirmos uma concepção pedagógica que
parte da compreensão humana na sua totalidade, dentro de uma abordagem
Pedagógica Progressista Histórica Crítica, que parte da prática social
compromissada em solucionar os problemas da educação, do currículo, do
processo ensino-aprendizagem e avaliação, partindo dos pressupostos
norteadores filosóficos sociológicos, epistemológico e didático-metodológicos.
Veiga (1998) faz as suas considerações em torno destes pressupostos
no qual a Educação é um compromisso político do Poder Público para com a
população com vista a formação do cidadão participativo, sendo que a
educação tem que estar alicerçada nas múltiplas necessidades humanas, num
processo articulador das relações sociais, culturais e educacionais. O
conhecimento é construído e transformado coletivamente, pautado na
socialização e democratização do saber, garantindo à unidade teórica-prática
conhecimento geral e específico, conteúdo – forma, dimensão técnica e
política. Nesse sentido o conhecimento deixa de ser algo estático e passa a
ser enfocado como processo. Processo este que busca construir o
conhecimento
de
forma
interdisciplinar,
globalizado,
contextualizado,
contribuindo assim para a formação do aluno autônomo, intelectual, social e
político, favorecendo para o seu exercício pleno de cidadania.
Sendo assim, a sistematização do processo ensino-aprendizagem
precisa fornecer aos alunos a elaboração crítica dos conteúdos, por meio de
51
métodos e técnicas de ensino e pesquisa que valorizam as relações solidárias
e democráticas através de pesquisa de campo, oficinas pedagógicas,
trabalhos em grupos, estudo dirigidos, estudo de texto, debates, discussões,
cursos e outras práticas, ampliando a pesquisa como princípio educativo do
processo ensino-aprendizagem.
Para consolidar todos os pressupostos acima levantados, a nossa
Escola através de suas práticas pedagógicas
está buscando uma
reorganização do seu trabalho educativo, cuja especificidade é levar o aluno
ao direito de aprender, na aquisição de conhecimento e habilidades ao
significado da ciência, das letras e da arte, na formação de atitudes e na
compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamentam a sociedade.
Assim o significado de educação, torna-se de fato um compromisso
permanente por parte de todos os educadores que assumem a prática docente
como mediação pedagógica, analisando e refletindo o conteúdo, não com o fim
em si mesmo, mas como um meio para desenvolver competências, promover
aprendizagem, conhecimento e cultura. Sendo assim, este processo visa:
Educar para questionar de forma contínua a realidade de cada dia, sem
ensinar nem incluir respostas prontas;
Educar para localizar, reconhecer, processar e utilizar as informações
oferecendo métodos e metodologias para trabalhar em unidade–conteúdo –
forma- unidade - teórico – prática;
Educar para resolver problemas, os enfrentamentos das incertezas de
cada dia no saber sistematizado e nos saberes cotidiano – comportamento
ativo diante de uma situação nova que pede criatividade e capacidade de
relacionar os conhecimentos novos com conhecimentos já adquiridos;
Educar para criar, recriar e utilizar recursos tecnológicos dos mais
simples aos mais sofisticados;
Educar para a vida, gerando entusiasmo, impregnando de sentido as
diversas práticas cotidianas, dando significação ao que fazemos, incorporando
o meu sentido ao sentido da cultura do mundo;
Educar para a expressão, comunicação, para relacionar, manifestar e
contextualizar experiências. Educar a aprender a ser no desenvolvimento da
52
sensibilidade, na construção da sua própria identidade e para a sua
autonomia.
Somos sabedores que para que todos estes compromissos assumidos
se efetivem de fato o Colégio como um todo precisa se reorganizar
continuamente. Planejando todas as suas ações, com intencionalidade e
envolvimento e participação de todos.
O planejamento é político, é hora de tomada de decisões, de resgate
dos princípios que embasam a prática pedagógica. Planejar implica acreditar
na possibilidade de mudança e na necessidade da mediação teóricometodológico.
Segundo Vasconcelos (1995), novas ideias abrem a possibilidade de
mudanças, mas não mudam. O que o muda a realidade é a prática. Neste
processo de transformação, todos têm um papel a desempenhar: professores,
equipe
pedagógica,
direção,
alunos,
pais,
funcionários,
autoridades,
comunidade local. Não existe o mais importante, todos têm que estar
compromissados
com
a
transformação
e
consequentemente
com
a
organização e ação de intervenção da realidade. As mudanças acontecem a
partir da interação.
Planejar para quê? Para transformarmos o nosso trabalho, a relação
com os alunos, a escola, a comunidade e a sociedade.
Dentro da educação escolar temos diferentes níveis de planejamento:
Planejamento do Sistema de Educação - feito a nível nacional, estadual
e municipal – grandes políticas educacionais;
Planejamento da Escola – que é o próprio Projeto Político Pedagógico,
aqui almejado;
Planejamento Curricular – espinha dorsal da Escola, desde séries
iniciais até os terminais finais;
Planejamento de Ensino – aprendizagem – prática do professor da Sala
de Aula.
Todo processo de educação escolar sistematizado e intencional,
implica a elaboração e a realização de um programa de experiências
pedagógicas a serem vivificadas em sala de aula e na escola, sendo o
Currículo este conjunto de atividades.
53
11.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
―Se ignorância é o problema social mais devastador, seu enfrentamento
não se dará, sobretudo pelo acesso a benefícios, mas pela capacidade
individual e, sobretudo coletiva de fazer e fazer-se oportunidade, ou de se
emancipar‖ (Demo, 2000, p.23).
Entretanto, para se adquirir a emancipação é indispensável dominar
determinados mecanismos que estão presentes no processo de transmissão e
assimilação da aprendizagem que diz respeito ao conhecimento elaborado e
não ao conhecimento espontâneo., ou seja, a aprendizagem escolar trabalha
com a aquisição das bases do conhecimento científico.
Assim, o conhecimento pode ser definido como ―o resultado do trabalho
humano no processo histórico de transformação do mundo e da sociedade,
através da reflexão sobre esse processo‖ Gasparim, (2003). Isso remete à
escola uma nova proposta pedagógica de construção-reconstrução do
conhecimento a partir de uma nova forma do professor estudar, e preparar os
conteúdos, fazendo a seguinte sequência didática: partir da prática, teorizar
sobre ela e voltar à prática para transformá-la.
Isso possibilitará passar do senso comum como única explicação da
realidade, para os conceitos científicos que possibilitarão uma compreensão
mais contextualizada da totalidade social.
Diante deste fato podemos definir então, o conhecimento como sendo a
apropriação do manejo crítico e inventivo da cultura produzida historicamente
pelos homens.
11.5 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
A cidadania é o conjunto dos direitos políticos de que goza um indivíduo
e que lhe permitem intervir na direção dos negócios públicos do Estado,
participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua
administração, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a cargo público
(indireto).
Cidadania é a participação econômica e social do cidadão. (Wikipedia).
―Segundo Dallari (1998, p.14) a cidadania expressa um conjunto de direitos
54
que da à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo
de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida
social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro
do grupo social‖.
A cidadania não surge do nada como um toque de mágica, nem tão
pouco a simples conquista legal de alguns direitos significa a realização destes
direitos. Construir a cidadania é também construir novas relações e
consciências.
A cidadania deve ser perpassada por temáticas como a solidariedade, a
democracia, os direitos humanos, a ecologia, a ética. Pode-se dizer que
cidadania é essencialmente consciência de direitos e deveres e exercício da
democracia. Não há cidadania sem democracia. Cabe a escola como
instituição, estimular e cultivar os valores éticos, morais e cívicos para que o
educando possa vir a ser um cidadão consciente e atuante dentro da
sociedade.
11.6 CONCEPÇÃO DE MUNDO
O mundo é o local onde se encontra inserida a sociedade, como um
conjunto de ações e reações importantes e complexas. Sendo assim, o
homem em sua subjetividade social estabelece relação com o mundo, visto
como uma totalidade concreta.
Entretanto, o mundo se transforma
constantemente, e o homem está sujeito a estas transformações, cuja
condição exige a educação para sua adequada adaptação. Dessa forma,
através da reflexão sobre o ambiente e sociedade ele poderá intervir de e
contribuir na realidade a qual está inserido. No mundo tecnológico buscará
alcançar o benefício na qualidade de vida que a tecnologia poderá
proporcionar a si próprio e aos demais.
11.7 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação é hoje compreendida pelos educadores como elemento
integrador entre a aprendizagem, envolvendo múltiplos aspectos:
55

Ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno
aprenda da melhor forma;

Obtenção de informações sobre o que foi aprendido e como;

Reflexão contínua para o professor sobre sua prática educativa;

Tomada
de
consciência
de
seus
avanços,
dificuldades
e
possibilidades.
Segundo Vasconcelos (1995), seguem–se algumas considerações
referentes a uma avaliação realmente diagnóstica e emancipatória:

A avaliação faz parte do processo educacional, deve estar em
harmonia com o trabalho cotidiano em sala de aula. É necessário
definir claramente as ―regras do jogo‖ com os alunos, para evitar
criar ansiedade e desconfiança na relação pedagógica – o aluno
deve saber o que vai ser exigido dele;

A avaliação deve ser contínua, verificando os vários momentos dos
alunos e não julgando-os num determinado momento; avaliar o
processo e não apenas o produto;

Avaliação deve procurar abranger todos os aspectos da educação e
não apenas o cognitivo. No entanto, a ―nota‖/conceito uma vez que
ainda existe, deverá ter como base o cognitivo, para evitar distorção
no processo;

A nota não deve ser instrumento de manutenção da disciplina da
classe. Problemas de indisciplina devem ser enfrentados como tal, e
não aparentemente resolvidos pela nota. O professor precisa colocar
a sua autoridade como coordenador do processo a serviço da
construção da coletividade e não como repressão;

A avaliação deverá produzir uma mudança de atitude do aluno em
relação a matéria, e do professor em relação aos alunos;

A avaliação não deve ser usada para comparar alunos entre si,
comparações criam competições – cada aluno deve ser comparado
a si próprio;

