Escrita e Ensino de Língua Portuguesa
José Manuel da Silva
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Ensino Fundamental, Vol. 2 – LÍNGUA PORTUGUESA
Diversidade de Textos (p. 20)
“Cabe, portanto, à escola viabilizar o acesso do aluno ao universo dos textos que circulam
socialmente, ensinar a produzi-los e a interpretá-los. Isso inclui os textos das diferentes
disciplinas, com os quais o aluno se defronta sistematicamente no cotidiano escolar e, mesmo
assim, não consegue manejar, pois não há um trabalho planejado com essa finalidade. Um
exemplo: nas aulas de Língua Portuguesa, não se ensina a trabalhar com textos expositivos
como os das áreas de História, Geografia e Ciências Naturais; e nessas aulas também não, pois
considera-se que trabalhar com textos é uma atividade específica da área de Língua
Portuguesa. Em conseqüência, o aluno não se torna capaz de utilizar textos cuja finalidade seja
compreender um conceito, apresentar uma informação nova, descrever um problema, comparar
diferentes pontos de vista, argumentar a favor ou contra uma determinada hipótese ou teoria. E
essa capacidade, que permite o acesso à informação escrita com autonomia, é condição para o
bom aprendizado, pois dela depende a possibilidade de aprender os diferentes conteúdos. Por
isso, todas as disciplinas têm a responsabilidade de ensinar a utilizar os textos de que fazem
uso, mas é a de Língua Portuguesa que deve tomar para si o papel de fazê-lo de modo mais
sistemático.”
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Escrita e Ensino de Língua Portuguesa
José Manuel da Silva
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Ensino Fundamental, Vol. 2 – LÍNGUA PORTUGUESA
Que fala cabe à escola ensinar (p. 21-22)
“A Língua Portuguesa, no Brasil, possui muitas variedades dialetais. Identificam-se geográfica
e socialmente as pessoas pela forma como falam. Mas há muitos preconceitos decorrentes do
valor social relativo que é atribuído aos diferentes modos de falar: é muito comum se
considerarem as variedades lingüísticas de menor prestígio como inferiores ou erradas.”
“A questão não é falar certo ou errado, mas saber qual forma de fala utilizar, considerando as
características do contexto de comunicação, ou seja, saber adequar o registro às diferentes
situações comunicativas. É saber coordenar satisfatoriamente o que falar e como fazê-lo,
considerando a quem e por que se diz determinada coisa. É saber, portanto, quais variedades e
registros da língua oral são pertinentes em função da intenção comunicativa, do contexto e dos
interlocutores a quem o texto se dirige. A questão não é de correção da forma, mas de sua
adequação às circunstâncias de uso, ou seja, de utilização eficaz da linguagem: falar bem é
falar adequadamente, é produzir o efeito pretendido.”
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Escrita e Ensino de Língua Portuguesa
José Manuel da Silva
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Ensino Fundamental, Vol. 2 – LÍNGUA PORTUGUESA
Que fala cabe à escola ensinar (p. 21-22)
“Cabe à escola ensinar o aluno a utilizar a linguagem oral nas diversas situações
comunicativas, especialmente nas mais formais: planejamento e realização de
entrevistas, debates, seminários, diálogos com autoridades, dramatizações, etc.
Trata-se de propor situações didáticas nas quais essas atividades façam sentido de
fato, pois seria descabido “treinar” o uso mais formal da fala. A aprendizagem de
procedimentos eficazes tanto de fala como de escuta, em contextos mais formais,
dificilmente ocorrerá se a escola não tomar para si a tarefa de promovê-la.”
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Escrita e Ensino de Língua Portuguesa
José Manuel da Silva
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Ensino Fundamental, Vol. 2 – LÍNGUA PORTUGUESA
Que escrita cabe à escola ensinar (p. 23)
“Ensinar a escrever textos torna-se uma tarefa muito difícil fora do convívio com textos
verdadeiros, com leitores e escritores verdadeiros e com situações de comunicação que os
tornem necessários. Fora da escola escrevem-se textos dirigidos a interlocutores de fato. Todo
texto pertence a um determinado gênero, com uma forma própria, que se pode aprender. Quando
entram na escola, os textos que circulam socialmente cumprem um papel modelizador, servindo
como fonte de referência, repertório textual, suporte da atividade intertextual. A diversidade
textual que existe fora da escola pode e deve estar a serviço da expansão do conhecimento
letrado do aluno.”
