UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA
DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA
EURIANN LOPES MARQUES
COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE MORANGO EM TANGARÁ DA SERRA MT
Tangará da Serra, MT.
2009
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte
M357c
Marques, Euriann Lopes.
Comportamento de Cultivares de Morango em Tangará da Serra – MT.
– Tangará da Serra - MT / Euriann Lopes Marques. – 2009.
45 f.
Orientador: Adalberto Santi.
Universidade do Estado de Mato Grosso. Departamento de Agronomia,
2009.
1. Morangueiro. 2. Produção. 3. Teste de Cultivares. 4. Produção. I.
Título.
CDU 631/635
Bibliotecária: Suzette Matos Bólito – CRB1/1945.
EURIANN LOPES MARQUES
COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE MORANGO EM TANGARÁ DA SERRA MT
Monografia apresentada como
requisito
obrigatório
para
obtenção do título de Engenheira
Agrônoma à Universidade do
Estado
de
Mato
Grosso
Campus Tangará da Serra.
Orientador: Prof. Ms. Adalberto Santi
Tangará da Serra, MT.
2009
–
EURIANN LOPES MARQUES
COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE MORANGO EM TANGARÁ DA SERRA MT
Esta monografia foi julgada e aprovada
como requisito para a obtenção do
Diploma de Engenheiro Agrônomo no
Curso de Agronomia da Universidade
do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).
Tangara da Serra, 29 de outubro 2009.
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________
Prof Ms. Adalberto Santi
Universidade do Estado de Mato Grosso
(Orientador)
_____________________________________________________
Prof. Dr. Willian Krause
Universidade do Estado de Mato Grosso
_____________________________________________________
Prof. Ana Paula Barbosa Lima
Universidade do Estado de Mato Grosso
DEDICATÓRIA
Ao meu pai, Jurandir da Costa Marques, grande responsável pela idéia da
monografia, o meu exemplo de vida, de fé e confiança em Deus, que sempre me
estendeu as mãos me ensinando a caminhar juntamente com a sabedoria da minha
mãe, Loide Coelho Lopes Marques.
Aos meus irmãos, Arlindo Lopes da Silva Neto e Loidjane Lopes Marques, os
quais serviram para mim como exemplo de persistência para alcançar os meus sonhos.
A vocês, dedico.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Deus que me proporcionou a oportunidade de
viver, ter uma família abençoada, amigos especiais, e me deu paciência para levar a
monografia até o fim. Sem Ele, monografia não teria iniciado e o sonho de se plantar
morango em Tangará da Serra ficaria adiado.
Agradeço aos meus pais, que a partir do momento que permitiram que eu
nascesse já haviam planejado sonhos e construído uma vida bem regada de bênçãos,
paz e amor. Em pensar que não era para eu ter nascido, a minha vida é mais um
milagre que Deus concedeu numa manhã de novembro há 22 anos. Obrigada, pai, por
ter me ensinado a amar meu próximo e a sempre tratá-lo com atenção e respeito.
Obrigada, mãe, por não reclamar das minhas calças imundas nos finais de tardes
trabalhosas e também por me ensinar a poupar e construir meu futuro com sabedoria e
com a verdade.
Aos meus amigos, pelas horas intermináveis que convivemos juntos, se
conhecendo, aprendendo, errando, caindo, levantando, apagando o exercício e feito de
novo, estourando o cabo da enxada e comprando outro, estudando para provas no dia
anterior e ainda assim tirando notas altas. A estes deixo meu amor e carinho, sabendo
que sempre vão estar nos meus pensamentos.
Ao meu orientador, professor Adalberto, que com paciência, conhecimento e
atenção, sempre me ensinou a como fazer e também o que não fazer, estando presente
até em momentos de intoxicação por agrotóxicos, me dizendo como agir.
Ao Admar, pela grande amizade e por ter me ajudado no preparo da área.
Rapaz que tenho grande estima e que ainda chegará a ser um grande pesquisador.
Ao Arilson, Renan e outros colegas que me ajudaram a preparar os
intermináveis canteiros, porque se fosse sozinha terminaria um canteiro a cada mês. A
força destes rapazes não está apenas no braço e sim na vontade de crescer e alcançar
horizontes.
Ao Douglas e à Aline por terem contribuído de maneira espontânea me
fornecendo adubos químicos.
Às minhas eternas amigas (em ordem cronológica) Janile, Glauce, Elizangela,
Dandara e Ana Paula, por quem tenho amor e respeito às diferenças, pelas horas de
risadas, lágrimas, suor do trabalho e festinhas na casa da Glauce, onde voltávamos ao
passado relembrando momentos de comédia retratados nas centenas de fotos juntas.
Aos vários amigos e amigas que me ajudaram nas colheitas periódicas,
distraindo no trabalho com sorrisos e ao final comendo morangos. Agradeço até mesmo
aos “furtadores de morango” que promoveram minha imagem perante a universidade,
quando até eu era parada nos corredores para ser perguntada sobre os morangos.
Aos professores Márcio, Thereza, Willian, Dejânia, Elisandra, que de alguma
forma contribuíram para que a monografia fosse concluída com sucesso.
À Sabrina e Anne, pela paciência quando precisava de favores ou de fazer
ligações no departamento.
Ao pesquisador Engº Agrº D.Sc. Mário Sérgio Carvalho Dias, pesquisador da
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Centro Tecnológico do Norte de
Minas (EPAMIG – CTNM) pela contribuição através das mudas de morangueiro.
Ao amado Natanael Takeo, que esteve comigo desde antes o transplantio das
mudas até as primeiras colheitas, e que com muita paciência, compreensão, dedicação
e amor, fez jornada dupla de trabalho, contribuindo tanto para minha formação
acadêmica quanto para minha vida.
E agradeço a tantos outros pouco conhecidos que de alguma forma me
ajudaram, ensinaram e me corrigiram quando eu precisava.
“Por isso vos digo; não andeis ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis
de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de
vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestido?”
Mateus 6.25
COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE MORANGO EM TANGARÁ DA SERRA MT
RESUMO
A cultura do morango tem se destacado muito no Brasil devido a sua
importância sócio-econômica referente à demanda de mão-de-obra. A produção
brasileira de morango é estimada em 40 mil toneladas, em uma área de 3500 hectares,
com destaque para os Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Embora cresçam melhor em regiões frias, o morango pode se desenvolver bem ao
clima quente e seco. As cultivares Dover e Sweet Charlie destacaram-se em termos de
produtividade e qualidade de frutos na região de Minas Gerais caracterizada pelo clima
quente e seco predominante da região. Com o objetivo de avaliar o comportamento de
cultivares de morango no município de Tangará da Serra – MT foi realizado um
experimento na UNEMAT, campus de Tangará da Serra, no período compreendido
entre dezembro a setembro de 2009. A região é caracterizada com um clima tropical
úmido megatérmico (Aw), apresentando temperatura média de 24,4 ºC e precipitação
média anual de 1800 mm. As cultivares avaliadas foram Dover, Oso Grande e Aleluia
proveniente de Minas Gerais. O transplantio das mudas foi realizado em canteiros em
maio, sendo as mudas dispostas em 2 linhas por canteiro, sob sistema de irrigação por
microaspersão por tripas. Adotou-se o espaçamento 0,40 x 0,40 m, conforme
recomendação. A adubação foi realizada de acordo com a análise de solo e com as
necessidades da cultura do morangueiro. De julho a setembro, foram analisadas as
variáveis peso, número e diâmetro de frutos por planta onde a comparação de médias
foi realizada através do teste Tukey com nível de significância de 5%. A cultivar Dover
apresentou maior peso de frutos comercializáveis por planta (0,336 kg planta-1) que as
cultivares Oso Grande (0,110 kg planta-1) e Aleluia (0,022 kg planta-1). A produtividade
de Dover foi superior (12,2 t ha-1), seguida de Oso Grande (6,88 t ha-1) e Aleluia (0,799 t
ha-1). Quanto ao número de frutos produzidos, Dover alcançou maior média (33,31
frutos planta-1) que a cultivar Oso Grande (10,14 frutos planta-1). Com relação ao peso
médio de fruto Dover (9,27 g fruto-1) e Oso Grande (8,17 g fruto-1) não diferiram
estatisticamente. Quanto ao diâmetro a cultivar Oso Grande apresentou mais frutos na
classe 3 a partir do 3º período do que as cultivares Dover e Aleluia. A cultivar Aleluia
obteve valores inferiores em todas as variáveis. A cultivar Dover foi superior a média
nas variáveis peso e número de frutos por planta e demonstrou ser uma cultivar de boa
adaptação no município de Tangará da Serra.
Palavras – chave: Fragaria x ananassa Duch., teste de cultivares, morangueiro.
PERFORMANCE OF STRAWBERRY CULTIVARS IN THE REGION OF TANGARÁ
DA SERRA – MT.
ABSTRACT
The culture of strawberry has been well developed in Brazil duo to its social –
economical referring to the demand of manufactured hand work importance. The
growth of strawberry is estimated in 40 thousands tons, in an aria of 3500 hectars,
highlighting to the states of Minas Gerais, Rio Grande do Sul and São Paulo.Although
the better growth occurs in cold regions, the strawberry can be cultivated in hot dried
clime. The cultivars Dover and Sweet Charlie highlighted in terms of productivity and
quality of fruit in the region of Minas Gerais characterized of hot and dried climate in
preeminent in that region. With the objective of evaluating the berraviour of cultivars of
strawberry in the district of Tangará da Serra – Mt was realized one experiment at
UNEMAT, campus of Tangará da Serra, in the period comprehended between