A auto-avaliação do professor e do aluno;
―A avaliação deve ser entendida como aspecto do ensino, pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados de aprendizagem e do seu próprio
trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
56
aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar os resultados e atribui-lhes
valor.‖ C.C.E. Del. 033/87.
A primeira questão que se coloca quando pensamos em avaliação
escolar é relacionada aos princípios filosóficos que norteiam a nossa proposta
pedagógica, pois a partir deles que estabelecemos a função da escola, os
conteúdos, a metodologia e a avaliação.
Entendemos que a Avaliação Escolar vai muito além da constatação, da
mensuração
de
conhecimentos
estanques,
da
investigação
sobre
a
memorização de conteúdos sem relevância social. Na verdade o que estamos
propondo é uma avaliação que de fato acompanhe e oriente todo processo
pedagógico, a fim de que as ações educativas não se afastem do projeto
social a que o currículo se propõe.
Não podemos admitir que o processo de avaliação seja classificatória
para medir, quantitativamente
a memorização de conteúdos pelos alunos,
nem seu comportamento como forma de puni-los e reprimi-los.
A avaliação que o nosso colégio busca consolidar é a avaliação
diagnóstica, entendida como uma forma dinâmica, qualitativa, democrática,
construtiva, autônoma e legítima.
Segundo Vygotsky (2001), pensar avaliação é considerar o nível de
desenvolvimento real do aluno (o que ele faz sozinho), o nível de
desenvolvimento potencial do aluno (o que ele fará com ajuda dos domínios
anteriores e com a ajuda do professor), mediado pelo ensino que se dará o
nível de desenvolvimento proximal que se efetua na prática pedagógica
escolar.
Não se pode admitir que a avaliação se confunda com juízo final, com
repressão, acertos de contas que se funde no medo.
A avaliação diagnóstica é processual, permanente, contínua, cumulativa
e principalmente para rever o processo de ensino – aprendizagem e partir para
reorganização do planejamento escolar. Entendida assim, a avaliação dá
subsídios ao professor, oferecendo elementos para uma reflexão contínua
sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a
retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados e adequados para o
processo de aprendizagem individual e coletiva.
57
Para o aluno é a tomada de consciência de suas conquistas,
dificuldades, possibilidades para reorganização do direito de aprender. Para
escola significa definir prioridades e aspectos das ações educacionais que
requerem maior apoio.
Em entrevista a Revista Nova Escola (setembro 2000),
Perrenoud
(2000), coloca alguns princípios de avaliação autêntica, para avaliar
seriamente competências:
 Não incluir nada além das tarefas contextualizadas;
 Deve contribuir para que os estudantes desenvolvam ainda mais as
suas competências;
 Exigir a utilização funcional dos conhecimentos disciplinares;
 A tarefa e suas exigências são conhecidas antes da situação da
avaliação;
 Exigir certa forma de colaboração entre os pares;
 Levar em consideração as estratégias cognitivas e metas cognitivas
utilizadas pelos estudantes;
 A correção não deve levar em conta o que não sejam erros
importantes na ótica da construção de competências.
De acordo com o exposto, o nosso colégio vem buscando através da
Avaliação Bimestral e da Recuperação Paralela, oportunizar à todos a real
apropriação do conhecimento.
A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo período;
b) Obrigatoriedade de estudos de Recuperação Paralela do ano letivo,
para os casos de baixo rendimento escolar;
c) A promoção dos alunos do Ensino Fundamental e dos cursos
profissionalizantes em sua forma Integrada, resultará da combinação
do resultado do aproveitamento escolar e a apuração da assiduidade
- serão considerados aprovados os alunos que apresentarem
freqüência de 75%, no computo da somatória da carga horária de
todas as disciplinas e rendimento igual ou superior a 6,0, conforme:
58
MA = Média do 1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB = 6,0
4
d) A promoção dos alunos do Ensino Médio por Blocos e do Curso
Técnico Subsequente resultará da combinação do resultado do
aproveitamento escolar e a apuração da assiduidade - serão
considerados aprovados os alunos que apresentarem freqüência de
75%, no computo da somatória da carga horária de todas as
disciplinas e rendimento igual ou superior a 6,0, conforme:
MA = Média do 1ºB + 2ºB = 6,0
2
11.7.1 Recuperação paralela
Em relação à recuperação paralela, está acontecerá segundo a
necessidade da turma, enquanto aprendizagem. No entanto, deve seguir
critérios em que o professor aplica uma avaliação, caso a turma e/ou alguns
alunos não conseguem atingir o objetivo proposto, este professor deve retomar
a explicação do conteúdo; dar exercícios de verificação, fazer correção
explicativa e aplicar a avaliação de recuperação; caso ainda, não há
assimilação pela minoria, dar atendimento individual, aplicar outra avaliação
de recuperação e, caso seja a maioria, repetir o primeiro processo atribuído à
primeira avaliação de recuperação.
11.8 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
O currículo é um dos elementos centrais das reestruturações e reformas
educacionais, que em nome da eficiência econômica estão sendo colocadas
propostas voltadas a um espaço onde se concentram e se descobrem as lutas,
em torno dos diferentes significados sobre o social e o político. É através do
currículo concebido como elemento discursivo da política educacional, que os
59
diferentes grupos sociais, especialmente os dominantes, expressam sua visão
de mundo, seu projeto social, sua verdade.
As políticas curriculares, como textos, discursos, etc., são importantes
como elementos simbólicos do projeto social dos grupos no poder. Ela, política
curricular, representa, segundo Barthes (2000), um mito, e estão como um
signo e um significante. Também as políticas curriculares autorizam e
desautorizam os grupos de especialistas, fabricam objetos epistemológicos de
que falam através de um léxico próprio, como um mecanismo altamente
eficiente de instituição e constituição ―real‖; interpelam indivíduos nos
diferentes níveis institucionais aos quais se dirigem atribuindo-lhes ações e
papéis específicos como os de diretores, supervisores, etc.; movimentam uma
indústria cultural montada em torno da escola e da educação, como por
exemplo, as multimídias, define os papéis dos professores e alunos e suas
relações, redistribuindo funções de autoridade e iniciativa; metamorfose em
currículo, efetua um processo de inclusão de certos saberes e de certos
indivíduos.
No entanto, o currículo, segundo Walkerdine (2000) fabrica
objetos de que fala: saberes, competências, sucesso, fracasso e produz os
sujeitos aos quais, ele, currículo, fala aos indivíduos, e interpela; ele
estabelece diferenças, constrói hierarquias e produz identidades.
O currículo, enquanto conhecimento e cultura é o impacto das
teorizações pós-modernistas e pós-estruturalistas, tais como representadas
pelos estudos culturais e sintetizadas na chamada virada linguística, porque
nesta, ganha centralidade o papel da linguagem e do discurso na constituição
do social de forma consequente, à cultura como prática de significações,
assumindo assim um papel constituído.
A perspectiva pós-estruturalista amplia as abordagens sociológicas
centradas numa visão da cultura como campo de conflito e luta, mas modificálas, ao deslocar a ênfase de uma avaliação epistemológica, baseada na
posição estrutural do ator social, para os efeitos de verdade inerentes às
práticas discursivas; logo, a cultura é um campo de luta em torno da
construção e imposição de significados sobre o mundo social. Portanto a
cultura, tal como o currículo, é compreendido como prática de significação,
prática produtiva, uma relação social, uma relação de poder e uma prática que
produz identidades sociais.
60
A cultura e o currículo como prática de significação visam a
compreensão do mundo social, tornando-o inteligível e, sendo assim, a cultura
diz respeito à produção de sentidos, enquanto currículo uma trama de
significados que podem ser analisados como um discurso e pode ser visto
como uma prática discursiva. Portanto o currículo, tal como cultura, é,
sobretudo, uma prática produtiva e, assim, a cultura é uma atividade de ação e
experiência, em que ao vê-la como produtora significa dizer que os materiais
existentes estão submetidos sempre a um novo trabalho, a uma nova atividade
de significação e a um processo de transformação.
No currículo se produz sentido e significado sobre vários campos e
atividades sociais; nele se trabalha sobre sentidos e significados recebidos,
sobre materiais culturais existentes; ele, tal como a cultura, é uma zona de
produtividade vinculada ao caráter social dos processos e das práticas de
significação e, sendo assim, ambos (currículo e cultura) são relações sociais.
O currículo como outros conjuntos de matéria significante é submetido a um
novo trabalho de significação, realizado no contexto de relações sociais, que
necessariamente são também, de poder, e implica em fazer valer significados
particulares, próprios de um grupo social, sobre os significados de outros
grupos, o que pressupõe um diferencial entre eles, onde a relação de poder é,
ao mesmo tempo, resultado e fonte do processo de significação, já que poder
e significação são o conceber das práticas culturais como relações de poder
que implica a visão do campo da produção de significado e de sentido como
contestado, disputado e conflitivo.
Currículo e educação estão vinculados particularmente, o currículo a
relação de poder que tem sido central ao projeto educacional crítico, e o
currículo como ato político consiste precisamente em destacar seu
desenvolvimento em relações de poder, tal como nas práticas culturais, em
que as relações de poder são inseparáveis das práticas de significação que
formam o currículo.
Um dos efeitos mais importantes das práticas culturais é o de produção
de identidades sociais, que em geral, tende-se naturalizar as identidades
sociais, as formas pelas quais os diferentes grupos sociais se definem a si
próprio e pelas quais eles são definidos por outros grupos. No entanto, a
61
diferença é produzida no interior de práticas de significação em que os
significados são contestados, negociados e transformados.
A identidade, tal como a cultura, é o objetivo de uma incessante
construção, e conforme diz Hall (1998), a identidade como uma produção que
está sempre em processo e, além disso, um processo de formação da
identidade que está sempre referindo a outro, tornando assim, identidade e
alteridade inseparáveis e, fundamentalmente, relações de poder. Logo, as
identidades são categorias inerentes sociais, políticas, uma relação e um
posicionamento, consequenciando assim, uma identidade histórica.
A política da identidade está no centro das disputas por representações
e por distribuição de recursos materiais e simbólicos. Com isso, a educação
institucionalizada e o currículo estão no centro do processo de formação de
identidade,
onde
ele
(currículo),
como
espaço
de
significação
está
estreitamente vinculado ao processo de formação de identidades sociais.
O currículo está centralmente envolvido naquilo que somos;,naquilo que
nos tornamos e naquilo que nos tornaremos; portanto, o currículo produz e
nos produz. E, como política curricular, macro discurso, o currículo expressa
as visões e os significados do projeto dominante e ajuda reforçá-las, a dar-lhes
legitimidade e autoridade. Como microtexto, como prática de significação em
sala de aula, o currículo tanto expressa essas visões e significados quanto
contribui para formar as identidades sociais que lhes sejam convenientes e,
que para isso, o currículo deve ter como resposta uma decisão moral, ética e
política.
Por currículo se entende a síntese de elementos culturais (
conhecimentos, valores, costumes, crenças, hábitos), refletindo só a natureza
do conhecimento em si mesmo, também a natureza do conhecedor e do
processo de aquisição do conhecimento, ensinamos não para produzirmos
minúsculas bibliotecas vivas ambulantes, mas para fazermos o estudante
pensar, matematicamente por si mesmo, para considerar os assuntos como
paz, considerar-se um historiador, e tomar parte no processo de aquisição de
conhecimento. Conhecer é um processo, não um produto. (J.S. Bruner, Uma
Nova Teoria da Aprendizagem, 1997, p.89).
Neste sentido, o currículo não pode ser pensado apenas como um rol
de conteúdos a serem transmitidos para um sujeito passivo, mas, para aquele
62
educando que tem oportunidade de entrar em dinamizar o conhecimento
trabalhado em sala de aula com a realidade, integrar-se em rede,
proporcionando a oportunidade, fazer, relacionar – aplicar- e transformar, em
conhecimento.
A matriz curricular da nossa Escola no Ensino Fundamental está
organizada
por
disciplina
conforme
Parecer
004/98,
alicerçada
em
pressupostos teóricos apresentados no referencial bibliográficos.
Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Educação Física e
Artes; Química, Física, Biologia, Matemática; História, Geografia, Filosofia e
Sociologia.
Compreender a cidadania como participação social e política, assim
como os direitos e deveres políticos , civis e sociais, utilizando o diálogo como
forma de mediar conflitos e tomar decisões coletivas;
Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais,
materiais e culturais com meio para construir progressivamente a noção de
identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país;
Conhecer, valorizar e posicionar-se contra qualquer discriminação
baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de
etnias ou características individuais e sociais;
Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos
para adquirir e construir conhecimentos;
Questionar a realidade, formulando-se problemas e tratando de resolvêlos, utilizando o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de
análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.
A proposta de Organização do conhecimento está em consonância com
o artigo 26 de Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
Os currículos do Ensino Fundamental devem ter Base Nacional Comum,
a ser contemplada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por
uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da
Sociedade, da cultura, da economia e dos alunos.
A Base Comum ou Núcleo Comum deve ocupar 75% da carga horária
cuja 800 horas, e Parte Diversificada, 25%. Na parte diversificada do currículo
será incluído, obrigatoriamente, a partir da 5ª série, o ensino de pelos menos
uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade
63
escolar, pois é oferecido Inglês e Espanhol, dentro das possibilidades da
instituição. (art. 26 parág. 5º) e 200 dias letivos. A LDB expressa ainda à
necessidade de trabalhar diferentes áreas do conhecimento para formação
plena dos alunos; dentre eles: conhecimentos clássicos; realidade social e
política, História do Brasil, nossas Matrizes e Desafios Educacionais
Contemporâneos.
11.9 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
O conceito de tecnologia só adquiriu importância a partir do começo do
século XVIII. Neste período teve inicio a primeira revolução industrial, na qual
se deram relevantes transformações a todos níveis no trabalho industrial . No
entanto a discussão sobre tecnologia veio a publico somente após a 1ª Guerra
Mundial.
A primeira utilização do termo tecnologia data de 1777 como titulo de
um livro escrito pelo filosofo alemão Beckmann (1999). Este filósofo defendia
que a tecnologia envolve a razão, ou seja, uma forma particular de
conhecimento. Na língua Portuguesa a palavra tecnologia é definida como o
estudo especializado sobre os procedimentos, instrumentos e objetos próprios
de qualquer arte, ofício ou técnica. Aristóteles (1232), na sua obra Retórica,
define técnica como um tratamento sistemático da gramática ou fala. Já o
sociólogo contemporâneo, Merton (1944), define técnica como um conjunto
qualquer de meios padrões para atingir um resultado predeterminado.
Heidegger (2002), filósofo existencialista, considerou a existência de uma
relação entre a tecnologia e a arte, na qual ambos eram eventos verdadeiros
que permitiam aos entes existirem.
O mesmo argumentava que a palavra grega techne tinha um significado
ambivalente. A palavra techne pode ser interpretada através do termo melete,
que expressa cuidado necessário para preservar alguma ―coisa‖. Por outro
lado, techne pode ser analisada de acordo com a palavra poiesis que significa
a produção ou a apresentação de alguma ―coisa‖. Estas características da
palavra ―tchne” compreendem um conhecimento íntimo do que são, como
Heidegger refere, as ―coisas‖. Este conclui que a especialização na execução
de uma determinada ―coisa‖ só é possível, porque o artesão é dotado da
64
techne de forma a poder desvendar ou proteger a criação dessa mesma
―coisa‖. Para concluir este assunto, convém denotar as diferenças existentes
entre os conceitos técnica e tecnologia. Enquanto para o escritor Mayer (1998)
a técnica é o resultado da atividade humana, na obra ―Confronto de
Heidegger(1996) com a Modernidade‖, as ferramentas, as fábricas e todos os
novos sistemas sociais pertencem à Tecnologia.
11.10 CONCEPÇÃO DE CULTURA
Definir o que é cultura não é uma tarefa simples. A cultura evoca
interesses multidisciplinares, sendo estudada em áreas como sociologia,
antropologia, história, comunicação, administração, economia, entre outras.
Em cada uma dessas áreas, é trabalhada a partir de distintos enfoques e usos.
Tal realidade concerne ao próprio caráter transversal da cultura, que perpassa
diferentes campos da vida cotidiana. Além disso, a palavra ―cultura‖ também
tem sido utilizada em diferentes campos semântico sem substituição a outros
termos como ―mentalidade‖, ―espírito‖, ―tradição‖ e ―ideologia‖ (Cuche, 2002,
p.203). Comumente, ouvimos falar em ―cultura política‖, ―cultura empresarial‖,
―cultura agrícola‖, ―cultura de células‖. Ao que se conclui que, ao nos
referirmos ao termo, cabe ponderar que existem distintos conceitos de cultura,
no plural, em voga na contemporaneidade.
Parte desta complexa distinção semântica se deve ao próprio
desenvolvimento histórico do termo. A palavra cultura vem da raiz semântica
colore, que originou o termo em latim cultura, de significados diversos como
habitar, cultivar, proteger, honrar. A Noção de Cultura nas Ciências Sociais
(2002), quanto Raymond Williams, em Palavras Chaves: um vocabulário de
cultura e sociedade (2007) aponta os séculos XVIII e XIX como o período de
consolidação do uso figurado de cultura nos meios intelectuais e artísticos.
Expressões como ―cultura das artes‖, ―cultura das letras‖ e ―cultura das
ciências‖ demonstram que o termo era, então, utilizado seguido de um
complemento no sentido de explicitar o assunto que estava sendo cultivado. A
partir deste período, a cultura passa a conformar sentidos distintos em países
como a França e a Alemanha, de modo que Cuche alerta que ―sob as
65
divergências semânticas sobre a justa definição a ser dada à palavra,
dissimulam-se desacordos sociais e nacionais‖ (2002, p.12).
A partir desses estudos iniciais, outras abordagens do conceito de
cultura se desenvolveram nas ciências sociais e em diversas áreas do
pensamento humano como consequência do fenômeno que Albino Rubim
chama de ―atomização da cultura como campo singular‖, que mobiliza
mercados consumidores e permite atuações profissionais, acadêmicas e
políticas. Para o autor, ―cabe propor mesmo uma centralidade para a cultura‖
no
mundo
contemporâneo
(2006,
p.2). Diante
da
multiplicidade
de
interpretações e usos do termo cultura, adotamos como referência neste
trabalho três concepções fundamentais de entendimento da cultura, como: 1)
modos de vida que caracterizam uma coletividade; 2) obras e práticas da arte,
da atividade intelectual e do entretenimento; e 3) fator de desenvolvimento
humano.
Na primeira concepção, a cultura é definida como um sistema de signos
e significados criados pelos grupos sociais. Ela se produz ―através da
interação social dos indivíduos que elaboram seus modos de pensar e sentir,
constroem seus valores, manejam suas identidades e diferenças e
estabelecem suas rotinas‖, como ressalta Isaura Botelho (2001, p.2). Marilena
Chauí também chama a atenção para a necessidade de alargar o conceito de
cultura, tomando-o no sentido de invenção coletiva de símbolos, valores, ideias
e comportamentos, ―de modo a afirmar que todos os indivíduos e grupos são
seres e sujeitos culturais‖ (1995, p.81). Valoriza-se o patrimônio cultural
imaterial os modos de fazer, a tradição oral, a organização social de cada
comunidade, os costumes, as crenças e as manifestações da cultura popular
que remontam ao mito formador de cada grupo. Como salienta Botelho:
Vale nesta linha de continuidade a incorporação da dimensão
antropológica da cultura, aquela que levada às últimas consequências temo
em vista a formação global do indivíduo, a valorização dos seus modos de
viver, pensar e o fruir, de suas manifestações simbólicas e materiais. É ela que
busca, ao mesmo tempo, ampliar seu repertório de informação cultural,
enriquecendo e alargando sua capacidade de agir sobre o mundo. O essencial
é a qualidade de vida e a cidadania, tendo a população como foco (2007,
p.110).
66
A segunda concepção é dotada de uma visão mais restrita da cultura,
referindo-se às obras e práticas da arte, da atividade intelectual e do
entretenimento, vistas sobretudo como atividade econômica. Esta dimensão
não se dá no plano da vida cotidiana do indivíduo, mas sim em âmbito
especializado, no circuito organizado. ―É uma produção elaborada com a
intenção explícita de construir determinados sentidos e de alcançar algum tipo
de público, através de meios específicos de expressão‖ (Botelho, 2001, p.2). A
produção, distribuição e consumo de bens e serviços que conformam o
sistema de produção cultural se tornou estratégica para o desenvolvimento das
nações, na medida em que estas atividades movimentam uma cadeia
produtiva em expansão, contribuindo para a geração de emprego e renda.
Conforme salientado por Rubim (2007).
A Economia da Cultura estuda a influência dos valores, das crenças e
dos hábitos culturais de uma sociedade em suas relações econômicas. ―Vista
sob esse ângulo, a cultura é tida como fator de propulsão ou de resistência ao
desenvolvimento econômico‖ (Reis, 2007, p.1). Além das tradicionais
atividades culturais, como literatura, artes visuais, teatro, música, dança,
audiovisual, arquitetura e artesanato, as indústrias criativas também abarcam
outros setores como moda, designer, marketing e propaganda, decoração,
esportes, turismo, aparelhos eletrônicos, tecnologia, telefonia, internet,
brinquedos e jogos eletrônicos. Na relação entre cultura e mercado,
acontecem dois processos distintos: a mercantilização da cultura, quando as
atividades culturais passam a ser concebidas visando à distribuição em massa
e, consequentemente, a geração de lucro comercial; e a culturalização da
mercadoria, que ocorre através da atribuição de valor simbólico a objetos do
uso cotidiano. Até mesmo as características culturais de um determinado local
ou povo podem ser transformados em bens vendáveis para o turismo ou como
lócus para a produção audiovisual.
A terceira concepção da cultura ressalta o papel que ela pode assumir
como um fator de desenvolvimento social. Sob esta ótica, as atividades
culturais são realizadas com intuitos sócio-educativos diversos para estimular
atitudes
críticas
e
o
desejo
de
atuar
politicamente
no
apoio
ao
desenvolvimento cognitivo de portadores de necessidades especiais ou em
atividades terapeutas para pessoas com problemas de saúde, como
67
ferramenta do sistema educacional a fim de incitar o interesse dos alunos no
auxílio ao enfrentamento de problemas sociais, como os altos índices de
violência, a depredação urbana, a ressocialização de presos ou de jovens
infratores. Embora muitos pesquisadores e artistas critiquem esta visão como
sendo utilitária, pois acreditam no valor da arte em si mesma, é fato que a
cultura pode e deve exercer um papel na formação política e social dos
indivíduos. Segundo Nestor Garcia Canclini, é possível ver a cultura ―como
parte de la socialización de las clases y los grupos en la formación de las
concepciones políticas y en el estilo que la sociedad adopta en diferentes
líneas de desarrollo‖ (1987, p.25).
Portanto, afirmamos que na atualidade é possível compreender a
cultura através de três concepções fundamentais. Primeiro, em um conceito
mais alargado onde todos os indivíduos são produtores de cultura, que nada
mais é do que o conjunto de significados e valores dos grupos humanos.
Segundo, como as atividades artísticas e intelectuais com foco na produção,
distribuição e consumo de bens e serviços que conformam o sistema da
indústria cultural. Terceiro como instrumento para o desenvolvimento político e
social, onde o campo da cultura se confunde com o campo social.
12 ENSINO – APRENDIZAGEM
O
processo
de
ensino-aprendizagem
tem
sido
historicamente
caracterizado de formas diferentes que vão desde a ênfase no papel do
professor como transmissor de conhecimento, até as concepções atuais que
concebem o professor como transmissor de conhecimento, até as concepções
atuais que concebem o processo de ensino-aprendizagem com um todo
integrado que destaca o papel do educando.
As reflexões sobre o estado atual do processo ensino-aprendizagem
nos permitem identificar um movimento de ideias de diferentes correntes
teóricas sobre a profundidade do binômio ensino e aprendizagem. Entre os
fatores que estão provocando esse movimento podemos apontar as
contribuições da Psicologia atual em relação à aprendizagem, que leva todos
a repensar a prática educativa, buscando uma conceptualização do processo
ensino-aprendizagem.
68
Apesar de tantas reflexões, a situação atual da prática educativa das
escolas ainda demonstra a massificação dos alunos com pouca ou nenhuma
capacidade
de
resolução
de
problemas
e
poder
crítico-reflexivo,
a
padronização dos mesmos em decorar conteúdos, além da dicotomia ensinoaprendizagem e do estabelecimento de uma hierarquia entre educador e
educando. A solução para tais problemas está no aprofundamento de como os
educandos aprendem e como o processo de ensinar pode conduzir à
aprendizagem.
Acrescenta-se ainda que a solução esteja a partir da teoria e colocar em
prática os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo de forma crítica
reflexiva laborativa: crítica e reflexiva para pensar os conceitos atuais e
passados e identificar o que há de melhor; laborativa não só para mudar como
também para criar novos conhecimentos.
Para que se repensem as ciências humanas e a possibilidade de um
conhecimento científico humanizado há que se romper com a relação
hierárquica entre teoria, prática e metodologia. Concluímos, então, que a
sociedade e cada meio social particular determinam o ideal que a educação
realiza. Contudo, é preciso termos definido também, nossa concepção de
homem e, que homem se quer formar para esta nova sociedade.
13 DIREITOS HUMANOS
A demanda de Direitos Humanos no âmbito da Coordenação dos
Desafios
Educacionais
Contemporâneos,
da
Diretoria
de
Políticas
e
Programas Educacionais – CDEC/DPPE/SEED, nasce com o desafio de
implementar o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos nas escolas
de nossa rede.
Tem na sua essência a busca dos princípios da dignidade humana,
respeitando os diferentes sujeitos de direito e fomentando maior justiça social.
No intuito de valorizar ações de cidadania, esta demanda responde
ainda pelas ações interinstitucionais de acompanhamento e fomento de
programas federais e estaduais como: Atitude, Saúde na Escola, Segurança
Social, entre outros.
69
14 PLANEJAMENTO DE AÇÕES DA ESCOLA
14.1 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO
O presente plano de ação tem como tema norteador os projetos e as
ações a serem desenvolvidas pela equipe de ensino no âmbito escolar e tem
por objetivo subsidiar a organização coletiva da prática pedagógica a partir do
qual os educadores se sintam desafiados à assumir uma prática refletiva,
crítica e criativa capaz de, através de uma ação coletiva unir forças em direção
a posturas compromissadas, permanência com sucesso do aluno na escola.
Segundo Freire (1993) ―As crianças precisam crescer no exercício da
capacidade de pensar, indagar-se, duvidar e de experimentar hipóteses de
ação...‖, portanto o professor assume a função de facilitador e encorajador da
aprendizagem e a escola assume as exigências postas pela sociedade para
com os seus profissionais e consequentemente para a formação do educando.
Partimos de resultados já obtidos e analisados no ano de 2010
conforme resultados obtidos e descritos na página 30 (trinta) neste P.P.P, para
chegarmos ao norte deste plano de ação. Vimos que quando se trabalha com
projetos consegue-se atingir os objetivos propostos, bem como melhorar a
qualidade de ensino, e com isso chegar-se a aprendizagem, ao conhecimento
e ao saber sistematizado. Tem como objetivo de:

