HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO
Ano 5 - Nº 51
Jornal
OUTUBRO 2012
Coordenadoria de
Comunicação Social
Equipamentos chegam e modernizam a Dinutri
C
om reformas na cozinha, HUPE
melhora as suas refeições
Ao final da obra pela qual a cozinha
da DiNutri está passando, novos equipamentos modificarão a produção de
refeições no hospital. Segundo Renato
Abreu, chefe do setor, foram avaliadas
inconformidades que decorriam de inadequações da infraestrutura predial e,
para reverter esse quadro, a Direção
Geral atendeu à demanda de uma reforma na cozinha. Uma empresa especializada para realizar o projeto de novas
instalações foi contratada, e foram adquiridos modernos aparelhos industriais
– dos quais se destacam as câmaras
frigoríficas, as geladeiras industriais de
quatro portas, as balanças eletrônicas
de precisão, entre outros. Alguns já estão em funcionamento.
Além das questões de infraestrutura,
que aos poucos vêm sendo combatidas,
a produção de refeições também foi afetada pelo incêndio ocorrido em julho no
almoxarifado. Mas agora, para Renato,
já é possível prever a concretização de
planos da Nutrição. O objetivo é contemplar não só a cozinha, seu estoque
seco e áreas periféricas, mas também o
refeitório do segundo andar. “Almejamos
retomar a produção de pães e também
incluir uma cozinha experimental, afinal,
somos um hospital universitário e queremos usar esse espaço também para pesquisa”, explica ele.
Para alcançar todos os leitos do
HUPE, o chefe da DiNutri estima que
o número de refeições produzidas, só
para pacientes internados, vai de 200 a
500. Contando com os acompanhantes,
que são cerca de 60 por dia, há também
os funcionários do Centro Cirúrgico. Por
isso, foi contratada uma empresa, por
nESa trata a
obesidade
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Causas diversas
podem levar à
Epilepsia
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Médico alerta
sobre o uso do
Formol
Renato Abreu com o caldeirão a gás/vapor 500L, cafeteira
elétrica, geladeira industrial, descascadores de tubérculos e
fogão industrial
processo de licitação, para a produção
de dietas normais e brandas, com e sem
sal. As demais dietas, como as para diabéticos, as hipolipídicas, as para pacientes renais crônicos, as da Pediatria e as
de diferentes consistências – pastosas,
semilíquidas e líquidas –, são produzidas na cozinha do setor.
Os equipamentos – a maioria fabricada no Brasil e alguns importados – foram adquiridos com recursos do SUS,
segundo Renato. Ele ressalta que, além
da preocupação com máquinas modernas, há atenção para as normas de
segurança do trabalho, afinal, muitos
equipamentos possuem lâminas. “Ainda
não ampliamos muito a produção, mas
hoje podemos afirmar que temos um alimento mais seguro, sob o ponto de vista
microbiológico, e condições de trabalho
melhores”, finaliza
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GEntE QUE FaZ
25 anos de muito
aprendizado
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Projeto estimula tratamento da obesidade em jovens
P
rofissionais do NESA promovem
atividade educativa com adolescentes em prol de sensibilizá-los
para o tratamento da obesidade juvenil. Segundo Denise Gianinni, preceptora de Residência de Nutrição
do Núcleo, o que motivou a criação
do programa foi a dificuldade de adesão ao tratamento e o aumento na
prevalência da obesidade como uma
alarmante questão de saúde pública.
“É um tratamento extremamente difícil. O projeto Prevenção de Obesidade na Adolescência (PROA) tem
o objetivo de abranger a assistência,
estimulando nosso público a buscar
lanches sadios e a prática de exercícios físicos”, explica.
Segundo dados do IBGE, no Brasil,
a frequência de jovens com excesso
de peso foi de 20,5% em 2008-2009.
Por isso, a preocupação é capacitar
a família, viabilizando a reeducação
alimentar em casa. “O programa também é voltado para o sobrepeso, mas
observamos que a maioria tem obesidade”, conta Patrícia Fontana, residente de Nutrição do NESA, integrante da equipe. Ela diz que controlar as
quantidades é a maior dificuldade.
