PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR)
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR))
1 - OBJETIVO
Este protocolo tem por objetivo padronizar o atendimento à parada cardiorrespiratória (PCR), para um
atendimento rápido e organizado, com o intuito de aumentar a chance de sucesso das manobras de
ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
2 - APLICAÇÃO
Este documento aplica-se ao Hospital Sírio-Libanês e unidades externas Itaim, Jardins e Brasília.
3 - DEFINIÇÃO DE PCR
Define-se como parada cardiorrespiratória (PCR) a interrupção súbita e brusca da circulação sistêmica
e ou da respiração. Iniciar prontamente as manobras de reanimação, antes mesmo da chegada da
equipe de suporte avançado aumenta a chance de sobrevida e evita sequelas pós-PCR.
3.1 - Metodologia
São sinais clínicos de PCR:
• inconsciência;
• ausência de movimentos respiratórios;
• ausência de pulso.
Está disponível para consulta em todos os carros de emergência e na intranet, o manual de
atendimento à PCR da instituição, atualizado a cada 5 anos, que contém, além dos sinais clínicos de
PCR, todas as recomendações para o atendimento a ser prestado, segundo as recomendações da AHA.
3.2 - Acionamento do código azul
Para auxiliar no atendimento à PCR de forma segura, utiliza-se a nomenclatura internacionalmente
conhecida como “Código Azul” para as situações de PCR.
No HSL o acionamento do Código Azul pode ser feito por meio do sistema telecare e ou via
Central de Emergências.
Telecare é o nome comercial amplamente utilizado para nomear um “sistema de chamada de ajuda”
que é programado pelo setor de informática para acionar imediatamente a equipe para atendimento
de emergência para pacientes adultos daquele setor.
Se tratando de pacientes pediátricos e ou em áreas onde o telecare não está disponível, a forma
de acionamento do Código Azul se dá por meio do contato com a Central de Emergências, que se
responsabiliza por acionar a equipe mais próxima do local para prestar o atendimento.
3
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR)
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR))
O acionamento do Código Azul não se aplica para o atendimento de pacientes internados nas
áreas críticas (Unidade de Terapia Intensiva - UTI, Unidade Crítica Cardiológica - UCC, Unidade
Crítica Geral - UCG, Pronto Atendimento - PA, Centro Cirúrgico - CC), que contam com equipe
médica local 24h por dia.
Enfermeira responsável pelo
paciente internado
3.2 - ATuação da equipe multiprofissional
no acionamento do código azul
Agente
Qualquer colaborador
Médico do time de resposta rápida
Enfermeira do time de resposta rápida
do pronto atendimento
4
Atividade
•
•
•
•
Aciona o sistema telecare (quando disponível).
Liga na central de emergências (ramal 333) e informa local da ocorrência e se paciente é adulto ou criança.
Se em até 2 minutos não chegar ajuda, liga novamente no ramal 333.
Desliga o sistema telecare quando a equipe de atendimento chega.
•
•
•
•
•
•
•
•
Mantém consigo o bip de chamada de Código Azul.
Atende imediatamente à chamada de Código Azul..
Atende intercorrências nas áreas pré-determinadas.
Procede as manobras de RCP.
Solicita materiais, equipamentos e presença da enfermeira, conforme necessidade.
Acompanha transporte do paciente até o local
de destino.
Conversa com médico do paciente e família
se necessário.
Registra o atendimento no prontuário, se
paciente internado.
• Mantém consigo o bip de chamada de Código Azul.
• Atende imediatamente à chamada de Código Azul. • Atende intercorrências nas áreas pré-determinadas.
• Coordena a equipe de enfermagem no atendimento à PCR.
• Solicita vaga em unidades críticas, conforme necessidade.
• Acompanha transporte do paciente até o local
de destino.
• Registra o atendimento no prontuário, se
paciente internado.
• Preenche o relatório de atendimento à PCR,
se paciente externo.
• Coordena a equipe de enfermagem no atendimento à PCR.
• Solicita vaga em unidades críticas, conforme necessidade.
• Acompanha transporte do paciente até o local
de destino.
• Registra o atendimento no prontuário, se
paciente internado.
• Preenche o relatório de atendimento à PCR.
Fisioterapeuta
• Mantém consigo o bip de chamada de Código Azul.
• Atende imediatamente à chamada de Código Azul.
• Atende intercorrências nas áreas pré-determinadas.
• Registra o atendimento no prontuário, se paciente internado.
Auxiliar de enfermagem Jr.
• Mantém consigo o bip de chamada de Código Azul.
• Atende imediatamente à chamada de Código Azul.
• Atende intercorrências nas áreas pré-determinadas.
Vigilante da central de emergências
•
•
•
•
Aciona time de resposta rápida, conforme tipo de vítima e local de ocorrência.
Registra atendimento na planilha de solicitação
de chamados.
Comunica-se com ascensorista, pelo rádio, para transportar time de resposta rápida até o local.
Informa enfermeira especialista em protocolos e coordenador de segurança.
Enfermeira especialista em protocolos
•
•
•
Analisa atendimento junto com os envolvidos.
Retira o relatório de atendimento à PCR.
Orienta os colaboradores em caso de
não conformidade com o processo.
Ascensorista
•
•
Transporta time de resposta rápida até o local
do atendimento.
Informa usuários do elevador que iniciará o atendimento a uma situação de emergência e transporta-os consigo até que a equipe chegue ao local de destino.
Analista de sistemas
•
•
Realiza simulados de acionamento do Código
Azul a cada 2 meses.
Colabora na análise de possíveis falhas de acionamento relacionadas aos bips e ao
sistema de telecare.
5
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR)
3.3 - ATendimento à pcr
Conceitualmente a formação da equipe de atendimento à PCR está vinculada ao local do hospital
onde ocorreu a PCR.