Formar cidadãos criativos, independentes e capazes de tomar suas
decisões;

Confrontar opiniões e pontos de vistas sobre as diferentes
manifestações culturais existentes na comunidade escolar e no
mundo;

Fazer com que o aluno valorize o seu trabalho, para assim aprender
a respeitar o dos outros;

Proporcionar ao aluno e auto-avaliação para que o mesmo possa
perceber o seu próprio desenvolvimento intelectual e humano;

Desenvolver no aluno o senso crítico;

Compreender a produção e o papel histórico da escola em sua vida
e na de seus familiares.
70
A seguir temos os principais apontamentos feitos na semana
pedagógica de 2010 que subsidiará nosso trabalho durante este ano letivo.
14.2
GESTÃO DEMOCRÁTICA E PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO:
Alguns apontamentos para a organização da escola pública em sua
função social.
A função social da Escola Pública é oportunizar ao aluno o exercício da
cidadania através de orientação pedagógica.
Quanto às relações internas e externas à escola compreende-se a
interação coletiva nas tomadas de decisões entre a comunidade escolar e a
busca em outras organizações de ensino, de novas realidades sociais e
culturais que contribuirão para o crescimento intelectual do educando.
Para que a escola possa praticar sua função social, deve embasar-se
em autonomias praticadas e respeitadas pelo conjunto de indivíduos que
fazem parte dela, sempre tendo em observância e hierarquia da própria. Cada
escola deve possuir e fazer valer seu regimento interno respaldado pelas Leis
que a regem.
Medidas pedagógicas devem ser tomadas sempre que houver
necessidade no que se refere a não observância das regras impressas
entregues a cada responsável pelo aluno no ato da matrícula. Sempre que
desrespeitado o regimento interno ocorrerão medidas como: advertência
verbal, convocação dos responsáveis (os quais deverão assinar um termo de
compromisso de que estão conscientes da situação pelo qual foram
convocados), acionar a patrulha escolar.
Quanto ao desrespeito ao uso do uniforme escolar nas dependências do
colégio, não trazer o material mínimo e o uso de roupas em desconformidade
com o local (minissaias, decotes avantajados e outros) será feito um trabalho
de conscientização com os pais e alunos sobre a forma adequada de se vestir
e quais os materiais indispensáveis para estudar.
No que se refere ao planejamento de uma escola, este deve ser
adequado a realidade da mesma, visto que cada comunidade possui sua
própria
identidade
A
importância
da
participação
democrática
e
a
71
representação nos órgãos colegiados representa o compromisso de todos
aqueles que fazem parte da escola.
A avaliação do trabalho pedagógico da escola só pode acontecer
quando a mesma possuir um quadro de profissionais efetivos comprometidos
em realizar um trabalho relevante em conjunto com os demais membros da
comunidade escolar. Sem isto não é possível ter-se uma identidade em
relação a questão de supervisão.
O trabalho coletivo à fundamental para quase a totalidade de ações
praticadas pela humanidade. Na escola não é diferente, talvez com o
diferencial de que na escola tudo o que se aplica é em função do bem estar do
indivíduo, para que o mesmo exerça a cidadania da forma mais digna possível.
Todos os tópicos estudados e discutidos serviram de reflexão sobre a
prática de cada participante, independente da área de trabalho, onde com
certeza contribuirão para o avanço no que diz respeito ao ensino e
aprendizagem dos alunos.
15 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Em se tratando do gerenciamento dos recursos financeiras, e sua forma
de aplicação, serão sugeridas e discutidas as prioridades, junto a APMF,
Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, professores e funcionários em geral.
Mensalmente, após aprovação da APMF, será feito um relatório mensal
das receitas e despesas e afixado nos murais da Escola para que os
Professores, alunos, funcionários e a comunidade de forma geral, possam
tomar ciência.
Serão realizadas reuniões administrativas periódicas com a comunidade
de forma geral, onde se relatará as atividades desenvolvidas e prestações de
contas e trocas de ideias, para a viabilização de novos projetos.
15.1 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
A Equipe Multidisciplinar é instância de organização do trabalho escolar,
preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por
Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação
72
nº
04/06–CEE/PR.
Assim
tem
por
finalidade
orientar
e
auxiliar
o
desenvolvimento das ações relativas à Educação das relações Étnico-Raciais
e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena ao longo
do período letivo. A Equipe Multidisciplinar se constitui por meio da articulação
das disciplinas da Base nacional Comum, em consonância com as Diretrizes
Curriculares estaduais e nacionais da educação Básica para a Educação das
relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da África, dos Africanos, Afro
descendentes e Indígenas do Brasil, na perspectiva de contribuir para que os
alunos negros e indígenas mirem-se positivamente, pela valorização da
história de seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a
humanidade. Compete à Equipe Multidisciplinar deste estabelecimento de
Ensino:

Elaborar e aplicar um Plano de Ação em conformidade com o
Conselho Escolar e as orientações do DEDI/SUED, com conteúdos
e metodologias, sobre a ERER e o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena, que deverá ser incorporado no
Projeto Político-Pedagógico e legitimado pelo Regimento Escolar;

Subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com os
professores na elaboração do Plano de Trabalho docente;

Realizar formação permanente com os/as demais profissionais de
educação e comunidade escolar, referente a ERER e o Ensino de
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, conforme
orientações expedidas pelo DEDI/SUED;

Subsidiar os/as professores/as, equipe pedagógica, gestores/as,
funcionários/as e alunos/as na execução de ações que efetivem a
ERER e o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e
Indígena.

Subsidiar o Conselho Escolar na realização de ações de
enfrentamento ao preconceito, discriminação e racismo no ambiente
escolar, apoiando professores/as, equipe pedagógica, direção,
direção auxiliar, funcionários/as, pais, mães e alunos/as;
73

Registrar e encaminhar ao Conselho Escolar e outras instâncias ,
quando for o caso, as situações de discriminação, preconceito racial
e racismo, denunciadas nos estabelecimentos de ensino;

Subsidiar as ações atribuídas aos estabelecimentos de ensino pelo
Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares
Nacionais para a ERER e para o Ensino da História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena;

Enviar relatório semestral às Equipes Multidisciplinares dos NREs de
conteúdos
e
propostas
de
ações
desenvolvidas
nos
estabelecimentos de ensino;

Manter registro permanente em ATA das ações e reuniões da equipe
multidisciplinar.
15.1.1 COMPOSIÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 2010
Representante da Equipe Titular: Creuza de Fatima da Suplente: Elisete Beatriz
Pedagógica
Silva
Bernardi
Representante Agente
Titular: Maria de Fatima
Suplente: Rosemeire
Educacional
Ricobelo
Marques dos Santos
Representante das
Titular: Maria Marlene Menger
Suplente: Juciara P.
Instâncias Colegiadas
Soares Ferreira
Representante dos
Titular: Vanessa Pereira da
Suplente: Ilenice Maria
Professores da Área de
Lomba
Zanela
Representante dos
Titular: Tatiane Aparecida
Suplente: Flavio Marcelo
Professores na Área de
Vitor
de Graauw
Representante dos
Titular: Cilene Francisco
Suplente: Patricia Justen
Professores na Área de
Aragão
Humanas
Exatas
Biológicas
15.2 APMF – (Associação de Pais, Mestre e Funcionários)
74
Associação de Pais, Mestres e Funcionários, órgão de representação de
pais e professores do estabelecimento. Tem como objetivo colaborar na
assistência ao educando, na integração família-escola através de eventos
(atividades esportivas, recreativas, educativas e culturais) e promoções (festa
junina, desfile de modas, bailes, jantares. almoços), visando sempre com os
fundos arrecadados melhorias nas condições de trabalho tanto na parte
pedagógica como administrativa, podendo-se citar a utilização destes recursos
com promoções, envolvendo a comunidade desde 1998 até o momento atual.

Pintura no Colégio;

Ventiladores e ar condicionado (Foz do Iguaçu é uma região muito
quente);

Construção de quadras esportivas, sendo que uma delas é coberta;

Ajardinamento;

Iluminação;

Melhorias nos banheiros e ampliação da Cantina;

Ampliação no acervo da biblioteca;

Aparelhos de laboratório;

Aparelhos de vídeo e televisão;

Formação continuada dos professores e funcionários. Para tal
formação promoveremos no estabelecimento, palestras com temas
educativos, autoestima e qualidade de vida, grupos de estudos por
áreas de conhecimentos, passeios culturais;

Investir nos materiais didáticos, fitas pedagógicas, nas visitas
educativas, assim o professor poderá proporcionar maior interação
do aluno com a comunidade;

Dar condições para que os professores desenvolvam seus projetos
de pesquisa junto aos alunos de forma a garantir um trabalho de
qualidade;

Levar os alunos a frequentarem o cinema local, quando estiverem
em cartaz filmes culturais e significativos à prática pedagógica, bem
como, exposições e peças teatrais.
15.3 GRÊMIO ESTUDANTIL
75
O Grêmio é a organização dos estudantes na Escola. Ele é formado
apenas por alunos de forma independente, desenvolvendo atividades culturais
e esportivas, organizando debates sobre assuntos de interesse dos
estudantes, motivando os alunos em campanha de ―ajuda‖ a pessoas
carentes,
organizando
reivindicações,
tais
como
compra
de
livros,
conscientização dos alunos para o cuidado e preservação do colégio entre
outros.
O Grêmio Estudantil não terá caráter político, partidário, religioso, racial
e também não deverá ter fins lucrativos.
15.4 CONSELHO ESCOLAR
O Colégio conta com o Conselho Escolar que é um órgão colegiado de
natureza consultiva, deliberativa e fiscal, com o objetivo de estabelecer o
Projeto Pedagógico da escola, critérios relativos à sua ação, organização,
funcionamento e relacionamento com a comunidade nos limites de legislação
em vigor e compatíveis com as diretrizes e políticas educacionais traçadas
pela Secretaria de Estado da Educação.
Ele tem por finalidade promover a articulação entre vários segmentos
organizados da sociedade e os setores da Escola, a fim de garantir a eficiência
e a qualidade de sue funcionamento.
16 DIREÇÃO ESCOLAR
A gestão da direção escolar se respalda em uma filosofia de trabalho
com a concepção de educação progressista, priorizando uma administração
democrática, a qual abre espaços à participação de professores, alunos,
famílias, funcionários e comunidade, na discussão dos problemas do sistema e
da unidade escolar, integrando-os efetivamente na ação educativa.
A atuação desta Instituição visa a integração à comunidade e que,
cumprindo diretrizes superiores e amplas, promove a devida aplicação das
mesmas, levando em conta a peculiaridade da realidade à qual está inserida,
76
além de realizar e planejar as atividades da escola de acordo com o perfil
desta, e dentro do que estabelecem as diretrizes do sistema de ensino. As
reuniões serão bimestrais para que possamos ter um bom acompanhamento.
Fundamentado nisto, elaboramos o nosso projeto de trabalho para
gestão 2010 /2011 onde, periodicamente organizamos um diagnóstico das
atividades planejadas e realizadas com êxito e as atividades que tiverem de
ser modificadas no transcorrer do processo.
Na parte pedagógica a direção terá um plano de acompanhamento
sobre a mesma, e através de reuniões pedagógicas com a comunidade, será
relatado tudo o que for proposto e o que irá ser implementado, além da troca
de ideias, e sugestões para implantações futuras.
17 SECRETARIA ESCOLAR
O secretário da escola é responsável pela documentação da escola e
dos alunos, serviços de escrituração escolar e correspondências do
estabelecimento. A secretaria precisa estar atualizada quanto às leis, portarias
e circulares, a fim de prestar assessoria ao diretor.
O secretário geral junto com sua equipe de escrituraria, atendentes e
estagiárias mantém as principais atividades como:

Manter a documentação e os arquivos organizados segundo a
legislação e o regimento escolar;

Solicitar e orientar o pessoal docente quanto às exigências legais;

Expedir documentos escolares;

Expedir instruções e avisos referentes a inscrições matrículas,
exames, etc.;

Redigir ofícios ou outras comunicações externas e internos;