december and september of 2009. The region is cartelized with the humid tropical
climate megatérmico (Aw), showing media temperature of 24,4ºC and yearly media
precipitation of l800mm. The cultivars assessed were Dover, Oso Grande and Aleluia
coming from Minas Gerais. The second transplant of the seedling was carried out in
flowerbeds in may, been the seedlings displayed in two flowerbed lines, under the
irrigation system by micro aspersion by pipes. Adopted the spacement 0,40 x 0,40 m,
conform recommendation. The fertilizer was realized according with the analyze of the
soil and with the demanding of the culture of the strawberry. From july to september,
were evaluated the variation of weight, number and diameter of the fruits by plant where
the comparison the medias were realized through the Tukey test with significance of
5%. The cultivar Dover reported bigger weight of the fruits trading by plant (0,336 kg
plant-1) where the cultivars Oso Grande (0,110 pant kg-1). The productivity of Dover was
superior (12,2 t ha-1), followed the Oso Grande (6,88 t ha-1) and Aleluia (0,799 t ha-1).
How much as the glowed number of the fruits, Dover reached high media (33,31 fruit
plant-1) than the cultivar Oso Grande (10,14 plant fruit-1). In relation to the medium
weight of the Dover fruit (9,27 g fruit-1) and Oso Grande (8,17 g fruit-1) did not differ
statistically. How much as the diameter the cultivar Oso Grande reported much fruits in
the class 3 from the third period than the cultivares Dover and Aleluia. The cultivar
Aleluia obtained lower value between all the variations. The cultivar Dover was superior
to the midiain theof varieties weigth and number by fruit plant and demonstrated to be a
cultivar of good adaptation in the district of Tangará da Serra.
Key – words: Fragaria x ananassa Duch., cultivares test, strawbeery plant.
LISTA DE FIGURAS
Página
1. Peso de frutos por planta nas diferentes épocas de colheita. .................................. 34
2. Peso médio por fruto de cultivares de morango em diferentes época de
colheita............................................................................................................................37
3. Porcentagem de frutos da cultivar Oso Grande em experimento de acordo com a
classe ............................................................................................................................. 38
4. Porcentagem de frutos da cultivar Dover em experimento de acordo com a
classe..............................................................................................................................39
5. Porcentagem de frutos da cultivar Aleluia em experimento de acordo com a
classe..............................................................................................................................40
LISTA DE TABELAS
Página
1. Características físico-químicas da amostra de solo cultivado.................................28
2. Produção de frutos por planta ao longo de 60 dias de colheita...............................33
3. Número de frutos por planta ao longo de 60 dias de colheita.................................35
4. Peso médio de frutos por planta ao longo de 60 dias de colheita...........................36
ÍNDICE
1.
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 12
2.
OBJETIVOS ............................................................................................................14
3.
2.1
Objetivo geral ................................................................................................... 14
2.2
Objetivos específicos ....................................................................................... 14
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 15
3.1
O morangueiro ................................................................................................. 15
3.2
Panorama econômico da cultura ..................................................................... 17
3.3
Desenvolvimento fisiológico ............................................................................. 18
3.4
Influências do ambiente no desenvolvimento do morangueiro ........................ 20
3.5
Cultivares ......................................................................................................... 22
3.5.1 Cultivar Oso Grande ......................................................................................... 23
3.5.2 Cultivar Dover ................................................................................................... 24
3.5.3 Cultivar Aleluia .................................................................................................. 24
3.6
4.
Classificação dos frutos de morango ............................................................... 24
MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................ 27
4.1
Localização e caracterização da área experimental ........................................ 27
4.2
Preparo de solo ................................................................................................ 27
4.3
Transplantio de mudas..................................................................................... 28
4.4
Cultivares utilizadas ......................................................................................... 29
4.5
Adubação de plantio e cobertura ..................................................................... 29
4.6
Delineamento experimental e tratamentos....................................................... 29
4.7
Tratos culturais ................................................................................................ 30
4.8
Variáveis analisadas ........................................................................................ 30
4.9
Análise estatística ............................................................................................ 31
5.
RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 32
6.
CONCLUSÃO ......................................................................................................... 41
7.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 42
12
1. INTRODUÇÃO
A cultura do morango teve origem provável origem no Chile no século XIX,
apresentando, nos últimos anos, uma evolução considerável em todo o mundo, mas foi
a partir da década de 60, que a produção do morangueiro foi enfatizada no Brasil
através da introdução de cultivares mais adaptadas juntamente com novas técnicas de
cultivo e maior oferta de mudas isentas de patógenos (SANTOS, 2003).
A produção brasileira de morango é estimada em 90 mil toneladas/ano, em uma
área de 3600 hectares, com destaque para os Estados de Minas Gerais, Rio Grande do
Sul e São Paulo (GOMES, 2005), sendo distribuída em várias regiões tanto de clima
temperado quanto de clima subtropical.
De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA), o principal interesse dos produtores pela cultura é a alta rentabilidade que
proporciona, quando comparada ao milho (72% superior) e soja (224% superior). Tanto
para o consumo in natura como para indústria, o morango tem alcançado cotações
elevadas, pelo fato de não encontrar grandes concorrências com outras frutas, já que é
a primeira fruta a ser ofertada no mercado, logo a partir de abril (VERDIAL, 2004).
De acordo com Martins et al. (2007), a distribuição varejista do morango em
São Paulo, em 1998/99, teve participação de 50,0% das feiras livres e 31,0% dos
supermercados e há tendências de aumento na participação dos supermercados se
forem levados em consideração a classificação, embalagem, rotulagem para o envio da
produção às lojas, gerando agregação de valor no produto. Por esta razão apresenta-se
como uma ótima opção de atividade econômica adequando-se à produção familiar.
13
A produtividade e a qualidade dos frutos é muito influenciada pelos elementos
do clima e pelas práticas de manejo. Assim, uma cultivar que se desenvolve
satisfatoriamente em uma região pode não apresentar o mesmo desempenho produtivo
em outras condições (UENO, 2004).
Em função das cultivares plantadas no Brasil (plantas de dias curtos) e das
condições climáticas brasileiras, o período mais propício para produção de frutos
corresponde ao período de outono/inverno. Nessas épocas, as temperaturas são mais
amenas e ocorre grande quantidade de dias ensolarados, sem tanta incidência de
chuvas. Já durante o período de verão, as plantas passam a produzir estolões,
principalmente devido às altas temperaturas, interrompendo a emissão de flores, e
conseqüentemente, a produção de frutos (RESENDE et al., 1999).
Atualmente, a cultura está ganhando espaço em áreas de clima tropical de
altitude média, quente. As principais cultivares hoje em dia utilizadas no Brasil são
provenientes dos Estados Unidos, destacando-se “Aromas”, “Camarosa”, “Dover”, “Oso
Grande” e “Sweet Charlie” (OLIVEIRA et al., 2005).
Assim, para o município de Tangará da Serra, com a introdução de materiais
adaptados ao município, a cultura do morangueiro poderá vir a ser uma nova opção
entre as espécies olerícolas já cultivadas na região. Permitindo que os frutos a serem
comercializados possuam características desejáveis de qualidade, resultando na
comercialização do fruto nos mercados de Tangará da Serra, como forma de gerar
renda ao produtor rural.
14
2. OBJETIVOS
2.1
Objetivo geral
Avaliar o desempenho de cultivares de morangueiro (Fragaria x ananassa
Duch), no município de Tangará da Serra – MT.
2.2
Objetivos específicos

