24/08/2015 [email protected] www.professoralexandrerocha.com.br login: profrocha e senha: profrocha 1 24/08/2015 A Fisiologia do Exercício, área de conhecimento derivada da Fisiologia, é caracterizada pelo estudo dos efeitos agudos e crônicos do exercício físico sobre as estruturas e as funções dos sistemas do corpo humano. Metabolismos do exercício Respostas hormonais e exercício Adaptações circulatórias Sistema respiratório e exercício Exercício e meio ambiente 2 24/08/2015 • BIBLIOGRAFIA BÁSICA: • McArdle, W. D; Katch, F. I; Katch, V. I. Fisiologia do Exercício: Energia, Nutrição e Desempenho Humano. Ed. Guanabara Koogan, 2010 • Powers SK, Howley ET. Fisiologia do Exercício. Editora Manole, 6 ed, 2009. • BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: • Wilmore, J.H. e Costill, D.L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. Editora Manole, 1 ed, São Paulo, 2001. • SITES A SEREM CONSULTADOS COM TEXTOS GRATUITOS NA INTEGRA • Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício • http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex • Revista Brasileira de Medicina do Esporte • www.scielo.br/rbme • Medicine and Science in Sports and exercise • http://journals.lww.com/acsmmsse/pages/currenttoc.aspx 3 24/08/2015 • Atividade 1: Interpretação de artigo: 2,0 pts 09/09/2015: individual • Atividade 2: Estudo dirigido – 2,0 pts 07/10/2015: Duplas ou Trios • Atividade 3: Avaliação – 3,0 pts 28/10/2015 - Individual 4 24/08/2015 O que é energia? “Capacidade de realizar trabalho ou transferir calor” “Energia é a habilidade de realizar trabalho físico e biológico que requerem contrações musculares, cardíacas e esquelética” O que é energia? Na nutrição ela se refere à maneira pela qual o corpo faz uso da energia contida na ligação química dentro do alimento. 5 24/08/2015 Como se calcula a energia liberada ou gasto energético? Todos os processos metabólicos que ocorrem no corpo resultam em última análise na produção de calor Como se calcula a energia liberada? Quantidade de energia liberada em uma reação biológica se calcula a partir da quantidade de calor produzido (kcal). 6 24/08/2015 Como se calcula a energia liberada? Por definição caloria é a quantidade de calor (energia) necessária para elevar em 1 grau Celsius a temperatura de 1 grama de água (o calor específico da água é, por definição, igual a 1). Calorimetria Direta Calor produzido pela pessoa era removido por uma corrente da água fria que fluía em velocidade constante através de grades de cobre. A diferença entre a temperatura da água que entrava e saia (medida em 0,01°C) refletia diretamente a produção de calor. 7 24/08/2015 Calorimetria Direta Calorimetria indireta 8 24/08/2015 Calorimetria indireta Kcal Estudos demonstram que: ± 4,82 Kcal são liberadas de uma mistura de carboidratos, gorduras e proteínas quando queimados em 1 litro de O² Consumo de O² Gasto calórico das atividades 9 24/08/2015 De onde provém a energia? Linha de desmontamento 1.Macronutrientes 2.Micronutrientes 3.Energia: ATP 10 24/08/2015 4. Excreção Carboidratos • Convertidos em glicose (monossacarídeo) - Glicose: C6 H12O6 • Repouso = Armazenados nos músculos e no fígado: Glicogênio • Exercício = Glicogênio → ATP 11 24/08/2015 Gorduras • Gordura: C57 H110O6 - Ácido graxos livres: C16 H18O2 • Gorduras simples (neutras): Triglicerídeos ou triacilgliceróis • Repouso = Estocadas no tecido subcutâneo (adipócitos) • Exercício = Triglicerídeos (forma complexa) em ácidos graxos livres (forma simples), glicerol e água. • Ácidos graxos livres → Ciclo de Krebs = ATP 12 24/08/2015 Proteínas • Polimerizada pelos aminoácidos • 20 aminoácidos diferentes • Aminoácidos essências (9): Isoleucina, leucina, lisina, medionina, fenilalanina, treonina, triptofano, valina, histidina e arginina • Aminoácidos não essências (11): Produzidos pelo organismo 13 24/08/2015 Proteínas • Repouso = Utilizada para síntese de proteínas • Exercício = Proteínas → Glicose (gliconeogênes); Proteínas →Ácidos graxos livres (lipogênese) As proteínas podem contribuir com até 5 a 10% da energia para a manutenção do exercício prolongado Fontes de energia para ressíntese do ATP 14 24/08/2015 Fontes de energia para ressíntese do ATP Adenosina Trifosfato - ATP 15 24/08/2015 16 24/08/2015 Enzimas • Enzimas (proteínas): Catalisadoras - Oxidação: Perda de elétrons - Redução: Ganho de elétrons 