Atendimento ao público.
A secretaria da escola é um setor de vital importância. Para que seja
prestado um atendimento de qualidade, prevê-se treinamento específico e
especializado aos funcionários, alicerçado na linha e segmento de trabalho
adotado pelo Sistema e Escola, interagindo assim dia a dia.
18 EQUIPE PEDAGÓGICA
77
A equipe pedagógica se deu conta que o mestre não é quem sempre
ensina, mas quem, de repente, aprende e percebe que a sua tarefa não se
centra na transmissão de uma mensagem pronta e acabada mas sim, no
conjunto dos educadores que elaboram a sua própria mensagem e com ela
tentam mudar, para melhor, a vida de todas as pessoas a quem a mensagem
pode ser apresentada. Com isso, cabe à equipe pedagógica auxiliar na
construção da consciência histórico-política necessária à luta contra a
dominação e alienação. Isso implica em uma posição de profunda atenção aos
fatos do cotidiano escolar e do cotidiano da sociedade que lhe assegure
condições de análise adequada do significado das ocorrências que se vão
acumulando. Ela deve ter interesses em estabelecer necessidades e atendêlas. Portanto, cabe solidarismo perante uma sociedade competitiva, afirmando
pela convicção sua individualidade; e reconhecendo o indivíduo como síntese
de múltiplas determinações ajudando a construir a vontade coletiva que
transforma a necessidade.
A estruturação teórica da equipe pedagógica deve ser mesclada com a
prática, para assegurar a articulação e a reflexão do trabalho coletivo que se
quer desenvolver. No entanto, supervisionar uma escola é orientar sua
administração para a realização do ensino e de seu objetivo recíproco,
contribuindo decisivamente para o reconhecimento de seu papel como
articulador do projeto pedagógico de uma coletividade. Logo, a equipe
pedagógica deve agir como o cimento possível da passagem para a
coletividade dos educadores daquelas iniciativas e realizações que os
pequenos grupos das escolas conseguirão produzir por seu apoio e orientação
Silva Jr.(1984);
O pedagogo emerge uma práxis essencialmente pedagógica na qual o
ponto obrigatório de referência constitui no encaminhamento das soluções
possíveis para as grandes questões do cotidiano do ensino, em que estas são
construídas em conjunto pelos educadores e assim o pedagogo contribui para
com a organização reflexiva educativa, participação em igualdade de
condições com os demais educadores, colocando-se a serviço do serviço que
os professores devem prestar a seus alunos, constituindo-se na melhor
maneira de superar o atual desencontro, transformando-o em um encontro
78
necessariamente educativo, porque é realizado entre educadores Silva Jr,
(1984);
O pedagogo tem como uma das principais funções, organizar o
processo educacional permanente, desenvolvido pela utilização de métodos e
técnicas que possibilitam um conhecimento científico do educando, e que visa
à formulação integral do mesmo, logo, ele tem objetivos como:

Orientação do educando no sentido de obtenção de bons resultados
nos estudos;

Promoção da integração familiar, escolar e social do educando;

Auxiliar o educando a se autoconhecer;

Selecionar aptidões, interesses e traços de personalidade, a fim de
levar o educando a sua plena realização;

Orientar o educando para apreensão de bons princípios éticos,
morais e religioso; para o lazer e práticas de higiene física e mental;

Sensibilizar o educando para o respeito com o todo;

Favorecer um bom relacionamento professor – aluno;

Promover a integração escola-comunidade.
19 PROJETOS
Os projetos são atividades desenvolvidas em equipe com objetivo de
compreender uma situação ou fato. O ponto de partida é uma situação
problemática, trazidas pelos alunos ou proposta pelo professor, dentro de uma
organização de atividade de aprendizagem que os alunos ajudam a planejar.
O conhecimento é construído e existe num intercâmbio entre as pessoas, isto
é, o conhecimento está distribuído entre todos os membros do grupo.
Do mesmo modo que os materiais como os livros, os computadores,
Internet,
profissionais,
especialistas,
num
processo
de
pesquisa,
de
investigação, depois se examina e discutem-se as informações coletadas,
estabelecendo critérios de ordenação e interpretação das informações,
sistematizando os conhecimentos adquiridos. Há sempre uma retomada para
avaliar o que se aprendeu, o que não se conseguiu alcançar e como foi o
percurso tomado, podendo levantar outras questões ou relacionar com outros
temas que podem se construir com novos projetos.
79
Neste sentido o trabalho deve proporcionar aos envolvidos uma nova
postura diante da aprendizagem.
a) Quanto ao aluno:

Assumir novas responsabilidades para com outros;

Inserir-se no tecido da solidariedade que estimula sua cooperação e
limita a liberdade individual;

Entender que sua falta acarreta problemas para o grupo;

Aprender a trabalhar com prazos sem perder de vista os objetivos do
projeto;

Empregar novas habilidades no âmbito da divisão do trabalho e de
coordenação de tarefas;

Fortalecer a credibilidade na cooperação;

Evidenciar os ritmos e os modos de pensar e agir no trabalho
coletivo;

Assumir o papel do parceiro ativo, criativo e crítico que coopera com
o professor para criar novas situações – problemas ou conceber
novos projetos.

B – Quanto ao professor:

Propor situações – problemas significativos e mobilizadoras para os
alunos;

Assumir a negociação como forma de respeito para com os alunos;

Escutar as sugestões e críticas construtivas por parte dos alunos,
lidando corretamente com a situação;

Mediar os problemas encontrados organizando o trabalho coletivo;

Avaliar de forma diversificada trabalhos, pesquisa, participação oral
e escrita, ilustrativo;

Controle emocional para compreender o aluno, saber ouvir, dialogar
e dispor para ajudá-lo;

Entender o aluno propiciando ao mesmo integrar-se aos demais;

Estabelecer prazos, mas conscientizar o aluno a estar ciente do seu
compromisso;

Trabalhar coletivamente, visando à união, ajudando os outros.

Ter embasamento teórico, ação reflexiva;
80

Professores comprometidos com a educação e adeptos da formação
continuada.
19.1 PROJETOS INTERDISCIPLINARES - RELAÇÃO COM A AGENDA 21
Entende-se que o desenvolvimento de Projetos é de suma relevância.
Esta escola sempre trabalhou com projetos e é por isso que trabalharemos os
temas relacionados a atualidade (meio ambiente, cultura, esporte, etc.). Enfim
temas relacionados a agenda 21, educação fiscal, cidadania.
Pois, dentre as metodologias e posturas pedagógicas utilizadas no
nosso trabalho podemos destacar com êxito a pedagogia de projetos surgida
no século XX. Por definição, qualquer trabalho por projeto pressupõe a
existência de um problema que, depois de devidamente identificado,
constituirá o tema do estudo ou objeto de intervenção. Portanto, este tipo de
trabalho deve:

Ser centrado em um problema concreto;

Ter ligação direta com uma realidade, de preferência com a
realidade próxima;

Ser atual e de interesse da comunidade escolar e ter significado
para a comunidade extraescolar;

Promover a interdisciplinaridade.
Assim, a aplicação de projetos, tem um princípio ativo, integrador e
objetiva minimizar a artificialidade da escola e aproximá-la o máximo da
realidade e da vida do aluno, um trabalho capaz de fazer a escola ir além de
seus muros e criar pontos entre os conteúdos estudados e o meio físico e
social. Pode ainda, tornar a aprendizagem ativa, significativa, atraente e
democrática.
Em uma educação por meio de projetos, alunos, professores e
comunidades se tornam parceiros e corresponsáveis pela educação a partir do
momento que novas relações são estabelecidas entre alunos, professores,
escolas, comunidade e conhecimento. Dá um novo significado ao espaço
escolar, transformando-o em um espaço vivo de interações, aberto ao real e ás
suas múltiplas dimensões.
81
Traz
uma
nova
perspectiva
para
entender
o
processo
ensino/aprendizagem. Aprender deixa de ser um simples ato de memorização
e ensinar não significa mais repassar conteúdos prontos. Aprende-se
participando, vivenciando sentimentos, tomando atitudes diante dos fatos,
escolhendo procedimentos para atingir determinados objetivos. Ensina-se não
só
pelas
respostas
dadas,
mas
principalmente
pelas
experiências
proporcionadas, pelos problemas criados, pela ação desencadeada.
É importante privilegiar, durante os diferentes projetos, as saídas a
campo e as excursões ecológicas, como visita pelo bairro onde a escola está
inserida, visita a uma unidade de conservação, reservas ou parques.
Diante de tantos desafios, a tarefa da Educação não é nada menos que
monumental. E mais que tudo, para corresponder a essa tarefa é necessário
uma profunda reflexão sobre a função social da Escola, assumindo a
responsabilidade com empenho e rigor.
Mas antes de qualquer coisa devemos perceber esta como uma grande
oportunidade de construção de novas formas de (re) humanizar a humanidade
e (re) naturalizar a natureza. Para tanto, não existem fórmulas nem modelos.
Nós estamos, sem dúvidas, inaugurando um novo jeito de ser, sentir e estar no
mundo.
Na Interdisciplinaridade, estabeleceremos uma relação de interação
entre as disciplinas do currículo. Pois o ensino baseado na interdisciplinaridade
proporciona uma aprendizagem muito mais estruturada e rica.
Assim estaremos fazendo com que alunos, professores e
pais
conheçam o conteúdo e o porquê da Agenda 21.
Para tanto desenvolveremos projetos que visam a qualidade de vida, a
preservação do meio ambiente e outros, começando por práticas na escola e
em casa.
Os temas de nossos projetos contemplarão as questões relacionadas
ao dia a dia dos alunos (esgoto nas ruas falta de árvores nas ruas e praças,
poluição, destruição das florestas tropicais, lixo, água e outros).
Fazendo isso, estaremos proporcionando a nossa comunidade um
maior entrosamento e participação nos problemas ambientais e educacionais
da nossa escola/comunidade.
82
Mostra de Ciências – objetiva os alunos a exporem as pesquisas
científicas.

Semana Cultural e Desportiva – tem como objetivo de oportunizar os
alunos a exporem suas habilidades e competências adquiridas via o
conhecimento sistematizado e científico.

Olimpíada Estudantil – tem como objetivo viabilizar a competição
entre séries, turmas e pais e a interação da escola com a
comunidade.

Formatura – tem o objetivo de oportunizar os alunos a participarem
da solenidade que os homenageiam, quando concluem uma etapa
da carreira estudantil.

A jardinagem e a horta – tem o objetivo de embelezar o Colégio,
conscientização, valorização do meio ambiente (elementos naturais).

Preservação do Meio Ambiente – objetiva a coleta do lixo reciclável.

Projetos e Treinamento de Xadrez, Voleibol, Futsal e Basquetebol.

Exposição de trabalhos pedagógicos no decorrer do ano letivo.

Festa Junina. Têm o objetivo de integração entre a comunidade
escolar e local, como também angariar verbas para serem aplicadas
em benfeitorias para o Colégio.

Incentivo a passeios culturais, cinema.
Estes são projetos que estão sendo colocados em prática e
proporcionando resultados positivos, tendo como objetivo promover à
competição ―saudável‖, o exercício crítico da cidadania, a melhoria da
qualidade de vida e o aprimoramento como seres humanos.
Nós professores junto com os alunos participamos de outros projetos
desenvolvidos pela prefeitura através do centro de convivência, e sempre nos
propomos a aceitabilidade dos mesmos, com o objetivo de integrar os nossos
alunos ao contexto do ― mundo maior.‖
Desta forma, ensinar não é simplesmente ir para a sala de aula
transmitir conhecimentos, mas é também um meio de organizar as atividades
para que o próprio aluno aprenda e produza conhecimentos.
Segundo Veiga (1993), o ensino é caracterizado com um processo que
envolve a organização e a direcionamento do professor. É um processo de
83
caráter sistematizado, intencional e flexível, visando a obtenção de
determinados
resultados
(conhecimentos,
habilidades
intelectuais
e
psicomotoras, atitudes).
Ao professor compete preparar, dirigir, acompanhar e avaliar o processo
de ensino, tendo em vista estimular e suscitar atividades próprias dos alunos
para aprendizagem.
Ao aluno compete a atividade de estudar, a fim de atingir os objetivos
propostos. Sendo que o estudo é mais efetivo quando o aluno interpreta os
objetivos do ensino, como objetivos pessoais empenhando-se em atingi-los.
A tarefa principal e mais complexa do professor, é garantir a unidade
entre as relações ensino–aprendizagem, ensino e pesquisa, conteúdo e forma,
professor – aluno, teoria e prática, escola e sociedade, finalidades e objetivos.
Essas relações devem convergir para uma mesma preocupação, uma vez que
cada uma delas, separadamente não pode explicar e compreender a totalidade
do processo de ensino.
O processo de ensino–aprendizagem precisa partir da análise e
compreensão dos das condições, interesses e necessidades da sociedade e
da educação. Ensino e aprendizagem são dois componentes de um mesmo
processo.
Somente um ensino suficientemente organizado com objetivo de
aprender
e
produzir
determinados
conhecimentos
pode
desenvolver
habilidades intelectuais – psicomotoras e formar atitudes para orientar a
aprendizagem significativa.
A aprendizagem só é significativa quando é real e de importância para o
desenvolvimento social e individual do aluno, quando provoca modificações
na atividade interna e externa nas suas relações com o contexto social.
O princípio que organiza a prática pedagógica – ato de ensinar e
aprender-- é a interação entre professor – aluno, conteúdo e contexto histórico
social.
O que faz o professor no processo de ensino – aprendizagem?

