Vencedores do 8º Prêmio Sebrae
Prefeito Empreendedor (2013-2014)
COMO MUDAR A PERSPECTIVA
DE SUA CIDADE
O desenvolvimento acontece com a
força dos Pequenos Negócios
Vencedores do 8º Prêmio Sebrae
Prefeito Empreendedor (2013-2014)
Finalista Estadual – Pequenos Negócios no Campo
Municipio de Pompéu – MG
Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br
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COMO MUDAR A PERSPECTIVA DE SUA CIDADE
O desenvolvimento acontece com a força dos Pequenos Negócios
Vencedores do 8º Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor (2013-2014)
© 2014. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae
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Empreendedor
Denise Donati
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2
Coordenador e Editor
Abnor Gondim
Textos
Anna Bernardes, Carolina Andrade, Cláudio
Barbosa,
Emília Andrade, Luísa Mello, Francisco Pinilla e
Ruth Rendeiro
Estatísticas de empregos e empresas
Unidade de Gestão Estratégica
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Caio Ferraz da Fonseca
Fotos
Agência Sebrae de Notícias / Sebrae UF /
assessorias das prefeituras
Colaboração
Unidades de Políticas Públicas / Sebrae UF e
assessorias das prefeituras
Revisão
Eliana Silva
Projeto Gráfico / Diagramação
Bruno Vieira
Versão eletrônica
Plano Mídia Comunicação / Maven
Agradecimentos
Aos prefeitos e às prefeitas que fizeram 4.815
inscrições habilitadas nas oito edições do
Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor (2001,
2002, 2003, 2005, 2007, 2009, 2011 e
2013) e aos futuros participantes da 9º edição
Vencedores do 8º Prêmio Sebrae
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S umário
PÚBLICO ALVO ............................................. 4
RECURSOS ................................................... 4
APLICAÇÕES / DESPESAS ............................. 4
EQUIPE RESPONSÁVEL PELO PROJETO ........ 4
OBJETIVO GERAL ......................................... 4
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................. 8
RELATO DOS BENEFICIADOS ......................... 9
ANEXOS ..................................................... 10
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FINALISTA ESTADUAL
PEQUEOS NEGÓCIOS NO CAMPO
Município de Pompéu - MG
Prefeito:
JOAQUIM CAMPOS REIS
Orçamento total da Prefeitura: R$ 66.331.480,00
Qtd. Emp. Form.ME, EPP. EI:
1.625
Estimativa de Emp. Informais: 200
Título do Projeto
Programa COMUNI Escola de Veterinária em Pompéu Assistência aos Produtores Rurais
Categoria
Pequenos Negócios no Campo
Área de Atuação
Compras Públicas Locais
Desburocratização
Lei Geral Municipal
Promoção do desenvolvimento rural
PÚBLICO ALVO
Setor Econômico
Outros
setores
Emp. Beneficiadas
do Setor
Emp. Setor
1625
1625
Estimativa Emp.
Inform. Setor
%
100
200
Emp.Informais
Beneficiadas
Inv. médio /
empresa
%
200
100
0
%
Total(R$)
RECURSOS
Natureza Recurso
Rec. Financeiro (R$)
%
Econômico (R$)
%
Parceiros
116.462,94
67,82
0,00
0,00
116.462,94
67,82
Prefeitura
55.257,84
32,18
0,00
0,00
55.257,84
32,18
TOTAL
171.720,78
100,00
0,00
0,00
171.720,78
100,00
APLICAÇÕES / DESPESAS
Natureza da Despesa
Rec. Financeiros
Próprios/R$
Rec. Econômicos
Próprios/R$
%
Rec. Financeiros
Parceiros/R$
%
Aluguel
27.338,40
100
0,00
0
Outros
0,00
Rec. Econômicos
Parceiros/R$
%
%
Total
0
0,00
0
27.338,40
27.919,40
100
0,00
0
0,00
0
0,00
0
27.919,40
Consultoria
0,00
0
0,00
0
93.251,82
100
0,00
0
93.251,82
Combustível
0,00
0
0,00
0
15.360,00
100
0,00
0
15.360,00
Outros
0,00
0
0,00
0
7.851,12
100
0,00
0
7.851,12
EQUIPE RESPONSÁVEL PELO PROJETO
Márcia Ferreira - Diretoria de Indústria e Comércio Campos Melgaço
Geraldo Edson de Campos - Secretario de Indústria, Comércio e Agropecuária
Zélia Inês Portela Lobato - Vice Diretora da Escola de Veterinária da UFMG
OBJETIVO GERAL
Aumentar a produção, a margem de lucro e a qualidade dos produtos gerados nas fazendas
através da orientação de gestão e acompanhamento técnico de propriedades dedicadas a bovinocultura leiteira no município de Pompéu.
