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Jornalista responsável: Renato H. S. Moreira (Mtb 338/86 - ES).
Informativo oficial da
Sociedade Brasileira de
Densitometria Clínica
Edição nº 19
Ano XIV
Out a Dez de 2008
FILIADA À:
EDITORIAL
A Conectividade e o Natal
A
cima de qualquer convicção religiosa,
a simbologia do Natal é, sem dúvidas,
norteada pelo sentimento de aliança entre os povos. Assistimos, todos os dias, a
um mundo cada vez mais conectado e em
constante transformação. Boas novas, catástrofes, sucessos, fracassos, denúncias,
notícias e muito mais nos chegam, a todo
momento, e no melhor estilo multimedia
jamais imaginado. É virtualmente impossível, mesmo para um monge tibetano, estar verdadeiramente alheio a tudo
isso ou a seus efeitos.
Estar conectado, no mundo contemporâneo, não é mais uma questão de opção
ou preferência, mas sim de fisiologia!
Cada vez mais, o acesso a entidades e
pessoas se faz de forma mais veloz. Se
usada com inteligência, a conectividade
disponível no mundo nos faz, com habilidade, levar uma mensagem ao Papa ou
ao Presidente dos Estados Unidos, com
apenas três ou quatro “escalas”. Um amigo necessitava enviar uma informação
ao presidente francês e, habilidosamente, pediu ao diretor de sua empresa que
enviasse um fax ao ministro do Comércio que, por sua vez, enviou um e-mail ao
embaixador brasileiro na França e, em
dois dias, o esperado retorno já chegava
em sua caixa postal.
Todo esse status trás, sempre, a gostosa sensação de segurança, de conforto ou,
para alguns, de poder.
Mas conectividade significa muito
mais! Tem a ver com harmonia, respeito,
união, solidariedade, responsabilidade e
justiça. Até mesmo os opostos são conectados. Não haveria razão para o sinal verde sem o vermelho; qual seria o objetivo
do sim se o não fosse extinto? Osteoblastos e Osteoclastos estão irrevogavelmente conectados e flagrantemente solidários. A existência de um só é possível
com a do outro e vice-versa. Da mesma
forma, nossas falhas determinam, inexoravelmente, disfunções ou sacrifícios de
outros, nossos sucessos iguais efeitos em
outros. Assim também somos em nosso
meio ambiente. Mesmo quando opostos,
definitivamente conectados.
Parafraseando o grande pensador Lavoisier, podemos enfaticamente dizer que
“Na natureza, assim como na vida, nada
se perde, nada de cria, tudo se conecta“.
Desta forma, mais que fazer votos no
anoitecer de 2008, a Sociedade Brasileira de Densitometria quer lembrar a todos
que o ano novo que se aproxima representa um importante momento para que
possamos relembrar que o sentimento de
paz, harmonia e esperança que esperamos apenas se constrói com uma grande
corrente, cujos elos somos todos e cada
um de nós, indissociáveis, condenados a
uma fantástica dependência mútua, que
fará desse Natal um inesquecível exercício de CONECTIVIDADE!
Feliz Natal e que 2009 seja pleno!
Dr. Sergio Ragi Eis
Presidente - SBDens
INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA
ARTIGO
FRAXTM: podemos aplicá-lo no Brasil?
Marcelo de Medeiros Pinheiro1, Bruno Muzzi Camargos2, Victoria Z. C. Borba3
1 · Assistente-Doutor da Disciplina de Reumatologia da Unifesp/ EPM
2 · Doutorando do Centro de Pós-Graduação da UFMG. Hospital Mater Dei / MG
3 · Médica do Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital de Clínicas da UFPR e Presidente da SOBEMOM-PR
O
FRAXTM é uma ferramenta desenvolvida para aglutinar os fatores clínicos de risco para fratura,
genéticos e ambientais, e a densidade óssea do fêmur, com o objetivo de
quantificar a probabilidade de fratura por fragilidade óssea em 10 anos.
Dessa forma, pode calcular-se o risco
de fratura de quadril ou fraturas consideradas maiores como vértebra, antebraço e úmero.
Por meio de meta-análise, Kanis
et al avaliaram os dados primários
de nove grandes estudos epidemiológicos prospectivos, com cerca de
59.232 indivíduos no total, dos quais
74% eram mulheres. Eles analisaram,
ainda, outros desfechos como a qualidade de vida e a mortalidade, de
acordo com a expectativa de vida de
cada país.
