Laboratório de Ensino de
Química 1
3ª Fase
Profa. Maria da Graça
Programa da Disciplina
1. Evolução histórica da utilização de laboratórios no ensino de
química.
1.1 Concepções pedagógicas no mundo e no Brasil
1.2 Abordagem histórica de aulas práticas no Ensino de Química.
1.3 Noções de avaliação da aprendizagem como componente do ato
pedagógico.
2. O desenvolvimento de atividades experimentais nas aulas de
química.
2.1 Fundamentos e teorias sobre experimentação no Ensino de
Química.
2.2 Atividades experimentais dentro do conceito CTSA.
3. Planejamento e execução de experimentos didáticos.
3.1 Escolha dos temas e experimentos a serem abordados em aulas
experimentais.
3.1 Visitas a escolas de ensino básico (ensino fundamental e ensino
médio).
3.3 Planejamento das aulas dos experimentos escolhidos.
3.4 Execução dos experimentos.
3.5 Propostas de avaliação da aprendizagem através das aulas
experimentais executadas.
4. Princípios gerais de descarte de resíduos.
Por que aulas experimentais?
Qual o objetivo das aulas
experimentais?
As aulas experimentais participam
efetivamente do currículo escolar?
Como as aulas experimentais podem
contribuir para a formação do cidadão?
Parâmetros Curriculares
Nacionais-PCN
para o Ensino Médio
Orientações Educacionais Complementares
“A idéia central expressa na nova Lei, e que orienta a
transformação, estabelece o ensino médio como etapa
conclusiva da educação básica de toda a população
estudantil – e não mais somente uma preparação para
outra etapa escolar ou para o exercício profissional. Isso
desafia a comunidade educacional a pôr em prática
propostas que superem as limitações do antigo ensino
médio, organizado em duas principais tradições formativas,
a pré-universitária e a profissionalizante.”
Modalidades do ensino médio:
Preparar para o ensino superior
Estritamente profissionalizante
“Em qualquer de suas modalidades,
isso [a reformulação do Ensino Médio]
significa preparar para a vida, qualificar
para a cidadania e capacitar para o
aprendizado permanente, em eventual
prosseguimento
dos
estudos
ou
diretamente no mundo do trabalho.”
Estar formado para a vida significa:
saber se informar, comunicar-se,
argumentar, compreender e agir;
enfrentar problemas de diferentes
naturezas;
participar socialmente, de forma prática e
solidária;
ser capaz de elaborar críticas ou
propostas; e,
especialmente, adquirir uma atitude de
permanente aprendizado.
Os métodos de aprendizagem devem
garantir que o aluno consiga:
comunicar-se e argumentar;
defrontar-se com problemas, compreendêlos e enfrentá-los;
participar de um convívio social que lhes dê
oportunidades de se realizarem como
cidadãos;
fazer escolhas e proposições;
tomar gosto pelo conhecimento, aprender a
aprender.
Momento de reflexão 1:
Como você vê o ensino atualmente com
relação ao “preparar para a vida”?
O que você pensa das propostas para
reformulação do ensino médio mostradas?
Como aulas experimentais na disciplina de
química poderia contribuir para “preparar para
a vida”?
Competências e habilidades
É preciso reconhecer o caráter disciplinar do
conhecimento e, ao mesmo tempo, orientar e
organizar o aprendizado, de forma que cada
disciplina, na especificidade de seu ensino, possa
desenvolver competências gerais. Há nisso uma
contradição aparente, que é preciso discutir, pois
específico e geral são adjetivos que se
contrapõem, dando a impressão de que o ensino
de cada disciplina não possa servir aos objetivos
gerais da educação pretendida.(p.11 PCNEM)
Conjuntos de competências do
PCNEM
Comunicar e representar;
Investigar e compreender;
Contextualizar social ou historicamente o
conhecimento.
Pode-se conceber que cada competência
compreende uma articulação coerente de
habilidades.
Algumas definições
Competência: É a faculdade de mobilizar um conjunto de
recursos cognitivos (ponderação, apreciação, avaliação,
saberes, capacidades, informações, etc.) para decidir e tomar
decisão para solucionar com pertinência e eficácia uma série de
situações. Celso Antunes diz que: “competências são pedras de
amolar as facas das inteligências”. Portanto aprender não é
simplesmente um armazenamento de informações e sim a
capacidade de selecioná-las, com competência, para estruturar
e reestruturar sua aplicabilidade e ações.
ANTUNES, Celso. Como desenvolver as competências em sala de
aula. 4.ed. Petrópolis: Vozes, 2002. 87 p.
•
Habilidades: Referem-se a tudo aquilo que o aluno deve aprender a fazer
desenvolvendo suas capacidades intelectuais, afetivas, psíquicas e motoras.
•
Habilidades gerenciais e administrativas: capacidade de mobilização,
autonomia, iniciativa, visão estratégica, administrar recursos, capacidade de
articulação e visão sistêmica;
•
Habilidades pessoais e interpessoais: responsabilidade, capacidade de autoaprendizado, enfrentar problemas (saber buscar soluções), sociabilidade e
capacidade de trabalho em equipe, capacidade de expressão oral e escrita, uso da
língua estrangeira e liderança, capacidade de avaliar seu próprio trabalho e
trabalho dos outros, capacidade de organizar seu próprio estudo, etc.;
•
Habilidades técnicas: leitura e expressão por meios gráficos, capacidade de
utilizar novas tecnologias visando com criatividade novas aplicações, capacidade
de obtenção, avaliação e uso de informações, visão crítica de ordens de grandeza,
aplicação de conhecimentos teóricos multidisciplinares a questões práticas,
equacionamento e modelagem de problemas, capacidade de realizar uma
pesquisa, de formular uma hipótese, domínio e utilização de seus movimentos e de
sua ação motora, etc.
Momento de reflexão 2:
 Quais habilidades você entende necessárias para
cada uma das competências destacadas pelo
PCNEM?
 Discuta em grupo as suas respostas.
Como aulas experimentais na disciplina de química
poderia contribuir para atingir as competências e
habilidades?
 Há alguma relação entre as últimas questões do
MR1 e MR2 (MR = momento de reflexão)?
Há valores humanos amplos sem
qualquer especificidade disciplinar e que
podem estar integradas às práticas
educativas:
Aprende a comunicar quem se comunica;
Aprende a argumentar quem argumenta;
Aprende a resolver problemas reais quem
os resolve;
Aprende a participar do convívio social
quem tem essa oportunidade.
Articulação entre as competências gerais
Portanto,
...“a simples transmissão de informações
não é suficiente para que os alunos
elaborem suas idéias de forma significativa.
É imprescindível que o processo de ensinoaprendizagem decorra de atividades que
contribuam para que o aluno possa
construir e utilizar o conhecimento.”