A Central de Emergências chamará o time de resposta rápida dos andares de internação para
pacientes adultos internados no bloco A, bloco B ou bloco C (do 5º ao 12º andar).
Para atendimento de pacientes adultos do bloco C (andar intermediário, térreo ao 4º SS), bloco
D e de acompanhantes e visitantes das áreas externas e áreas comuns do hospital, a Central de
Emergências acionará o time de resposta rápida do pronto atendimento.
Se tratando de crianças internadas no bloco B, o plantonista da UTI pediátrica deverá ser acionado
para o atendimento.
Para o atendimento de crianças internadas no bloco A, bloco C e para pacientes pediátrico e
crianças (visitantes ou acompanhantes) no bloco D e nas áreas externas e áreas comuns do
hospital, a central de emergências deverá ser acionado para solicitar o time de resposta rápido
do PA pediátrico.
Nas unidades externas Itaim, Jardins e Brasília, o atendimento à PCR é realizado pela equipe local.
3.4 - equipe de atendimento à pcr
3.4.1 - Composição do time de resposta rápida
Enfermeiro
• Coordena as ações e direciona as atribuições da equipe de enfermagem.
• Instala o desfibrilador semi automático (DEA) e se indicado realiza a desfibrilação.
• Prepara o desfibrilador convencional.
• Instala o monitor, no caso de não haver possibilidade ou necessidade de realizar a desfibrilação, ou quando a primeira desfibrilação não teve sucesso.
• Auxilia o médico nas manobras de RCP, assumindo a ventilação ou a compressão torácica.
Auxiliar e Técnico de Enfermagem (treinados em suporte básico de vida)
Auxilia a enfermeira neste atendimento inicial e fica a disposição para as seguintes tarefas:
• aproximação do carro de emergência e colocação da tábua rígida;
• preparo de medicação;
• controle do tempo de administração de cada medicamento;
• obtenção de via de acesso venoso.
Auxiliar de enfermagem Jr.
• Providencia ou auxilia na obtenção de equipamentos e/ ou materiais necessários como,
por exemplo, desfibrilador e ventiladores.
• Ajuda no transporte do paciente após a reanimação.
Fisioterapeuta
• Responsável pela ventilação
• Auxilia o médico na intubação e na utilização do respirador artificial.
Médico
O time de resposta rápida do pronto atendimento é composto por: médico líder do PA ou médico
clínico do PA; enfermeira líder do PA; auxiliar de enfermagem trainee.
•
•
•
•
3.4.2 -Atribuição de cada profissional
no atendimento à PCR
3.5 - Atuação dos Comitês Científico e Executivo do Protocolo de Atendimento a PCR
O time de resposta rápida das unidades de internação é composto por: médico plantonista;
fisioterapeuta; auxiliar de enfermagem trainee.
De acordo com a orientação da American Heart Association (AHA), a equipe de atendimento deve
dispor de cinco elementos assim distribuídos:
• um na ventilação;
• um na compressão torácica;
• um anotador de medicamentos e de tempo;
• um na manipulação dos medicamentos;
• um no comando, próximo ao monitor/ECG.
Dentro da realidade da nossa instituição, procuramos padronizar as funções dessas pessoas com
atribuições mais específicas, tornando o atendimento mais eficiente e rápido.
6
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR))
Procede à intubação.
Controla os medicamentos utilizados, o tempo de PCR, o tempo entre uma dose e outra das várias drogas utilizadas e o número de desfibrilações efetuadas e suas cargas.
Prescreve a medicação.
Determina o momento de cessar as manobras de reanimação. O Comitê Científico reúne-se anualmente a fim de atualizar o documento do protocolo de
atendimento à PCR e sempre que necessário presta consultoria ao Comitê Executivo.
O Comitê Executivo tem caráter multidisciplinar e reúne-se mensalmente. Em seu fórum discutem-se
todos os atendimentos à PCR e as eventuais falhas de processo, que deverão ser analisadas por seus
constituintes com vistas à prevenção de erros e à melhoria da qualidade da assistência. Além disso,
autoriza a incorporação de novas tecnologias.
Também é atribuição do Comitê Executivo apreciar os relatórios de atendimento à PCR,
coletados e analisados periodicamente pela enfermeira especialista em protocolos e encaminhá-los
à área de Qualidade.
7
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR)
3.6 Monitoramento dos indicadores do protocolo
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR))
Anotações
Para acompanhar a incidência do evento “parada cardiorrespiratória” na
população atendida pelo HSL, utiliza-se o indicador:
• Incidência de atendimentos à PCR e/ou suspeita de PCR =
Soma dos casos de atendimento à PCR ou suspeita de PCR / número de pacientes-dia
no mês x 1000 (índice).
Para acompanhar a ocorrência de PCR ou suspeita de PCR fora das unidades
críticas do HSL, utiliza-se o indicador:
• Número de atendimentos de PCR ou suspeita de PCR fora das unidades críticas =
Soma do número de atendimentos de PCR ou suspeita de PCR fora das unidades
críticas (número absoluto).
Taxa de retorno à circulação espontânea por mais de 20 minutos.
Taxa de alta hospitalar pós PCR.
3.7 Relatório de Atendimento à PCR
Imediatamente após o atendimento à PCR, a enfermeira responsável pelo paciente deverá
preencher o relatório de atendimento à PCR e seguir o fluxo para preenchimento do
relatório de PCR. (ver anexo)
8
9
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR)
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR))
Rua Dona Adma Jafet, 91 • Bela Vista
CEP 01308-50 • São Paulo • SP • Brasil
www.hospitalsiriolibanes.org.br
10
11
Download

protocolo de atendimento a parada cardiorrespiratória (pcr)