Utilizando cálculos de probabilidade e diversas metodologias estatísticas, foi possível identificar a relevância de cada fator de risco em cada
estudo em particular. Os principais
fatores clínicos de risco identificados
foram idade, dados antropométricos,
fratura prévia, história fratura de
quadril (pai ou mãe), tabagismo atual, consumo de álcool, uso de glicocorticosteróides, relato de artrite reumatóide e outras causas secundárias,
de acordo com o sexo e origem étnica.
A seguir, realizaram revisões sistemáticas de cada um desses fatores de
risco, a fim de identificar a consistência das informações e dos achados em
diversos estudos populacionais.
Em breve, a Organização Mundial
de Saúde deverá recomendar a utilização do FRAXTM para indicação de
tratamento de pacientes de risco e
tomada de decisão por órgãos governamentais e gestores de saúde. Baseado nisso, cada país pode utilizar
melhor os recursos de saúde, baseando-se nos custos diretos, indiretos
e nas QALYs.
2
No entanto, no Brasil, ainda, não
estamos autorizados a utilizar essa
ferramenta, uma vez que não dispomos de banco de dados prospectivos de referência. Até o momento,
as populações que podem usá-lo são
China, Reino Unido, Itália, França,
Espanha, Turquia, Japão, Suécia e
Estados Unidos (caucasianos, pretos,
hispânicos, asiáticos).
Embora não possuamos grandes
estudos epidemiológicos em amostra
representativa da população brasileira, sabe-se que a prevalência dos fatores clínicos de risco são semelhantes
a estudos norte-americanos e europeus. Da mesma forma, os brasileiros
não possuem grandes diferenças estatísticas de densidade óssea da coluna lombar e fêmur proximal quando
comparados com populações caucasianas. Em geral, a densidade óssea
de mulheres brasileiras se aproxima
mais das européias do que das norteamericanas. Por outro lado, de acordo
com quatro estudos nacionais (Marília, Sobral, Fortaleza e Porto Alegre),
sobre a incidência de fratura de quadril, possuímos risco de fratura diferente das populações utilizadas no
FRAXTM (Estados Unidos da América,
Europa e Ásia).
Com isso e baseado na ausência de
dados brasileiros sobre a influência
de cada um dos fatores de risco selecionados pelo FRAXTM, incluindo a
medida da massa óssea, assim como
a interação entre eles, não se deve utilizar essa ferramenta em nossa população. Assim, mais estudos se fazem
necessários para estabelecer os pontos de corte específicos da densidade
óssea e do risco de fratura por osteoporose no Brasil.
Além disso, os valores de intervenção de tratamento, propostos para os
Estados Unidos (3% para quadril e
20% para fraturas maiores), podem
não ser, necessariamente, os mesmos
do Brasil.
INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA
ISCD e IOF realizam encontro
conjunto em 2009
A
pós o cancelamento do congresso da IOF, devido aos acontecimentos geopolíticos ocorridos na
Tailândia, a ISCD ofereceu à IOF
sua hospitalidade, compartilhando
seu evento anual, programado para
Orlando, Flórida (EUA), de 11 a 14
de março de 2009.
Desta forma, serão realizadas várias mesas e sessões plenárias conjuntas (IOF-ISCD), o que cobrirá a
maioria dos temas previstos para o
Congresso da IOF de Bangkok. Vários dos palestrantes previstos para
o evento da IOF estarão em Orlando,
dando o tom necessário a um grande
evento. Os detalhes da programação
científica serão divulgados em breve. A ISCD está oferecendo a todos
os registrados no congresso da IOF,
cujos trabalhos haviam sido aceitos
para o evento da Tailândia, a oportunidade de apresentá-los durante
o evento de Orlando. Os apresen-
tadores dos trabalhos terão 50%
de desconto para se registrarem no
congresso ISCD-IOF.
Para fazer sua inscrição, entre
no site da SBDens e clique no link
que está disposto na notícia sobre
o evento. Preencha o formulário de
inscrição e envie por fax para o número indicado no formulário (observe os valores especiais descritos na
seção II do formulário). Para mais
informações sobre a programação
científica preliminar, visite o site da
ISCD (www.iscd.org.br).
