SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO
FORMAÇÃO
BÍBLICA
Prêmio Direitos Humanos 2004
Sede Nacional- Rua do Riachuelo, 75, Centro
Rio de Janeiro- RJ- CEP 20230 010
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A figura do Pobre no
Novo Testamento
A Figura do Pobre no Novo
Testamento
O Novo Testamento é a consolidação
mais perfeita e acabada do projeto de
Deus que pretende reconstruir a
originalidade da Criação, na realização
do “novo céu e nova terra”. É a
concretização da Promessa e da
Aliança para libertar o povo sofrido e
humilhado, o Pobre.
É a vitória da vida sobre a morte!
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Jesus e os Pobres
Na
ação
missionária
de
Jesus,
evangelizador dos Pobres (anawin) tem lugar
de destaque na História da Humanidade.
Inaugurou-se
a
era
da
“promoção
messiânica dos Pobres”.
- O cântico de Maria, a parábola do Bom
Samaritano, do Pobre Lázaro, do cego
Bartimeu, a Samaritana, a oferta da viúva, a
pecadora Madalena, a proclamação às Bem
aventuranças e tantos outros, revelam a
opção clara e consciente de Jesus pelos
Pobres e excluídos.
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A opção de seguir Jesus Cristo implica
optar-se pelos Pobres, pela defesa deles.
Não dá para ser cristão e renegar o Pobre.
Não dá para seguir a doutrina messiânica
e não importar-se com os Pobres.
Jesus veio para os Pobres, para restituirlhes a dignidade.
Os demais que quiserem seguir Jesus,
deverão pensar, como Ele, agir como Ele,
amar como Ele,viver como Ele viveu!
Por isso, Vicente de Paulo nos adverte: “é
preciso amar Jesus na pessoa do Pobre”.
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Jesus e os Ricos
O episódio do homem rico é a
representação característica daquele
grupo social minoritário que traz
consigo uma mentalidade marcada pelo
egoísmo e o apego às riquezas, ao
lucro concentrado e ao acúmulo de
bens. Este,
estava totalmente em
desarmonia com a proposta de Jesus,
dirigida a todos, sem privilégios: “Eu vim
para que todos tenham vida e vida em
abundância.”
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Na verdade esse “homem rico” desejava
a vida só para si. Não era capaz de
defender e partilhar a vida com os
Pobres.
Zaqueu, conhecido publicamente como
ladrão, teve uma reação diferente ao ver
Jesus. A reação de Zaqueu ao
acolhimento e à misericórdia é a
demonstração clara que os ricos se
salvam desde que disponibilizem seus
bens em função da partilha e se
convertam para os ideais do Reino de
Deus.
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A Exigência de Conversão para Todos
As pregações de João Batista e o início
da vida pública de Jesus são marcadas
por um forte apelo à conversão.
“O tempo já se cumpriu e o Reino de
Deus já está próximo. Convertam-se e
acreditem na Boa Notícia.”! Mt 3,2
É uma nova forma de pregação profética
da conversão, um convite para uma
“reviravolta interna”, um aderir-se à
Promessa Messiânica proferida no Antigo
Testamento.
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Em sua pregação à conversão, Jesus
faz de forma direta a cada pessoa, com
seus medos, pecados, limitações,
rudezas e simplicidade... Essas pessas
se transformam de maneira eficaz na
mudança das estruturas sociais injustas
que corrompem os valores e os ideais do
reino de Deus. A doçura e a
determinação de Jesus transformam
seus corações, dando-lhes coragem e
ousadia para viver e pregar a Boa
Notícia do Reino. Tornam-se pessoas
livres capazes de lutar por um mundo
mais justo e fraterno.
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Jesus não deixa ninguém de fora. Chama
homens, mulheres, crianças, jovens e
adultos, e a cada um dá-lhes sabedoria e
coragem para testemunhar que o Reino do
Pai já está entre eles.
Só Homens mulheres novos imbuídos com
sentimentos
de
sensibilidade,ternura,
compaixão, solidariedade e capacidade de
partilhar o ser e o ter poderiam contribuir
efetivamente para a construção de uma
sociedade nova, justa e fraterna, onde o
respeito pela dignidade e pela vida do
irmão fosse a marca registrada
do
discípulo e da discípula do Senhor.
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Ato dos Apóstolos e os Pobres
“... Repartiam o dinheiro entre todos,
conforme a necessidade de cada um.”At 2,45
Os primeiros retratos da Igreja primitiva foi
de vida plena na solidariedade e partilha.
