O Mundo [email protected] O ESTADO DO MARANHÃO - SÃO LUÍS, 31 de outubro de 2014 - sexta-feira O presidente do Irã, Hassan Rouhani, enviou ontem carta de saudações para a presidente Dilma Rousseff pela reeleição. Rouhani diz que a cooperação entre os dois países tem registrado conquistas em diversos campos. OMS relata 4.920 mortes e 13.703 contaminações por ebola no mundo Libéria, Serra Leoa e Guiné são os países com mais casos de contaminação; especialistas dizem que é preciso monitorar a doença para derrotá-la e que dados mais precisos irão ajudar a medir o sucesso dos esforços de contenção do vírus Agência EFE N OVA YORK - A Organização Mundial da Saúde (OMS) reduziu em quase 300 o número de mortes confirmadas por ebola na Libéria, porém, mais de 200 foram adicionadas ao saldo do país, de acordo com um informe periódico sobre a doença divulgado quarta-feira (30). O documento da OMS relata um total de 4.920 mortes e 13.703 casos nos oito países afetados pelo surto até 27 de outubro, o que significa duas mortes a menos do que as do relatório anterior. A agência das Nações Unidas afirmou ter tentado atualizar seus dados depois que exames laboratoriais descartaram muitos diagnósticos falsos - mortes "prováveis" e "suspeitas" que na verdade não foram causadas pelo vírus. Especialistas dizem que é essencial monitorar a propagação da doença para derrotá-la e que dados mais precisos irão ajudar a medir o sucesso dos esforços de contenção do vírus. A organização sempre enfatizou que, embora as cifras do ebola que apresenta sejam as melhores disponíveis, os números estão sujeitos a revisões. "Muitas pessoas que eram 'prováveis' acabaram não tendo ebola", disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic. “Os números mudam o tempo todo. Não significa que daqui em diante sempre teremos um número definitivo”. Quarentena de ebola - Uma Números da epidemia Desde março foram registrados casos de ebola em oito países. Dois desses países, Nigéria e Senegal, já estão livres da doença. Veja, abaixo, detalhes dos locais com casos de ebola: GUINÉ: Foram 1.906 casos - entre confirmados, prováveis e suspeitos - e 997 mortes provocadas pelo ebola. LIBÉRIA: Foram 6.535 casos - entre confirmados, prováveis e suspeitos - dos quais 2.413 levaram a mortes. SERRA LEOA: Foram 5.235 casos - entre confirmados, prováveis e suspeitos - e 1.500 mortes pela doença. ESPANHA: Houve um caso da doença e a paciente se recuperou. ESTADOS UNIDOS: Foram quatro casos diagnosticados no país: um paciente morreu. NIGÉRIA: Foram 20 casos de ebola - entre confirmados e prováveis que levaram a 8 mortes. O país já está livre da doença. SENEGAL: Houve apenas um caso da doença e o paciente se recuperou. O país já está livre da doença. Enfermeira Kaci Hickox não cumpriu quarentena e saiu ontem para andar de bicicleta em sua cidade enfermeira do estado norte-americano do Maine, que ameaçou processar o governo devido a uma quarentena de ebola que ela considera não ter base científica, desafiou as ordens das autoridades e saiu de casa para um passeio de bicicleta ontem, mostraram imagens de televisão. Kaci Hickox, de 33 anos, saiu de sua residência em Fort Kent para passear de bicicleta pela manhã com o namorado, de acordo com a "MSNBC" e outras emissoras. Ela teve resultado negativo para um exame de ebola realizado após voltar da África Ocidental, onde tratou pacientes com a doença. Ela disse que pretende levar o caso aos tribunais se o estado não suspender a quarentena até ontem. Ela já tinha dito, na quarta-feira, que iria questionar as restrições de seu estado natal e que não planejava seguir as diretrizes que exigem que ela fique em quarentena até o dia 10 de novembro. "Se as restrições impostas a mim pelo estado do Maine não forem suspensas até a manhã de quinta-feira, irei ao tribunal lutar pela minha liberdade", declarou ela em uma entrevista ao programa Today, do canal de televisão NBC. Em várias entrevistas à mídia, Hickox afirmou estar bem de Ataques aéreos mataram mais de 200 civis nos últimos 10 dias na Síria Bombardeios foram lançados pelas forças militares do presidente Bashar al-Assad; um terço dos mortos seriam de crianças SÍRIA - Bombardeios da Força Aérea síria lançados nos últimos 10 dias mataram ao menos 221 civis, um terço deles crianças, disse um grupo de monitoramento da guerra civil na Síria ontem, de acordo com a agência Reuters. A intensificação da ofensiva por parte das forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, aumentou as preocupações entre seus opositores por considerarem que ele pode estar se aproveitando dos ataques aéreos dos Estados Unidos