O grupo multiprofissional, coordenado pela médica do NESA, Cristina
Kuschnir, conta com nutricionistas,
médicos, fisioterapeutas, psicólogos,
assistentes sociais e profissionais
de enfermagem. O paciente passa
por cada especialista, garantindo um
atendimento completo. É feita ava-
Denise Gianinni, à direita, e parte de sua equipe junto da pirâmide com alimentos in natura
liação clínica, análise da composição
corporal, do consumo alimentar e
prescrição de dieta, orientando sobre
melhores hábitos.
Denise Gianinni conta que, no
PROA – iniciativa da equipe da DiNutri – há elaboração de receitas e faz-se
uso de material didático, como vídeos,
práticas de recorte e colagem e uma
pirâmide montada com alimentos in
natura. “Propomos atividades de forma
lúdica e interativa para que eles sejam
ativos na composição do prato saudável. O próprio paciente e seu responsável montam a refeição. Na correria
do dia a dia, a impressão é que comer
bem é algo distante de nós. Mas, no
programa, mostramos que manter
esse hábito não é difícil”, diz ela.
O incentivo é a longo prazo. Segundo Patrícia, a intenção é que,
mais tarde, haja continuidade do
tratamento – em ambulatório ou na
rede básica. Até agora, o resultado
foi na mudança do comportamento.
“O que mais vimos foi o aumento
do consumo de legumes, frutas e
verduras, com o que, antes, eles tinham uma repulsa enorme. Nossa
primeira missão é melhorar a qualidade de vida, da alimentação e dos
hábitos, para depois chegar à redução de peso”.
O atendimento acontece toda
segunda-feira, no Ambulatório de
atenção secundária do NESA, a programação dura um ano e o acompanhamento é mensal
Pró-Saúde retorna ao HUPE e aguarda por você
Com o objetivo de entender a dinâmica de doenças que
afetam a saúde do adulto brasileiro – como a obesidade –, o
Pró-Saúde realiza uma pesquisa com funcionários da UERJ
sobre hábitos, comportamentos e morbidade física e mental.
A pesquisa, já está na 4ª fase de coleta de dados e tem
como parceiras a Faculdade de Ciências Médicas, o Laboratório de Lipídeos (LabLip) e o Instituto de Nutrição. Parte
dos profissionais do HUPE já participou, mas ainda faltam
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muitos. Por isso, o Pró-Saúde está de volta!
Compareça ao posto de coleta do HUPE – no
Salão Moysés Feldman (livreiro), no estacionamento – de segunda a sexta-feira, de 9h às 17h.
Caso haja alguma impossibilidade de ir ao local,
o programa disponibiliza uma equipe que vá até
você. Agende sua visita pelo site http://www.ims.
uerj.br/prosaude/ ou pelo telefone: 2334-0886
Entrevista: Dr. Mário Chaves – Dermatologista
Uso inadequado do formol pode causar queda de cabelo
Suspeitas de que
estabelecimentos ainda descumprem as
normas da Anvisa e a
constituição brasileira,
para o uso do formol,
têm justificado o aparecimento de pessoas
com complicações na
pele e no couro cabeludo. Além disso, estudos de organizações
mundiais de pesquisas
associam a inalação do
formol, a longo prazo, a um aumento da incidência
do câncer nas vias aéreas superiores, boca, nariz,
laringe, faringe e brônquios. O dermatologista Mário
Chaves explica melhor.
vômito, aparecimento de manchas claras difíceis de
tratar, vermelhidão com coceira e ardência no couro cabeludo. Há também riscos de morte, pois pode
causar diminuição da frequência cardíaca e edema
agudo no pulmão.
Que tipo de dano o formol pode causar?
O formol é danoso por si só, pois é muito volátil,
fácil de ser inalado. É usado como fertilizante, conservante de peças de biópsia e cadáveres, e para
fabricar tinta e tecido. Causa dano estético, podendo alterar a estrutura do fio do cabelo, ressecando-o
e quebrando-o, além de riscos como: irritação das
vias aéreas superiores, lacrimejamento, ressecamento da boca, fortes dores de cabeça, ânsia de
Que outra substância pode ser usada para a
mesma finalidade estética?
As substâncias tioglicolato (ácido tioglicólico), hidróxido de cálcio, de potássio, de lítio e de guaridina.
São liberados para uso estético e na formulação de
produtos capilares.
Como se apresentam os casos acompanhados?
Na fase em que os pacientes chegam, a maioria
com semanas após o ocorrido, predominam os cabelos quebradiços, manchas claras na pele e sinais de
irritação do couro cabeludo. É comum o cabelo ressecado, a ardência na cabeça e a queda total do cabelo.