SURGIMENTO DA IDEIA
A Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (EVUFMG) já tinha contato
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há alguns anos com a prefeitura de Pompéu por frequentar o município, que é uma das bacias
leiteiras mais importantes do Brasil, em visitas esporádicas realizadas nas Aulas Práticas Integradas de Campo (APICs), um projeto de extensão já bem consolidado na EV.
No segundo semestre de 2011 o Prefeito de Pompéu Joaquim Campos Reis, foi procurado
por representantes da Escola deVeterinária U
­ FMG que, observando a possibilidade de se estabelecer uma parceria mais estreita entre a Universidade e o Município, vieram buscar apoio junto a
prefeitura para um programa de longa duração que propunha orientação técnica aos produtores
rurais e à prefeitura, no que se referia ao controle de zoonoses.
O Programa Comuni trazia como objetivo principal o desenvolvimento rural visando o crescimento econômico e social do município a partir de atendimento a proprietários rurais levando
a estes informações e tecnologias desenvolvidas na universidade, através de visitas semanais
de professores e estudantes a propriedades rurais e de um programa de rádio, bem como uma
atuação mais diretamente ligada a prefeitura, no treinamento de funcionários no controle de
zoonoses.
O prefeito acreditando no programa e no potencial que ele continha, convocou algumas
lideranças ligadas às cooperativas de leite e de crédito de Pompéu, Sindicato dos Produtores e
representantes da EMATER para reuniões, onde o Programa foi apresentado e discutido. Com a
adesão do programa pelo Prefeito, mais parceiros vieram de encontro para viabilizar a realização
dele, a Coopel e Leitepeu (Cooperativas de leite) e Credipeu (cooperativa de crédito) decidiu
financiar parte do projeto.
Em março de 2012 o Programa iniciou. Já no segundo semestre de 2012, com a experiência adquirida com as visitas às fazenda e a demanda da comunidade e da prefeitura, o Programa
foi ampliado. Criou­se um projeto para atendimento exclusivo dos assentamentos e quilombola e
um projeto exclusivo para trabalhar com a qualidade da água nas propriedades rurais assistidas
e dar orientações em relação ao descarte e aproveitamento de resíduos gerados com atividades
agropecuárias.
O Programa Comuni entra em 2014 no seu terceiro ano de execução, contando hoje com
os cinco projetos:
• Assistência aos Produtores rurais de Pompéu,
• Ação para o desenvolvimento de comunidades de agricultura familiar no município de
Pompéu
• Prosa com Pompéu: os resultados de um trabalho contínuo
• Atuações dos médicos veterinários em saúde pública em Pompéu – MG
• Qualidade da água utilizada para consumo humano e na produção agropecuária no município de Pompéu/MG
Até o momento tivemos o envolvimento de aproximadamente 70 alunos da Escola de Veterinária, que visitaram o Município mais de 80 vezes nos últimos dois anos.
Especificamente vamos tratar da Assistência aos produtores Rurais de Pompéu, que atendeu
a 35 fazendas em 2012 e 2013 indicados pelos parceiros.
SOLUÇÃO PROPOSTA
O projeto tem a meta de levar aos produtores informações a respeito de técnicas de manejo,
práticas da pecuária sustentável e temas relacionados, visando aumento da produtividade e a
qualidade de vida dos produtores. Visa também levar informações e tecnologias atualizadas a
comunidade através de palestras, dias de campo e cursos, assim como treinamentos da mão
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de obra rural em manobras e medidas de manejos rotineiros nas fazendas, um dos principais
gargalos identificados pelos produtores.
Para isto, foi idealizada uma aliança com a Universidade Federal de Minas Gerais, mais especificamente com a Escola de Veterinária da UFMG, que já havia visitado algumas fazendas do
município em práticas de campo e por isto, estabelecido um contato prévio com a cidade. Esta
parceria permitiria que as tecnologias e processos desenvolvidos e discutidos na universidade
pudessem ser levados até aos produtores de Pompéu por técnicos altamente especializados, em
visitas periódicas às fazendas da região.