Apresenta um leque de significados para os conteúdos, fazendo o aluno
assimilar o saber e transformar em realidade;

Chama a atenção para os aspectos essenciais;
84

Organiza e orienta as atividades educativas;

Aponta ao aluno saídas e analisa as condições sociais;

Realiza um processo de interlocução – de diálogo;

Confronta significados – desenvolvendo o pensamento crítico;

Seleciona e organiza os conteúdos, a metodologia e a avaliação com a
finalidade de ajudar seus alunos no processo de aprendizagem;

Faz intervenção no processo de aprendizagem do aluno: corrige re
retoma as orientações quantas vezes forem necessárias;

Exige atividade do aluno, enquanto trabalho: ações, tarefas escolares
que atuam no sentido de exigir do aluno atenção, concentração,
percepção, observação, memória, linguagem, consciência. Que por sua
vez
requer
do
aluno:
dedicação,
esforço,
compromisso,
responsabilidade, vontade de querer fazer, decisão pessoal, desejo de
acertar, de vencer;
Porque a aprendizagem é um ato social de dois sujeitos diferentes,
professor e aluno. Ensinar e aprender são ações compartilhadas com parceria
onde se manifesta o compromisso ético – político em busca da qualidade de
ensino.
É preciso definir algumas regras de trabalho, de convivência social que
implicam na formação de alguns valores como a estima, a colaboração, a
participação e a responsabilidade.
O ensino–aprendizagem é um processo planejado e intencional, onde o
aluno realiza muitos comportamentos ligados à aprendizagem: escuta,
gesticula, fala, olha, ouve, observa, lê, reflete, movimenta-se na sala, manipula
objetos, pergunta, questiona, executa várias tarefas, solicita informações e
ajuda, elabora seu pensamento, e sua produção escrita.
Portanto realiza muitos processos mentais como: associa, avalia,
compara, interpreta, classifica, recorda, memoriza, julga, estabelece relações,
imagina, compreende, faz a críticas e reconhece. Assim a aprendizagem é um
processo interno e pessoal que exige determinadas condições externas.
Para que esta aprendizagem significativa possa acontecer o aluno
precisa tomar para si a necessidade de aprender. No entanto, essa
disponibilidade não depende só dele, mas demanda que a prática didática
garanta condições para essa atitude manifeste e prevaleça.
85
O professor mediador do ensino – aprendizagem precisa propor
atividade para desenvolver atitudes de curiosidades, investigação e estratégias
criativas e originais buscadas para cada um. Em geral, os alunos buscam
corresponder as expectativas da aprendizagem, quando encontram um clima
favorável de trabalho, no qual é fundamental que exista uma relação de
confiança e respeito mútuo entre professor e aluno.
Para que de fato a aprendizagem se efetive em nosso colégio, busca-se
uma organização dos conteúdos de questionamentos, quando se planeja as
atividades escolares e seus encaminhamentos metodológicos, tais como:
Para que o aluno possa se apropriar e interagir com o conhecimento,
devo me perguntar:
1)
Que materiais (textos, documentos, objetos, experiências) devo
fornecer?
2)
Que instrução ou instruções devo dar?
Devo conceber os materiais e as instruções de forma que sua interação permita
construir o conhecimento visado, onde o aluno possa aplicar com experiência
e competência as capacidades de que dispõe.
3)
O que vou ensinar? Como vou ensinar? O que quero que meus
alunos aprendam? Como os alunos aprendem?
4)
Como planejo as minhas aulas?
5)
Domino os conteúdos?
6)
Faço pesquisa para atualizar meus conhecimentos?
7)
Utilizo métodos de ensino diferentes para que todos os meus
alunos aprendam?
8)
Conheço a realidade do meu aluno?
9)
Proponho atividades que ajudam meus alunos a conhecerem a
atuarem de forma crítica?
10) Providencio materiais necessários para apoiar meus alunos em
suas atividades escolares?
11) Ajudo meu aluno a construir a sua autonomia?
12) Conto para os pais como estou trabalhando com meus alunos, e o
que espero deles?
86
13) Oriento os pais quanto as formas de apoiar e estimular seus filhos
no estudo?
14) Peço e ofereço ajuda aos meus colegas, quando encontro
dificuldades em sala de aula?
Estes questionamentos levam a nós professores a efetivas mudanças
em nossas práticas educativas.
A organização do planejamento das aulas reduz a improvisação. O
aproveitamento do tempo em que o aluno permanece na escola e do seu
próprio tempo de trabalho possibilita ao professor redimensionar o seu próprio
trabalho.
Vasconcelos (1995) em suas considerações sobre aproveitamento do
tempo e do espaço escolar nos propõe algumas práticas, que já fazem parte
de nossa reorganização escolar:

Planejamento das aulas: saber onde está, o que se quer, o que vai
fazer;

Priorizar elementos fundamentais do programa;

Fazer a interdisciplinaridade, a troca;

Providenciar convivências maiores do professor com alunos, para
acelerar a interação;

Aulas geminadas de forma a poder desenvolver um trabalho mais
profundo;

Lições de casa mais significativas e produtivas;

Avaliação contínua, não demandando dias especiais para provas;

Fazer recuperação paralela durante o processo;

Aproveitamento dos diversos ambientes (Biblioteca, Laboratório,
Quadras, informática, quiosque);

Acesso por parte dos alunos aos materiais de uso freqüente, para
desenvolver a autonomia do aluno e a preservação do bem coletivo;

Organizar com auxilio dos alunos os murais, para exposição de
trabalho, jornais, programação cultural;

