UFRJ/NCE
MEMÓRIA E
REPRESENTAÇÃO
DO CONHECIMENTO
Profa. Adriana
Livro: Psicologia Cognitiva
Autor: Robert J. Sternberg
PSICOLOGIA
COGNITIVA
Capítulo 5
Representação do Conhecimento: Imagens e
Proposições
Capítulo 6
Representação do Conhecimento e
Processamento da Informação
Maria Teresa Gouvêa
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1
Representação do Conhecimento: Imagens e Proposições
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Representação do Conhecimento
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Forma mental pela qual as pessoas
conhecem as coisas, idéias, eventos, etc,
que existem fora de suas mentes.
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 Abordagem Racionalista:
• Uma das formas utilizadas para entender como as
pessoas representam o conhecimento.
• Dividida em 2 classes de estruturas do
conhecimento:
– Conhecimento declarativo:
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– fatos que podem ser declarados, ou seja,
informações reais que as pessoas
conhecem sobre objetos, idéias e eventos.
» Exemplo: data de seu nascimento,
nome do esposo/esposa ou a maneira
como um gato mia.
– Conhecimento procedural:
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– Procedimentos que odem ser executados
» Exemplo: as etapas envolvidas para
dirigir um carro.
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 Representação do conhecimento declarativo:
palavras X figuras
• Algumas idéias são representadas de modo melhor
e mais facilmente em figuras e outras em palavras.
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COGNITIVA
Qual a forma de um ovo de galinha?
Você pode achar mais fácil desenhar um ovo
que descrevê-lo.
O que é justiça?
Por mais difícil que seja descrever esse
conceito abstrato em palavras, seria ainda
mais difícil fazer isso pictoricamente.
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 Tipos de representação externa do conhecimento:
• Analógica (figuras): forma de representação que
preserva as principais características perceptivas
de tudo o que está sendo representado.
» Exemplo: parte da figura de um gato
• Simbólica (palavras): forma de representação que
foi escolhida arbitrariamente para representar algo
e que não se assemelha perceptivamente a tudo o
que está sendo representado.
» Exemplo: a palavra gato
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 Tipo de representação interna do conhecimento:
• Imaginação: representação mental das coisas que
presentemente não estão sendo percebidas pelos
órgãos sensoriais.
– A imaginação mental pode representar coisas que
jamais haviam sido observadas pelos seus sentidos
em algum momento.
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Pense em sua aparência se você tivesse
um terceiro olho no centro de sua testa.
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 Representação das imagens em nossa mente –
Principais Hipóteses:
• Hipótese do código dual:
– Existem 2 códigos mentais
representar o conhecimento:
separados
– Imaginário (analógico) e não
imagens
» Exemplo: face de uma pessoa
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para
verbal:
– Código verbal (simbólico): palavras e
outros símbolos
» Exemplo: verdade
– Baseia-se nas diferenças individuais quanto à
representação mental.
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 Representação das imagens em nossa mente –
Principais Hipóteses:
• Hipótese Proposicional:
– Tanto as imagens como as palavras são
representadas em uma forma proposicional.
– Uma proposição é o significado subjacente a uma
relação particular entre conceitos.
– A forma proposicional de representação mental não
está nas palavras, nem nas imagens, mas,
certamente, em uma forma abstrata de representar
os significados subjacentes do conhecimento.
– Podemos usar proposições para representar
qualquer tipo de relação, inclusive ações, atributos,
posições espaciais, categorias classificatórias ou
praticamente qualquer outra relação conceitual.
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 Limites para a representação analógica (Stephen
red, 1974):
• Determinar formas integrantes que fazem parte
de uma figura interna: uso de um código
proposicional (“estrela de Davi ou 2 triângulos
superpostos, um dos quais está invertido”).
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• Figura ambígua: pode ser interpretada em mais de
uma maneira. São usadas para determinar se as
representações
mentais
de
imagens
são
verdadeiramente analógicas às percepções de
objetos físicos.
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Formas integrantes
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Figuras Ambígua
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 Hipótese da equivalência funcional:
• As imagens podem envolver tanto a forma análoga
como a proposicional de representação do
conhecimento.
• Embora a imaginação visual não seja idêntica a
percepção visual, elas são funcionalmente
equivalente.
• Algo do que sabemos sobre imagens é
representado em uma forma análoga à percepção,
enquanto outras coisas que conhecemos sobre
elas são representadas em uma forma
proposicional.
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 Rotações Mentais:
• Demora-se mais para fazer a rotação de objetos
em maiores ângulos de rotação e pouco importa se
os objetos rotam no sentido horário, anti-horário ou
na terceira dimensão da profundidade.
 Gradação da Imagem:
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• Fenômenos relacionados ao tamanho da imagem.
• Na percepção visual, há limitações sobre a
resolução ou a clareza com que percebemos
detalhes no que observamos.
• Em geral é mais fácil ver detalhes de aspectos de
grandes objetos do que de objetos pequenos, e
respondermos mais rapidamente a questões sobre
objetos grandes do que objetos pequenos.
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 Perscrutação da Imagem:
– Exploração da imagem perseguindo um determinado
objetivo.
– As imagens como representações espaciais, podem
ser perscrutadas, quase do mesmo modo que os
perceptos físicos podem ser perscrutados.
» Exemplo: na percepção demora-se mais
para perscrutar ao longo das grandes
distâncias do que ao longo das menores.