As cooperativas de leite (Coopel e Leitepeu) e a cooperativa de crédito (Credipeu), foram
convidadas a participar do projeto e a oferecer os benefícios a seus cooperados e se tornaram
parceiros.
Desta forma, após firmar convênio entre as partes interessadas, formou­se então o Conselho
Gestor do projeto, composto por representantes da prefeitura, das cooperativas parceiras, do
Sindicato dos Produtores Rurais, da Emater e da Escola de Veterinária da UFMG. As propriedades rurais que participam do projeto são indicadas, a cada reunião semestral, por este Conselho.
Desta forma, as fazendas são escolhidas pela comunidade local que identifica proprietários mais
necessitados e que estão abertos a receber o projeto. Neste Conselho também são discutidos
problemas surgidos durante a execução do projeto, sugestões para palestras e dias de campo
realizadas e os resultados obtidos em cada semestre.
Da Escola de Veterinária participam os alunos do último período do curso de Medicina Veterinária, professores com especialidade em diversas áreas da medicina veterinária, zootecnia e
agronomia e alunos de mestrado e doutorado e residentes de medicina veterinária.
A equipe do projeto, composta por alunos, professores, residente e/ou mestrandos e doutorandos, chega a Pompéu na quinta a noite e na sexta, sábado e esporadicamente no domingo
fazem as visitas às fazendas selecionadas. Cada dupla de estudantes fica responsável pela assistência de duas fazendas, as quais são visitadas uma vez por mês, sendo que o projeto, por
enquanto, tem capacidade para atender a 16 fazendas por semestre. As visitas são acompanhadas por professores, residentes e monitores. Dependendo da avaliação da equipe, amostras
de leite, queijo, sangue, fezes, solo, forrageiras, sal mineral, água e tecidos são coletadas para
exames laboratoriais e levadas para Escola de Veterinária para processamento.
Uma vez por mês, durante todo o semestre, cada dupla de alunos retorna às suas respectivas fazendas. Nestas visitas são avaliados os resultados das medidas propostas, implementadas
medidas a partir de resultados de exames e feitas orientações específicas de acordo com os
principais problemas observados em cada propriedade. Outra atividade importante é o treinamento da mão de obra rural, um dos principais problemas relatados pelo produtor rural. Os
trabalhadores de cada fazenda assistida recebem treinamento, principalmente no que se refere
a manejo de bezerros, higiene de ordenha e manejo de pastagens.
A Prefeitura de Pompéu e os parceiros locais são responsáveis pela estadia, alimentação, e
transporte dos estudantes para fazendas, assim como pelas diárias dos monitores que acompanham os alunos. A Escola de Veterinária fica responsável pelo transporte BH/Pompéu, diária
dos professores e motoristas da UFMG, assistência técnica às fazendas, exames laboratoriais,
cursos, palestras e dias de campo.
No final do primeiro semestre os alunos participam da feira “SUPERLEITE”, uma das maiores feiras de leite em oportunidades de negócios do oeste mineiro, dando palestras e levando
informações aos visitantes em um stand cedido pela prefeitura de Pompéu. Os temas abordados
são relativos aos problemas mais comuns observados durante o semestres anteriores e tem sido
relacionados com problemas reprodutivos, problemas de casco, criação de bezerros.
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Prefeito Empreendedor (2013-2014)
Conseguimos até agora atender a 35 fazendas, com o envolvimento de 70 alunos e 80 visitas anuais às fazendas e participação de duas feiras superleite.
RESUMO DA SITUAÇÃO ANTES DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
Em relação ao bezerros:
• Apesar das fazendas apresentarem diversas formas de manejo de bezerros na maioria delas
elas eram tecnicamente inapropriados para bovinocultura leiteira.
Em relação ao Leite:
• Número de células somáticas e contagem bacteriana eram muito altos em várias fazendas.
Em relação a pastagens:
• Pastos mal divididos e mal adubados com aproveitamento médio de um animal por hectare
RESUMO DA SITUAÇÃO DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
Resultados após a implantação do projeto:
Em relação aos bezerros:
Bezerreiros apropriados, melhoria do manejo dos bezerros realizado por trabalhadores treinados. Dependendo da fazenda, tivemos de 20 a 40% na diminuição da mortalidade dos bezerros, ou seja a cada 100 bezerros que o produtor produzia, produz agora 120 a 140.