Exploração de espaços da comunidade, o que implica em visitas a
museus, teatro, cinema, estabelecimentos comerciais, postos de
saúde, pontos turísticos, etc.
87
A seleção dos recursos didáticos também desempenha um importante
papel no processo ensino – aprendizagem, desde que se tenha clareza das
possibilidades e dos limites que cada um deles apresenta e de como eles
podem ser inseridos numa proposta global de trabalho.
Os recursos didáticos são aliados dos professores como apoio e
inovação ao trabalho pedagógico e quantas mais diversificadas e bem
preparadas suas aulas, mais eficiente é o processo ensino – aprendizagem.
Atualmente, a tecnologia coloca à disposição da escola uma série de
recursos potentes como o computador, TV Multimídia, DVD, videocassete,
filmadoras, gravadoras, máquina digital fotográfica, dos quais o professor deve
fazer o melhor uso possível, igualmente é importante fazer um bom uso de
recursos didáticos como: o quadro de giz, ilustrações, mapas, globo terrestre,
jogos lúdicos, este por sua vez, merece atenção especial por parte dos
professores, tanto na hora da seleção – escolha do livro didático a ser
trabalhado em relação
a qualidade, coerência, eventuais restrições
aos
objetivos propostos, na hora de sua utilização:
―O livro didático deve ser assumido como um processo que o professor
utiliza como complemento de seu trabalho [...] não se limitando a ele. Ao
contrário, deverá procurar fazer o percurso de significação do conteúdo a ser
trabalhado, e não simplesmente reproduzir o que está no livro didático,
procurar recuperar as relações, o histórico, o vínculo com a realidade‖.
(Vasconcelos, 1995 p. 123).
19.2 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM:
Planejar com a equipe pedagógica e os professores regentes de Língua
Portuguesa e Matemática os encaminhamentos metodológicos necessários
para atender às necessidades de aprendizagem do aluno.
Manter diálogo frequente com os professores regentes da turma para
redirecionar ou adequar os encaminhamentos metodológicos, assim como
diagnosticar os avanços ou dificuldades no processo ensino aprendizagem.
Organizar e disponibilizar para o coletivo dos professores regentes da
turma e equipe pedagógica pastas individuais dos alunos da sala de apoio,
com todas as atividades e encaminhamentos realizados nas aulas.
88
Registrar em livro de chamada próprio as frequências dos alunos e as
atividades desenvolvidas durante as aulas.
Comunicar a equipe pedagógica por escrito as faltas dos alunos.
Registrar os avanços obtidos pelos alunos no desenvolvimento das
atividades propostas para posteriormente, decidir com a equipe pedagógica e
os professores regentes, a permanência ou dispensa dos mesmos.
Participar da formação continuada, promovida pela SEED/NRE/Escola.
Realizar na
primeira
semana
letiva, período
que antecede o
funcionamento das salas de apoio na escola, as atividades enviadas pela
SEED.
Analisar, antes do início das salas de apoio, as produções de todos os
alunos de 5ª série, identificar as principais dificuldades de aprendizagem em
leitura, escrita e/ou cálculo matemático, com vistas a elaboração de
diagnóstico.
Planejar atividades e metodologias diferenciadas, assim como elaborar
materiais didáticos – pedagógicos, considerando as necessidades de
aprendizagem dos alunos da sala de apoio à aprendizagem, durante o período
antecedente ao funcionamento das mesmas.
19.3 EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
O projeto desenvolvido na Escola tem por objetivo analisar alguns
aspectos importantes com relação ao trânsito e a importância da educação
para o transito nas escolas, informações repassadas para os alunos em sala
de aulas e através da visualização nos corredor e sala de aulas para uma
melhor compreensão e entendimento.
Qualquer acidente de trânsito, por
menos grave que seja, representa uma experiência traumática para quem nele
se envolve. Uma visão mais simplificada de acidente de trânsito o define como
sendo um ―evento não intencional, envolvendo pelo menos um veículo,
motorizado ou não, que circula por uma via para trânsito de veículos, que
resulte em vítimas ou danos‖. Diante de tal situação, programas de
conscientização e de educação para o trânsito precisam ser implantados nas
escolas, promovendo assim em longo prazo uma mudança na concepção das
pessoas do que vem a ser o trânsito e para isso, se faz necessário a
89
manutenção do projeto e só por intermédio dos nossos alunos que se tornarão
os motoristas do futuro que poderá ter redução significativa nos acidente.
Para inclusão de conteúdos nos planos escolares apresenta-se
indispensável à manifestação dos dois órgãos. Somente depois o Ministério da
educação e Desporto promoverá à implantação, encaminhando o plano geral
as secretarias de educação dos estados, que por sua vez, traçaram as
diretrizes específicas para sua adoção nas escolas públicas e particulares,
inclusive municipais.
Nesse contexto, a educação para o trânsito deverá ser promovida na
pré-escola e nas escolas de ensino fundamental de todo o país. Para isso o
Ministério da educação e do desporto mediante proposta do CONTRAN e do
Conselho de Reitores das Universidades brasileiras promoverá a elaboração
dos currículos adotados nos estabelecimentos de ensino, pois as crianças de
hoje serão os motoristas de amanhã e por isso a conscientização deve partir
desde já, criando responsabilidades nas ―cabecinhas‖ que poderão mudar esta
dura realidade.
Segundo DIAS (2001) o Programa de educação para a cidadania no
trânsito tem como objetivo geral a incorporação da temática da cidadania no
trânsito no programa curricular das escolas, promoverem a conscientização da
população, por meio de entidades da sociedade civil organizada e a formação
e capacitação de agentes de trânsito para a aplicação e desenvolvimento dos
princípios da cidadania no trânsito em nível local. Especificamente buscará:
a)
Universalizar o acesso a educação para a cidadania no
trânsito;
b)
Garantia da sustentabilidade de um comportamento
positivo em relação à convivência no trânsito;
c)
Garantir a capilaridade das ações atingindo em todo o
Brasil os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de
Trânsito, escolas dos municípios e instituições de educação superior.
É nessa visão que nosso projeto se justifica, pois salta aos olhos de
quem quer que percorra as cidades ou as estradas brasileiras que o principal
fator de violência no trânsito não é nenhuma deficiência técnica. A verdade é
que a frequência dos acidentes em nosso país se deve principalmente ao fato
de que nem sequer as mais elementares regras de segurança no trânsito são
90
obedecidas. Os motoristas simplesmente desprezam a sinalização, cometendo
corriqueiramente
infrações
que
em
outros
países
são
consideradas
gravíssimas.
20 – PROGRAMAS
Todas essas medidas educacionais citadas abaixo vêm contribuindo
para a melhoria da educação na escola muito há ainda a se fazer e, muitas
dessas medidas só poderão obter resultados a longo prazo, mas sabe-se que
estão sendo tomadas as providencias pedagógicas nas escolas para que se
tenha êxito nos programas em benefícios de nossos jovens, mesmo sabendo
que eles tem início e fim previamente programado, todo envolvimentos de
pessoas que possam colaborar com pesquisas, elaborar projetos, reivindicar
seus direitos, enfim a participação do cidadão na efetivação das políticas
públicas. Padilha (2001), citando Bierrenbach, explica que um programa é
"constituído de um ou mais projetos de determinados órgãos ou setores, num
período de tempo definido" (p. 42). Gandin (1995) complementa dizendo que o
programa, dentro de um plano, é o espaço onde são registradas as propostas
de ação do planejador, visando a aproximar a realidade existente da realidade
desejada. Desse modo, na elaboração de um programa é necessário
considerar quatro dimensões: "a das ações concretas a realizar, a das
orientações
para
toda
a
ação
(atitudes,
comportamentos),
a
das
determinações gerais e a das atividades permanentes" (GANDIN, 1993, p. 36
e 1995, p. 104).
20.1 CELEM – CENTRO DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA
No mundo multilíngue e multicultural em que vivemos a compreensão
global (escrita e oral) e principalmente pela proximidade dos países vizinhos, a
própria
cidade
em
que
estamos
inseridos
com
várias
etnias
e
consequentemente várias línguas, esta escola adere às línguas estrangeiras
Inglês e Espanhol para identificar no universo que o cerca as línguas que
cooperam nos sistemas de comunicação, percebendo-se como parte
integrante de um mundo plurilíngue e compreendendo o papel hegemônico
91
que algumas línguas desempenham em determinado momento histórico,
vivenciamos uma experiência de comunicação humana pelo uso de uma
língua estrangeira, no que as novas maneiras de se expressar e de ver o
mundo, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as
visões de seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo
plural e de seu próprio papel como cidadão de seu país e de mundo
reconhecendo que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o
acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do
mundo construindo consciência linguística e consciência crítica dos usos que
se fazem da língua estrangeira que está aprendendo a construir conhecimento
sistêmico, sobre a organização textual e sobre como e quando utilizar a
linguagem nas situações de comunicação, tendo como base os conhecimentos
da língua materna e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer,
utilizando-a como meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos
avançados utilizando outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar
em situações diversas.
A inclusão de uma área no currículo, neste caso o CELEM deve ser
determinada, entre outros fatores, pela função que desempenha na sociedade.
Em relação a uma língua estrangeira, isso requer uma reflexão sobre o seu
uso efetivo pela população. No Brasil, tomando-se como exceção a caso do
espanhol, principalmente nos contextos das fronteiras nacionais, e o de
algumas línguas nos espaços das comunidades de imigrantes (polonês,
alemão, italiano, etc.) e de grupos nativos, somente uma pequena parcela da
população tem a oportunidade de usar línguas estrangeiras como instrumento
de comunicação oral, dentro ou fora do país. Mesmo nos grandes centros, o
número de pessoas que utilizam o conhecimento das habilidades orais de uma
língua estrangeira em situação de trabalho é relativamente pequeno.
Deste modo, considerar o desenvolvimento de habilidades orais como
central no ensino de língua Estrangeira no Brasil e em especial na nossa
escola leva-se em conta o critério de relevância social para a sua
aprendizagem. Com exceção da situação específica de algumas regiões
turísticas ou de algumas comunidades plurilíngues, o uso de uma língua
estrangeira parece estar em geral, mais vinculado à leitura de literatura técnica
ou de lazer. Note-se também que os únicos exames formais de língua
92
estrangeira (vestibular e admissão a cursos de pós- graduação) requerem o
domínio da habilidade da leitura. Portanto, a leitura atende, por um lado, às
necessidades da educação formal, e, por outro lado, é a habilidade que o
aluno pode usar em seu contexto social imediato. Além disso, a aprendizagem
de
leitura
em
LEM
(língua
estrangeira
moderna)
pode
ajudar
o
desenvolvimento integral do letramento do aluno. A leitura tem função
primordial na escola e aprender a ler em outra língua pode colaborar no
desempenho do aluno como leitor em sua língua materna.
20.2 MAIS EDUCAÇÃO
Aderir este programa foi de extrema importância, pois podemos estar
desenvolvendo aptidões em nossos alunos que muitas vezes nem eles
mesmos sabiam ou estava guardada para si próprio, e por outro lado estamos
amenizando problemas sociais na nossa comunidade, hoje com 100 (cem)
alunos no contra turno fazendo com que o IDEB da nossa escola possa
também melhorar. Assim através de pesquisa interna por votação as
disciplinas a ser ministrada foram: FANFARRA, TEATRO, NATAÇÃO,
MATEMÁTICA E XADREZ.
20.2.1
FANFARRA
A sociedade atual vive a cultura do descartável, do individualismo,
corremos contra o tempo, não conhecemos nossa história e não valorizamos
nossa cultura. Estes fatores interferem na construção de valores, sendo assim,
optamos por resgatar a história da música a compreensão e a sua influência
em nossa cultura. Além disso, todo o preparo de uma apresentação vai exigir
discussão
e
aprofundamento
de
um
tema,
organização,
disciplina,
responsabilidade, uso dos instrumentos, conhecimento de técnicas e
convivência em grupo. Com isso, pretendemos resgatar e promover ao
educando espírito de liderança e autoestima, melhorando o desenvolvimento
geral dos alunos. Discutindo assuntos pertinentes à nossa realidade escolar,
ampliando o vocabulário, melhorar o relacionamento e autoestima dos alunos.
93
20.2.2 TEATRO
O que sustenta esta atividade é uma abordagem que valoriza a escola
como um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do
conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e da
atuação crítica e democrática para a transformação da realidade. Assim, a
proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão sobre a
história do teatro e todos os elementos que envolvem a arte de representar
desde a produção de uma peça a sua montagem, as personagens, o espaço, o
diretor, o sonoplasta entre outros através de jogos teatrais e as diversas
formas de representar, as quais se revelam pela história dos sujeitos que
fazem parte deste processo. O trabalho nas aulas de teatro será feito através
da interação com o texto e produções dos alunos, bem como, textos literários,
adaptações, traduções, textos folclóricos, literários, clássicos entre outros. Os
elementos fundamentais que compõem o espetáculo: iluminação; cenografia;
sonoplastia; representação dos atores; música; o texto dramático ou poético;
contra-regras;
direção
do
espetáculo,
entre
outros.
Aula
expositiva
conceituando o teatro; Caracterização do grupo; técnicas de interpretação;
Dramatização e preparação corporal e vocal. Compreendendo os elementos
que estruturam e organizam o teatro e suas relações com os movimentos
artísticos nos quais se originaram, com certeza terão uma percepção dos
modos de como poderá fazer teatro através de diferentes espaços disponíveis,
tendo também uma ideia da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro
enquanto fator de transformação social. A avaliação é uma constante
pertencente, de modo geral a toda nossa vida, de modo particular aos
processos de aprendizagem.
20.2.3 NATAÇÃO
A prática de esportes pode reduzir consideravelmente os riscos de
doenças, além de contribuir para uma melhor formação do corpo. Para muitos,
serve como busca de um corpo perfeito, já outros acreditam que as atividades
físicas são as melhores armas para a manutenção de uma vida relativamente
94
saudável. É importante praticar atividade física regular desde a infância, mas o
bem-estar do organismo ficou em segundo plano para muitas pessoas que
vivem a constante busca de uma aparência ideal. A natação é uma excelente
forma de exercício para pessoas de todas as idades, sendo de fundamental
importância na adolescência.
Exercite peritos dizem que uma milha de
natação é o equivalente a correr quatro.
Natação treina o seu corpo no
controle da respiração, que é ótimo para pessoas que querem construir a sua
resistência. Além disso, este exercício de baixo impacto pode salvar seus
joelhos e tornozelos porque você não está martelando em asfalto ou concreto
como um corredor.
20.2.4 MATEMÁTICA
A matemática tem sido até hoje o pavor de uma boa parte dos alunos do
ensino básico e até mesmo, nas faculdades, isto porque, os professores não
explicam a realidade matemática aos alunos. A matemática deve ser vista
como uma matéria simples e objetiva e não aterrorizante, como faz a maioria
dos professores de matemática, pois, este instrumento é de valia
incomensurável em todo momento da ciência humana, quer seja de saúde, de
tecnologia, ou de ciências sociais. Tem-se notado que, quem rejeita a
matemática, em sua maioria, o faz por ignorância do assunto e inabilidade em
manuseá-la.
Na
matemática
não
existe
bicho
papão,
existe,
sim,