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Escrita e Ensino de Língua Portuguesa
José Manuel da Silva
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Ensino Fundamental, Vol. 2 – LÍNGUA PORTUGUESA
Objetivos gerais de língua portuguesa para o ensino fundamental (p. 28)
“Ao longo dos oito anos do ensino fundamental, espera-se que os alunos adquiram
progressivamente uma competência em relação à linguagem que lhes possibilite resolver
problemas da vida cotidiana, ter acesso aos bens culturais e alcançar a participação plena no
mundo letrado. Para que essa expectativa se concretize, o ensino de Língua Portuguesa deverá
organizar-se de modo que os alunos sejam capazes de:
• expandir o uso da linguagem em instâncias privadas e utilizá-la com eficácia em instâncias
públicas, sabendo assumir a palavra e produzir textos — tanto orais como escritos —
coerentes, coesos, adequados a seus destinatários, aos objetivos a que se propõem e aos
assuntos tratados;
• utilizar diferentes registros, inclusive os mais formais da variedade lingüística valorizada
socialmente, sabendo adequá-los às circunstâncias da situação comunicativa de que
participam;
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Escrita e Ensino de Língua Portuguesa
José Manuel da Silva
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Ensino Fundamental, Vol. 2 – LÍNGUA PORTUGUESA
Objetivos gerais de língua portuguesa para o ensino fundamental (p. 28)
• conhecer e respeitar as diferentes variedades lingüísticas do português falado;
• compreender os textos orais e escritos com os quais se defrontam em diferentes situações de
participação social, interpretando-os corretamente e inferindo as intenções de quem os produz;
• valorizar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos mundos criados pela literatura
e possibilidade de fruição estética, sendo capazes de recorrer aos materiais escritos em função
de diferentes objetivos;
• utilizar a linguagem como instrumento de aprendizagem, sabendo como proceder para ter
acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos: identificar aspectos
relevantes; organizar notas; elaborar roteiros; compor textos coerentes a partir de trechos
oriundos de diferentes fontes; fazer resumos, índices, esquemas, etc.;
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Escrita e Ensino de Língua Portuguesa
José Manuel da Silva
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Ensino Fundamental, Vol. 2 – LÍNGUA PORTUGUESA
Objetivos gerais de língua portuguesa para o ensino fundamental (p. 28)
• valer-se da linguagem para melhorar a qualidade de suas relações pessoais, sendo capazes de
expressar seus sentimentos, experiências, idéias e opiniões, bem como de acolher, interpretar e
considerar os dos outros, contrapondo-os quando necessário;
• usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de reflexão sobre a língua para
expandirem as possibilidades de uso da linguagem e a capacidade de análise crítica;
• conhecer e analisar criticamente os usos da língua como veículo de valores e preconceitos de
classe, credo, gênero ou etnia.”
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José Manuel da Silva
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Ensino Fundamental, Vol. 2 – LÍNGUA PORTUGUESA
Os conteúdos de língua portuguesa e os temas transversais (p. 31-32)
“Os conteúdos dos temas transversais, assim como as práticas pedagógicas organizadas em
função da sua aprendizagem, podem contextualizar significativamente a aprendizagem da língua,
fazendo com que o trabalho dos alunos reverta em produções de interesse do convívio escolar e
da comunidade. Há inúmeras situações possíveis: produção e distribuição de livros, jornais ou
quadrinhos veiculando informações sobre os temas estudados; murais, seminários, palestras e
quadrinhos,
panfletos de orientação como parte de campanhas para o uso racional dos recursos naturais e
para a prevenção de doenças que afetam a comunidade; folhetos instrucionais sobre primeiros
socorros; cartazes com os direitos humanos, da criança, do consumidor, etc.”
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José Manuel da Silva
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Ensino Fundamental, Vol. 2 – LÍNGUA PORTUGUESA
Os recursos didáticos e sua utilização (p. 56)
“Na biblioteca escolar é necessário que sejam colocados à disposição dos alunos textos dos
mais variados gêneros, respeitados os seus portadores: livros de contos, romances, poesia,
enciclopédias, dicionários, jornais, revistas (infantis, em quadrinhos
quadrinhos, de palavras cruzadas e
outros jogos), livros de consulta das diversas áreas do conhecimento, almanaques, revistas de
literatura de cordel, textos gravados em áudio e em vídeo, entre outros. Além dos materiais
impressos que se pode adquirir no mercado, também aqueles que são produzidos pelos alunos
— produtos dos mais variados projetos de estudo — podem compor o acervo da biblioteca
escolar: coletâneas de contos, trava-línguas, piadas, brincadeiras e jogos infantis, livros de
narrativas ficcionais, dossiês sobre assuntos específicos, diários de viagens, revistas, jornais,
etc.”
“Finalmente, é necessário que se faça menção ao computador: alguns programas possibilitam
a digitação e edição de textos produzidos pelos alunos para publicações internas da classe ou da
escola; outros permitem a comunicação com alunos de outras escolas, estados, países; outros,
ainda, possibilitam o trabalho com aprendizagens específicas, sobretudo a leitura.”
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Escrita e Ensino de Língua Portuguesa
José Manuel da Silva
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Ensino Médio, Parte II – LÍNGUA PORTUGUESA
Conhecimentos de língua portuguesa (p. 18)
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Escrita e Ensino de Língua Portuguesa
José Manuel da Silva
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Ensino Médio, Parte II – LÍNGUA PORTUGUESA
Conhecimentos de língua portuguesa (p. 18)
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Escrita e Ensino de Língua Portuguesa
José Manuel da Silva
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Ensino Médio, Parte II – LÍNGUA PORTUGUESA
Competências e habilidades a serem desenvolvidas
em Língua Portuguesa (p. 24)
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Ensino Médio, Parte II – LÍNGUA PORTUGUESA
Competências e habilidades a serem desenvolvidas
em Língua Portuguesa (p. 24)
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José Manuel da Silva
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Competências e habilidades a serem desenvolvidas
em Língua Portuguesa (p. 24)
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