O período de 1922 a 1930 é o
mais radical do movimento
modernista, justamente em
conseqüência da necessidade de
definições e do rompimento de
todas as estruturas do passado. Daí
o caráter anárquico desta primeira
fase modernista e seu forte sentido
destruidor.
OSWALD DE ANDRADE
• Trouxe idéias do Futurismo para o Brasil.
• Idealizador dos principais manifestos modernistas.
• Foi militante político.
•Características de sua obra:
• nacionalismo que busca as origens sem perder a visão
crítica da realidade brasileira.
• A paródia como uma forma de repensar a literatura.
• Valorização do falar cotidiano.
• Análise crítica da sociedade burguesa capitalista.
• Inovação da poesia no aspecto formal.
Obras:
O Rei da Vela
Serafim Ponte Grande (*)
Memórias sentimentais de João Miramar (*)
(*) Há quebra de estrutura dos romances tradicionais: capítulos
curtíssimos e semi-independentes, num misto de prosa.
Seguimos nosso caminho por este mar de longo
Até a oitava da Páscoa
Topamos aves
E houvemos vista de terra
os selvagens
Mostraram-lhes uma galinha
Quase haviam medo dela
E não queriam por a mão
E depois a tomaram como espantados
primeiro chá
Depois de dançarem
Diogo Dias
Fez o salto real
as meninas da gare
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha. - Oswald de Andrade
O Capoeira
- Qué apanhá sordado?
- O quê?
- Qué apanhá?
Pernas e cabeça na calçada
Oswald de Andrade
Oswald de Andrade por Tarsila do Amaral
MÁRIO DE ANDRADE - 1893 / 1945
Há uma gota de sangue em cada poema => obra de estréia
=> influências de escolas anteriores (rigor à métrica, rima,
vocabulário...)
Sua poesia manifesta-se modernista a partir do livro
Paulicéia Desvairada (ruptura com os moldes do passado
e objetivo de análise e constatação da cidade de São Paulo
e seu provincianismo (=cidade multifacetada).
Lutou por uma língua brasileira, próxima do povo
(cuspe = guspe, quese = quasi). Valorizou, também, o
brasileirismo e o folclore brasileiro.
Obras: Clã do Jabuti / Remate de males /
Amar, Verbo Intransitivo/ Macunaíma
(o anti-herói).
Mário de Andrade
por Lasar Segall
Manuel Bandeira por
Portinari
MANUEL BANDEIRA - 1886 / 1968
As fatalidades da vida deixam em sua obra cicatrizes
profundas (morte do pai, da mãe e da irmã, convivência e
sofrimento com sua própria doença).
Buscou na própria vida inspiração para os seus grandes
temas: de uma lado a família, a morte, a infância no Recife, o rio Capibaribe; de outro, a constante observação da
rua por onde transitam os mendigos, as prostitutas, os
meninos carvoeiros, os carregadores das feiras, falando
o português gostoso do Brasil (humor, ceticismo, ironia,
tristeza e alegria dos homens, idealização de um mundo
melhor.
Obras:
A Cinza das Horas (0bra de estréia-influência parn./simb.)
Carnaval / O Ritmo Dissoluto (engajamento moderno)
Libertinagem (Modernismo)
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o
cunho vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo o lirismo que capitula ou que quer que seja fora de si
mesmo. (...)
(Manuel Bandeira)
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