Importante: Apesar dos trabalhos previstos para Bangkok estarem pré-aprovados para Orlando,
os organizadores não podem, neste
momento, garantir que as apresentações orais serão também acomodadas na programação. O prazo limite
para a submissão dos trabalhos para
Orlando é 12 de Janeiro de 2009.
Não perca essa oportunidade!
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INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA
ARTIGO CIENTÍFICO
Sarcopenia – Densitometria
além da BMD
O
termo “Sarcopenia” vem do
Grego, "pobreza de carne" e
significa a perda de massa muscular que ocorre fisiologicamente com
o envelhecimento. É considerada
patológica e integra a síndrome da
fragilidade do idoso quando associada a diminuição da capacidade
funcional.
Com a idade, a partir dos 40 anos
aproximadamente, perde-se cerca
de um terço da massa muscular , em
torno de 0.5% a 1% ao ano até os 65
anos e um pouco mais velozmente a
partir daí.
O aumento da expectativa de vida
da população mundial e consequentemente da população idosa, a sarcopenia vem se tornando uma questão de saúde bastante relevante no
mundo desenvolvido. A sarcopenia
e a perda de força muscular consequente, está relacionada a redução
do equilíbrio, perda de agilidade,
quedas e fraturas. O menor IMC
também está relacionado a menor
massa óssea, integrando a osteoporose a esse quadro.
A sarcopenia está presente na síndrome de fragilidade do idoso onde
se observa diminuição dos níveis
de andrógenos, hormônio de crescimento e IGF-1. Ocorrem alterações do Sistema Nervoso Central e
4
Periférico com diminuição do número de neurônios motores após os
60 anos. Nesses pacientes as citocinas pró-inflamatórias IL-6 e TNF-a
encontram-se aumentadas. A baixa
ingestão protéica contribui para as
alterações decorrentes de uma má
nutrição. O resultado é a diminuição
do número de fibras musculares tipo
I e II (principalmente tipo II). O dé-
ficit de vitamina D e a consequente
elevação do PTH também contribuem para a sarcopenia.
A perda percentual de massa magra
superior a 46% está associada à morte, independente da doença de base.
Esta mesma perda está relacionada
às infecções oportunistas, doenças
pulmonares e maior mortalidade
após fratura de fêmur proximal.
INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA
São cuidados a serem tomados
para a máxima exatidão da DXA na
avaliação da Composição Corporal:
- Realizar os exames preferivelmente antes das refeições;
- Aquisições devem ser realizadas
com posicionamento adequado;
- Os pacientes devem retirar metais, sapatos e outros adereços;
- Durante a análise a visualização
plena dos tecidos moles é fundamental para a inclusão correta das
áreas (regiões de interesse);
- Realizar exames em serviços que
contem com equipe habilitada em
densitometria.
Lista dos aprovados no
exame da ISCD (out/2008)
MÉDICOS:
m2 (prevalência acima de 50% acima dos 80 anos)
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Adriana Braga de Castro Machado
Alexandre A. Bastos Moura
Alexandre França
Antonio C. Monteiro
Ariel W. Antunes
Augusto D. Borborema
Cacia Santos
Claudia R. de Velasco
Claudia S. Gadelha
Clelia R. Miranda
Cristiane G. Gobo
Cristina Teresa M. Irizun
denilson Jose de Souza
Emanuel. F de Paula
Estephan J. Moana
Felix Manorl S. Pinto Alvares
Fernando F. Guastella
Flavio Tavares F. Da Silva
Francisco de Assis Pereira
Francisco Herlanio C. Carvalho
Jose Miguel Dora
Luciana Tupy Tavares
Luiz Marchesi Neto
Maisa M. de Martino
Manoel Chaves Filho
Marcelo A. Silva
Marcelo Canto Caota
Marcelo Jundurian
Marcia C. Almeida
Marcio A. Nogueira
Marco Aurielo B. Xavier
Maria de Fatima S. Gonçalves
Marise Crivelli
Milton A. Eduardo Gonzalez
Mirley Prado
Ob Tavares
Olivio Brito Malheiro
Paulo H. G. Maccagnan
Raul Paniagua Riascos
Reynaldo Oliveira Magalhaes
Sandra M. Sanches
Sergio Tahan Vilarinho
Thiago Lins Almeida
Vinicius S. Junqueira
OPERADORES:
A densitometria óssea (DXA) de
corpo total é capaz de avaliar a composição corporal total e segmentar.