Qual a recomendação no tratamento?
A primeira orientação é para que não procure mais
os locais que usem – ou haja suspeita de usar – formol. O couro cabeludo é tratado com medicamentos
e shampoos.
Mais informações: www.inca.gov.br e www.anvisa.
gov.br
Ao lidar com a Epilepsia, mantenha sempre a calma
A
Epilepsia é uma doença grave que provoca alterações
rápidas no comportamento motor, na percepção auditiva ou visual, na consciência e sensações cutâneas. Nesta
doença, crises surgem e somem sem deixar vestígio e, entre elas, a pessoa se apresenta normalmente. É perigoso
para quem mora sozinho, pois pode se machucar ao cair
durante a crise, segundo o neurologista Marcelo Heitor, coordenador do Ambulatório de Epilepsia do HUPE. Ele diz
que é preciso saber quando realmente levar o paciente ao
médico e quando agir com calma.
As crises, em geral, duram 64 segundos. “A emergência é necessária se durarem 10 minutos ou mais, se a
pessoa for diabética e tomar insulina – pois seu excesso
pode ser motivo da crise – ou se for gestante – para ver
se o bebê está bem”, explica o médico. Segundo ele, algumas doenças genéticas, tipos de tumores que podem
envolver o cérebro, lesões que danifiquem a córtex cerebral, traumatismos, infecções do sistema nervoso central,
malformações no cérebro em desenvolvimento, infartos e
hemorragias cerebrais podem causar a epilepsia.
A crise convulsiva, chamada popularmente de ataque
epilético, não é a única a identificar a doença. Algumas
são imperceptíveis e se caracterizam por alucinações visuais e auditivas, piscamento ocular e perda da capacidade de interação com o meio. Marcelo diz que é preciso
bom senso para lidar com a doença e o tratamento, sendo vital a boa adesão à medicação. “Não se deve omitir
doses e nunca parar de tomar os remédios para se testar.
Só consideramos a possibilidade de alta se o paciente
fica livre de crises e em tratamento por, pelo menos, cinco anos. Entretanto, há casos que precisam ser submetidos à cirurgia”, finaliza
Durante a crise, a pessoa perde a consciência, tem
contrações musculares fortes, enrola a língua e saliva.
• O que não fazer: Abrir a boca da pessoa em
crise; Tentar puxar a língua; Sacudi-la ou conter
seus movimentos, sobretudo os da boca.
• O que fazer: Deitá-la de lado para que, caso
ocorra vômito, ele não seja aspirado; Retirar
ou afrouxar a blusa ou gravata apertada, deixando a pessoa confortável
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ANOTA AÍ
II Encontro de Psicoterapia
e Psicanálise
Data: 18/10
Horário: 9h às 12h30
Local: Anfiteatro Ney Palmeiro
(HUPE)
Informações: 2868-8612 /
[email protected]
9º Fórum de Educação
Ambiental (Rede Uerj de
Meio Ambiente)
Data: 17/10
Horário: 9h
Local: Pavilhão João Lyra,
12º andar, bloco F - Campus
Maracanã
Inscrições gratuitas no dia e
local do evento ou ixforumdeeducacaoambientaluerj@
gmail.com
V Seminário de Capacitação
para Gestores e
Profissionais de ILPI’s
Tema: ILPI (Instituições de
Longa Permanência p/Idosos)
e Saúde Mental
Data: 19/10
Horário: de 8h30 às 16h
ANOTA AÍ
Vamos Ajudar
Sala de Leitura do NESA
está recebendo doações
de livros para
adolescentes.
Informações: Ambulatório
do NESA
Banco de Leite do HUPE
precisa de vidros de
maionese e de café solúvel
para a coleta do leite
materno.
Informações para doações:
Recepção do Núcleo
Perinatal ou pelo telefone
2868-8208
Local: Auditório do Ministério
Público
Informações: 2334-0131 e
2334-0168
17º Congresso Brasileiro de
Infectologia Pediátrica
Data: 10 a 13/10
Horário: 8h
Local: Windsor Barra Hotel
Site: www.infectoped2012.
com.br
Informações: (41)3022-1247
Encontro Norte-Noroeste
do Rio de Janeiro de
Prevenção da Doença Renal
Data: 17/10
Horário: de 8h30 às 16h
Local: Faculdade de Medicina
de Campos dos Goytacazes
Inscrição: (22)3052-2705
Hemo 2012 – Congresso
Brasileiro de Hematologia,
Hemoterapia e Terapia
Celular
Data: 08 a 11/11
Local: Rio Centro
www.hemo2012.org.br/
programa.html
I Congresso Internacional
de Cirurgia Minimamente
Invasiva e Robótica
Data: 26 e 27/10
Local: Hotel Transamérica
www.einstein.br/robotics
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DICAS
DE
SAÚDE
Livre-se do vício por descongestionantes nasais
No nariz há estruturas ricas em vasos sanguíneos.