Caracterizar o desenvolvimento reprodutivo das cultivares de morangueiro
avaliadas no município de Tangará da Serra;

Observar e identificar dias para ao florescimento das cultivares avaliadas;

Classificar os frutos em grupos e classes para comercialização.
15
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1
O morangueiro
Os relatos sobre a exploração do morangueiro como uso ornamental e
medicinal remotam ao século XIV. Segundo a história, o oficial francês François Fraziel,
foi o grande responsável pela descoberta da espécie de morango Fragaria chiloensis
coletada em uma de suas viagens à América Latina, mais precisamente no Chile.
Ao coletar as plantas e cultivá-las observou que esse material apresentava
grande semelhança com plantas de Fragraria virginiana, anteriormente coletadas em
viagens para a América do Norte. No momento em que plantou a muda obtida na
viagem para o Chile ao lado das que obteve na viagem para América do Norte,
observou que as plantas mais próximas produziam maior número de frutos, com maior
formação e tamanho superior.
Concluiu então que Fragaria chiloensis possuía apenas flores femininas,
enquanto a Fragaria virginiana, flores hermafroditas. O morango cultivado atualmente,
Fragaria x ananassa Duch., partiu de testes de melhoramento realizados com a
germinação do aquênio, resultando em flores completas (órgãos masculinos e
femininos numa mesma flor) (SANTOS, 1999).
Anos se passaram não empregando a devida atenção ao melhoramento
genético do morangueiro, devido a esse fato o banco de germoplasma da cultura só
começou a se expandir no século XIX. Através da tecnologia, a cultura do morangueiro
alcança altas produtividades nas mais diversas regiões do mundo, e como se pode
16
observar na maioria das vezes, decorre do fato de um indivíduo iniciar o cultivo em uma
região nunca antes cogitada e da necessidade da pesquisa de tornar científico aquilo
que é usualmente praticado (SILVA et al., 2007).
De acordo com a classificação botânica, o morango pertence à família
Rosaceae, gênero Fragaria e à espécie Fragaria x ananassa Duch. ex Rozier, que é um
híbrido resultante do cruzamento entre as espécies F. chiloensis e F. virginiana, mais
utilizado atualmente (SILVA et al., 2007).
Em relação às características botânicas, o morangueiro é uma planta herbácea
e rasteira, com um sistema radicular do tipo fasciculado e superficial, e embora tenha
características de cultura perene persistindo no solo, é cultivada como cultura anual
devido a questões fitossanitárias (VERDIAL, 2004).
Seu caule é um rizoma estolhoso, com entrenós curtos, cilíndrico e retorcido,
em cujas gemas terminais nascem folhas compostas (WREGE et al., 2007). Essas
gemas podem ainda originar coroas secundárias, estolões e inflorescências, sendo que
essa seqüência varia conforme o fotoperíodo exigido pela cultivar (SILVA et al, 2007). A
junção de rizomas, tendo na parte superior uma roseta de folhas com um gomo foliar
central, na qual se originam as ramificações, é conhecido como coroa, e segundo
Wrege et al. (2007), este dará origem ao eixo caulinar.
Os estolões do morangueiro são caules verdadeiros muito flexíveis, que ao se
desenvolverem em contato com o solo, de seus nós nascem raízes que penetram no
solo (a cada dois nós), e após a morte dos entrenós, dão origem a novas plantas
independentes (VERDIAL, 2004; WREGE et al., 2007).
O cacho de flores do morangueiro é uma série de ramos duplos produzindo
uma flor na bifurcação de cada ramo. A flor na primeira bifurcação é denominada
17
primária e geralmente se abrem mais cedo produzindo frutos maiores, as outras são
consideradas secundárias, terciárias, etc. A flor individual é esbranquiçada, com 1,0 a
1,5 cm de comprimento, geralmente composta de 5 a 10 sépalas verdes, 5 pétalas
ovais, numerosos estiletes e 2 a 3 dúzias de estames. Inflorescências do tipo racemo,
completas e auto-férteis são predominantes nas cultivares comerciais. Os órgãos
femininos se dispõem em espiral no centro da flor sobre uma intumescência ou
receptáculo carnoso, que depois se tornará suculento e constituirá a parte comestível;
órgãos masculinos rodeiam aquele receptáculo (RONQUE, 1998).
Nas cultivares plantadas no Brasil as flores são hermafroditas, sendo a planta
autopolinizada. A produção de sementes interessa somente aos melhoristas, não sendo
utilizada pelos agricultores, uma vez que a propagação se dá de forma vegetativa
(FILGUEIRA, 2003).
A parte comestível, carnosa e suculenta do morango é o pseudofruto,
normalmente denominado fruto para fins comerciais. Este é o receptáculo dos
verdadeiros frutos, os aquênios, que são estruturas pequenas, consistentes e
superficiais (RONQUE, 1998; VERDIAL, 2004).
3.2
Panorama econômico da cultura
O morangueiro é a espécie que apresenta a maior expressão de área cultivada
e valor econômico na cadeia produtiva de pequenas frutas (OLIVEIRA et al., 2005).
Segundo Sato e Assumpção (2002) os principais importadores mundiais de
morango são: Canadá, Estados Unidos e Itália. No ano de 1999/2000 o total produzido
18
para o consumo in natura representa 53,4%, de morango processado 25% e de
morango congelado 21,6%.
A produção brasileira é obtida em uma área estimada de 3600 ha, com
destaque para o Estado de Minas Gerais, maior produtor de morango do país, seguido
de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo e Rio de Janeiro
(CARVALHO, 2006).
No ano de 1996, a região Sudeste contava com a maioria da produção (61,1%),
a Região Sul (32,9%) e a Região Centro-Oeste (4,6%) e Região Nordeste (1,2%), com
as menores produções a nível nacional. Já no ano de 2006, Minas Gerais alcançou uma
safra recorde com 52,6 mil toneladas de morango contra os 48,7 mil toneladas na safra
do ano de 2005. Sato e Assumpção (2002), no ano de 1999 relatam uma produção em
porcentagem de: 33,16% para Minas Gerais, seguido de 32,23% para São Paulo, Rio
Grande do Sul que participou com 16,89%, e o Espírito Santo com 6,14%. Com
menores volumes participaram ainda: Santa Catarina (2,37%), Goiás (0,43%) e Rio de
Janeiro (0,35%).
O cultivo do morangueiro em Minas Gerais apresenta grande importância
social e econômica por possibilitar geração de empregos e renda para milhares de
pequenos agricultores (GOMES, 2005).
3.3
Desenvolvimento fisiológico
A cultura é considerada como uma espécie de clima temperado que em
condições naturais de cultivo perde suas folhas durante o inverno, entrando em repouso
19
vegetativo. É encontrada desde o nível do mar até cerca de 3500 m de altitude, e sob
temperaturas que variam de -10º C até regiões tropicais, demonstrando grande
adaptabilidade as mais diversas regiões, sendo uma espécie que sofre intensa
interferência de fatores ambientais para seu desenvolvimento e frutificação (CAMARGO
e PASSOS, 1993).
A classificação do morango é feita com base no hábito de frutificação de cada
cultivar. São consideradas três classes: plantas de dias curtos, plantas de dias longos e
plantas neutras ou insensíveis ao fotoperíodo. A grande maioria é classificada como
sendo de dias curtos, ou seja, sua indução floral ocorre com fotoperíodo inferior a 14
horas, mas existem pesquisas que expressam que algumas destas cultivares possuem
uma resposta facultativa com relação ao comprimento do dia, desde que as
temperaturas sejam inferiores a 15 ºC. Já as cultivares de dias longos são aquelas que
florescem em condições de fotoperíodo maior que 14 horas e as de dias neutros
florescem independente do comprimento do dia (TAYLOR, 2002).
As cultivares atualmente utilizadas no Brasil se comportam como plantas de
dias curtos e em condições de temperaturas elevadas e dias longos, as plantas emitem
estolões que geralmente a cada dois nós, emitem folhas e enraízam (RONQUE, 1998).
Segundo VERDIAL (2004), o florescimento e o crescimento vegetativo,
principalmente no que se refere a produção de estolões, foram considerados processos
antagônicos nas cultivares de dias curtos.
Com relação aos aspectos fisiológicos da planta, os aquênios (sementes)
completam o crescimento e capacidade de germinação muito antes da maturação do
fruto, não sendo preciso tratamento para quebra de dormência, podendo germinar de
imediato. Entretanto, a propagação por meio de sementes é utilizada apenas em
20
trabalhos de melhoramento visando o desenvolvimento de novas variedades (SILVA et
al., 2007).
O crescimento radicular de sementes dá-se através da emissão de uma raiz
fina e comprida, que logo se ramifica. Ocorre a formação de folhas e, em seguida, da
coroa primária e formação de raízes adventícias. Com o crescimento da coroa primária