De maneira precisa e acurada, com
pouca radiação (1-5 μSv ) e pequeno
tempo de exame (5-15 min), a DXA
fornece dados relativos à massa gorda total e em regiões do corpo como
a região ginóide (ao nível dos quadris) e andróide (ao nível do abdome), massa magra total e segmentar,
e percentis em relação a curvas de
normalidade. Até o momento curvas
referenciais nacionais (brasileiras)
ainda não são disponíveis.
Através da DXA pode ser definido
um índice relativo de massa muscular (RSMI) derivado da quantidade
de massa magra apendicular (medida em membros superiores e inferiores) dividida pela altura em m2.
Segundo Baumgartner(5), a redução
da massa muscular esquelética em
dois desvios-padrão abaixo da média
de controles jovens e saudáveis pareados para a mesma etnia (T-score)
pode ser considerada patológica.
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Antonio Julio Silva Filho
Bruno Muzzi Camargos
Carmen R. Souza Franco
Cristiane Silva Campos
Daniel Freitas Neto
Elena M. Phelippe Gesser
Gabriela Leusin Regio
Jose Marcelo
Livia Maria S. Molinari
Marcia Diniz Pontes
Miriam T. Mattevi
Myrta B. Toni Secches
Patricia Costa Bezerra
Rafael de C. Sciammarella
Rosangela Mrs. Heckert
Thelma C. Filgueiras
Ulisses Godoy
Concluindo, o DXA é o padrão ouro
para avaliação da composição corporal e, embora os padrões brasileiros
ainda não tenham sido validados, os
parâmetros referidos por Baumgartner podem ser utilizados, com a devida observação em nossos laudos.
Assim:
MMA = massa magra apendicular
(braços + pernas) em gramas
Altura = em metros
RSMI = índice relativo de massa
muscular
RSMI = MMA/altura2
Considerando-se a classificação
proposta por Baumgartner, são considerados sarcopênicos:
- Homens com RSMI < 7,26 kg/m2
(prevalência até 24% entre os 65 e
os 70 anos);
- Mulheres com RSMI < 5,45 kg/
Referência Bibliográfica:
1. Annu Rev Public Health 22: 355 e 375, 2001
2. Diabetes Care 17: 961 e 969, 1994
3. Roubenoff et cols Curr Op Clin Nutr Met Care
6: 295-9, 2003
4. Morais et cols J. Nutr H Ag 10: 4; 272-83,
2006
5. Baumgartner RN et al. AM J Epidemiol 147:
755-63, 1998
6. Journal of Clinical Densitometry 9(2): 191–
197, 2006
Dra. Laura Mendonça
Reumatologista (RJ)
Diretoria Científica SBDens
CDPI e Clínica Rad. Emílio Amorim
Saiba mais em www.sbdens.org.br
5
INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA
Trabalhos premiados no II BRADOO – a
Foto: arquivo SBDens
Presidente da SBDens, dr. Sergio Ragi Eis, entrega premiação a uma das
vencedoras: dra. Camille F. Danilevicius, autora do melhor tema livre em
Densitometria – Prêmio Antonio Carlos Araújo de Souza
A
lém da excelente coletânea de
palestras, o II Bradoo foi o mais
robusto que já tivemos, em termos
de produção científica nacional. A
comissão julgadora, encarregada da
seleção dos trabalhos para premiação, surpreendeu-se positivamente
com a alta qualidade científica dos
estudos incritos e teve que ir aos detalhes para definir as premiações.
Com este elevado nível científico, a apresentação dos temas livres
e pôsteres do evento recebeu elogios de congressistas e também de
convidados internacionais como os
professores John Bilezikian e Michael Mclung que, inclusive, prestigiaram pessoalmente a sessão de
happy pôsteres, interagindo com
autores e apresentadores dos temas.
Um sistema on-line de avaliação
foi disponibilizado pela organização e permitiu que especialistas de
diferentes áreas pudessem eleger os
trabalhos de maior relevância científica apresentados.