17 24/08/2015 Produção/Uso: Metabolismo Várias vias metabólicas resultam na síntese de moléculas (anabolismo) ou degradação de moléculas (catabolismo) VIA METABÓLICA Séries de reações catalisadas por enzimas na qual o precursor/substrato é convertido em produto final, por meio de compostos intermediários denominados metabólitos. Hidrólise • Quebra de moléculas complexas (grandes): pela água • Hidrolise: Carboidratos, gorduras e proteínas 18 24/08/2015 Formação do ATP • Fosforilação: Armazenamento de energia através da formação de ATP á partir de outras fontes químicas • Reações químicas adicionam um fosfato a um compostos de energia relativamente baixo (adenosina difosfato - ADP) Formação do ATP • Fosforilação com disponibilidade de oxigênio: Metabolismo aeróbio • Fosforilação com restrição de oxigênio: Metabolismo anaeróbio 19 24/08/2015 Formação do ATP 1. Sistema ATP- CP 2. Sistema glicolítico 3. Sistema oxidativo Sistema ATP - CP Além do ATP as células possuem uma outra molécula de fosfato de alta energia (creatina fosfato ou CP) A quebra da CP libera energia para a formação do ATP e não para a realização de trabalho. 20 24/08/2015 Sistema ATP - CP Sistema ATP - CP Hidrólise ATP ADP + Pi Fosforilação 21 24/08/2015 Sistema ATP - CP Fonte imediata de energia para o músculo ativo. - Requer poucas reações químicas Não requer oxigênio Fonte de energia disponível no músculo Produção de 1 ATP Sistema ATP - CP Duração: 6 a 15 segundos Exemplo: levantamento de peso, beisebol, voleibol, sprint Tipo de esforço: breve e máximo 22 24/08/2015 Sistema ATP - CP Manutenção do ATP durante um corrida de alta intensidade: Sistema ATP- CP 23 24/08/2015 Sistema ATP – CP~C Suplementação de creatina melhora o desempenho físico? • • • • Estudos demonstram que: Suplementação de creatina (20gr/dia, por 5 dias) = ↑ estoques de CP muscular. Transferência para melhora no desempenho durante corrida e nado de curta duração não são consistentes. ↑ peso corporal devido a retenção hídrica. Efeitos colaterias? Náuseas, desconfortos gastrintestinais menores, câimbras (não é consenso!) 24 24/08/2015 Sistema glicolítico Quando a molécula de glicose entra na célula para ser utilizada como energia, sofre uma série de reações químicas que coletivamente recebe o nome de GLICÓLISE. Sistema glicolítico - Não “requer” oxigênio - Envolve quebra incompleta de CHO em ácido lático - Reação mais lenta e complexa que a do sistema ATP- CP - Produção de ATP e ácido lático - Ácido lático fator limitante da atividade – fadiga e não a falta de CHO. 25 24/08/2015 Sistema Glicolítico A glicólise ocorre no sarcoplasma da célula muscular Ganho por molécula de glicose: 2 ou 3 moléculas de ATP 2 moléculas de ácido pirúvico ou lactato Sistema glicolítico Fase de adição de energia (P) Fase de produção de energia – 11 reações Remoção e transporte de elétrons Saldo • 2 ou 3 ATP • 2 moléculas de lactato 26 24/08/2015 Sistema glicolítico • Duração: não ultrapassam 2 minutos (45 a 90 segundos) • Exemplo: corridas de 400-800m, natação de 100-200m, piques de alta intensidade futebol, róquei no gelo, basquetebol, voleibol, tênis e badmington e outros • Tipo de esforço:sustentação de esforço de alta intensidade que não ultrapassem os 2 minutos Produção aeróbia de ATP Sistema Oxidativo – Oxidação Celular Produção aeróbia de ATP ocorre no interior das mitocôndrias e envolve a interação de 2 vias metabólicas cooperativas 1. O Ciclo de KREBS (ciclo do ácido cítrico) 2. Cadeia de transporte de elétrons 27 24/08/2015 Principal função do Ciclo de Krebs • Degradar o Acetil-CoA para dioxido de carbono e H+ Sistema Oxidativo – Oxidação Celular 1. 2. 3. 4. Função primária do ciclo de Krebs Retirada de átomos de hidrogênio (carboidratos, gorduras e proteínas) Remoção dos hidrogênios: NAD e FAD NAD e FAD: Transporte dos hidrogênios para cadeia transportadora de elétrons = ATP Cadeia transportadora de elétrons: Transferência dos elétrons retirados desses átomos de hidrogênio para o O² = H²O 28 24/08/2015 Sistema Oxidativo – Oxidação Celular Produção aeróbia de ATP pode ser considerada um processo de 3 estágios 1º estágio: formação do acetil-CoA 2º estágio: oxidação do acetil-CoA no ciclo de Krebs 3º estágio: formação do ATP na cadeia de transporte de elétrons Produção aeróbia de ATP pode ser considerada um processo de 3 estágios 29 24/08/2015 Ressíntese do NAD 1º se