Ao usarmos o descongestionante nasal, o tamanho
delas diminui, o sangue
não passa, a permeabilidade da fossa nasal aumenta
e respiramos melhor. Mas,
quando o efeito passa, o
sangue volta com “efeito
rebote”, entupindo ainda
mais o nariz. Nesse hábito,
a mucosa nasal já não responde mais e vêm os males: constante entupimento
nasal; constrição em outros vasos; baixa de oxigenação de outras mucosas;
aumento da pressão arterial; piora de glaucoma;
vasoconstrição cardíaca.
Veja dicas da médica Aída
Assunção, chefe do Serviço de Otorrinolaringologia
do HUPE, e entenda mais
sobre isso.
• Com irrigação sanguínea
a narina incha, Isso faz
parte da função do nariz,
que precisa do sangue
para filtrar, aquecer e
umidificar o ar que respiramos.
• A obstrução nasal pode
ocorrer por rinite alérgica ou problemas como
desvio de septo. Por
isso, para tratar o entupimento, identifique sua
causa e trate: no desvio
de septo, recomenda-se
a cirurgia de correção,
na rinite alérgica, tratamento clínico; crianças
têm uma amígdala que,
às vezes, deve ser removida para que elas
respirem melhor.
• Faça lavagens com solução fisiológica 0,9%.
• Evite: ambientes cheios
de mofo e poeira; cheiros muito fortes; o fumo;
contato com a fumaça
de cigarro.
• Jamais prenda o espirro,
ele é uma forma de defesa.
• Assoar o nariz nem sempre desentope, já que
nem sempre a obstrução
é acompanhada de secreção. Mas assoe sempre de boca aberta e uma
narina de cada vez, para
evitar pressão no ouvido .
GENTE QUE FAZ
DaGMar P. C. DE
MOUra
Dagmar trabalha na Seção de
Patrimônio. Chegou em 1987,
com 29 anos, numa trajetória
de aprendizados. Por 11 anos,
trabalhou na parte administrativa da enfermaria de Cardiologia. “Foi um momento muito
bom na minha vida, conheci
uma equipe de residentes formidável e interagi com os pacientes e seus familiares”. Depois, foi remanejada para o
Serviço de Compras, logo
após, convidada a trabalhar na
Sindicância e, finalmente, chamada para o setor atual.
Sentiu-se sempre bem recebida e aprendeu muito. “O respeito ao próximo, a importância
da atenção com o paciente...”.
Além do aprendizado, um momento que marcou foi o curso
na Brinquedoteca, que a transformou em voluntária. “Foi muito importante para mim! Eu lidei
com as crianças no ambulatório
e me senti criança de novo”.
“25 anos não é para
qualquer um”!
Outro marco foi a participação
no Conselho que fiscalizou as
eleições do hospital. “Foi um
grande momento democrático”!
Para ela, a comemoração de
25 anos no HUPE também foi
emocionante e inesquecível.
Gostar do hospital é pouco
para ela. Dagmar veste mesmo a camisa! “Nunca tive
vontade de sair daqui e acho
que é aqui que vou terminar.
Tenho aqui mais momentos
felizes do que tristes”
EXPEDIENTE
Diretor do HUPE: Rodolfo Acatauassú Nunes
Vice-diretor: Maurílio Pereira de Carvalho Salek
Coordenadoria de Comunicação Social do HUPE
Coordenação: Marilda Santos
Reportagem: Denise Guerchon
Revisão: Alba Moraes
Edição: Marilda Santos
Diagramação: Paulo Carvalho
Fotos: COMHUPE
Projeto Gráfico: Robson Carlos
Gráfica: Sumaúma Editora e Gráfica
Email: [email protected]
Tel.: (21) 2868-8158 / 8448
Tiragem: 2000 exemplares
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