FRENULO LINGUAL: MODIFICAÇÕES PÓS-FRENECTOMIA
Irene Queiroz Marchesan1, Reinaldo Jordão Gusmão2, Roberta Lopes de Castro Martinelli3
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Fonoaudióloga, Diretora do CEFAC Pós-Graduação em Saúde e Educação, Doutora em Educação pela UNICAMP.
Médico Otorrinolaringologista, Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, Doutor em Ciências Médicas pela UNICAMP.
Fonoaudióloga, Centro de Atendimento à Criança da Secretaria Municipal de Saúde de Brotas, Especialista em Motricidade Orofacial pelo CFFa. Mestranda
em Ciências Odontológicas Aplicadas USP - Bauru
Artigo Original
Frênulo lingual, pré e pós-frenectomia
RESULTADOS
Dos 10 sujeitos que foram submetidos à frenectomia lingual, seis tinham queixa de alterações na fala, porém oito foram
detectados com alguma alteração de fala. Um sujeito tinha queixa de baba e lábios entreabertos, um além da fala queixava-se de
posição de língua baixa na cavidade oral, um além da fala queixava-se dos lábios ficarem entreabertos e um de dificuldade de
limpeza do vestíbulo oral com a língua.
No exame clínico, seis deles foram diagnosticados com frênulo curto, um com frênulo anteriorizado e três com frênulo curto e
anteriorizado, segundo a classificação proposta por Marchesan17.
Na reavaliação realizada após trinta dias da cirurgia, verificou-se que os dez sujeitos com alteração de frênulo apresentaram
melhora, em graus variados, na elevação, lateralização e protrusão de língua, além da formação da ponta da língua Na Figura 1
ilustramos as modificações ocorridas no pré e pós-cirúrgico de um sujeito.
As melhoras verificadas nos dez sujeitos após 30 dias da cirurgia foram as que se seguem: S1 - diminuição da interposição
anterior de língua na fala e relato de melhora na mobilidade da língua. S2 - melhora da abertura de boca para falar, mas não na
produção específica dos sons alterados. Relato de melhora na mobilidade da língua. S3 - não houve melhora na produção do flape
alveolar, mas houve melhora na abertura da boca ao falar com relato de melhora na mobilidade da língua. S4 - aquisição
assistemática do flape alveolar em posição de coda, e relato de melhora na mobilidade da língua. S5 - vedamento labial em
repouso, melhora na abertura de boca e relato de melhora na mobilidade da língua. S6 - vedamento labial em repouso e sensível
diminuição da baba. S7 - melhora da abertura de boca para falar, mas não da produção dos sons e relato de melhora da mobilidade
da língua. S8 - melhora da abertura de boca para falar, tentativa espontânea de adequação do flape alveolar e relato de melhora da
mobilidade da língua. S9 - melhora da abertura de boca para falar e relato de melhora da mobilidade da língua com maior facilidade
para produzir os sons alterados. S10 - conseguiu realizar a limpeza do vestíbulo oral com a língua e relato de melhora da
mobilidade da língua.
A fala dos oito sujeitos com alteração de fala, após trinta dias da cirurgia, não apresentou mudanças perceptivo-auditiva
significativas em sua produção, sendo encaminhados para terapia fonoaudiológica. No entanto, alguns pacientes perceberam
melhora na abertura da boca ao falar o que fez com que a comunicação como um todo ficasse melhor. A caracterização geral dos
dez sujeitos encontra-se na figura 2.
Figura 2 - Caracterização dos dez sujeitos
Figura 1 – Modificações do frênulo e dos movimentos
da língua no pré e pós-cirúrgico
CONCLUSÃO
A frenectomia leva, em maior ou menor grau, a que modificações nos movimentos da língua
ocorram facilitando o posicionamento correto da língua na cavidade oral, a manutenção da boca
fechada e a melhora ou adequação das funções de sugar, mastigar, deglutir e falar.
Frênulo lingual, pré e pós-frenectomia
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