Em relação ao leite:
Com as medidas implementadas referentes a higiene de ordenha e controle da mastite nas
propriedades os produtores que conseguiram melhorar a qualidade do leite. Estas mudanças
podem aumentar um rendimento de até R$ 0,10 por litro de leite.
Em relação as pastagens:
Piquetes rotacionados, divididos de acordo com a possibilidade da área, aumentando em até
5 vezes o número de animais por hectare, ou seja, com a mesma área o produtor pode, adotando o manejo da pastagem recomendado, criar cinco vezes mais animais, aumentando assim a
sua produção de leite e o número de bezerros produzidos por ano.
PRINCIPAIS DESAFIOS ENFRENTADOS
•
•
•
•
•
Estratégia de funcionamento das visitas semanais – organização difícil
Transporte na área rural
Aceitação dos fazendeiros Comunicação com os produtores
Falta de escrituração zootécnica nas propriedades
Falta de registro de gastos e ganhos para análise de rentabilidade nas propriedades
PRINCIPAIS ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO
Segundo semestre de 2011:
Realização de três reuniões em Pompéu e uma um Belo Horizonte para calcular os investimentos, fazer o convênio entre as partes e organizar estratégia de funcionamento do Programa.
- Primeiro semestre de 2012:
Primeira equipe inicia o Programa :
Durante este semestre foram atendidas 11 fazendas e uma propriedade no Assentamento
26 de outubro e várias demandas da prefeitura
- Segundo semestre de 2012:
O Programa continuou com o atendimento a nove fazendas.
- 2013 até o presente momento
7
O Programa já está totalmente implementado, havendo apenas pequenas adaptações de um
semestre para o outro, de acordo com sugestões dos participantes e dos parceiros.
RELEVÂNCIA DO BENEFÍCIO PARA PÚBLICO-ALVO
O produtor rural, de uma maneira geral, tem pouco acesso a tecnologia e muitas vezes,
quando tomam conhecimento dela, não conseguem implementá­las corretamente sem a ajuda
de uma orientação técnica. Nas comunidades rurais como assentamento e quilombolas, a
situação é ainda mais grave, evidenciando uma enorme carência do acompanhamento desta
população.
Neste sentido o projeto: Assistência aos Produtores rurais de Pompéu propõe a levar a esta
população carente de informações, tecnologias e processos que efetivamente possam melhorar
a produtividade e alavancar as atividades agropecuárias se comprometendo também no acompanhamento da implementação das medidas propostas.
O projeto leva até aos beneficiados tecnologias aplicáveis às condições da propriedade através da apresentação de técnicas de manejo sanitário e alimentar adequadas e compatíveis com
a realidade do produtor, treinamento dos trabalhadores rurais para manobras na bovinocultura
leiteira, projetos para construções rurais e para aproveitamento de pastagens. Além disto enfatiza e fornece tecnologias para melhoria da gestão da fazenda, estimulando a escrituração
zootécnica e a anotação dos ganhos e gastos da fazenda através de formulários próprios ou,
dependendo do produtor, programas de computador específicos para este fim.
Pela experiência de dois anos de projeto os principais benefícios observados pelos produtores tem sido: menor gasto com medicamentos, diminuição da taxa de mortalidade dos bezerros,
melhoria na qualidade do leite, aumento na produção leiteira como consequência do ajuste da
ração das vacas, melhora nos índices reprodutivos aumentando o número de bezerros nascidos
por ano, melhor aproveitamento das pastagens possibilitando a criação de um maior número
de animais dentro da mesma área e realização de exames altamente especializados, de forma
gratuita de produtos como leite e queijo e dos animais de sua propriedade .