e secundária ocorre a formação de novas raízes adventícias que quando os primórdios
radiculares entram em contato com o solo vão formando raízes adventícias da base das
gemas e folhas, originando uma nova planta (SILVA et al., 2007).
O crescimento caulinar originário de semente ocorre lentamente, enquanto que
através do estolão o crescimento é mais rápido. Durante o crescimento, ocorre a
formação de folhas em cujas axilas originam gemas que crescem e formam coroas
secundárias estolhos e inflorescências. Essa seqüência ocorre de acordo com a
característica de cada variedade (dia curto ou longo). O florescimento e frutificação
estão relacionados aos aspectos do clima e polinização por insetos e pelo vento,
respectivamente (SILVA et al.,2007).
3.4
Influências do ambiente no desenvolvimento do morangueiro
Uma complexa interação entre os fatores temperatura e comprimento do dia
determinam o desempenho produtivo e a qualidade dos frutos em cultivares de
morangueiro em uma determinada região produtora. Em vista disso, quando uma
cultivar é selecionada para determinada região fisiográfica e plantada em outra,
dificilmente apresentará elevada produção de frutos de qualidade (CONTI et al., 2002).
21
São vários os fatores que influenciam no desenvolvimento e precocidade de
produção do morangueiro e entre eles destacam-se fatores internos, características da
cultivar, temperatura, fotoperíodo e também a qualidade da muda. Cita-se ainda que os
fatores climáticos de maior expressão são fotoperíodo e temperatura, ressaltando a
intensa influência da temperatura. Chuvas, alta umidade, alta ou baixa intensidade da
luz oferecem menor grau de influência quando comparados (ANTUNES et al., 2006).
A temperatura é o fator ambiental que mais interfere no processo produtivo da
cultura do morango, pois afeta diretamente a frutificação e o desenvolvimento
vegetativo da planta. Nos trópicos, a frutificação é muito afetada, sendo estes locais
caracterizados pela constatação de altas temperaturas que mantém o morangueiro na
fase vegetativa, produzindo estolões indefinidamente. Elevações de temperatura
durante a fase de produção de frutos, tornam estes poucos firmes, ácidos e pobres em
sabor e também é um dos fatores que aliado à seca e desequilíbrio de nutrientes,
aumentam o estresse de plantas doentes (RONQUE, 1998).
É notório observar que na cultura do morangueiro existam poucos estudos
feitos com base no comportamento de cultivares em relação às altas temperaturas. Isso
decorre do fato da planta ser nativa de regiões mais frias. Entretanto, segundo Dias et
al. (2007) a planta pode adaptar-se em diferentes regiões.
O morangueiro é uma cultura exigente em temperaturas diurnas amenas e
noturnas mais baixas, considerando que o fotoperíodo e a temperatura atuam de
maneira decisiva no seu desenvolvimento (RONQUE, 1998; DIAS et al., 2007). Em
condições de fotoperíodo curto ocorre favorecimento da floração, mas também a
inibição da produção de estolões, não dependendo da temperatura. O contrário ocorre
se o fotoperíodo for longo (RIOS, 2007).
22
Hoje em dia, as cultivares utilizadas no país tem comportamento de dias curtos
ou são insensíveis ao fotoperíodo, embora haja diferenças entre elas, com relação às
exigências climáticas, resistência a doenças e outros (DIAS et al., 2007).
Em pesquisa realizada em Minas Gerais no ano de 2005, os dados coletados
com relação à temperatura média variaram entre 18,3º C a 31,2º C, estando dentro dos
níveis críticos suportados pela cultura que é de 11,4º C a 32º C (RONQUE, 1998).
Assim, com base na produção a influência da temperatura não foi fator limitante para o
a adaptação da cultura à região (DIAS et al., 2007). Exemplificando, no estado de
Minas Gerais, no ano de 2005, o Centro Tecnológico do Norte de Minas (CTNM)
desenvolveu pesquisas para avaliar o comportamento de cultivares de morangueiro em
sistema orgânico de produção. As cultivares Dover e Sweet Charlie destacaram-se em
termos de produtividade e qualidade de frutos numa região caracterizada pelo clima
quente e seco predominante da região (SILVA et al., 2007).
O centro de pesquisas da Embrapa Clima Temperado desenvolveu materiais
com resposta indiferente ao fotoperíodo. Essas variedades são imprescindíveis para a
execução do experimento, pois um fotoperíodo indiferente para o desenvolvimento da
cultivar numa região não-tradicional de cultivo pode responder melhor a produção de
frutos que cultivares de dia longo ou curto (ASSIS, 1999).
3.5
Cultivares
Segundo Assis (1999), nas duas últimas décadas, tem sido intensa a introdução
de cultivares pelas instituições públicas e pela iniciativa privada. Entretanto, isso vem
23
ocorrendo sem nenhuma avaliação prévia adequada, quanto à adaptabilidade destas
ao cultivo na região, o que ocasiona muitas das vezes em prejuízos ao produtor.
A escolha das cultivares a ser utilizadas na exploração da cultura é um dos
pontos-chaves para obter o sucesso esperado, pois as características da cultivar
submetida às condições ecológicas da área e região, somada ao manejo adotado é que
determinarão a produtividade e qualidade do produto final e até mesmo influenciar na
comercialização, devido a preferência de alguns mercados por frutos com determinadas
características, como propriedades organolépticas, aparência e a questão da
segurança, ou seja, frutos sem resíduos de agrotóxicos (DIAS et al, 2007).
3.5.1 Cultivar Oso Grande
A cultivar Oso Grande foi desenvolvida na Universidade da Califórnia, EUA, em
1987. Planta vigorosa de dias curtos, com folhas grandes, coloração verde-escura, ciclo
mediano, grande adaptabilidade e elevada capacidade produtiva. Seus frutos são de
tamanho grande, polpa com textura firme no início da produção e mediana no final da
colheita, coloração vermelha-clara e é aromático. Possui ainda baixa acidez, sendo
próprio para consumo in natura e tem grande aceitação no mercado. É tolerante ao
fungo Botrytis cinerea, causador do mofo-cinzento, susceptível à mancha-demicosfarela (Mycosphaerella fragariae) (SILVA et al., 2007).
Apresenta bom desempenho na região do norte de Minas Gerais respondendo
por mais de 80% da produção sul-mineira de morango (BERNARDI et al., 2005; FILHO
et al., 2007). Possui teor de Brix de 4,8º (VIRMOND e RESENDE, 2006).
24
3.5.2 Cultivar Dover
Desenvolvida pelo programa de melhoramento genético da Universidade da
Flórida – EUA. Cultivar de dia curto, muito produtiva, baixa exigência em frio, frutos com
textura muito firme, o que proporciona maior durabilidade e resistência ao transporte,
quando comparada a outras cultivares. Foi introduzida no país por ser tolerante a
doença da Flor preta (Colletotrichum acutatum), entretanto não se mostrou eficiente
com relação ao controle desse fungo em condições brasileiras. Apesar disso, deve-se a
esta cultivar méritos referente ao crescimento em área verificado nos últimos anos no
estado de Minas Gerais bem como em todo o país (SILVA et al., 2007).
3.5.3 Cultivar Aleluia
Esse material foi selecionado e multiplicado no sul de Minas Gerais por
produtores. Entretanto, ainda não foi submetido a pesquisas e por este motivo não há
referências sobre a cultivar, sabe-se apenas que é um material considerado de dias
neutros (DIAS et al., 2007). Os poucos relatos de experimentos que existem
demonstram que a cultivar apresenta boa produção de frutos extras e boa adaptação à
região de Minas Gerais (DIAS et al., 2006).
3.6
Classificação dos frutos de morango
Classificação é a separação do produto em lotes homogêneos. Utilizar a
classificação do morango é unificar a linguagem do mercado e de toda a cadeia de
25
produção. Produtores, industriais, atacadistas, varejistas e consumidores devem usar
os mesmos padrões de caracterização do produto. Só assim, é possível obter
transparência na comercialização, melhores preços para produtores e consumidores,
menores perdas e maior qualidade (CEASA, 2009).
A classificação comercial do morango é separada em grupos, classes e
categoria (CEAGESP, 2002). As variedades devem ser separadas em 2 grupos:
suculentos e não suculentos, sendo que essa classificação em grupos é realizada em
função da sua textura. No grupo suculento estão os que apresentam menor resistência
a ação mecânica e maior suculência, como: IAC Campinas, IAC Princesa Isabel e
Sequóia; e quanto ao grupo não suculento estão os frutos que apresentam maior
resistência a ação mecânica e menor suculência, como os frutos das cultivares: Oso
Grande, Dover, Tudla, Camarosa, Seascape, Sweet Charlie e Selva.
Devem ainda ser separados em classes, que corresponde ao maior
comprimento transversal do fruto (diâmetro maior), sendo estas quatro classes:

Classe 1: menor que 15 mm;

Classe 1,5: maior e/ou igual a 15 e menor que 30 mm;

Classe 3: maior e/ou igual a 30 e menor que 45 mm;

Classe 4,5: maior que 45 mm.
E, por fim, a classificação conforme a qualidade enquadrada em quatro
categorias: Extra, I, II e III (CEAGESP, 2002). Cada categoria possui um limite máximo
em porcentagem de defeitos permitidos. A categoria Extra tolera 5% de defeitos totais,
ou seja, são os frutos de melhor qualidade. Já as categorias I, II e III toleram cerca de
26
10%, 30% e 100%, respectivamente, de defeitos totais nos frutos. Os defeitos podem
ser:

Graves: lesão interna, lesão profunda, fruto imaturo (verde), passado, podridão;

Leves: coloração não característica, dano superficial cicatrizado, oco.
Em geral, essa classificação é de suma importância durante a comercialização
do morango, devendo ainda as embalagens conter rótulos com as seguintes
informações: produtor, propriedade, município, peso, classificação com datas de
colheita, validade e código de barras (FILHO e CAMARGO, 2009).
27
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1
Localização e caracterização da área experimental
O experimento foi conduzido na área experimental da UNEMAT, Campus
universitário de Tangará da Serra. Em uma área situada nas coordenadas latitude de
14º37’10’’ S, longitude de 57º29’09’’ W e altitude 321,5 metros, no período de dezembro
de 2008 a setembro 2009.
Em relação às condições climáticas, a região é caracterizada com um clima
tropical úmido megatérmico (Aw), apresentando temperatura média de 24,4 ºC, mínima
de 19,4 ºC e máxima de 35,4 ºC, com uma precipitação média anual de 1800 mm,
segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) para a região de
Tangará da Serra – MT.
4.2
Preparo de solo
O solo é classificado como Latossolo vermelho distroférrico com textura muito
argilosa e relevo levemente ondulado (Tabela 1).
28
Tabela 1 – Características físico-químicas da amostra de solo cultivado, UNEMAT,
Tangará da Serra, MT, 2009.
Solo
K+
pH
CaCl2
Ca2+
Mg2+
H+Al
Al+
----------------------- mmolc dm-³ ----------------
LV
4,8
1,7
17
9
42
2
M.O
P resina
SB
CTC
V
m
S-SO
g dm-³
mg dm-³
mmolc dm-³
%
%
mg dm-³
42
4
28
70
39
5
35
B
Fe
Mn
Cu
Zn
Areia
Silte
--------------------------------- mg dm-³ --------------------0,23
22
13,7
2,3
0,2
Argila
--------------- g kg-1 --------------226
219
555
O seu preparo consistiu em aração e gradagem nas camadas superficiais,
possibilitando bom desenvolvimento do sistema radicular do morangueiro. Fez-se
correção do solo com calcário de acordo com a necessidade da cultura, sendo em
seguida incorporados. Os canteiros foram sistematizados com rotoencanteirador e
enleirados por enxadão.
4.3
Transplantio de mudas
O transplantio das mudas foi realizado em maio de 2009 em canteiros com 0,70
m largura e 0,25 m de altura, espaçados entre si em 0,50 m, sendo as mudas dispostas
em 2 linhas por canteiro. Adotou-se o espaçamento 0,40 x 0,40 m, conforme
recomendado por Dias et al. (2007).
29
4.4
Cultivares utilizadas
As cultivares utilizadas foram: Aleluia, Dover e Oso Grande. Todas as mudas
foram oriundas de um mesmo local e apresentavam, aproximadamente, 8 cm de altura
e três a quatro folhas por ocasião do transplantio. Após o pleno estabelecimento das
mudas, fez-se a cobertura dos canteiros com casca de arroz.
4.5
Adubação de plantio e cobertura
A adubação foi realizada de acordo com a análise de solo e com as
necessidades da cultura do morangueiro segundo Fontes (1999). Procedeu-se com
uma adubação orgânica 30 dias antes do plantio com 3,0 kg/m² de torta de filtro
compostada e no dia antecedente ao plantio fez-se adubação química com NPK e
micronutrientes. As quantidades foram: 220 kg ha-1 de N e 350 kg ha-1 de K2O,
parceladas em seis aplicações; 400 kg ha-1 de P2O5 no transplantio e 100 kg ha-1 do
formulado FTE BR 12 no transplantio (FONTES, 1999).
O sistema de irrigação adotado foi o de microaspersão por tripas de irrigação
conforme as necessidades da cultura (FILGUEIRA, 2003).
4.6
Delineamento experimental e tratamentos
O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 3 tratamentos em
10 repetições, resultando em 30 parcelas onde as unidades experimentais
compreenderam 8 plantas de morangueiro.
30
4.7
Tratos culturais
A condução da cultura foi comum a todos os tratamentos, como retirada de
folhas velhas ou em excesso e de estolhos, sendo executados na mesma época,
seguindo-se os mesmos critérios, sendo que no primeiro mês de cultivo efetuou-se a
retirada das flores, pois esta floração precoce pode enfraquecer a planta, produzindo
frutos pequenos e defeituosos, atrasando a verdadeira floração (REGATO et al., 2004).
Procedimento semelhante foi feito para o controle de plantas daninhas, adubação de
cobertura e tratos fitossanitários, até mesmo quando a incidência de pragas ou doenças
era maior em determinado tratamento do que em outro.
4.8
Variáveis analisadas
Para o experimento, consideraram-se, apenas, os frutos comercializáveis,
sendo descartados aqueles podres ou com massa inferior a 3 g (CEAGESP, 2002).
Após a colheita dos frutos considerados comercializáveis do morangueiro, as variáveis
analisadas no experimento foram:

Produtividade: peso de frutos comercializáveis colhidos em toda parcela,
determinado em toneladas por hectare;

Dias para florescimento: após transplantio quantificar os dias para o
florescimento, em dias após florescimento;
31

Peso de frutos por planta: estipulado pelo peso de frutos colhidos por planta,
determinado em quilos por planta;

Número de frutos por planta: considerando a produção em números de frutos
comercializáveis colhidos, determinado em número de frutos por plantas;

Peso médio de frutos: produção do fruto e determinado em gramas;

Diâmetro médio dos frutos: medindo o maior comprimento transversal do fruto e
determinado em milímetros.
A produção total de frutos, o número de frutos e o peso médio dos frutos foi
obtido na colheita, realizada em todas as plantas de cada uma das parcelas. Frutos
com cerca de 75% da coloração característica ou maduros, eram coletados a cada dois
dias, durante todo o período de produção, sendo coletados, pesados e medidos os
frutos comercializáveis acima de 3,10 g (CONTI et al., 2002).
4.9
Análise estatística
Os dados coletados foram reunidos em grupos quinzenais perfazendo cinco
períodos de avaliação, os quais corresponderam às colheitas entre os meses de julho a
meados de setembro. Os dados relativos ao período integral de colheita foram
submetidos à análise de variância, comparando-se as médias dos tratamentos pelo
teste Tukey a 5 % de probabilidade pelo programa SISVAR versão 4.3.
32
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quanto a floração, a cultivar Dover demonstrou ser mais precoce em relação as
outras cultivares, pois cerca de 42 dias após o transplantio teve início o florescimento,
característica confirmada por Antunes et al. (2006). Já as cultivares Oso Grande e
Aleluia iniciaram florescimento mais tarde com cerca de 50 e 54 dias, respectivamente.
Como se pode observar na Tabela 2, os resultados obtidos no experimento
demonstraram que a cultivar Dover apresenta grande potencial de produção na região,
podendo atingir uma produtividade de 336 g planta-1 até o período em que foram
realizadas as avaliações, sendo superior aos 300 g por planta, considerados na prática,
como patamar de viabilidade econômica para a cultura (REBELO e BALARDIN, 1997).
As cultivares Oso Grande e Aleluia foram inferiores a cultivar Dover diante das
condições de cultivo apresentadas, diferindo estatisticamente entre si.
A cultivar Aleluia foi a que apresentou menor produção diante dos outros
tratamentos (0,022 g planta-1) considerando que mesmo sendo uma planta de dias
neutros, não apresentou boa adaptação às condições de cultivo. Já a cultivar Oso
Grande mesmo com produção 0,110 g planta-1, permeou abaixo dos 300 g por planta
considerado como índice para viabilidade da cultura (REBELO e BALARDIN, 1997).
33
Tabela 2 – Produção de frutos por planta ao longo de 60 dias de colheita, UNEMAT,
Tangará da Serra, MT, 2009.
Cultivar
Aleluia
Peso de frutos por planta
kg planta-1
t ha-1
0,022 c
0,799
Dover
0,336 a
12,2
Oso Grande
0,110 b
4,0
DMS
53,36
(*) Valores seguidos por letras iguais não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a
5%.
A produtividade média da cultura do morangueiro em Minas Gerais situa-se em
torno de 25 t ha-1 em áreas com densidades de plantio situando-se entre 65.000 a
80.000 plantas ha-1 (CASTRO et al., 2003). No experimento realizado em Tangará da
Serra, a produtividade média de Dover, Oso Grande e Aleluia, em t ha-1, considerando
uma densidade de 36.300 plantas, foi de 12,2, 4,0 e 0,799, respectivamente. Para fins
comparativos, devem ser considerados três fatores: densidade de plantio, adaptação da
planta e período de colheita. Em Minas Gerais, as densidades plantadas são maiores,
com a produção ficando mais evidente nos meses de novembro a dezembro, e quanto à
adaptação das plantas existem poucas pesquisas que possam indicar qual material
seria mais indicado para o plantio em regiões não-tradicionais, como por exemplo, na
região do médio-norte mato-grossense.
Como se pode observar na Figura 1, a cultivar Dover apresentou uma grande
diferença com relação ao peso de frutos por planta quando comparada com as demais
cultivares. Souza et al. (2001) avaliaram o comportamento de sete cultivares de
morangueiro em cultivo orgânico na área experimental do INCAPER (Instituto Capixaba
de Pesquisa e Extensão Rural) em Domingos Martins – ES num espaçamento de 0,3 x
34
0,3 m e constataram maior produção quanto ao peso de frutos por planta, nas parcelas
com a cultivar Dover e em segundo lugar com a cultivar Oso Grande. Nesse mesmo
experimento é relatada a precocidade de Dover em relação às outras cultivares, tais
Peso de frutos/planta (g)
fatos evidenciados neste trabalho.
200
Aleluia
150
Dover
100
Oso Grande
50
0
29/0613/07
14/0728/07
29/0712/08
13/0827/08
28/0813/09
Período (dias)
Figura 1 – Peso de frutos por planta nas diferentes épocas de colheita, UNEMAT,
Tangará da Serra, MT, 2009.
Silva (2003) também confirma a superioridade da cultivar Dover alcançando
índices produtivos na ordem de 53 t ha-1, num espaçamento de 0,4 x 0,4 m, com
adubação foliar do biofertilizante Supermagro e adubações periódicas com esterco de
vaca curtido na região de Janaúba – MG.
Quanto ao número de frutos por planta (Tabela 3) pode-se observar que a
variável número de frutos produzidos por planta para as cultivares Dover, Oso Grande e
Aleluia foram de 33,31; 10,14 e 2,62, respectivamente, diferindo estatisticamente entre
si. Em Piracicaba – SP, Conti et al. (2002) encontrou valores de 34,39 frutos planta-1,
35
para a cultivar Dover quando avaliada em experimento com a cultivar Campinas,
considerando uma espaçamento de 0,35 x 0,35 m.
Tabela 3 – Número de frutos por planta ao longo de 60 dias de colheita, UNEMAT,
Tangará da Serra, MT, 2009.
Cultivares
Número de frutos (frutos planta-1)
Aleluia
2,62 c
Dover
33,31 a
Oso Grande
10,14 b
DMS
4,73
(*) Valores seguidos por letras iguais não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5%.
Com relação ao peso de frutos, as cultivares Dover e Oso Grande não diferiram