6
Nesta etapa, os nomes dos autores e de seus serviços de origem
foram omitidos para conferir maior
isenção à escolha feita pela comissão julgadora. De forma semelhante aos eventos internacionais, os
trabalhos que alcançaram maior
pontuação foram selecionados para
apresentação oral, permanecendo
os demais para apresentação sob
forma de pôsteres.
Duas categorias de trabalhos
científicos foram premiadas durante o II Bradoo: Osteometabolismo e
Densitometria. Em densitometria,
o prêmio recebe o nome do nosso
saudoso fundador e primeiro presidente da SBDens, dr. Antonio Carlos Araújo de Souza.
Os vencedores receberam um
certificado da premiação e, os selecionados dentre as aoresentações
orais, um cheque no valor de três
mil reais patrocinados, respectivamente, pela SOBEMOM/Eli Lilly
(Osteometabolismo) e SBDens
(Densitometria).
VENCEDORES:
Dentro da categoria densitometria
óssea, o prêmio foi conferido ao trabalho CALCIFICAÇÃO VASCULAR
E BAIXA DENSIDADE MINERAL
ÓSSEA DE FÊMUR EM IDOSOS
dos autores Camille F. Danilevicius
e Rosa Maria R. Pereira, da FMUSP.
O objetivo do estudo foi o de avaliar
a associação entre densidade mineral óssea (DMO) e calcificação da
aorta abdominal em idosos da comunidade. Foram avaliados 1.041
idosos com idade superior à 65
anos. Radiografias da coluna lombar foram realizadas para análise da
calcificação de aorta abdominal nos
segmentos correspondentes às vértebras L1- L4. Para cada segmento
lombar foi dada uma pontuação de
zero a três segundo Kaupila et al,
1997. A DMO foi avaliada por dualenergy X-ray absorptiometry (DXA).
Utilizou-se correlação de Spearman
e variáveis com significância estatística foram incluídas na regressão logística tendo como variável
dependente a calcificação de aorta.
Concluiu-se que existe associação
positiva entre baixa DMO no fêmur
total e calcificação de aorta abdominal em idosos da comunidade
reforçando a hipótese da presença
de mecanismos fisiopatológicos comuns entre essas duas patologias.
Escolhido como o melhor tema livre em osteometabolismo, o trabalho EFEITO DA DEXAMETASONA
SOBRE A BIOLOGIA DE OSTEOBLASTOS HUMANOS DE CULTURA PRIMÁRIA E A PARTICIPAÇÃO
DA QUINASE ACOPLADA À INTEGRINA (ILK) E INTEGRINA ß1
NESTE PROCESSO sob autoria de
Naves, M. A. da UNIFESP - EPM;
com colaboração de Caparbo, V.F. e
Rosa Maria R. Pereira, da FMUSP e
Teixeira, V.P.C. da UNIFESP – Escola Paulista de Medicina. No estudo,
a influência da dexametasona sobre
a sinalização da quinase acoplada
à integrina (ILK) e a integrina ß1
foi estudada em osteoblastos (OB).
Utilizando-se de culturas primárias
INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA
O – a vez da produção científica nacional
de OB humanos, foram analisadas a
viabilidade celular, apoptose, adesão celular e expressão proteíca de
ILK e integrina ß1 (Western Blot).
Concluiu-se que a dexametasona
acarreta diminuição de viabilidade
dos osteoblastos e que a redução da
expressão de integrina ß1 é um possível mecanismo envolvido neste
processo. Além disso, a ILK não se
mostrou influente nestes processos
celulares, gerando a necessidade de
estudos posteriores.
Na categoria melhor pôster em osteometabolismo, o trabalho premiado foi VALIDAÇÃO DE UM IMUNO-ENSAIO ENZIMÁTICO PARA
DOSAGEM PLASMÁTICA OU SÉRICA DE FGF-23, sob autoria de
Martin, R. M. e colaboradores, representando a Unidade de Doenças
Ósteo-metabólicas - Disciplina de
Endocrinologia e o Laboratório de
Hormônios e Genética Molecular do
HC / FMUSP. No trabalho, o imuno-ensaio para dosagens sangüíneas de FGF-23 - recurso diagnóstico
para avaliação de causas genéticas e
adquiridas de raquitismo hipofosfatêmico e outros distúrbios no metabolismo do fósforo foi avaliado.