METAS RELEVANTES EFETIVAMENTE ALCANÇADAS
• Diminuição da mortalidade de bezerros nas propriedades assistidas em média de 20 a
30%% Aumento da produção e da qualidade do leite nas propriedades assistidas em até
20%
• Melhor aproveitamento da área da fazenda para produção de pastagem, chegando a utilizar
a mesma área para alimentar cinco vezes mais vacas
• Treinamento da mão de obra rural em manobras e manejo da bovinocultura leiteira em 15
fazendas Melhoria na escrituração zootécnica nas fazendas
NÍVEL DE DIFICULDADE ENFRENTADA PELOS REALIZADORES
O nível de dificuldade foi alto, por encontrar resistência na apresentação de dados das fazendas, sendo que muitos não tem o hábito de fazerem qualquer tipo contabilidade ou anotações
ou os que possuíam alguma forma de controle financeiro não abriam as informações para os
coordenadores, sendo difícil de mensurar perdas e ganhos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Projeto oferece ao produtor rural um contato constante com a tecnologia moderna e aplicada a realidade de cada produtor. Através da parceria com a Escola de Veterinária os produtores
têm acesso gratuito a exames laboratoriais e assistência de técnicos altamente especializados
e atualizados em relação às tecnologias aplicadas no campo. O retorno para o produtor tem
ocorrido tanto em relação ao aumento da produção como também em termos de uma maior
conscientização da gestão do negócio da produção do leite.
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Prefeito Empreendedor (2013-2014)
Acreditamos que os resultados terão um efeito exponencial com o passar dos anos uma vez
que um maior número de propriedades vão ser assistidas e maior número de trabalhadores treinados e estes poderão difundir as tecnologias apropriadas a bovinocultura leiteira.
RELATO DOS BENEFICIADOS
Altivo Duarte Machado Vasconcelos - Fazendeiro - Quando que o Projeto Comuni começou
a ser aplicado na sua propriedade? ­Já têm dois semestres. Agora está concluindo o segundo,
então começou no início desse ano. Na verdade, as visitas começaram no princípio de 2013. E
nesse período duas equipes vieram na fazenda. Cada uma em um semestre. Quais melhorias ou
resultados que você notou na sua propriedade graças a esse projeto? ­Primeiro, que eu não tinha um conhecimento de alguns índices que, na verdade, são importantíssimos para a fazenda.
Índices que refletem no resultado econômico e de gestão da fazenda. Então, coisas que antes
não entravam no assunto, na conversa, começaram a aparecer. Intervalo entre partos, sanidade,
produção e uma série de índices que antes não eram nem medidos. E a maior revolução que
começou a acontecer foi de anotar os partos, os nascimentos e os tratamentos. Com esses índices a gente começa a projetar para o futuro e a ter meta. Antes não tinha meta! Antes a coisa
ia acontecendo, era meio empurrado. Aparecia um probleminha e era resolvido, mas não tinha
alguma coisa pra se apegar. Num segundo momento, a assistência propriamente dita. O pequeno produtor rural é carente. Ele, muitas vezes, não tem acesso, ou acha caro. Mas, como nunca
teve acesso, acaba não vendo o custo­benefício. Como que você avalia o trabalho da Escola de
Veterinária na sua fazenda? ­O projeto foi muito bem organizado e montado, não só na divisão
da equipe que vai com os alunos, supervisor, e, dependendo do caso, vai um professor especialista naquele problema. Se é pastagem, vai um professor de pastagem. Se é de manejo, vai
um professor de manejo. E os alunos são ótimos no tratamento, na conversa com o funcionário.
Então, para mim, essa parte está muito bem organizada. Qual conselho você daria para outros
produtores que não têm esse projeto para que possam tê­lo em suas propriedades um dia? ­Não
só que eu daria não. Eu já espalho e falo o quanto que foi importante para minha propriedade e
sito exemplo. Tem muita gente que nasce produtor rural e fica a vida inteira na fazenda. Na verdade, eu não nasci produtor rural. Então, muita coisa eu não sabia. Com isso, uma funcionária
que trabalha comigo, que é de um assentamento do Incra, chegou falando que queria comprar
vaca. O que eu sei é que você não adquire o animal primeiro. Tem que ver a infraestrutura da
fazenda, porque não adianta ter o animal se você não buscar a produção. E comecei a indicar
o projeto para ela, e entrou no programa também. Ela está sendo atendida nesse segundo
semestre e está super satisfeita. Para mim, foi uma das melhores coisas que aconteceu. A
sua propriedade é focada em que tipo de produção? ­ É focada na produção leiteira. Depois da
instalação desse projeto teve um aumento na produção? ­Enorme. Primeiro, porque antes, na
fazenda, a ordenha era manual, depois passou para a ordenha mecânica. Não tenho o dado
anterior ao projeto, porque a gente não anotava. Só de anotar agora, já percebo uma qualidade.