estatisticamente entre si (Tabela 4). As médias foram de 9,27 g fruto-1 para Dover e
8,17 g fruto-1 para Oso Grande. Estes resultados são comprovados por Conti et al.
(2002), que em um experimento realizado em Atibaia – SP obtiveram valor de 10,32 g
fruto-1 nas parcelas da cultivar Dover. Os resultados obtidos na região de Tangará da
Serra caracterizam Dover e Oso Grande como cultivares de frutos grandes que
possuem valor importante para o mercado de frutos in natura.
Souza et al. (2001) em Domingos Martins – ES, obteve valores de 9,3 g e 14,7
g fruto-1 das cultivares Dover e Oso Grande, respectivamente. Este valor expressivo
obtido pela cultivar Oso Grande pode estar atribuído à adaptação desta àquela região
de cultivo, visto que Oso Grande atingiu florescimento somente após cerca de 50 dias
de transplantio neste experimento em Tangará da Serra.
36
Tabela 4 - Peso médio de frutos por planta ao longo de 60 dias de colheita, UNEMAT,
Tangará da Serra, MT, 2009.
Cultivares
Peso de frutos (g fruto-1)
Aleluia
4,95 b
Dover
9,27 a
Oso Grande
8,17 a
DMS
2,13
(*) Valores seguidos por letras iguais não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5%.
Como se observa na Figura 2, a cultivar Dover manteve o mesmo padrão com
relação ao peso médio de frutos ao longo de todo período de avaliação. As outras
cultivares aumentaram gradativamente o peso dos frutos no decorrer dos 60 dias de
colheita. A cultivar Aleluia obteve menor quantidade de frutos e também menor peso de
frutos por planta evidenciados nas Tabelas 3 e 4, respectivamente. No 4º e 5º períodos
a variável peso inicia sensível aumento gradativo, observado também por Fernandes
Junior (2009).
Peso médio/fruto (g fruto-1)
37
12,00
10,00
8,00
Aleluia
6,00
Dover
Oso Grande
4,00
2,00
0,00
29/0613/07
14/0728/07
29/0712/08
13/0827/08
28/0813/09
Período (dias)
Figura 2 – Peso médio por fruto de cultivares de morango em diferentes época de
colheita, UNEMAT, Tangará da Serra, MT, 2009.
Observando-se a Figura 3, pode-se avaliar que entre as cultivares avaliadas, os
frutos de Oso Grande tiveram maior valor em diâmetro dos frutos, obtendo maior
quantidade de frutos com diâmetro maior que 30 e menor que 45 mm a partir do 3º
período. Enquanto, que as cultivares Dover e Oso Grande, para o mesmo período,
obtiveram maioria de frutos com diâmetro maior que 15 e menor que 30 mm.
Essa característica com relação ao maior diâmetro de frutos deve ser
considerada, pois garante maior aceitação no mercado por parte dos consumidores.
Silva et a. (2007), na região de Lavras – MG, obteve valores de diâmetro na classe 1,5
para a cultivar Oso Grande, tendo menor valor que outras cultivares testadas como
Toyrrinho e Tudla.
38
100
90
Porcentagem (%)
80
70
60
1
50
1,5
40
3
30
4,5
20
10
0
29/06-13/07
14/07-28/07
29/07-12/08
13/08-27/08
28/08-13/09
Período (dias)
Figura 3. Porcentagem de frutos da cultivar Oso Grande em experimento de acordo
com a classe, UNEMAT, Tangará da Serra, MT, 2009.
Com relação a cultivar Dover, esta obteve maior quantidade de frutos na classe
1,5, sendo que foi observado alguns frutos na classe 4,5 no 1º e 5º período (Figura 4).
Estes valores caracterizam sua elevada produção em número de frutos por planta
dentro de uma classe considerada satisfatória para comercialização, ou seja, além de
produzir em quantidade, consegue manter a qualidade em tamanho de frutos.
Silva (2003) apresentou dados semelhantes com valores de diâmetro na classe
de 1,5 e também na classe 3. O diâmetro dos frutos pode variar de acordo com a
cultivar, o local de plantio e tratos culturais.
39
100
90
Porcentagem (%)
80
70
60
1
50
1,5
40
3
30
4,5
20
10
0
29/06-13/07
14/07-28/07
29/07-12/08
13/08-27/08
28/08-13/09
Período (dias)
Figura 4. Porcentagem de frutos da cultivar Dover em experimento de acordo com a
classe, UNEMAT, Tangará da Serra, MT, 2009.
A cultivar Aleluia obteve maioria de frutos na classe 1,5 ficando mais evidente
no 4º e 5º período (Figura 5). Devido à falta de adaptação à região de cultivo, os valores
de diâmetro foram influenciados, obtendo menor valor.
40
100
90
Porcentagem (%)
80
70
60
1
50
1,5
40
3
30
4,5
20
10
0
29/06-13/07
14/07-28/07
29/07-12/08
13/08-27/08
28/08-13/09
Período (dias)
Figura 5. Porcentagem de frutos da cultivar Aleluia em experimento de acordo com a
classe, UNEMAT, Tangará da Serra, MT, 2009.
41
6.
CONCLUSÃO
Concluiu-se que a cultivar Dover foi a que melhor apresentou índices de
produtividade nas condições de cultivo no município de Tangará da Serra – MT,
podendo ser cultivada e seus frutos comercializados, estando estes dentro do padrão
de comercialização do morango.
As outras cultivares, Oso Grande e Aleluia, podem não ter se adaptado bem
devido a fatores climáticos ou de manejo cultural, devendo ser submetidas novamente a
outras pesquisas que expliquem a baixa produção obtida no experimento no município
de Tangará da Serra - MT.
42
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, O.T.; CALVETE, E.O.; ROCHA, H.C.; NIENOW, A.A.; MARIANI, F.; WESP,
C.L. Floração, frutificação e maturação de frutos de morangueiro cultivados em
ambiente protegido. In: Horticultura Brasileira, Belo Horizonte, v. 24, p. 426-430,
2006.
ASSIS, M. Sanidade do material vegetativo na produção de mudas de morangueiro, In:
SIMPOSIO NACIONAL DO MORANGO, 1., 1999, Pouso Alegre. Anais... Pouso Alegre:
SBF, 1999. p.65-71.
BERNARDI, J.; HOFFMANN, A.; ANTUNES, L.E.C.; FREIRE, J. de M. Sistema de
produção de morango para mesa na região da Serra Gaúcha e Encosta Superior
do Nordeste. Bento Gonçalves: Embrapa Uva e Vinho, 2005 (Sistema de Produção, 6).
Disponível em:
<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Morango/MesaSerraGauch
a/cultivares.htm>. Acesso em: 1 out. 2008.
CAMARGO, L. de S.; PASSOS, F.A. Morango. In: FURLANI, A.M.C.; VIÉGAS, G.P. O
melhoramento genético de plantas no Instituto Agronômico. Revista Instituto
Agronômico de Campinas. Campinas: Instituto Agronômico, v.1, 1993. p.411-432.
CARVALHO, S.P. de. Histórico socioeconômico e zoneamento da produção de
morango no Estado de Minas Gerais. In: _____. Boletim do Morango: cultivo