O objetivo foi validar um método
ELISA para a dosagem de FGF-23
em plasma e soro obtidos a partir de
coletas sanguíneas. Conclui-se que
o método apresentou excelente desempenho podendo ser empregado
para as dosagens de FGF-23.
O melhor pôster em densitome-
Foto: arquivo SBDens
Dra. Marize Lazaretti entregando o prêmio à dra. Rosa Maria Pereira, autora do
melhor tema livre em Osteometabolismo
tria óssea foi EVOLUÇÃO CLINICA
APÓS SUSPENSÃO DO USO PROLONGADO DO BISFOSFONATO
EM PACIENTES OSTEOPORÓTICAS, sob autoria de Silva, A.G.;
Lana, J.M.; Kunii, I. além de ter
contado com participações de José
Gilberto H. Vieira e Marise Lazaretti-Castro. O estudo foi realizado
na Unifesp - EPM e no laboratório
Fleury. O estudo acompanhou modificações do metabolismo ósseo e da
densidade mineral óssea (DMO) em
pacientes que suspenderam o uso de
alendronato (ALN). Ensaios laboratoriais de P1NP e CTX foram realizados. Concluiu-se que o uso de alendronato fornecido pelo SUS foi capaz
de suprimir os marcadores de remodelação óssea e que, após três meses
de suspensão do tratamento, o CTX e
P1NP já haviam se elevado signfictivamente, não evidenciando sinais de
hiperssupressão óssea. A densidade
mineral óssea não se alterou e 45%
das pacientes perderam significati-
!,%.$2/.!4/$%3œ$)/-3$#/,%#!,#)&%2/,
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INFORMATIVO OFICIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA
vamente massa óssea, questionando
a segurança da suspensão temporária do bisfosfonato, especialmente
nos casos mais graves.
Com toda a qualidade da produção
científica demonstrada, ficou claro
que o maior prêmio de todos foi, na
verdade, concedido ao evento e seus
participantes! Além daqueles mencionados acima, a comissão científica parabeniza a todos os pesquisadores e orgulhosamente espera que
no III Bradoo novos pesquisadores
se juntem a esta comunidade, motivo de orgulho para aqueles que
fazem do nosso país uma presença
cada vez mais marcante na comunidade científica mundial.
Os trabalhos premiados podem
ser acessados no site da SBDens,
pelo link http://www.sbdens.org.br/
arquivos/trabralhos-bradoo.doc.
SBDens cria Departamento de
Profissionais aliados após II Bradoo
Com a criação do Departamento de Profissionais Aliados, em
primeiro de dezembro último, a SBDens entra em uma fase inteiramente nova de sua existência.
Sua vocação destinada à excelência, agora, poderá ser usada
para também alçar os operadores de densitômetros, o que possibilitará um maior envolvimento com a técnica, dando a estes
importantes elementos da equipe densitométrica o seu devido
valor e respeito profissionais.
A filiação de operadores poderá ser efetuada no site da SBDens. Colegas médicos: estimulem seus operadores a participar. Operadores: filiem-se e participem da SBDens. Ela também é sua!
A casa da Densitometria brasileira
D
esde outubro último, a SBDens
vem conduzindo as obras de reforma e regularização de sua sede própria, adquirida em setembro. A nova
sede está sendo preparada para que
possa oferecer plenas condições para
que nossa entidade possa expressar e
desenvolver todos os seus projetos e
desafios em curso.
Nos 70 m2 de área, estão sendo preparadas recepção, sala de reuniões,
secretaria, arquivo, sala da direção,
copa e banheiro. Espera-se que a nova
sede esteja pronta até o final do mês
de janeiro, quando uma inauguração
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Obras estão em fase de conclusão
será programada e comunicada aos
sócios, brevemente.
Nas palavras do filósofo romano Cícero, "Meu preceito aos que constroem é que o proprietário deveria ser um
enfeite para a casa, e não a casa para
o proprietário." Assim, a SBDens estará sempre aberta a todos os que têm
apoiado e trabalhado para que esse sonho de 15 anos fosse, hoje, realizado –
os verdadeiros enfeites da nossa casa.
A nova sede fica na rua Itapeva, 518,
conjuntos 111 e 112, bairro Bela Vista –
São Paulo (SP), CEP 01332-000, Edifício Scientia.
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Ano XIV - SBDens