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 Mapas Cognitivos:
– Representações mentais do ambiente físico,
centralizando-se nas relações espaciais entre os
objetos no ambiente.
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“Tolman demonstrou que os ratos estavam aprendendo
Um mapa cognitivo, uma representação interna do
labirinto, durante os experimentos comportamentais”.
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 Os humanos parecem utilizar 3 tipos de
conhecimento durante a formação e o uso de
mapas cognitivos:
• Conhecimento por pontos de referência: informações
sobre as características particulares de um local;
• Conhecimentos rota-estrada: envolve caminhos
específicos para mover-se de um lugar para outro;
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• Conhecimento por levantamento: envolve as distâncias
estimadas entre os pontos de referência.
– Exemplo: distâncias especificadas numericamente
 As pessoas tendem a distorcer seus próprios
mapas mentais de forma que uniformizam muitos
aspectos dos mapas, tais como tender a imaginar
ângulos retos, limites verticais ou horizontais (não
oblíquos), formas simétricas, figuras e objetos
bem-alinhados.
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Informação
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Escreva rápido e legível quanto possível, sua assinatura normal
desde a primeira letra até a última letra.
Agora escreva sua assinatura de trás para frente.
Agora compare ambas as assinaturas. Qual delas foi produzida
com mais facilidade e perfeição?
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Para ambas as assinaturas, você dispunha de conhecimentos declarativo
das letras que precediam ou seguiam umas as outras;
mas para a primeira tarefa, você também podia recorrer ao conhecimento
de procedimento (procedural), baseado nos anos de conhecimento
de como assinar seu nome.
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 Representação do conhecimento declarativo:
• Pode ser expresso em palavras e outros símbolos
(“saber o que”).
– Exemplo: conhecimento de fatos sobre a história
mundial
 Conceitos e Esquemas:
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• A unidade fundamental do conhecimento simbólico é o
conceito – uma idéia sobre alguma coisa.
• Os conceitos podem ser organizados em esquemas
(estruturas mentais para representar o conhecimento,
abrangendo uma série de conceitos inter-relacionados
em uma organização significativa) que podem incluir
outros esquemas, variar em aplicação e em
abstracionismo, e incluir informações sobre as relações
entre conceitos, atributos, contextos e conhecimento
geral, bem como informações sobre relações causais.
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 Os esquemas podem incluir informações sobre
relações, como:
• conceitos: relação entre caminhões e automóveis
• atributos dentro dos conceitos: altura e o peso de um
elefante
• atributos em conceitos relacionados: vermelhidão de
uma cereja e a de uma maçã
• conceitos e contextos particulares: peixe e o oceano
• conceitos específicos e o conhecimento básico geral:
conceitos sobre presidentes brasileiros específicos e o
conhecimento geral sobre o governo e a história do Brasil
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 Modelo de Rede Semântica:
• Um modelo alternativo para representar o
conhecimento declarativo é uma rede semântica, a
qual é um conjunto de elementos interconectados,
denominados “nós” , que representam conceitos.
• economia cognitiva: o sistema deve ser planejado
em um modo que permita o mínimo de redundância
e o máximo de uso eficiente da capacidade.
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– Exemplo: Modelo de rede computadorizado:
– Se você sabe que cães e gatos são mamíferos,
você armazena tudo o que sabe sobre mamífero
(tem pêlos, amamentam, etc) no nível de
mamíferos, sem ter de repetir essas informações
no nível para cães e gatos.
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Modelo de Rede Semântica:
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 Representação do conhecimento de
procedimento (procedural):
• Conhecimento sobre como seguir vários passos de
procedimentos (procedurais) para desempenhar as
ações (“saber como”).
– Exemplo: como andar de bicicleta
• Modelos mais antigos: pesquisas sobre I.A
(Inteligência
Artificial)
e
de
simulação
computadorizada.
• Um meio no qual os computadores podem
representar o conhecimento procedural é sob a
forma de conjunto de regras que governam uma
produção (geração e resultados de um
procedimento).
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– Exemplo: SE seu carro está desviando para o lado
esquerdo da estrada, ENTÃO voc6e deverá guiá-lo em
direção ao lado direito da estrada.
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 Modelos baseados no cérebro humano:
• O cérebro humano usa um tratamento paralelo
(múltiplas operações acontecem juntas) da
informação, diferente dos computadores que o
tratamento da informação é em série.
• Um modelo para a representação do conhecimento
e para o processamento da informação humana, é
o modelo paralelo (PDP) ou modelo conexionista.
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• A idéia é que podemos ser capazes de tratar as
informações tão eficientemente quanto o fazemos,
porque podemos manipular uma quantidade muito
grande de operações cognitivas ao mesmo tempo.
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 Modelos baseados no cérebro humano:
• Sempre que usamos o conhecimento mudamos
nossa representação dele. Assim, a representação
do conhecimento não é realmente um produto final,
mas, sim um processo.
• Frequentemente, podemos usar as limitadas
informações disponíveis para gerar informações
adicionais.
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– Exemplo: denomine o seguinte objeto: ele tem coluna
vertebral, respira, mia, tem pêlos, tem 4 pés e come
carne animal.
– Uma vez que você tenha gerado o padrão para esse
objeto, provavelmente o usará para acrescentar
detalhes a essas informações, imaginando por
exemplo, o tamanho do objeto, locais em que pode
ser encontrado.
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Psicologia Cognitiva - Maria Teresa Gouvea