desconhecimento de como a utilizar eficientemente, pois, onde quer que se
esteja a matemática é o instrumental básico de suma importância.
A
matemática dentro do programa mais educação entra de forma obrigatória e
de forma incisiva para que possa desenvolver no aluno a capacidade de
concentração e de síntese, promovendo um socialismo entre os mesmos,
assim motivando o trabalho em grupo e interesses nas pesquisas envolvendo
a leitura pertinente ao estudo proposto, construindo materiais que possibilitem
ao aluno desenvolver e criar seus próprios métodos e assim uma melhor
interação com os temas proposto. Visando alcançar os objetivos propostos na
atividade, os conteúdos matemáticos são trabalhados de forma lúdica visando
desenvolver o gosto pela disciplina, melhorar o desempenho e complementar
as aprendizagens de sala de aula. As aulas são teóricas - práticas. Analisando
95
as principais dificuldades encontradas, sempre em contato com seus
professores, para que se possam a partir daí direcionar os conteúdos e sanar
as dúvidas mais frequentes. A utilização do lúdico é de grande valia, pois
estará dando ao aluno o poder de estudar com maior liberdade, que trará uma
evolução na percepção de determinados conteúdos matemáticos. Com este
programa espera-se que o aluno desenvolva seu poder de raciocínio, o qual
será importante para o seguimento de seus estudos, desenvolvendo uma
melhora significativa em sua forma de interpretar e verificar situações
matemáticas, mostrando para o aluno que a matemática é se torna divertida
quando se aprende realmente.
20.2.5 XADREZ
Buscou-se no xadrez uma forma mais prática para uma integração entre
alunos e comunidade para ações reflexivas e práticas. Com este estudo
delinear um paralelo interdisciplinar relativo ao processo de ensinoaprendizagem das táticas desportivas coletivas entre este e aquele, propondoo como um possível modelo a se seguir. Constata-se que a pratica pedagógica
do xadrez emana de características que aludem uma contribuição no processo
de ensino-aprendizagem das táticas desportivas coletivas, uma vez que, as
alterações que a prática do xadrez promove estão diretamente ligadas às
necessárias ao processo de assimilação dos aspectos táticos desportivos.
Para Libâneo (1998) a educação nunca pode ser a mesma em todas as
épocas
e
lugares
devido
ao
seu
caráter
socialmente
determinado,
compreendendo, assim, todo fato, influência, ação e processo que contribua
para a formação humana, individual ou grupal. Aceitando esta afirmação como
verídica subentende-se que o currículo, visto como uma das estruturas da
educação, também não pode ser o mesmo em todas as épocas e lugares,
alterando-o quando necessário.
20.3 PEP - PRONTIDAO ESCOLAR PREVENTIVA
O Programa Prontidão Escolar Preventiva (PEP), da Secretaria de
Estado da Educação (SEED), foi implantado nas escolas no primeiro semestre
96
de 2010, em toda rede estadual de ensino. No período de 15 a 17, deu-se
início a primeira fase do curso de introdução ao PEP em foz do Iguaçu. O
objetivo do programa é implantar uma nova cultura escolar, por intermédio do
conhecimento teórico e prático de temas como primeiros socorros, desastres
climáticos, sinistros causados pelo fogo, prejuízos causados por bombas e
artefatos explosivos. Com o auxílio de metodologias apropriadas, estes
conhecimentos, na vida em sociedade, o aluno terá oportunidades de
desenvolver habilidades e utilizar de forma apropriada rotinas e procedimentos
corretos em situação de risco. O programa esta sendo importante. As palestras
da primeira etapa do PEP foram esclarecedoras, aprendemos muito com os
conhecimentos sobre segurança passados e já adotamos algumas práticas
para ajudar em nosso dia-a-dia, como organizar da maneira correta os alunos
em saídas das salas de aula. Neste momento o colégio já passou por todas as
fases do programa e já está mobilizado para a aplicação do PEP, caso seja
necessário.
No dia dezesseis de junho de 2010, após reunião com a comunidade
escolar foi constituída a Brigada de Emergência. Com as seguintes funções e
suas atribuições. Equipe de direção e direção auxiliar que serão responsáveis
pela coordenação do PEP da escola e procedimento de abandono organizado.
Também com treino de plano de emergência local (PBE), sobre a orientação
da defesa civil, pedagogos responsáveis por blocos devem receber
informações e repassar para a direção situações de riscos. Secretários
acionam órgãos de socorro e emite sinais sonoros para alertar, repassa
informações precisas para o corpo de bombeiros sobre a situação, ficara a
recepção e condução até o local do sinistro. Professores será o serra fita serão
responsáveis para retirar os alunos da sala, verificando se não ficou ninguém
para trás. Líder de turma será responsável para conduzir a fila, organiza junto
com o professor. Agente I e II são responsáveis para indicar saídas, manobra,
também possíveis emergências para avisar o coordenador do bloco, os
coordenadores de cursos irão ajudar os pedagogos na coordenação,
organização da fila e acomodação na área de emergência, ajudar a verificar se
não ficaram alunos dentro das salas, sendo responsável também nos primeiros
socorros em caso de necessidade.
97
21 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
As desigualdades sociais são identificadas na sala de aula com a
observação da realidade comportamental e situacional de cada aluno, onde o
modo de comportar-se moralmente não pode ter um caráter individual e sim
social. A vida em sociedade exige do ser humano que este cumpra com regras
morais, sociais, políticas, religiosas fazendo uso do bom senso e da ética.
As principais dificuldades encontradas em nossa escola são relativas ao
campo socioeconômico e cultural (várias etnias). É necessário utilizar maior
diversidade de exemplos em sala de aula a fim de inserir as realidades
individuais ao grupo, valorizando a bagagem que cada aluno traz para escola,
como sua cultura e linguagem.
Evitar e interagir no caso de discriminação entre o grupo buscando
trabalhar conteúdos que valorizem o cidadão, respeitando suas ideias e
entendendo as suas diferenças.
Através de observação, conversação, debate, o professor deve obter
alternativas pedagógicas como: leituras em grupo, oficinas, palestras,
dramatização, debates, dinâmicas orientando os educandos a trabalhar com
temas da vida cidadã como drogas, sexualidade, cidadania, meio ambiente,
diversidade social, assim podemos valorizar conhecimentos e valores morais e
sociais.
21.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Secretaria de Estado de Educação do Estado do Paraná visa
implementar a Lei 9.795/99 e promover o desenvolvimento da Educação
Ambiental em um processo permanente de formação e de busca de
informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental, para a
qualidade de vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio
biofísico, bem como para os problemas relacionados a estes fatores.
Assim como, subsidiar os educadores para que, a partir de uma
compreensão crítica e histórica das questões relacionadas ao meio ambiente,
possam por meio do tratamento pedagógico e orientados pelas Diretrizes
98
Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná,
construir a identidade da Educação Ambiental na escola pública.
21.2 EDUCAÇÃO FISCAL
A proposta da Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a
função socioeconômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento
sobre administração pública, incentivar o acompanhamento, pela sociedade,
da aplicação dos recursos públicos e criar condições para uma relação
harmoniosa entre o Estado e o cidadão.
Todas as atividades são realizadas com base na concepção de
educação da SEED, preconizada nas Diretrizes Curriculares para a Educação
Básica. Dessa forma, por meio da formação continuada são oferecidos
subsídios teórico-metodológicos aos Profissionais da Educação para que estes
realizem, na medida do possível, a abordagem pedagógica dos assuntos da
Educação Fiscal, relacionando-os aos conteúdos historicamente acumulados.
A Educação Fiscal faz parte de um Programa Nacional (PNEF –
Programa Nacional de Educação Fiscal), representado, no Estado do Paraná
por meio do Grupo de Educação Fiscal Estadual – GEFE/PR. Este é
constituído pela parceria entre a Secretaria de Estado da Educação (SEED) a
Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI),
Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA), Centro de Treinamento da Escola
de Administração Fazendária (Centro ESAF), Secretaria da Receita Federal do
Brasil (RFB) e outras instituições, como a Controladoria Geral da União (CGU).
21.3 ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NA ESCOLA
É necessário considerar o fenômeno da Violência a partir de uma
perspectiva histórica, social e política. Compreende-se a violência na escola
como um processo que se constitui historicamente no espaço e no tempo
escolar. A violência na escola torna-se preocupante enquanto espaço
institucionalizado de desenvolvimento do indivíduo pela educação.
Sendo a educação um processo de sociabilização, de desenvolvimento
intelectual, científico e filosófico do indivíduo, a demanda de Enfrentamento à
99
Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma consciência
crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o
conhecimento toma o lugar da força.
O Enfrentamento à Violência na Escola requer formação continuada dos
profissionais da educação, reflexões e discussões em grupos de estudos,
seminários e oficinas sobre as causas da violência e suas manifestações, bem
como a produção de material de apoio didático - pedagógico. Para fins de
articular e promover a construção de mecanismos e ações que viabilizem o
Enfrentamento à Violência nas Escolas, a SEED através da CDEC, integra e
articula a Rede de Proteção na construção do Plano Estadual de
Enfrentamento à Violência.
A violência, no âmbito das Escolas Públicas Estaduais, pode ser
entendida como um processo complexo e desafiador que requer um
tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado teoricamente, por meio de
conhecimentos científicos, desprovidos de preconceitos e discriminações.
21.4 PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que
requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de
pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do
conhecimento, educadores e educandos são instigados a conhecer a
legislação que reporta direta ou indiretamente a esse desafio educacional
contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em nosso cotidiano
como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de
drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros.
22 COMUNIDADE ESCOLAR “FORMAÇÃO CONTINUADA
―O compromisso que assume com a transformação é a consequência da
organização e ação de intervenção da realidade.‖ Vasquez, (2002).
É essencial que haja uma ação por inteiro, envolver dimensões
individuais e sociais em um processo de desenvolvimento pessoal e de
formação. Para isso é necessário organização pedagógica, logicamente
100
envolvendo todos os departamentos da escola. É pela educação que se
prepara para exercer sua cidadania, é importante levar em consideração a
escola, ação e os elementos que compõe o ambiente escolar, buscar os
objetivos, as mediações necessárias para concretizá-la.
A participação dos pais dar-se-á por meio da solicitação da escola, na
entrega dos boletins, na aferição das notas e desempenho do aluno,
convocações, espontaneamente participação dos eventos realizados na
escola. Compreende-se que a participação dos pais na escola, contribui para
melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem num processo de gestão
democrática, pois convidados para participarem de encontros para reflexões a
partir das dificuldades encontradas com as turmas e alunos.
O trabalho com os professores vem sendo realizado, através de cursos
de capacitação, auxilio na elaboração do planejamento anual, reuniões para
classe, recuperação paralela, indisciplina, direitos e deveres do aluno e
professor, reflexões da ação pedagógica, reuniões por área, grupos de estudo;
estudos e elaboração do Projeto Político Pedagógico.
São estabelecidas metas a serem cumpridas no decorrer do ano letivo,
e reflexões onde será dado encaminhamento para os próximos trabalhos a
serem realizados valorizando a participação, o diálogo e o coletivo.
O trabalho com os alunos vem sendo desempenhado de acordo com
suas necessidades contando com a participação dos professores, da família e
com auxílio da Patrulha Escolar e Conselho Tutelar. Nosso objetivo é
acompanhar
o
ensino-aprendizagem,
desempenho,
notas,
buscando
conscientizar o aluno sobre a importância dos estudos com qualidade, visando
a formação para uma vida cidadã, em uma sociedade mais justa e
democrática.
A
equipe
pedagógica
utiliza-se
de
várias
formas
para
o
acompanhamento dos alunos: através de reuniões e encontros de reflexão,
orientando e trabalhando ideias para melhorar os estudos. Reuniões com
líderes de turmas para mostrar como agir com liderança amigável, atuante e
responsável, comprometidos com o processo educacional da escola.
Conscientizar os alunos quanto ao cumprimento das normas dos direitos e
deveres, das proibições, que estão no regimento interno da escola, orientação
101
quanto a avaliação, Projeto Fica, Grêmio Estudantil, jogos escolares, eventos e
festividades. Participação dos alunos no Centro de Convivência escola BairroLeonel Brizola onde os mesmos irão desenvolver várias modalidades
esportivas (vôlei, futsal, natação, cinema, artes marciais) e curso de
informática, o que os auxilia no desenvolvimento pessoal e social, motivandoos a adquirir novas habilidades comportamentais levando em conta a disciplina
e assiduidade na escola.
23 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências
pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do
educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo. Poderão ser
estagiários os estudantes que frequentam o ensino nesta instituição que oferta
a Educação Profissional, anos finais do Ensino Fundamental e ensino Médio.
Quando se tratar de estágio não-obrigatório é exigido à idade mínima de 16
anos. A educação básica e Profissional esta obrigada a montar plano de
estágio não–obrigatório, conforme amparo na LEI Nº 11.788, DE 25 DE
SETEMBRO DE 2008, e orientada pela instrução Nº 028/2010- SUED/SEED.
24 AVALIAÇÃO INTERNA E EXTERNA DO TRABALHO NA
ESCOLA
O plano de avaliação da proposta enquanto praticidade do projeto,
sempre
será
submetida
a
uma
avaliação
pela
Equipe Pedagógica,
Professores, Alunos, Pais, Comunidade, APMF, Conselho Escolar, Grêmio
Estudantil e por todos os trabalhadores deste Estabelecimento de Ensino.
Portanto, a Equipe Pedagógica (Professores Pedagogos ) fará, perante
esta proposta de mudança, um acompanhamento do encaminhamento
metodológico dado pelo professor neste período integral, e sempre que
necessário, sugerir mudanças que abordam às áreas de conhecimento. E a
102
cada consideração e/ou avaliação será divulgado para a Comunidade Escolar,
via bilhetes convocação e/ou convites com prazo limitado.
Ressalvamos que a cada início de ano letivo, apresentaremos à
Comunidade Escolar o Trabalho a ser desenvolvido no Colégio tais como:
Linha Pedagógica que adotamos, o processo de avaliação, o encaminhamento
metodológico, normas internas, festas e outros; tudo com seu respectivo
objetivo e justificativa do porquê das tomadas de decisões e/ou atitudes a fim
dos pais e/ou responsáveis pelos nossos alunos poderem, junto com seus
filhos se comprometerem com o processo ensino-aprendizagem, e em
específico a aprendizagem dos filhos.
A avaliação interna e externa da instituição será feita através de
questionários de sondagem, onde todos os componentes da comunidade
escolar (alunos, professores, pais, funcionários, pedagogos, direção), terão a
oportunidade de avaliar e de serem avaliados.
25 AVALIAÇÃO DO PPP
A construção do Projeto Político-Pedagógico requer uma avaliação no
decorrer de seu percurso e execução, em função dos objetivos propostos para
serem alcançados e deverá envolver a participação do Conselho Escolar, da
APMF e representantes de turmas, bem como levar em
consideração os
seguintes pontos:

Acompanhamento do desenvolvimento do trabalho docente em sua
práxis; - Análise dos resultados obtidos na realização dos projetos
referentes à melhoria da qualidade de ensino apresentados nas
reuniões pedagógicas e Conselho de Classe de acordo com o
previsto no calendário escolar e cronograma de ações da escola;

Realização de grupos de estudo para a leitura e análise de textos
que levem a reflexão dos resultados e que impliquem numa
autoavaliação;

Reuniões pedagógicas para apresentação e estudo de gráficos que
apresentem os resultados obtidos no processo ensino aprendizagem
(Conselho de Classe), bem como para avaliação do trabalho dos
103
setores pedagógico e administrativo e sua importância na integração
e relação coerente com o projeto político-pedagógico;

Reunião com os pais de alunos e representantes de turmas, para
discussão e apresentação dos rumos da escola para que também
possam dispor suas alternativas e soluções para a construção de
uma escola de qualidade. Assim sendo, devemos considerar que o
Projeto Político-Pedagógico não pode ser pronto e acabado.
A ação de planejar, buscar um rumo, uma direção de forma intencional
deve contar com o comprometimento do coletivo, e acima de tudo, levar em
consideração a realidade social. ―A participação aumenta o grau de
consciência política, reforça o controle sobre a autoridade e também revigora o
grau de legitimidade do poder serviço‖ (VASCONCELOS, 2004, p. 26).
Diante dos expostos relacionados a participação do colegiado, percebe-se
quão valia este exerce na elaboração, desenvolvimento e aprimoramento que
anualmente esta escola, no início do ano letivo desenvolve. Portanto através
do colegiado faz a avaliação do Projeto Político Pedagógico obedecendo ao
calendário anual da Secretaria do Estado da Educação do Paraná, (2011)
tivemos a oportunidade de nos reunir nos dias 03/04 e 05 de fevereiro.
Portanto, esta ação colegiada deve priorizar um tipo de organização que
sustente e dê forma aos objetivos deste projeto e sua intencionalidade. Assim
sendo, as somas desses pontos servirão para a realização de mudanças reais,
valorizando os interesses de todos os envolvidos neste processo de
construção, para uma educação emancipatória e de qualidade para todos.
104
ANEXOS
105
106
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