Nesse pouco tempo da transferência da ordenha manual para a mecânica, notamos muita diferença nos resultados da produção diária. No ano passado, em julho, chegou a 300 litros. Nesse
ano, foram 400 litros no mesmo período. E no período das águas, no ano passado, era de 470
litros, e em 2013 já está em 600 litros. Então, a diferença foi enorme. A diferença desse mês
(novembro) deu uns R$ 4500,00 a mais do que deu no ano passado. Você pretende continuar
aplicando essas orientações na sua propriedade? ­Com certeza! Porque na fazenda não tem jeito
de resolver todos os problemas de uma vez. Se a assistência não for constante, contínua, não
tem muito sentido, porque sempre têm problemas acontecendo e nem sempre dá pra resolver
todos. E o resultado é a longo prazo. Com certeza eu quero continuar com a assistência, ainda
mais porque cada vez eu percebo que no futuro o retorno será muito grande. Em relação às
orientações, haveria a necessidade de outros direcionamentos, além dos que são feitos? ­Uma
coisa que é legal é que os alunos têm o conhecimento técnico e muitas vezes eles chegam para
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os funcionários, e para os vizinhos, que muitas vezes vão assistir, e nesses encontros tem uma
coisa do dia a dia que muitas vezes é distante da universidade. É com essa diferença que eles
têm que trabalhar. Para os alunos isso é o maior papel. Em relação aos direcionamentos, nós
criamos um plano. Já que não dá para fazer tudo hoje, a gente tem um plano e sabe onde que
as coisas vão acontecer, onde que vai ter uma pista de alimentação e planejar o plantio, por
exemplo. Mesmo que as coisas não estejam acontecendo, já temos um direcionamento do futuro. Quais os seus planos para o próximo ano para a sua fazenda? ­A gente criou meta. Acho até
que vamos chegar rápido nela. Eu esperava acontecer num tempo maior. Mas, a meta é chegar
a 900 litros de leite, dobrando a produção, com uma média de 15 litros de leite por cabeça ao
dia. Estava numa média de 10 litros, e ela já aumentou e vai chegar nos 15. Outra meta é ter o
controle para gerar dados de intervalo entre partos, de doenças e fazer um calendário sanitário.
Antônio Osvaldo de Campos - Fazendeiro - Ao iniciar o projeto, a fazenda tinha uma produção de 400 litros dia, com uma média de 9 litros dia por animal. Após a implantação do projeto,
mesmo com a aquisição de mais 8 vacas, a fazenda passou a produzir 800 litros de leite dia e
com uma média de 15,9 litros dia por animal. Também em relação a nascimento de bezerros
tínhamos uma mortalidade de 8 a 10% ao ano e hoje após as orientações passou para 3 a 4%
ano. Para que isso acontecesse, foi orientado a construção de um bezerreiro modelo argentino,
onde o bezerro é tratado individualmente, evitando a contaminação do bezerro pelo contato
com outro. Também para o aumento da produção leiteira foi orientado o sistema de piquete
dos pastos, para melhorar o volume dos pastos. Com isso o gado passou a comer apenas nos
piquetes em sistema rotativo, não prejudicando a pastagem com pisoteamento . Com o aumento
da produção, fizemos novos investimentos para adubação do pasto, compramos mais calcário,
adubo etc. Também compramos uma chocadeira para 120 ovos. Para o nosso conforto adquirimos um sistema de televisão a cabo. De uma forma geral, a fazenda está crescendo. Algumas
orientações ainda tem que ser feitas, como na questão do tratamento de água que foi orientado
e ainda não fizemos, mas em breve isso será feito.
Paulo Dutra- Fazendeiro - O Projeto, entrou em minha fazenda no último semestre de 2013.
O maior ganho com este projeto foi em relação a mortalidade dos bezerros. Antes de iniciarmos
o projeto o índice de mortalidade era altíssimo, em torno de 20%, pois eles eram tratados em
conjunto. Os bezerros morriam muito com diarreia e um contaminava o outro. Foi sugerido o
bezerreiro argentino, onde passaram a ser tratados individualmente. Verificou­se que esta mortalidade em apenas 6 meses, passou a ser de 4 a 5 %. Além de ganharmos em aumento do
rebanho, também ganhamos muito em economia de medicamentos.
ANEXOS
Foto Oficial Prefeito
Prefeito Joaquim Campos Reis
POMPÉU­MG, 24 de Novembro de 2014
JOAQUIM CAMPOS REIS
Prefeito(a) do município de POMPÉU ­MG
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