convencional, segurança alimentar, cultivo orgânico. Belo Horizonte: FAEMG, 2006.
CASTRO, R.L.; CASALI, V.W.D.; BARELLA, T.P.; SANTOS, R.H.S.; CRUZ, C.D.
Produtividade de cultivares de morangueiro em sistema de cultivo orgânico. In:
Horticultura Brasileira, Brasília, v.21, n.2, p. 227-230, 2003.
CEAGESP. Normas de classificação do morango. São Paulo: Ceagesp/CQH, 2002. 8p.
(folder).
CEASA. Agroqualidade morango. 2009. Disponível em:
<www.ceasaminas.om.br/aqgroqualidade/morango.asp>. Acesso em: 6 out. 2009.
CONTI, J.H.; MINAMI, K.; TAVARES, F.C.A. Produção e qualidade de frutos de
morango em ensaios conduzidos em Atibaia e Piracicaba. In: Horticultura Brasileira,
Brasília, v. 20, n.1, p. 10-17, 2002.
DIAS, M.S.C.; B, A.P.; PACHECO, D.D.; SIMÕES, J.C.; BARBOSA, J.G.
Escalonamento de produção de morangueiros em sistema orgânico de produção
do Norte de Minas Gerais. In: XX Congresso Brasileiro de Fruticultura, Vitória. 2006.
XX Congresso Brasileiro de Fruticultura, 2006.
43
DIAS, M.S.C.; SILVA, J.J.C.; PACHECO, D.D.; RIOS, S. de A.; LANZA, F.E. Produção
de morango em regiões não tradicionais. Revista Informe Agropecuário, Belo
Horizonte, v. 28, n. 236, p. 24-33, 2007.
FILGUEIRA, F. Novo manual de olericultura: Agrotecnologia na produção e
comercialização de hortaliças. 2. ed. Viçosa: UFV, 412p. 2003.
FONTES, P.C.R. Morango. In: RIBEIRO, A.C.; GUIMARÃES, P.T.G.; ALVAREZ V., V.H.
Recomendações para uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais: 5.
aproximação. 5. ed. Viçosa: Produção independente. p.180-183. 1999.
FILHO, W.P. de C., CAMARGO, F.P. de. Análise da produção de morango dos Estados
de São Paulo e Minas Gerais e do mercado da CEAGESP. Informações econômicas,
São Paulo, v. 39, n. 5, maio 2009.
FILHO, J. D.; ANTUNES, L. E. C.; PÁDUA, J.G. de. Morango: conquistando novas
fronteiras. Revista Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 28, n. 236, p. 20-23,
2007.
FERNANDES JUNIOR, F. Disponibilidade da radiação fotossintética ativa ao longo
de colunas de cultivo vertical de morangueiros em função do espaçamento e
superfícies refletoras. 2009. 80p. Tese (Doutorado em Engenharia Agrícola)–
Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas, Campinas,
2009.
GOMES, J.C.C. Produção de matrizes de morangueiro por meio da cultura de
tecidos. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2005. (Sistemas de Produção, 7).
Disponível em:
<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Morango/MatrizesMorangu
eiro/index.htm>. Acesso em: 24 set. 2008.
MARTINS, W. A.; MARGARIDO, M.A.; BUENO, C.R.F. Alteração no perfil de compra de
frutas, legumes e verduras nos supermercados e feiras livres
na cidade de São Paulo. Informações Econômicas, São Paulo, v. 37, n. 2, p. 30-37,
fev. 2007.
OLIVEIRA, R.P.; NINO, A.F.P.; SCIVITTARO, W.B. Mudas certificadas de morangueiro:
maior produção e melhor qualidade da fruta. A Lavoura, Rio de Janeiro, v. 108, n. 655,
p. 35-38, 2005.
REBELO, J.A.; BALARDIN, R.S. A cultura do morangueiro. 3. ed. Florianópolis:
EPAGRI, 1997. 44p. (Boletim Técnico, 46).
REGATO, M.A.D.; SILVA, O.P.S.; GUERREIRO, I.M. Estudo da influência de
diferentes compassos em morangueiro sob túnel baixo. In: V CONGRESSO
IBÉRICO DE CIÊNCIAS HORTÍCOLAS. 1., 2004, Beja. Anais eletrônicos... Beja:
Centro Hortofrutícola, 2004. Disponível em:
44
<http://www.esab.ipbeja.pt/c_h/publicacoes/Horticultura/Morango/art_comp_morang_03
_04.pdf>. Acesso: em 23 ago. 2009.
RESENDE, L.M. de A.; MASCAREÑAS, M.H.T.; PAIVA, B.M. de. Panorama da
produção e comercialização do morango. Revista Informe Agropecuário, Belo
Horizonte, v. 20, n. 198, p. 5-19. 1999.
RIOS, S. de A. Melhoramento genético do morangueiro. Revista Informe
Agropecuário, Belo Horizonte, v. 28, n. 236, p. 14-18, 2007.
RONQUE, E.R.V. Cultura do morangueiro: revisão e prática. Curitiba: EMATER,
1998.
SANTOS, A.M. dos. Melhoramento genético do morangueiro. Revista Informe
Agropecuário, Minas Gerais, v. 20, n. 198, p. 24-29. 1999.
___________. Cultivares. Morango: produção. Brasília: Embrapa Informação
Tecnológica, 2003. p.24-30. (Coleção Frutas do Brasil, 40).
SATO, G.S.; ASSUMPÇÃO, R. Pólos de produção de morango cv. Lassen e KonoyCascata. In: Horticultura Brasileira, Brasília, v. 32, n. 11, p. 41-49, 2002.
SILVA, A.F. ; DIAS, M.S.C.; MARO, L.A.C. Botânica e fisiologia do morangueiro.
Revista Informe Agropecuário, Minas Gerais, v. 28, n. 236, p. 7-10, 2007.
SILVA, M.S. Comportamento de cultivares de morangueiro no Norte de Minas
Gerais. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso em Agronomia)–Faculdade de
Agronomia, Universidade Estadual de Montes Claros, Janaúba, 2003.
SOUZA, J.L.; ATHATYDE, M.O.; BALBINO, J.M.S. Avaliação de cultivares de
morangueiro em cultivo orgânico. In: Horticultura Brasileira, Brasília, v. 19, n. 2, jul.
2001. 1 CD ROM.
TAYLOR, D.R. The physiology of flowering strawberry. In: Acta Horticulturae, The
Hague, v.567, n.2, p. 245-251, 2002.
UENO, B. Manejo integrado de doenças do morango. In: SIMPÓSIO NACIONAL DO
MORANGO, 2., 2004, Pelotas. Anais... Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2004, p.
69-77.
VERDIAL, M.F. Frigoconservação e vernalização de mudas de morangueiro
(Fragaria x ananassa Duch.) produzidas em sistema de casos suspensos. Tese
(Doutorado em Agronomia)–Faculdade de Agronomia, Escola Superior de Agricultura
Luis de Queiroz, Piracicaba. 2004.
VIRMOND, M.F.R.; RESENDE, J.T.V. de. Produtividade e teor de sólidos solúveis totais
em frutos de morango sob diferentes ambientes de cultivo. In: Revista Eletrônica Lato
45
Sensu, Paraná, ano 1, n. 1, p. 62-69, dez. 2006. Disponível em:
<http://www.unicentro.br/propesp/posGraduacao/revista.asp>. Acesso em: 29 ago.
2009.
WREGE, M.S.;JÚNIOR,C.R.;ANTUNES,L.E.C.; OLIVEIRA, R.P. de. ; HERTER, F.G.;
STEINMETZ, S.; GARRASTAZU, M.C.; MATZENAUER, R.; JOÃO, P.L.; SANTOS, A.M.
dos. Zoneamento agroclimático para produção de mudas de morangueiro no Rio
Grande do Sul. In: III SIMPÓSIO NACIONAL DO MORANGO, 2., 2007, Pelotas.
Anais... Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2007, p. 9-24.
Download

campus universitário