houver O² suficiente os hidrogênios do NADH são deslocados para cadeia transportadora de elétrons 2º se não houver O² suficiente o ácido pirúvico aceitam os hidrogênios e é convertido em ácido láctico 30 24/08/2015 Cadeia transportadora de elétrons – Cadeia Respiratória • Mais de 90% da síntese do ATP ocorre na cadeia respiratória • Quando o NADH é oxidado= 3ATP • Quando o FADH2 é oxidado = 2ATP 31 24/08/2015 Transporte de elétrons A medida que os elétrons são transferidos para a cadeia transportadora de elétrons libera-se energia que “bombeia” os hidrogênios (H+) do NADH e FADH do interior das mitocôndrias através da membrana interna. Isso acarreta em produção de energia para bombear os H+ liberados do NADH e do FADH Transporte de elétrons • Isso gera acúmulo de H+ no espaço entre as membranas. • Existem 3 bombas que removem os H+ • Aumenta a concentração de H+ no interior da membrana • Esse gradiente cria um forte impulso para eles retornarem ativando a enzima ATP sintetase 32 24/08/2015 Aumento da concentração de H+ 3 Bombas que movem H+ Transporte de elétrons • Os elétrons removidos dos átomos de hidrogênio e passam por uma série de transportadores de elétrons (citocromos) • Na última etapa o O² aceita 2 elétrons e essa molécula liga-se a dois H+ formando H²O 33 24/08/2015 34 24/08/2015 O Papel do O² no metabolismo energético • Três pré requisitos devem ser atendidos para que ocorra a ressíntese contínua do ATP 1. Estar disponível um agente doador de elétrons NADH ou FADH2 2. Existir O² suficiente como aceitador final de e- e H+ 3. As enzimas devem estar em condições e concentrações suficientes Ciclo de Krebs • Somente 5% da energia contida na glicose é liberada por meio das reações anaeróbias • A extração do restante ocorre por meio da desintegração proporcionada pelo Ciclo de Krebs (Ciclo do ácido cítrico ou ácido tricarboxílico) 35 24/08/2015 Deficiência de O² Disponibilidade de O² •Acetil-CoA •Ciclo de Krebs 36 24/08/2015 Produção total de energia pelo catabolismo da glicose Proteínas Carboidratos Gorduras ↑ Lipase Glicose Aminoácidos Cadeia respiratória Aminoácidos H+ Glicerol Glicogênio Ácidos Graxos Livres ↓ LDH Lactato NAD Piruvato NAD NADH ATP ↑ PDH NAD Acetill - COA NAD ATP H+ Aminoácidos Aminoácidos Ciclo de Krebs CO² H²O O² 37 24/08/2015 Liberação de energia pelas gorduras • A gordura armazenada representa a mais abundante fonte de energia potencial Fonte para o catabolismo das gorduras • Triglicerídeos: Músculo • Triglicerídeos circulantes • Ácidos graxos livres circulantes, provenientes dos adipócitos Beta oxidação Liberação de energia pelas gorduras • Gordura: C57 H110O6 • Gorduras simples (neutras): Triglicerídeos ou triacilgliceróis • Repouso = Estocadas no tecido subcutâneo (adipócitos) 38 24/08/2015 Gorduras são transformadas em Acetil – CoA (beta oxidação) Triglicerídeos Lipase = Hidrólise do triglicerídeos Glicerol → 3 H²O → 3 Acd. Graxos •Corrente sanguínea •Albumina •Fígado •Fibra muscular •Gliconeogênese •Carnitina •Glicogênio (energia) •Mitocôndrias •Ciclo de Krebs •Energia 39 24/08/2015 40 24/08/2015 Qual exercício? Baixa ou alta intensidade? Curta ou longa duração? Aeróbio Anaeróbio Qual exercício? Aeróbio Anaeróbio 41 24/08/2015 Relação da intensidade do exercício e o metabolismo das gorduras. ↑Liberação de Ca++; ↑ Adrenalina; ↑ Noradrenalina Sinalização: Adrenalina → B – adrenérgicos (tecido adiposo) Lipase = Hidrólise do triglicerídeos Glicerol → 3 H2O → 3 Acd. Graxos •Corrente sanguínea •Albumina •Fígado •Fibra muscular •Gliconeogênese •Carnitina •Glicogênio (energia) •Mitocôndrias •Ciclo de Krebs •Energia 42 24/08/2015 Relação da intensidade e metabolismo das gorduras. ↑ Intensidade = ↑ solicitação das fibras do tipo II (↑ glicolíticas) = ↑ lactato = ↓ metabolismo das gorduras. Volume e mobilização da gorduras ↑ volume = ↓Intensidade = ↓lactato = ↑ lipase = ↑ lipólise↑ 43 24/08/2015 Atividade de Baixa Intensidade e Emagrecimento Baixa Intensidade ≤ 40% VO²máx 60% Gorduras 40% Carboidratos 30 min = 4 Km GCT = 128 Kcal G.60% = 77 Kcal C.40% = 51 Kcal Atividade de Alta Intensidade e Emagrecimento Alta Intensidade ≥ 70% VO²máx 40% Gorduras 60% Carboidratos 30 min = 8 Km GCT = 367 Kcal G.40% = 147 Kcal C.60% = 220 Kcal Emagrecimento = Gasto calórico Total 44 24/08/2015 O fator determinante para o emagrecimento é o gasto calórico (energia) total E!=T T=F.d 45