contra combatentes do grupo Estado Islâmico (EI) para retomar terreno no país, em guerra civil entre insurgentes e o governo. Desde 20 de outubro militares sírios realizaram ao menos 769 ataques incluindo o uso de bombas de barril em muitas áreas do país, segundo o grupo Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres, e mais de 500 pessoas ficaram feridas. Alvo - O grupo informou que os ataques tiveram como alvo a província ao leste de Deir alZor; Homs, na região central da Síria; bem como províncias mais populosas no oeste como Latakia, Quneitra, Hama, Aleppo, Idlib e Deraa. Houve também ataques aos arredores de Damasco. "O Observatório Sírio de Direitos Humanos renova sua condenação contra o silêncio contínuo da comunidade internacional com relação aos massacres cometidos diariamente pelo regime de Bashar al-Assad contra os filhos do povo da Síria", diz o grupo. As Forças Armadas sírias aumentaram drasticamente o número de ataques desde que a coalizão liderada pelos EUA, composta por países ocidentais e árabes, começou a bombardear as forças do grupo Estado Islâmico no país no mês passado. O governo sírio não fez objeções aos ataques aéreos seletivos, que se concentraram na área dominada por insurgentes no norte da Síria, longe das regiões mais populosas próximas da capital e da costa do mediterrâneo. Ontem, o secretário americano da Defesa, Chuck Hagel, reconheceu que o regime sírio de Bashar al-Assad pode se beneficiar dos ataques aéreos americanos contra alvos do EI. Zonas de cessar-fogo - On- tem, o enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, propôs a criação de zonas de cessar-fogo para permitir a distribuição de ajuda humanitária no país, informa a France Presse. Após uma reunião com o Conselho de Segurança, o enviado especial explicou a repórteres que não tinha um plano de paz, e sim um "plano de ação", para tentar resolver um conflito que obrigou mais de 6,5 milhões de pessoas a deixarem suas casas. De Mistura considerou que a cidade de Aleppo, no norte da Síria, poderia ser um "bom candidato" para esse tipo de zona."Seria uma área em que os combates seriam suspensos para permitir uma melhoria na ajuda humanitária e para que as pessoas saibam que, pelo menos nessas áreas, não haverá luta", acrescentou. MALI: Foi constatado um caso de contaminação, uma criança, que morreu vítima da doença. saúde e não exibir nenhum sintoma do vírus que assinale o período no qual uma pessoa infectada pode transmitir a doença. Falando em sua casa de Fort Kent, no Maine, ela disse que vem monitorando e medindo a temperatura duas vezes por dia. Mas ela criticou veementemente as diretrizes estaduais que exigem que ela permaneça isolada em casa por 21 dias - tempo máximo de incubação do vírus -, de- clarando estar "abismada" com as restrições, que considera inconstitucionais e não serem baseadas na ciência. "Não pretendo me ater às diretrizes", disse ela à NBC. Os advogados de Hickox declararam aos canais ABC e NBC que as autoridades do Maine terão que ir aos tribunais para impor uma quarentena e que, se o estado o fizer, sua cliente irá contestar a medida. Com restrição, Israel reabre Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Proibição de acesso a homens de menos de 50 anos foi mantida ontem pelo governo JERUSALÉM - Israel decidiu ontem reabrir a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, mas mantendo uma proibição de acesso a homens de menos de 50 anos, indicou um porta-voz da polícia israelense, Luba Samri, à agência France Presse. A decisão é de efeito imediato, de acordo com o porta-voz, na véspera de uma grande oração muçulmana feita na sexta-feira. As autoridades israelenses haviam decidido fechar a Esplanada das Mesquitas, pouco depois de a polícia matar um palestino suspeito de ter atirado algumas horas antes contra um ativista israelense de extremadireita em Jerusalém. Os palestinos são contra ao controle de acesso adotado em nome da segurança. A Esplanada abriga o terceiro local sagrado do islã, depois de Meca e Medina, na Arábia Saudita. Mas também é o mais sagrado para os judeus, que o chamam de Monte do Templo. Os não muçulmanos podem visitar a área, mas os judeus não estão autorizados a rezar no local. Declaração - Ontem, o presidente palestino Mahmud Abbas chamou de "declaração de guerra" aos palestinos e aos muçulmanos o fechamento da Esplanada por parte de Israel. "A continuidade destas agressões e esta perigosa escalada israelense constituem uma declaração de guerra ao povo palestino, a seus locais sagrados e à nação árabe e muçulmana", disse Abbas, citado por seu porta-voz Nabil Abu Rudeina.