Os primeiros cristão não pouparam
esforços para seguir e refazer o caminho de
Jesus. Foram capazes de adotar o projeto
de inclusão, assumindo e atualizando a Boa
Nova nas mais diversificadas circunstâncias
sociais, culturais, políticas e religiosas. Uma
luta perseverante
para reintegrar
os
marginalizados e fazê-los experimentar a
força e alegria da Boa Nova.
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A feliz descoberta “que Deus não faz
diferença
entre as pessoas” será o
fundamento da nova relação estabelecida
na comunidade,não mais baseada no
egoísmo , na ganância ou no preconceito
que excluem e dividem. Mas no amor
fraterno e na amizade; na solidariedade e
na justiça; no diálogo e na comunhão que
motivam e sustentam um novo modo de
viver: “todos os que abraçaram a fé eram
unidos e colocavam em comum todas as
coisas.”
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Este testemunho de comunhão afetiva e
efetiva era tão forte na Igreja primitiva,
que Ela edificava e progredia no temor
do Senhor e crescia em toda a Judeia,
Galileia e Samaria e em outras regiões.
A Boa Notícia de Jesus se espalhava por
todos os cantos até mesmo nos países
pagãos. Era a força do Espírito Santo
que movia os corações dos primeiros
discípulos a seguir os passos de Jesus:
proclamar um Novo Reino de amor a
todas as pessoas, especialmente aos
Pobres e humilhados.
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O Apóstolo Paulo e os Pobres
Paulo, o “apóstolo das nações” poderia
também ser chamado de “apóstolo da
solidariedade”. Boa parte de sua atividade
apostólica é dedicada à coleta
em
benefício dos Pobres da comunidade de
Jerusalém.
Dois aspectos muito importantes iluminam
essa atitude solidária de Paulo para com
os Pobres:
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1. Não era uma coleta apenas assistencialista. O
objetivo principal era o envolvimento,a
participação de toda a comunidade. Um gesto
de solidariedade para com os mais Pobres. Um
gesto de comunhão fraterna, a ação do Bom
Samaritano: levantar os caídos e restituir
dignidade e vida a todos.
2. Em Corinto, onde a Comunidade era mais rica,
a coleta era maior. Paulo pedia mais. A
intenção de Paulo era que as Igrejas mais ricas
favorecessem as mais pobres. Incentivava a
partilha e a solidariedade para que todos
vivessem como irmãos, uns ajudando os
outros.
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O desafio do seguimento: A Fé sem
Obras é Morta
A fé está intimamente ligada à vida. E o
amor que Jesus ensinou deve ser
traduzido em ação.Não basta ter fé, é
preciso fazer o bem a quem precisa, sem
discriminação.
Existem duas intuições que podem ajudar
a clarear todo esse processo de nossas
relações humanas e cristãs , em vista ao
combate à exclusão:
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a) Jesus não nos autoriza a excluir os
ricos, pelo contrário devem ser alvo da
nossa ação evangelizadora. O próprio
Jesus e os discípulos contaram com
pessoas ricas convertidas e solidárias
da Causa. O grande desafio porém, é
trabalhar as consciências
para a
conversão ao projeto de partilha e de
solidariedade, sem exclusão.Um mundo
de igualdade para todos.
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b) Os Pobres do ponto de vista bíblico e da
ação missionária de Jesus e dos primeiros
cristãos serão sempre os nossos
preferidos, porque são, os preferidos do
Pai. Eles sempre foram excluídos e
discriminados, por isso, o projeto de Deus
para libertá-los.
Deus criou toda criatura humana à sua
imagem e semelhança por isso, envia seu
Filho para viver igual a todos e para
resgatar seus filhos perdidos, para viver
um novo céu e uma nova terra.
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Concluindo
De acordo com a Bíblia, os Pobres são
os preferidos de Deus. E nossa maneira
de amá-los deverá ser especial, para
evitar discriminação e preconceito,
restituindo-lhes a dignidade e a vida.
Deste modo, em tudo, nosso projeto
missionário, deve ter por finalidade
última mudar as estruturas que
oprimem e massacra os Pobres. Ou
seja, seguir os passos de Jesus, de
Vicente de Paulo e de nossos
Fundadores.
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Louvado seja nosso
Senhor Jesus Cristo!
ECAFO - CNB
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